Dias De Escuridão escrita por Nic Teixeira


Capítulo 4
Capítulo 4




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POV Clarice

  Meu Deusinho do Céu!! Como ele é lindo, simpático, BRILHANTE!! Ele gosta das mesmas coisa que eu gosto. Tem uma certa facilidade para achar assunto, parece que ele já chegou na sala com todos os assuntos na ponta da língua. Eu não queria falar com ele no começo, mas acabou que quando ele estava se levantando, eu não sabia quando ele iria voltar, preferi  arriscar e perguntar o que ele havia dito na hora que estava seguindo o pai na hora que me deixaram aqui pela primeira vez.

  Quando o pai dele chegou, infelizmente ele teve que sair correndo, pois pelo que eu entendi ele não poderia ficar na sala comigo, o pai ficava bravo fácil. Mesmo assim foi muito bom poder conhecer melhor o meu “sequestrador”. David não teve nada a ver com aquilo tudo, pelo menos foi tudo oque eu consegui entender.

  O Leonardo chegou e me levou até um quarto bem legal, as cores que predominavam era o vermelho, o preto e o branco! Muito lindo o quarto, serio. Ele me mostrou o closet e o banheiro. O estranho de tudo isso era que as roupas eram do meu tamanho e do estilo que eu usava. Será que ele andou me espionando? Se sim por quanto tempo?

  Eu tomei banho coloquei um pijama que tinha lá, e desci para conversar com toda  família como o Leonardo tinha falado para eu fazer.

  Cheguei lá embaixo e encontrei os dois (David e Leonardo) senados em um sofá e uma mulher sentada em uma poltrona ao lado do sofá . Leonardo pediu que eu me sentasse, assim o fiz e logo começou a conversa:

 - Clar, (só meus amigos me chamam assim, mas tudo bem, é melhor não contradizer...) eu quero te apresentar a minha mulher, Stephanie. – a mulher me olhou deu um sorrisinho e voltou a prestar atenção total a sua revista.

  Eu fiquei sem saber oque fazer, por isso continuei sentada olhando para Leonardo, este continuou:

- se você se sentir a vontade, pode nos chamar de pai e mãe e o David de irmão. Mas só se não se importar é claro. – fiz que sim com a cabeça, isso o deixou meio confuso, ele não tem cara de ser alguém inteligente.

  Foi ai que eu finalmente abri minha boca para falar alguma coisa naquela sala de TV:

 - desculpe-me, mas eu não me sinto a vontade te chamando de pai, chamando a Stephanie de mãe e o David de irmão, vocês não são minha família e eu não irei chama-los assim.

  Acho que eu falei de mais... só acho...

  Leonardo ficou TODO vermelho e me mandou subir e ficar lá em cima ate a hora em que ele me chamasse para levantar para tomar café da manha no dia seguinte... lindo meu novo “pai” não posso nem expressar meus sentimentos que já fica bravo.

  Quando eu estava quase dormindo, escutei uma leve batida na porta, olhei no relógio e eram meia noite e quarenta, não podia ser o Leonardo me chamando para tomar café da manha.

  Me levantei e fui ate a porta, a abri cautelosamente, tomando o maior cuidado. Quando termino de abrir, ou abrir o suficiente para ver quem estava do lado de fora, meu coração disparou. Era ele! O David! Na porta do meu quarto! Meia noite e quarenta! Mas pera ai... ele, na porta do meu quarto, meia noite e quarenta? Nãoo... não podia ser, oque ele estaria fazendo aqui uma hora dessas? Terminei de abrir a porta. E era mesmo ele, logo que me viu perguntou se podia entrar. Eu disse que sim, mas só se fosse rápido pois eu estava morrendo de sono.

  Ele entrou e sentou de um lado da minha cama, minha cama era de casal, e eu sentei do outro lado, olhando para ele. Não me parecia que a roupa nem a hora nem nada estava adequado para ter um garoto no meu quarto, mas ok, se era assim que ele queria.

