Era uma vez, como todas as boas histórias hão de começar, um reino próspero e feliz.  O rei e sua rainha o governavam com justiça e sabedoria, lá não existia miséria, ladrões, ganancia e arrogância. O reino de Celéstia. O reino perfeito.

Bom... Até que tudo aconteceu. A irmã da rainha, que só seu nome por si só faz os pelos da nuca eriçarem, com inveja no coração decidiu que já era tempo de conseguir o que tanto almejava.

Celéstia.

O que ela fez a seguir...

... Foi horrível.

Com um exercito tão escuro como o mais ébano das noites ela atacou o castelo. Espadas foram brandidas e gritos de guerra proferidos. Sangue jorrou. Inocentes morreram. O exercito real não teve a mínima chance contra aquele exercito que não morria.

Uma verdadeira chacina.

Com a pior das magias a vilã mandou sua irmã e o cunhado para uma dimensão desconhecida. Trancou a pequena princesa de cabelos dourados na torre mais alta do lugar mais frívolo e mandou Igneel, o mais poderoso dos dragões, vigia-la.

A malévola mulher – e eu me refiro a irmã malvada, não a princesa – reinou. Seu reinado era tão ruim quanto ela e logo teve a necessidade de acabar com todos os outros reinos. O reino da água. O reino da terra. O reino do vento. O reino do gelo.

Desde então os humanos perderam sua capacidade de fazer magia e controlar os elementos de seus respectivos reinos. O solo apodreceu. O sol ficou fraco. E a comida, que era tão abundante, tornou-se escarça.

Em todos os reinos sábios e videntes fizeram a mesma profecia que repassavam, com uma voz sussurrante, para o povo.

“ A menina de cabelos de ouro ao mundo trará a felicidade. Juntos ela, o dragão, os herdeiros da água e gelo a usurpadora destruirão. Grandes feitos eles farão e por provações passarão, mas se por elas passarem ao mundo virá a salvação”.

A rainha nunca chegou a saber dessa profecia e o povo a entoava em murmúrios, como se para atrair sorte. Eles esperaram, esperaram por longos dezesseis anos, mas nada aconteceu. Nada.

Vou te dar um conselho, caro leitor, pare de ler essa história agora mesmo. Ela não é o típico conto de fadas onde a princesa é resgatada por um lindo príncipe. Não é mesmo. Ela não é agradável. Escute bem o que eu digo, você pode até gostar dela no começo, mas depois irá se arrepender e desejar nunca a ter lido.

Quer continuar?

Bom, eu não posso fazer nada.

Essa conto é um daqueles que precisa ser narrado e quando um bardo começa a narrar não pode parar.

Cruze os dedos e deseja com afinco que tudo de certo. A aventura começará.

Não diga que eu não avisei.