Phoenix No Bouken: Brave New World escrita por Davizaum2810


Capítulo 9
CAPÍTULO 9 - THE STORY OF HOU Parte 4


Notas iniciais do capítulo

Essa é a parte final do flashback do Hou e ela mostra o que houve para ele parar no mundo de Sailor Moon. Espero que gostem



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Hou olhava para o Thomas um tanto sem graça por conta de todo o entusiasmo e energia da qual o cavaleiro de gêmeos se apresentou, não sendo algo que esperava de um guerreiro da elite dos protetores de Atena. Enquanto isso, Thomas mantinha a sua postura, com o punho levantado e olhando para as estrelas enquanto ficava de pé. Depois, para chamar a atenção do seu colega, Hou falou:

– Ei, Thomas. Não perca o foco. Você me fez uma proposta e me chamou para uma conversa, então, o que acha de me falar um pouco de você? Por que protege Atena? Ao julgar pelo seu comportamento, eu poderia imaginar que suas motivações são diferentes.

– Ok. Eu sou um rapaz inglês. Eu venho de uma família pobre de Londres que se mudou para a Grécia. Quando eu era bem jovem, perdi meus pais em um acidente de carro do qual eu sobrevivi por algum milagre, mas eu não escapei dele ileso. Fiquei gravemente ferido e acabei perdendo a memória. Eu só consegui ficar vivo graças a um cavaleiro de bronze que me resgatou. Um homem chamado Seiya. Ele me trouxe até Atena e graças ao poder dela, minha vida pode ser salva. Desde então ela me criou, me deu o nome do qual eu sou chamado ao notar pelo meu sotaque que venho da Inglaterra e me educou. Com o tempo, fui recuperando as minhas memórias e para retribuir tudo que ela fez por mim, resolvi me tornar um cavaleiro e para isso, busquei a tutela daqueles que são os mais próximos de Atena. Seiya de Pégaso, Hyoga de Cisne, Shiryu de Dragão e Shun de Andrômeda e graças aos ensinamentos de todos eles, minha dedicação nos treinos e vontade de proteger aquela que se tornou a minha nova mãe, pude me tornar o novo cavaleiro de Gêmeos. Eu não pude recuperar toda a minha memória, mas pude lembrar-me de algo bem importante que foi provado quando vesti minha armadura. Eu tenho um irmão gêmeo e eu queria muito poder conhecê-lo. Isso é impossível para mim, pois tenho de ficar no Santuário para proteger Atena. Ela foi gentil o bastante para me ajudar usando os recursos de sua fundação. Eu a protejo porque ela me criou, me salvou das garras da morte, me criou e está a me ajudar a procurar meu irmão gêmeo que está vivo em algum lugar nesse mundo. Protegê-la é o mínimo que eu poderia fazer em retribuição. Disse o Thomas sendo bem franco.

Hou sentiu uma certa empatia pelo Thomas ao ouvir a sua história e sorriu ao ver que ele tem uma boa razão para proteger Atena, não sendo bitolado como os outros cavaleiros que encarou no Santuário.

– Bom, Thomas, a sua história me convenceu. Aceitarei a sua proposta desde que esteja disposto a me treinar já que eu vim para esse lugar para conseguir poder e talvez, fazer amizade com alguém e acho que você é o único aqui capaz de ne ajudar. Disse o Hou, sendo bem direto com o cavaleiro de ouro.

– Te treinar? O que pretende fazer com o poder que conseguiria caso eu te treinasse? Questionou o Thomas.

– Usa-lo para fazer o bem para me redimir do meu passado ajudando as pessoas e protegendo o mundo em que eu vivo. Vejo Atena de forma diferente. A vejo mais como uma aliada e peço que respeite a minha forma de enxergá-la, pois eu respeito a sua como também a admiro. Declarou o Hou, tendo um sorriso no rosto, mostrando que estava falando a verdade.
Ao ouvir o Hou, Thomas começou a rir por ter gostado do ouviu e então, falou:

– Não precisa nem me pedir, Hou. Você me convenceu eu irei treiná-lo enquanto o mantenho sob a minha guarda. Você tem um bom caráter e vejo um grande potencial em você.

