I think I'm drowning

Asphyxiated

Já estávamos descendo do elevador no Empire State Building, tudo para não chamar atenção, que é uma coisa que com certeza nós chamaríamos simplesmente aparecendo do nada no chão. Zeus disse alguma coisa de revelar menos possível os nossos poderes, ou algo do gênero. Eu pessoalmente não tinha entendido muito bem o por quê de nós matarmos as Parcas, por isso perguntei para Apolo.

– Ei cara, eu não entendi direito esse negócio de matar as Parcas. Dava pra me explicar? – Eu disse. Apolo olhou pra mim e deu um sorriso que quase me deixou cego, e em seguida respondeu:

– Também não entendi muito bem. – Então olhamos para a outra coisa viva naquele elevador: Ártemis. Ok, ok, sei que ela é casta e tudo mais, mais ela estava linda. Usava um vestido preto até o joelho, parecia ter sei lá, uns 15 anos. Ela suspirou, murmurou algo de sermos burros e respondeu:

– Simples. Quando as parcas fazem a linha do destino e da profecia, usam sua forte magia antiga, que praticamente força as coisas a acontecerem daquele jeito. Poderíamos simplesmente esperar o Di Ângelo chegar aos 16, mais até lá os Titãs poderiam estar bem fortes. Então, se conseguirmos matar as parcas, derrubamos a sua magia, fazendo que as coisas não sejam mais forçadas. Ou seja, não vai ter mais essa profecia dos 16, se quisermos também podemos nós mesmo ir lá e atacar Cronos com intenção de mata-lo. É quase como se as profecias fossem restrições. E para acabarmos com essa restrição, temos que acabar com quem restringiu.

– Hum... mas tipo, vamos imaginar que não matamos as parcas, ai Zeus está a um golpe de matar Cronos, o que vai acontecer? As Parcas vão arrumar um jeito de algo impedir Zeus?

– Exatamente. Por isso mesmo que Zeus disse para acabarmos logo com ela, isso transformará o mundo em algo livre, mais fácil de fazer as coisas. Mais não pense que será fácil matar as Parcas. E também não pense que logo depois que matarmos Zeus já irá partir para cima de Cronos. Não. O senhor do tempo tem mais segredos e força do que aparente. – Disse Ártemis, a linda expressão preocupada.

Você é algo lindo

Uma contradição

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Saímos do elevador, o porteiro lançou um breve olhar temeroso a nós, principalmente a mim. Ignoramos e fomos para fora. O clima fora do Empire State estava frio, não muito, mas o suficiente para meus ossos reclamarem. Estalei o dedo, desejando uma jaqueta na minha bolsa. Senti um peso a mais nela. Tirei a jaqueta de lá, e adivinhe, era azul! Coloquei ela, sentindo um ótimo calor. Fomos andando, desviando das ruas e avenidas movimentadas, os homens que passavam lançavam olhares de desejo a Ártemis, e um de medo á Apolo, que fuzilava cada um que olhasse para sua irmã. Quando chegamos a um lugar relativamente longe e totalmente deserto, paramos um pouco. Apolo estalou o dedo, e em sua frente apareceu uma Ferrari vermelha¹ no modelo Scuderia, se não me engano. Ártemis revirou os olhos, dizendo algo de como o irmão era prepotente ou alguma coisa assim. Estalou os dedos também e apareceu em sua frente um Alfa Romeo 8C Spider² prata, se não me engano. Olhei para Apolo.

– Ei cara, quer me ensinar a fazer isso? – Eu disse, ansioso. Poderia ter todos os carros que eu quisesse.

– Simples, apenas pense no carro e no modelo e deseje-o ter. – Ele disse, sorrindo. Novamente quase me deixou cego.

Pensei e estalei, e em minha frente apareceu a minha belezinha. Uma Lamborghini Gallardo preta³.

Provavelmente estava com meus olhos cheios de lágrima de alegria, pois Apolo riu e disse:

– Boa escolha.

– Os idiotas vão ficar falando sobre carro ou vão levar essa missão a sério? – Ártemis disse, irritada. Tentei não pensar em como ela ficava linda com a expressão irritada, ou de como ela ficava linda de qualquer jeito.

– Tá bom, ta bom... – Apolo reclamou. – Alguém pelo menos sabe pra onde devemos ir?

É, era uma boa pergunta. Não tínhamos nada sobre o local que deveríamos achar as Parcas.

