Cowboy Sedutor escrita por Lady Suprema


Capítulo 1
O começo


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!
Boa leitura!



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_ Puxa vida! – um homem idoso exclamou. – Olhe só o que temos aqui.

  Ofuscada pela luz forte que vinha da porta entreaberta, Isabella Swan tentou melhorar a qualidade da visão, tirando pingos de chuva dos cílios e sobrancelhas.

   Seus longos cabelos estavam grudados á cabeça e ao rosto. Sentia-se como um ratinho molhado e não tinha dúvida de que sua aparência era exatamente essa.

_ Onde estou?

_ Em nossa varanda. – o homem mais jovem respondeu.

  Ótimo! , pensou ela. De todos os ranchos de Forks, parara justamente á porta de um engraçadinho.

   Bella não estava com humor para rir. Sentia-se á beira de uma crise de nervos. Recusava-se, porém, a bancar a idiota diante daqueles dois homens, que a olhava, come se estivesse saído de uma espaçonave.

  Procurou reunir a compostura, ajeitando o vestido jeans ensopado. Descobriu que todos em Forks usavam jeans. Então, sem esperar por um convite, entrou.

_ Não me importo, com o lugar onde eu estou – disse com uma expressão que instigava qualquer um dos homens a impedi-la. – Mas não vou continuar nessa chuva horrível.

_ Ninguém pediu pra você ficar. – o mais jovem, observou.

_ Eu me perdi enquanto procurava bela fazenda Cullen – disse ela.

_ Pois acabou de encontrá-la – respondeu o rapaz.

 Bella fez uma prece silenciosa em agradecimento e estendeu a mão antes de perceber que as mangas do suéter que usava por cima do vestido haviam se espichado e alcançado a ponta de seus dedos.

Puxando- as até o cotovelo, apresentou-se:

_ Sou sua nova empregada.

_ Ora, não me diga.

  O homem mais velho deu um tapa na própria perna.

   Mas ela notou que os olhos do jovem cintilaram ao contemplá-la dos pés á cabeça.

_ Deve gostar muito de fazer limpeza. Está ensopada. – O mais velho acrescentou.

_ Perdoe o meu pai, ele tem um senso de humor muito peculiar. Sou Edward Cullen.

   A mão quente envolveu a dela em um apeto poderoso, sem ser indelicado, a mão fria de Bella acolheu de bom grado o calor.

   Aquele era Edward? Seu patrão? Ele era muito diferente do que havia imaginado Pensara que tivesse cabelos grisalhos, aparência distinta e fosse alto.

   Acertara apenas a última característica. Era muito alto e com um corpo esguio e com músculos o suficientes, mas não exagerados, capaz de fazer uma executiva de propagandas, como ela, desejar indicá-lo para um comercial de jeans.

   Mas Bella já não era mais uma executiva. Também não era mais noiva. Aquela vida que ficara para trás, em Nova York. Estava sozinha. E era uma empregada doméstica em uma fazenda em Forks.

   Pareceu uma boa idéia quando sua tia Esme fizera a sugestão em Nova York. O novo marido da minha tia, Carlisle, tinha um primo muito querido que desejava contratar uma empregada doméstica. E Bella sempre quisera morar em uma fazenda.

   Sua prioridade fora se distanciar do pesadelo que tinha se tornado sua vida tão bem planejada. E o mais rápido possível.

   Aceitara em um ímpeto o emprego, sem fazer muitas perguntas. Esme se ofereceu para telefonar e contar ao fazendeiro que Bella estava á caminho.

   Ela foi dirigindo em vez de tomar um vôo  e passara mais tempo sem descanso atrás do volante atrás do volante de seu amado carro vermelho do que deveria.

   Mas, após suportar uma noite desconfortável em um motel sem nome no meio do estado, quisera alcançar seu destino antes do final do dia.

  O carro estava abarrotado. Imaginava que seu Ex-noivo, Jacob, já houvesse notado a falta de algumas coisas, ou no mínimo, a ausência dela.

  Parecia loucura, mas a conversa frenética de Bella ao telefone com a tia a conduzira aos campos de Forks e aquele homem que a fitava com um misto de divertimento e perturbação.