  Perguntei se ele precisava de alguma coisa, ele disse que só queria conversar comigo, que sentiu minha falta nessas ultimas horas que nós não tínhamos nos falado! OK ele é MUITO fofo eu já percebi isso... mas ele é MEU! Só MEU! Exclusivamente MEU! Oque eu acabei de dizer? Não, não, não. Esqueça isso, ele pode ser seu se você quiser.

  Começamos a conversar, e como da ultima vez, ele sabia oque falar. Parecia, novamente, que havia ensaiado tudo. Não sei de onde ele tira tanta coisa para falar. Mas ele fala, pergunta, faz quiz comigo, pegadinhas, e muitas coisas, não paramos de rir nem na ultima vez que estávamos ainda nos conhecendo, nem agora que já nos conhecemos até que bem.

    De repente começamos um assunto nada legal para o meu gosto. Namoro. Não que eu não quisesse falar disso, não sei, só que falar disso para um garoto não é nada legal, principalmente os que você acabou de conhecer, e só conheceu por que ele e o seu pai te sequestraram, mas isso não vem ao caso. Eu pedi que ele contasse primeiro. E assim o fez:

 - eu não faço o tipo “pegador” da escola. Fiquei só com 3 garotas até agora. – nessa hora eu o interrompi.

 - COMO ASSIM TEREES GAROTAS?? Você é quase um homem por inteiro e só ficou com três garotas??

  Ele deu aquele sorrisinho, com aquelas covinhas nas bochechas, que eu pessoalmente AMO, e disse:

 - se você quiser eu posso explicar cada uma das vezes e o porque.

- prefiro só saber o por que.

- ok então. Bom a primeira , eu tinha 13 anos. Fiquei por pura pressão dos amigos. A segunda eu tinha 15, fique por que estava bêbado, e a ultima foi ano passado, ou seja, eu tinha 18 anos e fiquei por causa de um estupido jogo de verdade ou desafio. Por mim, eu nunca teria beijado ninguém até hoje. – fiquei mesmo chocada. Eu não conseguia creditar no oque estava ouvindo. O menino é lindo! E só ficou com 3 garotas. UAU. Mas a minha “paz interior” não durou muito pois ele logo perguntou me tirando do transe – agora é a sua vez. Me conta com quantos já ficou e por que.

  AI MEU DEUS... oque eu faço agora? Vou contar tudo.

-  eu só fiquei com 3 também. Precisa dos porquês?

- é claro que precisa. Eu não falei os meus?

- então tá. O primeiro por que eu estava namorando com ele, fazia uns 2 meses e nós mal nos falávamos, sabe? Namoro de criança? – ele confirmou com a cabeça – o segundo foi por que minhas amigas ficaram me enchendo, e o terceiro foi por que ele era bonito e estava afim de mim, não sei por que eu fiz aquilo.

  Ele só balançava a cabeça positivamente, eu tenho 16 anos e sou menos santa que um MENINO de 19... isso não tá certo.

  Ficamos conversando sobre isso quase meia hora, sobre primeiros beijos, a sensação do primeiro beijo, a diferença de tato do garoto para a garota e essas coisas. Teve uma hora, que como sempre acontece, acabou o assunto. Ficamos lá, um olhando para a cara do outro sem dizer absolutamente uma palavra. Quando eu não sei oque aconteceu, mas sua mão estava na minha nuca e nossos lábios chegando cada vez mais perto, quando se juntaram, eu senti como se nada pudesse nos separar, além da porcaria do ar.

  Nos separamos e voltamos a nos encarar, foi divino aquele beijo. Ele deu um sorrisinho e olhou para o relógio, parecia que ele tinha visto um fantasma, olhei também e vi que jah eram 4:30 da manha, o pai dele levantava as 5, e o David ia trabalhar com o pai hoje.

  Ele me deu um selinho e um thau e saiu do quarto no maior silencio possível. Eu deitei na cama lembrando daquele beijo, não conseguia dormir. Céus, eu podia vê-lo todo santo dia, isso era o máximo. Mas minha mãe, meu pai, meus irmãozinhos e minha irmã?! Como eles estão? Por mais que eu queira ficar aqui, eu preciso voltar para casa para ver meus pentelhos novamente.

  Será que o David ajuda ou a partir de agora daquele beijo ele voltará atrás?


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