E assim começou. Thomas ficou a treinar o Hou enquanto o mantinha sob a sua proteção, impedindo que outros cavaleiros que queriam impor a ele a lealdade à Atena. Ao longo do processo, Hou não se meteu mais em brigas já que mais ninguém queria enfrentá-lo e estava se saindo muito bem no treinamento, apesar de alguns vacilos que foram resolvidos pelo Thomas depois de dar algumas dicas ao seu protegido. Hou aprendeu novos golpes, novos usos para o cosmo e ficou mais forte, ainda estando longe de se encontrar no mesmo nível do seu treinador. Em meio às pausas dos treinos, os dois conversavam e se davam muito bem e isso fazia o Thomas estranhar um pouco as coisas, pois eles se conhecem há pouco tempo, mas sentia uma boa química com o seu pupilo. Essa estranheza aumentou ainda mais quando ensinou o Hou a manifestar a luz e as trevas do seu coração em seus punhos para tentar confirmar uma suspeita, algo que só duas pessoas poderiam fazer. O cavaleiro de Gêmeos e seu irmão gêmeo que também teria o potencial para representar esse signo a serviço de Atena. Como Hou e Thomas não eram idênticos, ele ficava a imaginar se ele é o seu irmão que sempre quis ver e pensava se era possível o destino da constelação de Gêmeos também cair em irmãos gêmeos bivitelinos.

– Como é possível que o Hou possa fazer algo que só o cavaleiro de Gêmeos faria? Para isso ser possível, ele teria de ser meu irmão gêmeo. Será que ele é o meu irmão perdido? Se o Hou realmente for ele, será que é possível que o destino de Gêmeos também pode influenciar nas vidas de irmão gêmeos que não são idênticos? Questionava o Thomas em meio aos seus pensamentos.

Em uma noite, depois de um longo dia de treinos e uma introdução ao Thomas nos hábitos de caridade do Hou nas vilas próximas do Santuário. Cada um estava deitado em sua respectiva rede e olhando para o céu noturno.

– Thomas, você tem ficado esquisito ultimamente. É como se estivesse pensando em alguma coisa. No que está pensando? Disse o Hou.

Como sabe disso? Perguntou o Thomas.

– Nesses últimos meses em que estivemos juntos eu pude te conhecer o bastante para poder notar isso. Disse o Hou.

– Ok. Hou, eu acho que você é meu irmão gêmeo perdido. O fato de você ser capaz de manifestar a luz e as trevas do seu coração em seus punhos é algo só duas pessoas poderiam fazer. O cavaleiro de Gêmeos e seu irmão gêmeo, mas não somos idênticos. Nem temos lá muitas semelhanças em nossa aparência. Disse o Thomas.

– Então era só isso? Disse o Hou.

– Como assim só isso? Questionou o Thomas com uma certa exaltação.

– Simples. Nós dois nos demos muito bem nesses últimos meses. Você me ajudou, me manteve longe de encrenca e até me educou com esse lance de não deixar a minha raiva me dominar para que eu não seja possuído pelas trevas do meu coração e nem valorizar demais a luz a ponto dela me segar sobre o que é certo e errado, mostrando que a forma de lidar com esses dois espectros é o equilíbrio. Você me fez forte, me deu sua proteção e conhecimento. Por conta disso tudo e por ser a segunda pessoa na minha vida que considero meu amigo, eu poderia dizer que te considero como um irmão para mim, Thomas. Se somos mesmo parentes, isso não importa. Disse o Hou.

– Fico contente por pensar assim e não imaginava que viesse expor tanta coisa, Hou. Disse o Thomas, sorrindo em ver a consideração do seu pupilo.

Hou não falou mais nada. Apenas estendeu um de seus punhos até o Thomas, propondo um cumprimento mútuo que o guerreiro dourado respondeu ao tocar a sua mão fechada na do cavaleiro de fênix.

