Cowboy Sedutor escrita por Lady Suprema


Capítulo 8
Evitados


Notas iniciais do capítulo

Leiam as notas finais, pfvr!
BOA LEITURA



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Foi um trajeto de meia hora até a cidade de Port Angeles. “cidade” podia ser uma descrição ambiciosa do lugar que 159 pessoas chamavam de lar, como estava orgulhosamente colocado na placa de madeira com o nome da cidade pintado. “Port Angeles: a cidade que promete”.

“Mas não faz”, alguém havia rabiscado embaixo.

Havia uma rua principal, criativamente chamada de “Rua Principal” e Bella agradeceu aliviada por notar que não teria que fazer baliza, algo que ela realizava muito bem com seu caro compacto, mas não gostaria de pensar o que aconteceria se tentasse na caminhonete.

Diversas caminhonetes estavam estacionadas na direção da calçada em determinado ângulo.

Ela não teve dificuldades em encontrar uma vaga e estacionar, ignorando por um momento os gêmeos que tagarelavam no banco de trás. Caminhando pela calçada com os gêmeos ao seu lado, passou pelo correio, por dois bares, num dos quais havia um anúncio á porta, dizendo que não se podia entrar ali com facas.

Obviamente fazia um bom tempo que Edward não comprava utensílios domésticos. Na loja de catálogos havia um anúncio na janela dizendo que fechara. Estava datado de seis meses atrás e havia uma placa de "Aluga-se" ao lado.

Tirou a agenda eletrônica da bolsa e localizou o nome de uma multinacional de utensílios domésticos para a qual trabalhara meses atrás. Certamente a empresa possuía representantes em Forks ou pelas redondezas.

Momentos mais tarde, ela estava com o telefone celular na mão e falava com seu contato.

Tivera sorte. Havia um armazém em Seatlle, e duas mercadorias com desconto poderiam ser entregues pelo orçamento de quinhentos dólares que ela combinara com Edward. Era uma bênção ter bons contatos.

Sentindo-se confiante por ter cuidado do assunto, decidiu conhecer melhor a cidadezinha. Ou seja, a calçada oposta. Os gêmeos ficaram aborrecidos por ela insistir em segurar suas mãos enquanto atravessavam a rua.

– Não somos bebês — declarou

– Não me digam — respondeu Bella, consciente do olhar de curiosidade dos transeuntes para os três.

Por fim ela quase voou quando as crianças passaram a correr para a calçada.

O primeiro estabelecimento em que Bella parou era uma loja que vendia desde cigarros até porcelana, estava fechando no instante em que se aproximaram. O vendedor apressadamente virava o anúncio de boas-vindas para "Desculpe, loja fechada" bem no instante em que ela alcançava a porta.

Bella olhou para o relógio de pulso e notou que passava pouco das três horas. Era muito cedo para fecharem. Foi para a loja seguinte, surpreendendo-se em descobrir que a porta já estava trancada.

O terceiro local, uma combinação de quitanda com loja de equipamentos eletrônicos, estava aberta. Mas o dono declarou que fechariam bem no instante em que Bella e os gêmeos entravam. Um vendedor os dispensou, e ela viu-se olhando da calçada para outro cartaz de "Fechado".

Já ouvira falar de locais que não acolhiam estranhos, mas aquilo era ridículo. Era como se houvessem visto sua aproximação e trancado as portas.

Por quê? Por que seriam tão indelicados? Nem mesmo percebeu que dissera as palavras em voz alta até Luke responder sua pergunta.

– Porque nós quebramos acidentalmente algo na última vez em que viemos aqui — falou com mais orgulho do que remorso.

– O que vocês quebraram?

– A vitrine. - responderam em uníssono.

Ela engoliu em seco.

– Como conseguiram? Luke deu de ombros.

– Acertei a vitrine com meu estilingue. Usei uma noz.

– Não chegou a quebrar — Luce acrescentou. — Ficou apenas um grande buraco.

– Papai não ficou nada contente quando fizemos isto — Luke comentou. — Não podemos mais brincar com nossos estilingues na rua.

– Nem em casa — Bella acrescentou.

– Nem em casa — concordou Luce antes de encará-la. — Mas não porque você falou. É porque papai disse.

– Seu pai é um homem inteligente.

– Bem, na verdade eu sou o inteligente da família. — Um homem, usando distintivo, juntou-se a eles.

– Tio Emmett!

