Creepypasta - Fic Interativa escrita por Hawke, Tales Historier


Capítulo 15
Sorrisos e salgadinhos


Notas iniciais do capítulo

Oi :3 #apanha
Ok, erro meu, era pra ter saído a duas semana e eu sei ;-;



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Alice se mexeu um pouco, era tarde naquela dimensão, ela estava sem sono, algo parecia errado. A sala de noite era vazia, já que a maioria ou estava jogando sinuca ou estava dormindo.  Alguém adentrou na sala silenciosamente, tanto que Alice nem percebeu. Ele tinha um sorriso assustador no rosto, e então, parou na outra ponta do sofá.

- Hey, olhos de gato. – Chamou, Alice abriu os olhos e viu Theo. Ele estava usando uma roupa de colegial. – Eu tenho algumas informações para você, topa?

- Ah... – Alice riu e se sentou, concordando com a cabeça. – Fazia tempo que você não nos metia em encrencas.

- Sim, por isso mesmo. – O sorriso pareceu aumentar. – Existe uma coisa escondida nos tuneis. E tal coisa é a única maneira de consertar o portal.

- O portal rachou?! – Alice teve a boca tapada por Theo. Pelo olhar dele, era verdade então. Ela sentiu o corpo todo arrepiando, não podia ser...

Masky, ou Tim, andava pelas ruas silenciosamente, chovia e estava praticamente tudo vazio. Ele olhava pelas vitrines de algumas lojas, a maioria era de fantasias.  Mas ele tinha em mente o que queria. Porem algo lhe chamou a atenção, dois seres altos eram refletidos pelo vidro. Ele olhou por cima do ombro, vendo Valshe e Anne em um estacionamento próximo. Ele pode ver claramente Anne segurando um corpo morto com alguns de seus tentáculos, enquanto Valshe pegava as chaves de alguns carros. Ele levantou uma sobrancelha, o que diabos eles estavam fazendo? Seu caminho se voltou aos dois, que em alguns segundos, ele estava parado na entrado do estacionamento e os dois olharam para ele.

- Meu Zalgo, que susto! – Anne disse, rolando os olhos e largou o corpo dentro da cabine. Logo depois fechou a porta. – Achei que você tivesse voltado já.

- Não... Ainda não consegui minha mascara, o que vocês estão fazendo aqui? – Masky os olhou torto.

- Bom, é uma longa historia. – Valshe disse, entregando uma das chaves a Anne. – Tudo bem só dois carros?

- Acho que sim, não da para chamar muita atenção. – Anne disse, eles passaram a conversar ignorando Masky. Até que Anne olhou para ele de novo. – Bom, é mesmo uma longa historia.

- Eu tenho tempo. – Masky disse, cruzando os braços.

- Ok. – Valse suspirou. – Jeff foi sequestrado por uma louca, nós e os outros viemos resgatar ele, só que ele ta meio doido ainda, e então, o portal quebrou e estamos presos aqui. Ah, sim! Tio Slenderman vai matar a todos quando voltarmos, provavelmente.  Resumidamente é isso.

- Espera, espera. – Masky disse, olhando de um para o outro. – Vocês quebraram o portal?!

- Bom... Não foi bem assim... – Anne começou, mas podia ver que Masky estava em odio puro. – A culpa foi de Jane!

- Você e Jeff são culpados então! – Masky apontou para Anne que fez careta. Masky suspirou bravo. – Quer saber, agora eu quero ir pra casa.

- Só se juntando a nos nessa aventura sangrenta. – Valshe tentou brincar, Anne sorriu um pouco, mas Masky se limitou a pegar a chave da mão de Anne e começar a caminhar em direção ao carro. – Ele esta bravo?

- Acho que sim... – Anne disse, dando de ombros logo em seguida. Masky ia ter que superar uma hora, certo?

Violet, Zoey, Cart e Jeff logo avistaram dois carros, eles ficaram um pouco apreensivos no começo, mas então logo viram quem era, assim que os dois pararam na frente de casa.

- Vocês roubaram dois carros?! – Violet parecia espantada.

- E mataram os funcionários do estacionamento. – Complementou Masky, logo fazendo careta assim como Violet.  – Ah não... Ela não!

- Em briga de marido e mulher, ninguém mete a colher... – Cart disse baixinho e Zoey riu. Os dois se viraram para eles com olhares mortais. Ambos olharam para os lados como se não fosse nada demais. Jeff pigarreou, fazendo todos olharem para ele.

- Então, qual é o plano mirabolante?