Thomas e Hou ficaram juntos e foram se tornando cada vez mais amigos ao longo do tempo foram se tornando mais e mais amigos até que se passou um ano desde que o cavaleiro de Fênix chegou ao Santuário. Então, aconteceu. Os céus se ficaram fechados por nuvens, raios caiam e várias vozes de homens e mulheres ficavam a ecoar de lá de cima junto ao som dos trovões, tendo um tom bem profético e podiam ser ouvidos em todo o planeta.

– Atenção, tolos humanos. Nós somos os Deuses do Olimpo. Por vários anos nós ocultamos a nossa presença do resto do mundo, nos preparando para destruirmos vocês. Não podemos deixar que corram soltos por aí depois de terem derrubado Posseidon e Hades. Para nossa segurança, faremos com que todos vocês encontrem a sua morte caso decidam contrariar a nossa vontade. Preparem-se.

Depois que as vozes vindas do céu se calaram, várias estrelas cadentes vinham à Terra. Eram as forças dos deuses olímpicos que estavam descendo para dominar o planeta.
Hou e Thomas estavam em um vilarejo próximo do Santuário, vestindo suas armaduras e preparados para a batalha e fazendo o que podiam para evacuarem os moradores do local, sentindo diversos cosmos se aproximando enquanto viam seus inimigos caírem do céu como cometas.

– Thomas, vamos segurá-los para que os moradores possam fugir. Disse o Thomas.

– Sim. Preparado Hou? Disse o Thomas, estando em guarda.

– Eu dediquei a maior parte da minha vida para isso. Disse o Hou, também estando em guarda.

Depois de um tempo, as forças inimigas chegaram. Eram muitos. A maioria deles era de fracos, mas a questão dos números ainda era de levar em consideração a derrota dos dois contra aquela multidão. Os dois cavaleiros ficaram a lutar bravamente naquele local, mas era inútil, pois seus inimigos estavam espalhados em todo o planeta e estavam matando todos os inocentes que fugiam e se escondiam. Tomas e Hou conseguiram vencer essa batalha, mas lutaram tanto que acabaram bem debilitados e haviam mais inimigos indo na direção deles e por isso, os dois resolveram recuar. Essa atitude deixou Hou envergonhado, porque via essa fuga como um sinal de fraqueza da sua parte, dando uma leve impressão de que seus anos de treinamento talvez não tenham o tornado tão forte assim, mas isso não chegava anos pés de como ele se sentiu o que ele encarou ao longo do caminho enquanto corria, estando logo atrás do Thomas. Haviam vários cadáveres, pedaços de corpos, sangue e os mais variados sinais de destruição por todo o lugar, fazendo com que o cavaleiro de fênix começasse a se sentir um verdadeiro fracassado por ter falhado em seu propósito. Isso tudo, mais a dor que sentiu no peito fez com que ele parasse e caísse de joelhos no chão enquanto mantinha a cabeça baixa, uma de suas mãos em seu peitoral, bem na região onde fica o seu coração. Quando Hou parou, Thomas também cessou a correria, virou-se e perguntou ao seu amigo:

– Hou, o que Houve? Por que parou de correr?

– Thomas, sinto como... como se... como se eu... Disse o Hou, gaguejando por causa da turbulência emocional que estava o incomodando em seu interior.

– Como se tivesse perdido alguém e falhado no propósito da sua vida? Vai por mim, eu sei como você se sente. Completou o Thomas, enquanto virou-se para o seu amigo e direcionou o seu olhar para ele, mostrando que estava com seus olhos lacrimejando já que estava passando por algo parecido, mas se mostrando firme enquanto encarava o Hou com um ar sério.

– Quer dizer que... Disse o Hou ao notar que o Thomas estava passando pela mesma coisa.

– Sim. Assim como seu mestre. Atena e vários outros cavaleiros também morreram. Disse o Thomas com uma estranha calma. Em momentos como esse é preciso manter a calma e ficar com a cabeça no lugar. Acho que o melhor para nós é sobreviver e resistir às forças inimigas.