Os gêmeos se lançaram nos braços do homem. Aparentemente ele estava habituado a isso porque pegou uma criança em cada braço e girou, dando a Bella uma boa visão de outro lindo cowboy.

Era mais alto e mais velho do que Edward, e parecia ter o temperamento mais fácil de lidar.

– Então quem é esta senhorita adorável que está com vocês? — ele perguntou aos gêmeos.

– Nossa nova empregada — respondeu Luce. — Não ficará por muito tempo.

Tomando o assunto para si, Bella apresentou-se e disse:

– Ficarei durante o verão.

Emmett arregalou os olhos.

– É uma alma corajosa.

Oh, sim, aquele era o encantador da família.

– Ela não sabe cozinhar — Luce falou a Emmett.

– Querida, ela não precisa saber cozinhar — ele murmurou com um olhar significativo.

Ao contrário do efeito causado pela aparência de Edward, o charme de Emmett não a afetava. Quando ele apertou a mão de Bella, não houve qualquer sinal de arrepio, e seu coração não perdeu nem uma batida sequer.

– Tio Em é o xerife — Luke informou a Bella. — Pode prendê-la se você fizer algo errado. Como nos dar brócolis para comer.

– Luke detesta brócolis, mas dar-lhe um pouco da verdura não é crime.

– Pois deveria ser — murmurou o Bella não aguentou e sorriu.

– Viemos à cidade comprar alguns suprimentos e dar uma olhada ao redor, mas parece que a reputação dos gêmeos os acompanha.

– Talvez você consiga torná-los civilizados — sugeriu.

– Isto pode acontecer. Digamos que eu possa ser tão teimosa quanto eles.

– Eles herdaram a teimosia de Edward.

– Já havia deduzido Ele me contou que teve dificuldade em manter uma empregada.

– Sim, os gêmeos têm um jeito especial de amedrontar alguém apenas ao contemplar a pessoa com expressão de Olhe, estão fazendo isto exatamente agora, enquanto Luce amarra os cadarços de seus sapatos.

Bella olhou para baixo e viu que ele estava certo. Aparentemente ainda tinha algumas coisas a aprender sobre como lidar com uma dupla de pestinhas.

Quando encontrou o caminho até o supermercado, onde os gêmeos não eram tão conhecidos e consequentemente banidos da loja, já eram quase cinco horas.

Na saída de Port Angeles havia dois semáforos, e ambos ficaram vermelhos durante quase cinco minutos enquanto Bella bufava atrás do volante. Jamais chegaria à fazenda a tempo de preparar o jantar.

– Você está correndo — Luce anunciou dez minutos mais tarde, espetando um dedo acusador no ombro direito de Bella. — Vou contar pro papai.

– Faça isto e prepararei brócolis para o jantar durante o restante da semana.

Era verdade que estava chantageando uma criança, o que não era uma boa técnica, mas estava cansada e faminta. Não havia almoçado, o que significava que não comera nada durante o dia a não ser os cereais em barra que trouxera na mala.

A ameaça dos brócolis pareceu funcionar, pois as crianças ficaram quietas. Mas a paz momentânea logo foi rompida pelo som de uma sirene de viatura policial.

– Eu lhe disse que você estava correndo — gabou-se

Tolice dizer que a policial não era tão encantadora quanto Emmett fora. Multou Bella não apenas pelo excesso de velocidade como também por dirigir com uma lanterna apagada. O fato de a caminhonete não ser sua não teve peso algum na decisão da policial.

– Aquela era Irina— Luce disse, depois que a mulher fora — Ela já namorou papai.

– Dava-lhe multas, também —Luke completou.

Pois Bella pretendia dar a Edward mais do que uma multa. Daria a ele um bom sermão por tê-la mandado sair com a caminhonete em um passeio perigoso com aquelas crianças e com um farol que não funcionava.

Não importava que fora Billy quem lhe dissera para usar a caminhonete ou que Edward a princípio não quisesse que ela fosse até Port Angeles.

Importava-lhe apenas o fato de Edward fazer suas mãos ficarem úmidas justamente no momento de sua vida em que ela não queria nada com homens.

O mau humor de Bella foi temperado pelo cheiro delicioso de costelas assadas que vinha da casa de fazenda. Ficou com água na boca. O olfato a conduziu pela casa até o quintal, se é que uma fazenda tinha "quintal".

Ali encontrou Billy usando um grande avental branco que o cobria dos ombros aos calcanhares. Estava inclinado sobre uma grelha fumegante. Usava espetos grandes como se fossem uma arma, girando-o na mão direita antes de colocá-lo de volta ao lugar.

