Última Chance escrita por Echo


Capítulo 2
Começando a ser um deus!


Notas iniciais do capítulo

O segundo capitulo já saindo, quentinho! Espero que gostem e obrigado a todos pelos review e apoio!



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This world will never be

What I expected


As palavras rodavam em minha cabeça como um gravador quebrado. Aceite se tornar o novo deus do mar. Aceite se tornar o novo deus do mar. Aceite se tornar o novo deus do mar.

Eu não disse nada, entretanto. O pavor ainda me assolava naquela hora. Ver seu pai perdendo a vida em sua frente é difícil. Ainda mais quando era suposto que esse seu pai era imortal.

– ...Pai?! – Eu disse, ainda hesitante.

Eu, Poseidon, Filho do Tempo, Senhor das Tempestades, dos Terremotos e dos Cavalos passo meus poderes a meu herdeiro, Perseus Jackson. – A voz dele saiu grossa, retumbante. Um poder antigo ardia, e eu sabia o que deveria fazer.

– Eu... aceito. – Disse.

O que ocorreu depois dessa minha frase foi algo que eu não poderia imaginar. Imaginei uma dor gigantesca, 15 vezes maior do que a de mergulhar no rio Estíge. Pensei que meu corpo sumiria em uma imensa nuvem de fumaça. Pensei que os mares me tragariam pra dentro dele e de lá sairia um Percy Jackson. Mais não ocorreu nada disso. Ao contrário, ocorreu apenas uma coisa.

Paz. Foi o que eu senti naquele momento. Uma paz acolhedora, que me instigava a ficar mais forte para proteger aqueles que amava. Poderia ouvir ondas rachando em meus ouvidos, não como vou usar a água contra inimigos. Quando uso ela para matar ou ferir é uma onda forte, avassaladora. Mas essa não. Era uma onda calma. Típica de dias sem vento. Senti uma grandiosa energia me rodeando. Pra falar a verdade, poderia passar um dia inteiro explicando as sensações que tive. Todas boas. Isso se o corpo de meu pai não estivesse despedaçando. Olhei aquilo aterrorizado. Fiz o que qualquer pessoa faria. Não sei por que resolvi tomar uma atitude naquela hora, mais eu fiz.

Talvez tornar-me um deus tenha me tornado mais imprevisível, por que, convenhamos, atacar o senhor do tempo, mesmo sendo um deus era ser idiota e irresponsável. Mas todos sabiam que eu sou idiota e irresponsável.



Nunca é tarde demais

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Aquele poder me enchia por dentro. Segurando Contracorrente de forma ofensiva, parti para cima dele. Minha velocidade é algo que eu não nunca tinha visto. Nem na minha batalha contra Ares ele corria deste jeito. Talvez era algo sobre ser um dos Três Grandes, afinal. Três Grandes. Pensar neles trazia me calafrios, talvez por quê eu era um deles agora.

– Virou um Deus, mais isso não bastará para me vencer, herói. Você sozinho não é nada. – Cronos disse, ou melhor, rugiu.

– Sozinho talvez ele não seja, mais e com ajuda? – Uma voz retumbou atrás de mim. Era potente, como trovões. Trovões.

Ali, atrás de mim, tinha Zeus, seu raio-mestre estalando em suas mãos. Mais ele não estava sozinho.

Permita-me dizer, mais se você nunca viu os 12 Olimpianos juntos, você não sabe o qual poderoso eles são. Uma aura de pura força em volta de nós. Sim. Nós. Eu agora sou parte dos 12 Olimpianos.

– Zeus... – Cronos disse, a voz estupidamente calma. Como diabos ele conseguiria se manter calmo quando todos os 12 Olimpianos estava ali, contra ele.

– Cronos. Ou devo dizer pai. Acho bom você se preparar para enfrentar os 12 Olimpianos sozinho. – Zeus disse. Ergueu seu raio-mestre, mais não o lançou. Ao contrário, o raio foi se transformando lentamente em uma coisa mais longa. Uma espada. Preparando-se para a luta, todos se armaram. Vi a espada vermelha de Ares rodando em uma de suas mãos. Artemis e Apolo com arcos e outros com armas que eu nunca vi na minha vida. Preparados para uma batalha.

Batalha essa que nunca aconteceu. Cronos ao se ver cercado por deuses, apenas grunhiu e sumiu no ar numa leve tremulação. Duas flechas saíram voando atrás de mim e quase o acertaram, mais ele já havia ido.

Agora e mais uma vez nós tentamos

Apenas continuar vivos

Talvez iremos dar a volta por cima

Porque não é tarde demais

Nunca é tarde demais

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– Perseus. – Ouvi meu nome ser pronunciado por Zeus. – Vá até o Olimpo. Para ir até lá, apenas pense nele e deseje estar lá. – Ele disse, e sumiu numa nuvem. Todos os deuses sumiram. Apenas um ficou lá. O que menos esperava.

– Lady Atena? – Disse, hesitante.

– Por muito tempo odiei seu pai. Sabe, as discussões de sempre, também tinha o caso da Medusa. No meu templo. Mais se sacrificar pelo seu filho foi um gesto muito nobre da parte dele. Espero que você esteja a altura de ser o Deus do Mar, Percy Jackson. – Ela disse, e sorriu. – Boa sorte. – E com um estalido, sumiu.

Ainda estava embasbacado por dizer aquilo sobre meu pai. E então me lembrei de Zeus me dizendo para ir até o Olimpo. Lembrei-me daquelas calçadas de pedras lindas, daquele lugar lindo. Então desejei estar lá. Quando abri os olhos, estava de volta ao Olimpo. Não estava prestando atenção a sua volta, apenas andou calmamente até a Sala dos Tronos. Entrou calmamente lá, e viu os 11 olimpianos em sua forma gigante. Pareciam em uma discussão acalorada, mais quando entrei Zeus ergueu a sua mão, e imediatamente a discussão cessou.

