Harry Potter and the Lost Witch escrita por Nic


Capítulo 14
Capítulo 14




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– Scabior!

Ele se virou rapidamente. Era Nicky.

– O que foi?

– É impressão minha ou eu senti um certo sentimento indesejado partindo de você? O mestre não ficará nada feliz com isso. Precisamos concluir o plano, e rápido.

– Cale a boca. Eu não recebo ordens de você. E você anda lendo muitos contos de fadas. Vá caçar o que fazer.

– Claro. Só espero que você não decida trair sua família.

Ela se foi, deixando Scabior sozinho.

Ele não amava Kayleena. Não podia amá-la. Não queria e não devia amá-la.

Scabior aparatou para o esconderijo dos comensais. Eles estavam fazendo uma festa.

– E aí, Scabior! Garanhão! - Gritou um comensal que estava bêbado.

– Cale a boca, Beeth. Pelo menos eu ainda consigo conquistar. Você não conquista nem moscas.

– Ah ah ah ah ah ah! Eu não conquisto nem moscas!

E todos os outros bêbados riram. Aquilo era realmente patético.

Scabior revirou os olhos e então percebeu que havia um ser encapuzado sentado todo desleixado em uma cadeira velha no canto da sala. Era com ele que queria falar.

– Senhor? - Perguntou Scabior.

Ele não respondeu. Levantou o capuz e olhou fixamente nos olhos dele. Ele não passava de um velho bruxo rancoroso e cansado. Seus olhos azuis quase gritavam isso. Seu cabelo comprido em um tom de loiro esbranquiçado dava dó. Porém ele passava uma imagem de respeito e autoridade.

– Senhor, eu já conquistei a garota. Estamos quase seguindo para o próximo passo.

– Muito bem.

– E... Senhor?

– Diga.

– Se os comensais não amam... o Senhor nunca amou Narcisa?

– Por que a pergunta, Scabior? Por acaso está... Amando?

– Não! N-não... Eu só queria saber, é que... Snape amou Lilian... E ele era um comensal.

– Snape foi um traidor. Não merece o título 'Comensal da Morte'. Ele traiu o Lorde das Trevas. Ele traiu a própria família.

– Mas...

– Cale-se! Já tomou muito do meu tempo... agora vá. Ah! E avise meu filho que desejo vê-lo.

– Sim, Sr. Malfoy.

Scabior encontrou Malfoy atormentando algumas aranhas que ele havia nomeado de o Trio Maravilha.

– Malfoy, seu pai quer vê-lo.

– Meu pai nunca quer me ver.

– Ele está te chamando.

– Humpf. Acho bom que seja verdade, senão eu digo que você me mandou atormentá-lo.

– Se não acredita, não vá.

– Não, eu vou sim. Tenho coisas à contar sobre a garota.

– O quê? O que você sabe?

– Calma, calma, Romeu. É só que o livro dos Feitiços de Voldemort foi achado. E para a alegria de nós, comensais, o ingrediente principal da poção é a vida. Mas deve ser uma vida pura. Sabe o que isto quer dizer?

– Não, não estou entendendo.

– Ah! Pare com isso, não se faça de bobo. Ela será queimada viva e jogada no caldeirão, junto do crânio do Lorde das Trevas. Que ironia, não?

– Seu...- Ele levantou o braço para bater em Malfoy.

– Ôh, ôh, ôh! Não ouse tocar em mim. Por acaso há algum problema com isso?

Scabior não respondeu.

– Conversei com Nicky ontem de noite. Ela tem uma ótima percepção. Espero que tenha errado com o comentário que fez.- Concluiu Malfoy com um sorrizo sarcástico.

Scabior deu as costas e foi para fora, procurou a árvore mais alta que conseguiu encontrar e subiu em seu topo. Passou a noite lá. Pensando se ele próprio merecia ser um comensal ou se conseguiria cumprir com o plano.

Amanheceu. Scabior não havia dormido nem um segundo. Naquela manhã ele havia se decidido. Iria trazer Kayleena para o ninho dos comensais e faria parecer que havia encontrado eles, pobres e destruídos. 



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