– O sabor será tão bom quanto o aroma? —Bella perguntou.

– O sabor será ainda melhor do que o aroma.

Ele tinha razão. O sabor era realmente melhor do que o aroma. Eram simplesmente as melhores costelas assadas que já saboreara. E ela elogiou o cozinheiro.

– O segredo está no molho — confidenciou-lhe — É uma velha receita de família.

Bella serviu-se de outra deliciosa costela.

– Não vejo o motivo de você precisar de uma cozinheira quando consegue fazer algo tão gostoso assim sozinho.

– O churrasco que meu pai faz é maravilhoso — comentou Edward-, mas é a única coisa que ele sabe fazer.

Bella conhecia bem este drama. A única coisa que sabia fazer era Camarão de Jonghe.

– Você devia vender isto — falou a Billy enquanto lambia a ponta dos dedos.

– Papai, você está encarando Bella. A acusação veio de Luce.

Virando a cabeça, Bella notou que o rosto sensual de Edward ficara tingido de vermelho.

– É porque ela recebeu uma multa? - acrescentou inocentemente com uma expressão de ansiedade no olhar.

– Eu lhe contei que ela foi multada, certo?

– Apenas umas cem vezes — murmurou Edward.

– Então é por isto que você a estava encarando?

– Eu não estava encarando Bella. Estava apenas surpreso por ela ter falado para papai vender o molho para churrasco.

– Por que isto deveria surpreendê-lo? — indagou Bella. — Eu estava no ramo de propaganda antes de vir para cá e trabalhei com grupos de pesquisas de mercado sobre vários produtos, incluindo mantimentos. Molhos especiais são itens muito apreciados atualmente. Seu molho se tornaria muito popular, Billy — disse, em seguida, dirigindo-se ao pai de Edward.

– Nosso pai é popular — declarou Luce, pela primeira vez parecendo uma criança.

– Sua tonta, isto é coisa para se dizer? — zombou Luke.

– Não sou tonta! — exclamou, dando uma cotovelada no irmão.

– Acho que estas costelas ficariam maravilhosas com brócolis. Aquele comentário conseguiu terminar com a briga entre os gêmeos. Retornando a atenção a Billy, ela falou:

– Acho que deveria considerar seriamente a possibilidade de vender seu molho para

– Vendê-lo onde? — perguntou. — Aqui? Não temos muitos visitantes nesta parte do país.

– Venda-o através de catálogos de comidas refinadas. Há muitos especializados em produtos do oeste e sudoeste. Diversos têm sites na Internet também.

– Vou pensar — Billy afirmou, embora parecesse um tanto relutante em aceitar aquela idéia.

– Talvez você possa tornar-se mais famoso do que Jebedyan Cullen, vovô — Luke comentou, parecendo satisfeito com a idéia.

– Contanto que você não se engasgue com nenhum pedaço de carne... — o conselho veio de Luke.

– Ou costelas.

– Ou brócolis — acrescentou Luke com um olhar assustado na direção de Bella.

Ela ignorou o comentário.

– Onde estão os outros vaqueiros?

Embora não tivesse sido formalmente apresentada, percebera a presença de mais meia dúzia de homens no horário do almoço.

– Tiram a noite de segunda-feira de folga para irem à cidade — respondeu Edward.

– Para Port Angeles?

Edward riu. Era a primeira vez que ela o ouvia rir, e apreciou aquele som. A voz de dele causava-lhe arrepios e um calor especial no corpo, mas o riso a fazia estremecer.

– Não, não para Bliss. Vão para ST. Wood ou Calawah Way*.

– Bella levou a multa perto de ST. Wood — Luce falou

– Nós sabemos!

As palavras foram ditas em uníssono por Edward, Billy e até mesmo Luke. A expressão no olhar de Luce dizia-lhes que ela não tinha desistido de incriminar Bella.

"Junte-se ao clube, criança", pensou a mesma, ainda perturbada por sua reação diante do riso de Edward.


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Notas finais do capítulo

*Lugar verdadeiro
Gente tem mais de 90 leitores e só 6 comentaram! Assim não da né! Se tiver pelo menos 20 ou 40 comentários eu posto na quarta-feira outro capitulo, senão vai ficar sem data prevista.
Devo continuar a história, ou ta ruim e é melhor excluir?
Comentem e recomendem! Beijos