Fabula Temporis escrita por Linnet Lestrange


Capítulo 2
Capítulo 2 - Aquele com a Missão




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Capítulo 2 – Você Só Pode Estar Brincando

Caí na gargalhada.

Sério, comecei a rir tanto que fiz até aqueles barulhos estranhos que parecem um ronco.

Agradeço que Dumbledore e o Sr. D não sejam possíveis pretendentes românticos, ou senão eu teria que riscá-los imediatamente da minha lista.

Eles apenas continuavam a me encarar. Dumbledore esboçava um leve sorriso no rosto, e me olhava com ternura através dos óculos de meia-lua, e o Sr. D me encarava com aqueles olhos esbugalhados com a maior cara de reprovação.

- Isso foi engraçado, de um modo cruel. Mas e então, quem vai? – Perguntei novamente, enxugando as pequenas lágrimas que tinham se formado em meus olhos, do tanto que eu havia rido.

Os dois me encararam como se eu fosse mentalmente inferior a uma capivara.

- Você, Holly. Você é a única que possui maiores chances de realizar essa missão. Não que eu esteja feliz com isso, não estou mesmo! Se fosse possível, eu iria em seu lugar sem pestanejar – disse o Sr. D, me olhando calorosamente.

- Sabe, agora você está realmente me assustando porque eu não acho mais que esteja brincando – eu disse.

- Infelizmente, não é uma brincadeira.

- Mas... mas... mas... – Ok, é mais difícil formar uma frase coerente quando você está nesta situação (a de descobrir que você terá que voltar no tempo para matar o maior Lorde das Trevas de todos os tempos, eu quero dizer) do que parece – Mas por que eu? Sério, por que não Harry Potter? Tenho certeza que ele se sairia bem melhor do que eu.

- Seria extremamente arriscado, mandar o Harry – dizia Dumbledore – Ele possui parentes que estudavam em Hogwarts naquela época, cuja semelhança é enorme. E sua ligação com Voldemort, através da cicatriz, da varinha, da profecia, entre outros, poderia causar uma perigosíssima ruptura no tempo atual. Além do mais, se o Voldemort atual percebesse sua ausência, poderia desconfiar de algo.

"Blá, blá, blá", era só o que eu ouvia.

- E quanto a você? E você, Desiré? E alguém da Ordem, mais velho e experiente? – Sugeri, sentindo o desespero tomar conta da minha voz.

- Como já disse, Hol, ficaria feliz em ir em seu lugar. Entretanto, Dumbledore não poderia ir de jeito algum, pois o Dumbledore do passado certamente acharia peculiar ver seu eu-do-futuro andando por ai e eu preciso ficar e tomar conta da Armée. Alguém da Ordem, constantemente vigiada por Voldemort, levantaria suspeitas. O ideal seria alguém da Armée, e a pessoa perfeita é você, até porque quanto menos pessoas ficarem sabendo disso, melhor.

Me afundei na confortável poltrona de Madame Maxime. Aquilo só podia ser brincadeira. Tudo bem, eu participava da Armée de la Lumiére, fazia todo o meu trabalho da melhor maneira possível, espionava, chutava alguns traseiros de vez em quando e tudo o mais. Quero dizer, eu sou mesmo bem durona.

Mas... Isso?

Isso?

Eu te falo o que isso é.

Suicídio. Suicídio dos brabos.

- Hol, você é perfeita para essa missão. É jovem, inteligente... – incentivava o Sr. D, se aproximando da mesa com uma expressão de simpatia – ... E corajosa! Eu e toda a Armée confiamos em você, e conhecemos sua capacidade. Você será perfeita para se passar por uma aluna na época dele de escola.

Meus olhos começaram a ficar úmidos.

- Mas... mas e se eu não conseguir? E se eu decepcionar a vocês e ao resto da humanidade e todo mundo virar jantar de Voldemort? Por minha causa? – choraminguei.

Mas, puxa, era mesmo uma responsabilidade e tanto! Só Merlim sabe como eu fico desastrada quando estou nervosa.

E eu teria que matar alguém? Matar uma pessoa??? Eu mal consigo matar uma barata.

Se bem que não acho que ele vá fazer aquele barulho crocante pertubador quando morrer.

E se eu matar a pessoa errada? Afinal, eu nem mesmo sei como era o Voldemort antigamente.

Será que ele era feioso e ofídico desde aquela época?

Bem, neste caso não terei grandes problemas em identificá-lo.

Mas, pensando bem, o que diabos eu sei sobre a vida dele? Nem sei qual é o seu nome verdadeiro.

A não ser que seja mesmo Voldemort. Puxa, se for, não é a toa que ele é assim, revoltado.

- Não importa, Hol. É uma tentativa, e uma das únicas que possuímos. Além do mais, não acredito que você irá falhar – disse o Sr. D.

- Eu concordo com o Desiré, srta. LeCroix – falou o Dumb – Temo que não tenhamos muita escolha. E não temos muito tempo, também.

Bem, parece que eu não tinha muitas alternativas.

Como eu conseguiria dizer não para a tentativa de salvar o mundo?

- Bem – suspirei – Então vamos nessa.


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