- Vamos sair da cidade, e achar um jeito de voltar pra casa, claro. – Valshe disse como se fosse a coisa mis simples do mundo. Anne assentiu. – Então, vamos separar os carros?

E então, a serie de comentários começou, que logo se tornaram gritos, e então se tornou algo muito maior e barulhento. Começando a chamar atenção de alguns vizinhos mais distantes.

- CHEGA! – Gritou Masky, já irritado e todos se calaram. – As meninas vão com Anne e os meninos com o Valshe, pronto.

- Mas – Cart e Zoey tentaram argumentar, mas se calaram assim que o olhar gélido de Masky caiu sobre eles.

- O que deu nele? – Jeff disse baixinho para Anne, ela deu de ombros.

- Acho que é aquilo tudo de ser um proxy. – Ela disse, Jeff balançou a cabeça e cruzou os braços.

- Vão acabar parando nosso carro, um monte de meninos em um único carro é motivo pra policia suspeitar de drogas. – Cart disse, olhando para eles. – E as meninas não sabem se virar sozinhas.

- Hey! – Anne, Violet e Zoey falaram ao mesmo tempo com uma voz ameaçadora.

- Desculpe, vocês entenderam. – Ele rolou os olhos. – Masky, você tem que ficar de olho no Jeff, ele ta meio... doido.

- Hey! – Foi a vez de Jeff protestar, já com sua faca na mão. Anne rapidamente tirou a faca de sua mão, segurando no alto com um de seus tentáculos. – Anne...

- Shiu. – Ela retrucou e Jeff trincou os dentes.

- Esta certo então, vocês dois vão em uma carro e nós vamos em outro. – Disse Violet por fim. – Mas eu sento na frente quanto mais longe desse ai melhor.

Ela disse apontando para Masky, que rolou os olhos. Valshe olhou de canto para Cart, mordendo o lábio levemente e por fim assentiu. Ele só tinha uma razão naquilo tudo, coisa boa não daria certo, não mesmo.

- Então, a gente se informa por torpedo. – Valshe disse a Anne que assentiu, antes dos dois grupos se separarem.

Horas de viagem em um carro onde duas pessoas não se entendiam era ruim. Zoey estava na janela, Jeff na outra e Masky no meio. Na frente havia Anne e Violet. É claro que nem isso impediu Violet de Masky quase se matarem algumas vezes. Ou de Jeff perder a paciência com ambos. Porem Anne preferiu ficar calada para não estrangular nenhum deles.

Uma hora, foram obrigados a parar em um posto de gasolina, o que Zoey achou muito estranho mesmo, tipo um deja vu. Mas ela não se lembrava  muito bem.  Anne logo parou no posto deserto, ninguém parecia parar ali há anos. Ela e Zoey desceram do carro, para ver se havia combustível e o resto desceu do carro também. A cena foi se tornando cada vez mais familiar, o que Zoey começava a achar estranho, não demorou muito para a confirmação.

Masky e Jeff apareceram brigando por alguns pacotes de salgadinhos mais ao fundo. Violet, que tinha ido procurar algum voltou bufando e rodava as chaves do carro nos dedos.

– Eu gostaria de dirigir. - Ela comentou e Anne a encarou seria,  Zoey segurou uma risada.

– É meu carro. Tem idéia do quanto foi difícil roubar ele? Além do mais, a primeira vez que Masky te provocasse você bateria o carro.  - Anne tomou a chave de Violet.  - Alguém vai lá os mandar calarem a boca?

Ela apontou para os dois meninos, que a esse ponto tinham feito o saquinho estourar, e havia salgadinho por todo chão. As três deram um longo suspiro.

– Onde o Cart e o Valshe se meteram? - Violet perguntou. E Anne pegou o celular, vendo se havia alguma mensagem nova, e lá estava, uma de Valshe avisando que tinham parado para comprar algo para comer.

– Eles pararam para comprar um lanche. Depois encontram agente naquele hotel.

– Um hotel uma estrela no meio do nada. Deve ser um luxo. - Masky disse com o tom de mal humor, chegando próximo ao carro junto a Jeff. Os dois evitavam se encarar, o asfalto era mais interessante.

– Não vamos dormir afinal... vamos colocar alguém para dormir. - Jeff concluiu, colocando a mão dentro do bolso do moletom, onde ficava sua faca. - Essa coisa já não tem combustível suficiente?!

- Não chama isso de coisa! – Anne brigou. – E não, só vou conseguir colocar metade do tanque, ainda tem que sobrar dinheiro desses cem dólares.

