49 Days escrita por AnneWitter


Capítulo 4
Prepare-se para viver...


Notas iniciais do capítulo

- Cap não betado!
-Primeiramente agradeço a Maarychan, NessaBehappy e Nyse pelos comentários no cap anterior. E por obrigada também para quem favoritou a fanfic. Estou mega feliz com isso, abrigada pela inspiração ^.^ o comentários de todas me ajudam muito no momento de escrever.
-Espero que gostem... Lucy começa a sentir o quão árduo será sua jornada...



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Ninguém lhe disse que seria tão estranho e difícil.

Lucy estava parada em frente ao hospital que estava seu corpo, conseguira descobrir o paradeiro deste devido ao simples fato de que era o hospital mais próximo do acidente e com uma corona chegou ao lugar. Sem falar que aquele era um dos melhores hospitais da cidade e logicamente que seus pais não iriam deixá-la em qualquer lugar.

Seus pais.

Aquela tinha sido a pior parte.  Assim que entrou naquele hospital os viu na recepção, conversavam enérgicos com a enfermeira que estava ali, querendo uma explicação melhor em relação ao estado de sua filha, pelo que parecia seu corpo estava numa cirurgia. Ela teve uma vontade gritante em se aproximar deles e lhe abraçar e dizer que estava bem e que certamente em breve estaria de volta em seu corpo, mas reprimiu-se em fazer isso por causa das regras que deveria seguir.  Contudo ficar ali não a ajudaria nesse fato de se segurar e por isso optou em sair.

E desde então, há duas horas, estava ali do lado de fora olhando a fachada mórbida daquele hospital. Aquela cor cinza chumbo a corroia completamente.

-Com licença. – alguém lhe pediu.

Lucy rapidamente foi para o lado. Ela estava perto da entrada do hospital, essa para os pedestres, e toda vez que alguém entrava ou saia ela tinha que se locomover. Apesar do transtorno que trazia para os demais, e até para si, ela continuava naquele mesmo lugar.

Ela olhou a mulher de cabelos cacheados de um azulado vivo entrar, seu coração disparou em alegria ao reconhecê-la, deu dois passos na direção dessa e parou antes de tocar seu braço, alguém havia passado por ela e entrelaçou o braço de sua amiga. O homem que se colocou ao lado dela olhou de esgueira para a figura estranha e depois seguiu ao lado da azulada.

Lucy ficou estática por alguns segundos olhando a cena de sua melhor amiga, Juvia, ao lado de seu noivo, Gray, de braços dados. Aquilo por alguma razão a perturbou terrivelmente, embora pudesse ser algo normal... Mas porque para ela não aparentava isso?

Resolveu então sair dali.

Começou a andar por Tókio sem um real destino, andava pelas ruas lotadas da cidade sendo empurrada ora ou outra por alguém apressado, ela pouco se importava com isso, simplesmente seguia o seu andar lentamente, como que contando seus passos. Olhava para frente, mas não enxergava realmente aquilo que estava diante de si, sua mente estava perdida. Talvez ela estivesse se preocupando demais, mas a cena mexeu dando com ela que aquilo não queria de forma alguma sair de sua mente. Uma vez que ambos nunca se mostraram tão íntimos assim para realizarem tal coisa... Ao menos nunca na frente dela.

Ela continuou a andar, o sol já havia partido e um vento gélido de noite começou a passar por seu corpo, ao mesmo tempo em que uma fome começou a incomodar. Primeiro ela procurou ignorou, mas a cada minuto que passava aquela fome aumentava. O que era normal, a dona daquele corpo comera há horas.  Sem saber ao certo o que fazer, nem mesmo mais se lembrando o caminho para voltar para sua casa... Ou melhor de Erza Scarlet, Lucy parou numa rua qualquer, olhou ao redor, estava vazia. Cautelosa retirou o celular do bolso de trás da calça, aquilo era uma emergência.

Discou o número um.

-O que foi? – indagou um programador irritado do outro lado.

-Uma emergência! – alertou ela.

