Harry Potter and the Lost Witch escrita por Nic
– Scabior!
Ele se virou rapidamente. Era Nicky.
– O que foi?
– É impressão minha ou eu senti um certo sentimento indesejado partindo de você? O mestre não ficará nada feliz com isso. Precisamos concluir o plano, e rápido.
– Cale a boca. Eu não recebo ordens de você. E você anda lendo muitos contos de fadas. Vá caçar o que fazer.
– Claro. Só espero que você não decida trair sua família.
Ela se foi, deixando Scabior sozinho.
Ele não amava Kayleena. Não podia amá-la. Não queria e não devia amá-la.
Scabior aparatou para o esconderijo dos comensais. Eles estavam fazendo uma festa.
– E aí, Scabior! Garanhão! - Gritou um comensal que estava bêbado.
– Cale a boca, Beeth. Pelo menos eu ainda consigo conquistar. Você não conquista nem moscas.
– Ah ah ah ah ah ah! Eu não conquisto nem moscas!
E todos os outros bêbados riram. Aquilo era realmente patético.
Scabior revirou os olhos e então percebeu que havia um ser encapuzado sentado todo desleixado em uma cadeira velha no canto da sala. Era com ele que queria falar.
– Senhor? - Perguntou Scabior.
Ele não respondeu. Levantou o capuz e olhou fixamente nos olhos dele. Ele não passava de um velho bruxo rancoroso e cansado. Seus olhos azuis quase gritavam isso. Seu cabelo comprido em um tom de loiro esbranquiçado dava dó. Porém ele passava uma imagem de respeito e autoridade.
– Senhor, eu já conquistei a garota. Estamos quase seguindo para o próximo passo.
– Muito bem.
– E... Senhor?
– Diga.
– Se os comensais não amam... o Senhor nunca amou Narcisa?
– Por que a pergunta, Scabior? Por acaso está... Amando?
– Não! N-não... Eu só queria saber, é que... Snape amou Lilian... E ele era um comensal.
– Snape foi um traidor. Não merece o título 'Comensal da Morte'. Ele traiu o Lorde das Trevas. Ele traiu a própria família.
– Mas...
– Cale-se! Já tomou muito do meu tempo... agora vá. Ah! E avise meu filho que desejo vê-lo.
– Sim, Sr. Malfoy.
Scabior encontrou Malfoy atormentando algumas aranhas que ele havia nomeado de o Trio Maravilha.
– Malfoy, seu pai quer vê-lo.
– Meu pai nunca quer me ver.
– Ele está te chamando.
– Humpf. Acho bom que seja verdade, senão eu digo que você me mandou atormentá-lo.
– Se não acredita, não vá.
– Não, eu vou sim. Tenho coisas à contar sobre a garota.
– O quê? O que você sabe?
– Calma, calma, Romeu. É só que o livro dos Feitiços de Voldemort foi achado. E para a alegria de nós, comensais, o ingrediente principal da poção é a vida. Mas deve ser uma vida pura. Sabe o que isto quer dizer?
– Não, não estou entendendo.
– Ah! Pare com isso, não se faça de bobo. Ela será queimada viva e jogada no caldeirão, junto do crânio do Lorde das Trevas. Que ironia, não?
– Seu...- Ele levantou o braço para bater em Malfoy.
– Ôh, ôh, ôh! Não ouse tocar em mim. Por acaso há algum problema com isso?
Scabior não respondeu.
– Conversei com Nicky ontem de noite. Ela tem uma ótima percepção. Espero que tenha errado com o comentário que fez.- Concluiu Malfoy com um sorrizo sarcástico.
Scabior deu as costas e foi para fora, procurou a árvore mais alta que conseguiu encontrar e subiu em seu topo. Passou a noite lá. Pensando se ele próprio merecia ser um comensal ou se conseguiria cumprir com o plano.
Amanheceu. Scabior não havia dormido nem um segundo. Naquela manhã ele havia se decidido. Iria trazer Kayleena para o ninho dos comensais e faria parecer que havia encontrado eles, pobres e destruídos.
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