– Não faço a mínima idéia. – Eu disse, dando de ombros.

– Também não. – Ártemis disse, preocupada.

– Para Athenas. – Uma voz disse, atrás de nós.

E era a própria Atena.

– Lady Athena. – Eu disse, respeitoso.

– Lorde Perseus. – Ela disse, meia sorridente.

– O que você disse sobre Athenas? – Ártemis disse curiosa.

– A cidade que carrega o meu nome tem a resposta que vocês procuram. Ao chegarem lá, procurem o portal que levará vocês até o mundo onde as Parcas vivem. – Ela disse, séria.

– Como você tem conhecimento disso? – Apolo indagou.

– Eu sei de tudo. – Nem se acha essa Atenas não é?

E com essa frase Atenas sumiu num estalido de pó dourado. Ártemis se virou para nós e disse:

– Vamos até o porto, de lá pegamos um barco e vamos para a Grécia. – Ela disse, ansiosa, mordeu o lábio inferior, e não teve jeito de pensar nela de outros modos. Provavelmente Apolo percebeu, por quê me mandou um olhar mortal que gelou meu sangue.

Você vai ser

Minha morte

Sim, você vai ser

Minha morte

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A rua estava pouco movimentada. Os três carros andavam praticamente juntos ali. Eu e Apolo conversávamos animadamente pelo Skype do carro. Ártemis também estava na conversa, mais praticamente não dizia nada. Você não imagina qual foi a minha surpresa ao saber que ela tinha Skype.

– Ei Pers, se você quiser eu deixo você andar no meu carro do sol. – Apolo disse, animado. Pude imaginar ele sorrindo, então quase fiquei cego. Denovo.

– Pra quê carro do sol se eu tenho uma Lamborghini, cara? – Eu disse, rindo. Ele riu também.

– Tá batendo um sono aqui mano... – Apolo disse. A voz dele realmente estava meio sonolenta. Olhei para o relógio de bordo, que marcava 3 da manhã.

– Aqui também mano. Acho que vou dormir e capotar o carro. – Eu disse, falando a verdade. Meus olhos pesavam um pouco, e eu não duvido nada que eu realmente dormisse enquanto estava dirigindo.

– Vamos parar por hoje. Estão vendo aquela pousada ali, da esquina? – A voz de Ártemis parecia a menos alterada, mais ainda era detectável um pequeno fio de sono em suas falas.

– Eu to. – Apolo falou.

– Cara, não to vendo mais nada. Meus olhos tão quase fechando aqui. – Eu disse. Maldito sono. Ouvi a risada de Apolo.

– Então só segue meu carro. – Ele disse. Forcei os olhos um pouco para ver a massa vermelha da Ferrari dele, então quando ele encostou também encostei. Olhei para cima e vi finalmente a tal pousada. O nome era algo ilegível, talvez por quê brilhava tanto em vermelho que eu não conseguia olhar 3 segundos sem ficar cego.

– Foda-se, não consigo ver o nome dela. – Eu digo, meio grogue de sono. Tinha aquela mania de falar palavrão quando tava com sono. Já levei muita bronca da minha mãe por causa disso.

– Pousada do Amanhã. – Apolo disse, do meu lado. O maldito só conseguia ler por que a força daquelas letras brilhantes lembrava o sol.

– Vamos logo – Ártemis disse, já entrando na pousada. Eu e Apolo demos de ombro, e entramos também. Não ligava muito que roubassem a minha Lamborghini, já que em um estalar de dedos eu já tinha outra nova em folha.

Chegamos na recepção, e a recepcionista foi logo perguntando no que poderia ajudar e a mesma coisa que todas as recepcionistas falavam. Ela era bonita, tinha um belo corpo, mas peço que não me julguem por falar disso dela. 16 anos é a coisa mais tensa que você tem. Qualquer mulher bonita que você vê já fica afoito. Pegamos 3 quartos, e fomos todos indo. Eram pertos uns dos outros, para caso forem atacados por algo. Apolo olhou para mim, sorrindo, e disse:

– Se você não pegar eu pego. – Eu apenas olho para ele, e respondo:

– Então eu pego. – Disse, um pequeno sorriso malicioso estampado em meu rosto. A noite seria longa, muito longa, e provavelmente eu acordaria tão cansado que desejaria dormir de novo. Mas, cá entre nós... Quem se importa?

Eu quero jogar o jogo

Eu quero a fricção