Mal terminara de falar o ser de roupas escuras e cabelos repicados surgiu em sua frente, a assustando brevemente.

-O que aconteceu? – ele a pegou pelo braço e a virou, verificando seu corpo. – Não vejo nenhum machucado, e como ainda está no corpo dela, ela também não acordou. O que houve então? – indagou soltando ela.

-Estou com fome. - Disse alarmada. – Muita fome, nunca me senti assim antes. Acho que poderei morrer.

Ele suspirou fundo.

-Chamou-me por isso? – sibilou.

-Sim. – disse assustada com o semblante assustador que surgiu no rosto dele.

-O que lhe disse sobre emergência? Hein?

-Bem... Isso de alguma forma entra na regra de não prejudicar o corpo de Erza...

-Erza? Já se tornou intima dela?

-Estou utilizando o corpo dela, não, então imagino que seja. Bem, como disse, isso também entra nas regras, não? Aquela de não prejudicá-la.

Ele suspirou novamente.

-E então entra naquela que no caso sentir necessidade de algo, como alimentação, esse tem que partir do fruto de seu próprio trabalho.

-E como eu poderia fazer isso?

-Oras é você quem está nessa situação, portanto se vire. – e desapareceu.

Lucy fechou os olhos contento-se, furiosa jogou o celular na parede oposta.

-Programador de meia tigela! – gritou.

Mais calma ela pegou o celular o verificando em seguida, notando que este estava intacto resolveu sair dali. Agora o jeito era encontrar um modo de conseguir se alimentar...

Heaven era um restaurante que ficava no centro da cidade. Embora os demais restaurantes próximos exalassem luxo e poder, aquele era mais humilde e acolhedor. Como uma segunda casa para aqueles que frequentavam o lugar.

Lucy parou diante dele meia hora depois de andar em busca da rua que ficava o mesmo. Ela sempre se sentia bem naquele lugar, claro que ninguém ali lhe reconheceria, entretanto conhecia perfeitamente o dono do lugar, como também aos seus funcionários para saber que poderia ter algum sucesso.

Entrou cautelosa, a entrada já lembrava uma casa. Na verdade era e o dono da casa transformara o térreo em seu restaurante, enquanto a parte superior continuava sendo sua residência.  Ela olhou aquilo saudosa, como que há anos não colocasse o pé naquele lugar, quando na verdade havia jantado na noite passada ali junto com seu noivo.

Seu noivo. A cena dele e Juvia de braços dados lhe abateu novamente. Abaixou a vista, enquanto alguém se aproximava de si.

-Poderia lhe mostrar um lugar para se sentar senhora? – indagou a mulher com um largo sorriso.

Lucy a olhou. A mulher ficou levemente surpresa, certamente não esperava ver a ruiva chorando.

-Tudo senhora?

Lucy forçou-se a sorrir e balançou a cabeça num sim, para em seguida secar as lágrimas.

-Desculpa-me... Eu não deveria estar aqui...

A mulher lhe olhou com estranheza.

-Senhora...

Lucy lhe virou as costas achando-se boba, tinha ido até ali, e como no hospital não conseguira seguir, e tampouco conseguira olhar aquela cena. Como ela poderia conseguir aguentar e esperar que suas lágrimas fossem coletadas?

Deu mais um passo, mas antes que conseguisse sair alguém parou diante de si, ela levantou a cabeça e um alívio cobriu seu coração, sem pensar o abraçou. O homem ficou estático sendo envolvido pelo braço da ruiva. Lucy continuou a chorar nos braços dele.

-Senhora? – a voz que conhecia pronunciou. - É... Senhora?

Ele delicadamente a afastou, Lucy voltou a olhá-lo, vendo-o lhe olhar com estranheza, como que não a reconhecendo – o que era obvio – a deixou sem chão. Aquilo tudo era terrível demais.

Sem pedir desculpas e explicar nada diante a expressão interrogativa do homem, Lucy saiu dali correndo. Não tinha mais vontade de continuar com aquilo...


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Notas finais do capítulo

- Não esqueçam de comentarem!!!