Após ouvir seu amigo, Hou se ergueu e virou as costas para o Thomas e falou enquanto estava tomado pela raiva:

– Não. Eu irei enfrentar todos aqueles que destruíram o mundo que eu jurei proteger. Se eu tiver que morrer, que seja no campo de batalha, mas antes disse. Mostrarei o inferno para os meus inimigos. Não tenho mais nada a perder.

– Hou! Não diga isso! Você pode não ter, mas eu tenho. Disse o Thomas.

– E o que seria? Questionou o Hou.

– Você, my brother. Hou, nesse momento você é meu amigo, minha família e é tudo que eu tenho e eu farei de tudo para evitar que morra. Respondeu o Thomas sendo bem sincero.

No fundo Hou ficou comovido, mas a tentação pela vingança o havia possuído e mesmo assim, decidiu correr na direção dos inimigos. Percebendo isso, Thomas acertou seu amigo com um golpe na nuca para que o fizesse desmaiar. Assim, o cavaleiro de gêmeos pôde pegar o seu amigo e carrega-lo para um lugar seguro. Enquanto isso ele refletia em como poderia lidar com essa situação.

Quando Hou acordou. Ele estava vagando em um espaço estranho. A princípio, imaginava que estava sonhando.

– Thomas, seu maldito. Ele me fez desmaiar. Hora de eu acordar. disse o Hou antes se dar alguns tapas para tentar acordar.

Vendo que não estava sonhando, Hou começou a entrar em desespero.

– Não. Não! Thomas. Thomas! Onde é que você está?! Eu estava errado? Eu deveria ter te ouvido! Pelo menos assim, eu poderia ter pedido desculpas pela minha atitude. Thomas! Gritava o Hou desesperado, sem saber o motivo de ter parado naquele estranho ambiente.

Depois, Hou olhou para trás e viu uma mensagem escrita com sangue na urna de sua armadura que estava a flutuar atrás dele junto da armadura da urna da de Gêmeos. A mensagem dizia: Hou, se você está lendo isso é porque eu talvez eu não tenha encontrado outra escolha e a única maneira de te salvar foi te tirar do nosso mundo com o Another Dimension para te deixar longe do alcance daqueles que destruíram nosso mundo já que não pude imaginar mais nenhuma maneira de te manter a salvo e em uma tentativa desesperada o removi do mundo. Como seu tutor, amigo e irmão, peço que não volte, pois aqui não tem mais nada para você, nem mesmo eu. Busque um novo mundo e acima de tudo, sobreviva. Continue a viver. Te mandei junto a minha armadura como uma herança e um objeto de recordação dos bons momentos em que passamos juntos e dos ensinamentos que recebeu para que pudesse ficar forte junto de sua armadura. Eu queria ter dito isto na sua frente, mas como os mortos não falam, eu digo isso nas palavras finais desta mensagem. Farewell, my brother..

Depois de ler a mensagem. Hou não conseguiu mais conter o choro e ficou a gritar devido à perda de seu mundo, de seu mestre e do seu irmão, mas mesmo com todo o ódio e amargura que estava a sentir pelo que passou não se deixou levar pelas suas emoções e ficou a buscar um meio de sair dessa situação em que se encontrava enquanto carregava consigo a armadura Gêmeos e de Fênix, usando todas as suas forças para não deixar as trevas em seu coração o dominar ao mesmo tempo em que resistia à tentação do suicídio ou de voltar ao seu mundo, em respeito ao sacrifício do seu amigo. Apesar de manter a cabeça no lugar, no fundo, o cavaleiro de bronze se lamentava pela sua atitude, pois imaginava que não tivesse sido tão egoísta, talvez poderia ter salvado o Thomas. Assim, o flashback termina e a história volta para o presente.


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Notas finais do capítulo

Bom, foi assim que o Hou parou no mundo de Sailor Moon e é por isso ele está agindo dessa forma tão grosseira e egoísta com os heróis do novo mundo em que ele está.



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