Eu sei que mentir pra Carly, que eu tinha dado o seu telefone para o Brad não é uma coisa que uma amiga se faz, Mais parti o coração dela e ter que ouvir lamentações durante todo aquele ano não era a melhor opção, Mas o que eu faço agora?

– Vamos? – Carly me perguntou, mas ela estava totalmente fora de si, perdida no seu mundo esperando um simples sms de um cara ele pensa que sabe que ela existe. Definitivamente eu sou uma péssima amiga. Tenho que fazer alguma coisa. – tenho quem comprar um blusa pra festa de sábado, você vai?

– não tenho certeza, mais pode ir indo na frente eu tenho que devolver um livro na biblioteca. – eu disse. Na verdade eu queria apenas tempo pra decidir o que fazer. Eu continuei sentada na sala encarando o quadro negro. E se eu for falar com ele? Não, eu sou tímida demais pra isso. E se eu pedir pra alguém falar com ele? Não, seria covardia demais. Por que eu não vou? Afinal nem sou eu que quer namorar com ele? Por isso mesmo que eu não devo ir. E continuei com essa conversa comigo mesma por muito tempo até que. E se eu escrever um bilhete? Rapidamente destaquei uma folha em Branco do meu caderno de matemática e escrevi os seguintes dizeres.

“Brad, por favor. Eu sei que é indelicado da minha parte pedir isso mais. Se está a fim de conhecer uma garota, por que não sai com a Carly Shay do primeiro ano D. Ela é super legal, meiga, companheira e uma grande amiga e ela gosta de você. Então, manda uma mensagem pra ela. O numero é 7445-5497.”

É acho que isso está bom. Afinal a massa cefálica do Brad não era muito convidativa aposto que ia só ler. “conhecer garota” “Carly Shay” e o numero. Levantei – me, pegando rapidamente meu material e indo em direção a sala dele. Eu tinha planos de deixar em baixo da mesa dela pra que ele possa ver amanha. E se tudo desse certo. Carly, nunca iria saber da minha mentira. A sala dele era duas depois da minha e como não tinha ninguém na escola àquela hora não teria problema eu entrar. E no momento que eu entrei. Eu vi ele sentando na mesa e com sua guitarra vermelha na mão. A melodia que ele estava tocando era muito bonita e me fez ficar por um momento perdida em meus pensamentos, até que ele notou minha presença.

– então? – suas sobrancelhas se levantaram de um jeito engraçado. Foi a primeira vez que ele me fez rir. – o que quer? – gentileza não era seu ponto forte, naquela época, é claro.

– onde está o Brad? – disse tentando manter uma conversa civilizada.

– o que quer com ele? – que curioso.

– poderia entregar isso a ele? – mostrei o bilhete. O que fez ele levantar e andar calmamente até onde eu estava.

– Carta de amor? – ele perguntou. – nos tempos de hoje? Você já ouvir falar de celular? – Ele ficou me encarando e eu apenas não sabia o que dizer por um momento eu pensei em sair correndo e me esconder ou apenas gritar com ele dizer “isso não é as sua conta” até que: Aconteceu, Ele me beijou! Uma onde de calor atravessou o corpo inteiro, e eu não sabia o que fazer, o que pensar, o que sentir eu apenas tive uma única reação. Empurrar.

– o que você pensa que está fazendo?

– que é? Sou o seu primeiro? – será que ta tão na cara assim?

Sai correndo em direção a porta da escola e direto pra minha casa. Eu não podia ter deixado aquilo acontecer, seria tudo mais fácil.

– Sam é você? – minha mãe gritou da cozinha ao me ouvir entrar. – poderia me fazer...

– eu apenas queria ficar sozinha. E não esperei para ouvi-la terminar. – Sentei-me na cama, ainda em choque, quem ela achava que eu era umas dessas garotas fácies que ele devia estar acostumado a ter? Será que ele queria tirar uma da minha cara? Será que ele gosta de mim? Essas perguntas martelavam em minha cabeça que eu nem percebi que Carly havia entrado no meu quarto, pela janela é claro, como nos velhos tempos.

– Sam. Ele me ligou! – sua voz era de extrema alegria.

– então quer dizer que ele entregou – sussurrei pra mim mesma.

– o que? – Carly, me perguntou desinteressada. Ela estava em seu próprio mundo no momento. – deixa pra lá. Queria te agradecer , por me aproximar do meu futuro marido.

– Carly! Vá com calma. Ainda nem tiveram o primeiro e você já está pensando em casar. – eu ri.

– poxa! Eu já tava até dando uma olhada em alguns vestidos na internet. – Ela disse meio triste. – mais tudo bem, e você dona Sam, alguém já conseguiu entrar nesse coração

– não! Exatamente. – eu disse, acho que posso contar a Carly, afinal ela é minha melhor amiga.

Depois que eu expliquei cordialmente tudo para a Carly, tirando a parte do Bilhete é claro. Sua reação foi a que eu já esperava, mais algo que ela me disse, machucou meu coração.

– VOCÊ FOI BEIJADA? – Seu berro foi tremendo que aposto que até a China entendeu. – por quem?

– Carly, fica quieta, minha mãe pode escutar. – eu disse tampando sua boca.

– E que foi? – perguntou mais uma vez ansiosa, essa menina tem sérios problemas.

– por aquele amigo do Brad, que ta na banda, o vocalista. – Nossa, agora que eu me toquei que eu nem sabia o nome dele.

– O Freddie? – sua voz ficou mais fina que o normal. – nossa... mais ele tem namorada! –

-  Freddie? Então por que ele me beijou se ele tem namorada? – O_O

- não sei  o que te dizer Sam, mais ela é do segundo ano e bem encrenqueira se fosse você não se metia com ele, pode ser pior pra você.

- eu não estava pensando em fazer isso nem se ele não tivesse uma namorada, quem ele pensa que é? Me beija sem a minha permissão e ainda acha que terá uma chance? -  “quem eu estava enganando?” eu estava louquinha Por estava escrito com letras de gliter na minha testa. “ você ama aquela tonto, Samantha”.

-  você gosto dela.

- não! – eu protestei rapidamente.

- não foi uma pergunta. – Ela disse se levantando. – só não se machuque, tudo bem? Eu tenho que ir, vou entrar no skype pra falar com o Brad. - Eu realmente não sabia, mais isso era o que eu mais teria dali pra frente: Sofrimento por causa do Freddie. Mais eu teria tudo de novo, se eu apenas pudesse... Abraça-lo outra vez.

"Eu ouvi a canção do amor.

É um som carinhoso, como se um pequeno amor

Chegasse perto de um sorriso."

Ai no uta.