_ Ainda está acordada? – ele inquiriu secamente.

   Embora ele estivesse dentro de casa, usava aquele chapéu de cowboy, por isso Bella não poderia saber qual era a cor de seus olhos.  Tinha um perfil único, mas ao mesmo tempo clássico. Sobre a orelha esquerda, via-se um pouco dos cabelos cor de bronze.

   Tinha os traços do rosto bem esculpido e um queixo magnífico. No conjunto, era um rosto sensual e rústico, como o dos rapazes que posavam para anúncios de cigarros nos anos sessenta.

‘’ De volta aos anúncios mais uma vez? ’’ Fechou os olhos.

   Aquele homem era um viúvo de meia-idade com duas crianças angelicais, de idade determinada. Tia Esme não fora muito clara quanto ao detalhe. Em sua descrição gloriosa, esforçara-se por dar a Edward ares de santo.

   Bella tinha o palpite de que sua tia exagerara. E bastante.

Narrador

A mulher era frágil desde a ponta da bota bege enlameada até o ultimo fio de cabelo castanho. Que espécie de pessoa usa uma bota de camurça em uma fazenda? Aparentemente a "espécie" que ele havia contratado, Edward assumiu, suspirando.

  Mas não podia ser exigente, afinal ele não recebia muitas candidatas á posição de empregada doméstica.

  Todos na região sabiam de sua situação e preferiam qualquer coisa a trabalhar na sua casa. E tudo graças ás histórias contadas pelas duas ultimas empregadas que haviam trabalhado ali no mês anterior.

  Não imaginara que Isabella Swan fosse aparecer a sua porta naquela noite. Deveria chegar apenas no dia seguinte.

  Outra coisa o intrigava: que parentesco tinha com a moça a sua frente? A tia dela tinha se casado com o primo favorito de seu pai, o que a tornava... Havia provavelmente uma palavra, mas ele não sabia qual era. Prima em segundo grau?

  Quem sabia? Quem se importava? Ele precisava de uma empregada e ponto. Nada mais.

  Seu pai eo primo Carlisle, ou Carl, como preferia ser chamado, falavam-se ao telefone com frequência, e Billy contara-lhe da dificuldade que enfrentavam para conseguir ajuda nos serviços domésticos.

  Edward pouco sabia sobre a esposa de Carl. Quando recebeu o telefonema dizendo que ela tinha uma sobrinha que preencheria o cargo de empregada doméstica, ficara aliviado demais para questionar a boa sorte que tinha tido.

  Os cabelos compridos de Isabella começavam a secar nas pontas e a mostrar o seu bonito tom castanho. O vestido jeans molhado tinha ficado colado ao corpo, ajudando a mostrar suas curvas nos lugares certos. Ela possuía lindos olhos castanhos. Se eu olhasse no fundo, poderia se perder na imensidão de seus olhos da cor de chocolate.

_ Deve tirar essas roupas molhadas antes que pegue um resfriado. - disse.

  A visão da moça sem aquelas roupas bastou para fazê-lo dar um passo para trás, como se tivesse levado um coice ou um choque.

_Oh, você trouxe bagagem?

_Sim, está no carro.

_Sua aparência não é nada boa - Billy comentou - talvez você deva se sentar um pouco.

_Sabe de que realmente preciso? De um banheiro.

_Fica ali. - disse Edward, indicando a porta sob a escadaria com a cabeça. - Não é muito grande, mas deve servir.

  Depois de pentear os cabelos e secar o rosto em uma toalha áspera, sentia-se mais apresentável;

_ Parece-me, filho, que bons ventos a trouxeram para cá e não para outra fazenda qualquer. Parecia uma louca chegando em nossa casa daquele jeito.

_ Ela está apenas cansada da viagem.

  Ouvindo as palavras de Edward através da porta do banheiro, decidiu que a exaustão era uma boa desculpa para estar assim.

  A verdade era que definitivamente não estava em seu melhor humor, mas que  estaria, depois de tudo o que passara nos últimos dias? Estava desempregada e havia rompido o noivado. Estava com muita raiva.