- Deveriam ter trazido mais então. – Jeff disse e Violet o olhou brava.

- Como se fossemos saber que o portal ia quebrar e não íamos mais poder voltar para casa, ah obrigada senhor óbvio, mas a culpa de estarmos presos aqui é inteiramente sua.

- Minha? – Jeff aumentou o tom de voz, Violet cruzou os braços, o olhando superior, o que só deixou Jeff mais irritado. – Ninguem pediu para vocês virem me resgatar, eu podia muito bem dar conta de Jane sozinho.

- Então por que não o fez? – Violet retrucou, Jeff abriu a boca alguma vezes para falar, mas por fim bufou alto e Violet sorriu. Anne e Zoey seguraram uma risada e por fim Zoey resolveu falar.

- Ok, vamos. – Ela disse ao ver que o tanque já está razoavelmente cheio.  Eles podiam dar um jeito de roubar gasolina em outro posto talvez.

Valshe estava com uma das mãos no volante, enquanto a outra batucava na lataria do carro. Cart estava no bando de trás, comendo algumas batatas fritas que tinham comprado em um fast food. Valshe ainda estava impressionado por Cart não ter lhe dito nada até o momento, considerando os dois beijos que Cart já tinha lhe dado desde o dia que se conheceram. As estradas eram vazias, e não tinha nada de interessante além do radio tocando, Valshe cantarolava baixinho, seus olhos estavam fixos na estrada.

- Hey. – Cart disse, vendo o maior olhar rapidamente para ele por cima do ombro. – Você esta quieto.

-To pensando. – Valshe respondeu, olhando rapidamente para Cart, ele estava com praticamente deitado no banco de trás. – Você armou isso, ou é impressão?

-Armei o que? – Cart disse, tentando esconder um sorriso petulante que apareceu nos cantos de seus lábios. – Não armei nada não, Va-chan.

- Nãooo! – Valshe disse, em um tom zombeteiro, mas sorriu de canto. – Não tinha nenhum problema em Masky e Jeff virem nesse carro, você sabia que as estradas eram vazias.

- Ok, sim eu sabia. – Cart se sentou no banco, se esticando um pouco em direção ao banco do motorista, chegando perto do ouvido de Valshe, ele tento desviar, mas Cart continuou próximo o suficiente para os pelos da nuca de Valshe se arrepiarem.  – Mas não teria graça se eles estivessem aqui, não é?

- Pelo amor de deus! Cart eu estou dirigindo! – Valshe tentou, mas ouviu uma risada rouca em seu ouvido.

- Então pare o carro. – Cart disse simplesmente, sorrindo sapeca e voltou à posição que estava. Valshe o olhou, ele estava sentado ali, de braços cruzados com um sorriso no rosto, Valshe voltou a olhar para a pista, respirando fundo para se mantiver calmo, de nada ia adiantar perder a cabeça agora. Ele tentou pensar em qualquer coisa, como, sei lá, roupas, sua coleção particular de cabeças... Mas nada estava realmente o distraindo. Ele por fim, bufou e parou o carro no acostamento, se virando totalmente para trás, arregalando os olhos ao sentir os lábios de Cart contra os dele. Ele segurou os ombros de Cart, tentando o afastar, sem sucesso. Cart levou uma das mãos ao rosto de Valshe, subindo para seu cabelo e o puxou para perto.  Os dois se separam alguns momentos depois, Cart ainda tinha aquele sorriso em rosto, o que fez Valshe se virar na direção oposta com o rosto vermelho para combinar com os cabelos.

- Ah, vai. Você adora isso. – Cart disse, se esticando de novo, se apoiando nos dois bancos da frente e olhou para Valshe, que o olhou de canto de olho.

- Ah, cala boca, Cart. – Ele disse, e Cart sorriu levemente, dando um beijo estralado na bochecha de Valshe. Antes de voltar a se sentar, olhando pela janela. Depois de alguns minutos em silencio, Valshe voltou a ligar o carro, suspirando mais depois, vários minutos depois, permitiu a si mesmo sorrir. Pois é, ele tinha gostado, e ele queria mais.


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Notas finais do capítulo

Não consigo colocar todo mundo em um só capitulo, então tem capítulos que vai aparecer mais personagens, e em outros que menos, entendem?
E! Obrigada aos trinta lindo leitores que me aguentaram durante todo esse tempo *-* E pelas duas recomendações no capitulo passado, caras, eu amo vocês!