– Perseus Jackson. Filho de Poseidon. Atual Deus dos Mares, Terremotos e Cavalos. Você mudou muito de vida. De um simples semideus, a um dos três grandes. – Zeus disse, o rosto totalmente indecifrável. – Tive muitas brigas com meu irmão Poseidon, mais não desejava a sua morte. Foi uma ótima pessoa, um ótimo deus. – Ele deu um sorriso tímido, mais sincero. Eu sinceramente não esperava de Zeus falar bem de meu pai, pelo contrário, provavelmente ele falaria mal dele até amanhã, falando como foi irresponsável em dar um posto de Deus para um garoto de 16 anos.

Não sabia o que falar. Apenas acenei com a cabeça, como que pra ele continuar.

– Tenho uma pergunta pra tu, Percy Jackson. – Zeus falou, olhando pra mim. – Achas que está a altura deste cargo? Achas que está a altura de ajudar os deuses a terminar esta guerra? Achas que está a altura de ser um dos Três Grandes? – Zeus disse, olhando para mim.

Pensei um tempo. Apenas um pouco, pra falar a verdade. Eu já tinha a resposta formulada em minha mente. Meu pai deu a vida por mim, eu não o desapontaria.

– Sim. – Eu disse, a voz saiu alta, determinada.

– Então Perseus Jackson, erga-se oficialmente como Deus dos Mares, Terremotos e Cavalos, Portador do Sangue de Poseidon, Príncipe do Trono do Mar. – Zeus disse e sua voz saiu grave e retumbante, olhei as minhas mão, que emanavam um poder estranhamente verde-azulado. Essa era minha nova vida como Deus.

O mundo que nós conhecíamos

Não vai voltar

O tempo que nós perdemos

Não podemos recuperar

A vida que tínhamos

Não vai ser nossa novamente

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Passou-se dois dias. Nesse meio tempo, aprendi o básico em urgência. Os mares estavam descontrolados, então tive que cuidar deles. Fui em minha primeira reunião Olimpiana, e digo que era legal. Mesmo em tempos de guerra, dei risada, mais minha vida não seria mais a mesma. Saber que meu pai se foi, por fraqueza minha.

Apareci na sala dos tronos, onde quase todos os deuses já estavam lá. Sentei-me em meu trono, a direita de Zeus. Logo todos chegaram. Começaram uma discussão sobre estratégias de batalha e sobre os semideuses, - semideuses era um assunto que eu não gostava de pensar, pois agora o acampamento não era mais minha casa – e principalmente sobre mim. Falaram que os Titãs estavam juntando muita força, ainda mais no mundo inferior. Isso me deu uma idéia.

– Zeus, se me permite... – Eu comecei a falar. Ele olhou pra mim, meio surpreso, mais fez que sim com a cabeça. – Acho que devemos reconsiderar Hades.

No momento que eu disse isso, preferi ter não dito. A sala se encheu de falas ao mesmo tempo, não dando pra mim entender nada. No entanto, Zeus ergueu a mão, e falou:

– Diga, Atena. – Ele disse e todos olharam para ela, que tinha a mão timidamente erguida no ar.

– Eu concordo com ele. – Eu – possivelmente – estava com o queixo no chão, por Atena concordar comigo. – O que ele disse está certo, além de ser uma injustiça com Hades, ele seria uma importante ajuda, já que além de ser um dos Três Grandes também, tem um enorme exército.

A sala se silenciou quase que imediatamente.

– Isso é um assunto delicado. Mais acho que você tem razão Atena. A muito tempo Hades foi injustiçado, e tenho vergonha de dizer, por mim. Tudo bem. Atena, vá ao mundo inferior. Fale com Hades, tente convencê-lo a se unir a nós. – Atena apenas assentiu com a cabeça, e sumiu em seguida com um estalido. – Continuando com a reunião...

Ergui a mão novamente.

– Sim, Perseus? – Zeus estava sendo legal comigo, mais ok, ignorei isso no momento.

– Uma dúvida Zeus. E a profecia? Um meio – sangue aos 16 salvaria ou destruiria o mundo. Eu provavelmente era esse meio sangue, mais agora sou um deus. Isso passa a profecia para Nico Di Angelo, de Hades?

A sala se encheu de pequenos murmúrios, mais Zeus rapidamente calou a todos com um olhar.

– Isso foi um assunto plenamente discutido aqui entre nós. E temos que tomar uma decisão. Poderíamos esperar mais dois anos para o Di Ângelo alcançar os 16¹, mais isso seria perigoso. Os Titãs poderiam se fortalecer muito. Por isso tomamos uma decisão, Perseus.

Neste momento Ártemis e Apolo se levantaram. Todos olhavam deles para mim.

– Você, Ártemis e Apolo irão em busca das parcas e as destruirão, dando fim no ciclo da profecia.

Ainda te ouço dizer

Que você quer acabar com sua vida

Agora e mais uma vez nós tentamos

Apenas continuar vivos

Talvez iremos dar a volta por cima

Porque não é tarde demais

Nunca é tarde demais




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Notas finais do capítulo

Obrigado a todos e espero que gostem!
¹: Pelo que eu me lembre - faz um tempo que li o Ultimo Olimpiano já - No 3º Livro que é quando conhecemos o Nico ele tem 12, então no 5º eu supus que ele tinha 14. Se não for me corrijam por favor.
Música: Never Too Late - Three Days Grace