_ Você tem o direito de se sentir assim – garantiu a seu reflexo no minúsculo espelho.

  Do outro lado da porta, ouviu Billy falar:

_ Filho, ela está falando sozinha! Talvez você deva verificar se ela está realmente passando bem.

_ Estou bem! – Bella gritou. – Sairei em um segundo.

  Precisou de diversas tentativas para abrir a tranca da porta do banheiro, que provavelmente era de séculos atrás.

  Estava quase pronta para admitir derrota quando a fechadura finalmente cedeu, e ela saiu quase tropeçando, chegando bem perto do local onde Edward e seu pai a aguardavam. Esse primeiro a observava atentamente, quase como se pudesse lê-la.

  Reuniu a pouca dignidade restante, aprumou os ombros e falou:

_ Acho que vou descansar agora, caso não se importem. Foi uma longa viagem.

_ Eu a levarei para o seu quarto – disse Edward enquanto segurava as duas malas em uma mão. A camisa molhada colada, resaltava seus músculos e indicava que saíra na chuva para buscá-las no carro.

_ Obrigada.

 Bella o seguiu escadaria acima, apreensiva quanto ao ranger de cada degrau que passavam para subir. Edward estava a dois passos a sua frente, e os quadris dele estavam bem na altura de seus olhos.

  A calça ajustava-se como uma segunda pele. Ele tinha cintura estreita e quadris esguios sobre as longas pernas que pareciam bastante torneadas.

  Não que eu estivesse prestando atenção aquele corpo masculino. Mesmo assim, não conseguia deixar de notar que ele se movia com o jeito peculiar dos heróis de filmes de cowboy. E que cowboy hein?

   Ela sabia, pois assistira a todos os episódios de Dallas na televisão. Sempre tivera o desejo secreto de morar em uma fazenda.

   Durante o longo trajeto para Forks, chegou a imaginar que o que Jacob lhe fizera talvez tivesse sido obra do destino para guiá-la ao rumo do lugar de seus sonhos.

   Esperava apenas que seus dias ali não se transformassem em um pesadelo do mesmo modo que acontecera a seu sonho de vida com Jacob.

_ Os aposentos da empregada doméstica estão sendo... Bem, reformados. Então, durante os próximos dias, você ficará no quarto de hóspedes – declarou Edward, mantendo a porta aberta com o pé.

   A cama era grande e parecia confortável, embora antiga. E tinha uma manta em vez de colcha.

   Bella olhou ao redor. Havia uma mesinha de cabeceira e uma cômoda com gavetas ao lado de uma cadeira. Não era exatamente um hotel cinco estrelas, mas parecia bastante confortável.

 _ Colocarei sua bagagem aqui Srta. Swan – disse Edward, acomodando as malas na cama, onde se afundaram um pouco sobre o colchão velho.

Contemplando-o, Bella sentiu uma imensa saudade de seu colchão luxuoso em Nova York.

_ Por  favor, me chame só de Bella – disse o olhando

_ Ok, Bella, mas me chame de Edward. – disse dando um meio sorriso para ela.

Eles se encararam por alguns segundo a te Bella corar e ambos desviarem os olhares um do outro.

_ Hum... Vocês têm uma banheira? – perguntou a Edward.

_ Claro. Mas o aquecedor de água não está funcionando, me desculpe. – falou com pesar, ajeitando o chapéu. – Deverá ser consertado pela manhã.

_ Tudo bem – murmurou ela, deixando de lado a esperança de tomar um banho bom quente.

_ Ligarei o aquecedor para você. Se não tiver mais perguntas, deixarei que descanse. Acordamos bem cedo nesta região. O café da manhã é ás cinco e meia.

_ Está bem – murmurou em meio a um bocejo, sem prestar muita atenção. – Eu os verei então.

_ A cozinha fica nos fundos da casa, no térreo – Acrescentou Edward. – Você não se perderá.

_ Mmm, boa noite.

 Enquanto ela fechava a porta, tentou fitar os olhos de Edward, e finalmente estivera próxima o bastante para observar que eram lindos olhos verdes.


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Notas finais do capítulo

Então o que acharam?
Devo continuar?
Beijos ninas!!!



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