A História De Fannie escrita por Mari grazziotin


Capítulo 7
Era A Vez Dele


Notas iniciais do capítulo

a suzanne poderia não ter feito isso com eles. to trist
bjs :*
~mari



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Terceira colheita, terceira colheita. Essa eu preciso contar detalhadamente, foi uma das piores colheitas da minha vida. Uma colheita que me deixou com sufoco na garganta.

Eu já tinha ficado melhor com o Finn, voltamos a nos falar e passar a ficarmos juntos, mas nunca mais tocamos no assunto de ele me amar, e eu fiquei deprimida por isso. Sentia falta do carisma, paciência e felicidade que ele tinha comigo, ainda tinha tudo, mas uma pitada a menos.

Fiquei como sempre, sabendo que não ia ser sorteada na colheita, mas sentia. Sentia que alguém importante ia, alguém que se eu perdesse não tinha mais como recuperar.

Fui até o lugar onde me cadastrava com um pouco do meu sangue, Finnick me acompanhou o caminho até a praça, foi me buscar em casa.

A mulher com luvas emborrachadas, furou meu dedo e depois de Finn. Quando eu o olhava sentia alguma coisa estranha, como se fosse acontecer algo horrível, e eu sabia disso, minha mãe e tia Angéline sempre me diziam que eu tinha um sexto sentido, sabia que alguma coisa ia dar errado, meu estômago embolava, e eu me sentia enjoada. E naquele momento eu estava quase vomitando minhas tripas. E eu não gostava nem um pouco daquilo.

Fomos para os nossos lugares. Na mesma fila, mas de lados distintos. Meu enjoo continuava cada vez mais forte. A orientadora do nosso distrito parecia cada momento mais feliz em nos escolher, pude até ver sua sede de sangue maior a cada ano.

Ela passou o filme todos os anos, eu estava inquieta, com muito medo. Ela foi para a bola das meninas dizendo a coisa de sempre “primeiro as damas!”. Enfiou a mão na bola de vidro, pegou o papel, meu estomago estava quase não suportando mais, e gritou ao som do microfone fazendo meus ouvidos doerem: “Katerine Tenaz!”. Meu enjoo ficou na mesma.

“Agora vamos para os garotos!”, meu estomago quase saltou, estava pior, de uma hora pra outra. Ela pegou o papel, eu pude ver a malicia em seu olhar, esse ano não teria um voluntário.

Ela foi para o centro do palco e esbravejou no microfone, mais alto que na vez das meninas. Ela abriu o papel, viu o nome antes de todos, e soltou um olhar de malicia maior ainda: “Finnick Odair!”.

Gelei. Eu não deveria ter escutado essas palavras, eu não deveria ter visto ela falando o nome de Finn. Ele só tinha 14 anos como eu, ele não conseguiria sobreviver a arena, se ele tivesse treinado quem sabe, mas não. Ele era um garoto que só sabia pescar no mar gelado e aberto. Um garoto nos jogos, a Capitol nunca brinca quando se trata de ódio.


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