Fantasia escrita por Suzana San


Capítulo 29
Capítulo 21 - Despedida


Notas iniciais do capítulo

Eu gostaria de agradecer a Nellyel que sempre deixa seus comentários nos capítulos, aquecendo meu coração e tornando meu dia mais feliz. Nelly, estou ansiosa para saber o que você achou desse capítulo. :)
Bom, pessoal, estamos bem perto do fim da história agora. Acredito que ela se estenda até o capítulo 24, então podemos dizer que estamos na reta final.
Sei que o momento é de tensão, mas confiem em mim. Tudo faz parte do plano. ;)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/278734/chapter/29

Capítulo 21 - Despedida

“Em amor, não há último adeus, senão aquele que se não diz.”

(Alexandre Dumas)

Aki estava tão chocada com o que Akira lhe contava que se esqueceu completamente que do outro lado do estacionamento, na porta do salão de festas, sua amiga e o ninja mascarado os observavam com olhares interrogativos.

Ela se perguntou de que forma o rumo que a história havia tomado no mangá teria influência no que estava acontecendo no mundo real. Akira ficou observando as mudanças na expressão do seu rosto, enquanto ela processava todas as informações. Ele sabia que ela estava formulando mil e uma hipóteses e mais o dobro de perguntas, e esperou pacientemente por um tempo até que ela falasse:

— Você acha que eu devo alertar a Keiko antes de você se encontrar com Kakashi?

Akira considerou a possibilidade por um instante e respondeu:

— Acho que sim – ele olhou de relance para o casal parado à distância. – Só não sei como você vai conseguir fazer isso sem chamar a atenção de Kakashi.

— Hm... – Aki murmurou, pensativa. – Podemos encontrar uma desculpa, se você achar que isso não vai prejudicar o plano.

— Pra falar a verdade, Aki, – ele fez uma cara de dúvida - não sei se o plano dela vai funcionar nessas condições.

— O que você quer dizer?

— Aki, depois de tudo o que te falei, você acha realmente que é possível que...

Akira olhou novamente por cima do ombro da namorada, na direção em que Keiko e Kakashi estavam, e parou de falar subitamente.

A morena percebeu a ruga que se formou entre as sobrancelhas dele, e se virou para ver o que havia chamado a sua atenção. Um embrulho desagradável revirou seu estômago quando ela viu uma mulher vestida de negro, com um decote escandaloso e maquiagem pesada se aproximando do casal parado à distância.

— Natsume... – o nome escapuliu de seus lábios com um sibilo de ódio.

Akira olhou de volta para Aki, a compreensão se estampando no rosto ao escutar o nome da mulher. Ele conhecia a fama de Natsume, a rival da sua namorada, e sabia que ela não era uma pessoa dada a amenidades com a maioria das mulheres do instituto.

Aki observou a morena se apresentar – cheia de sensualidade vulgar – para Kakashi, ignorando completamente, de uma forma nada educada, mas deliberada, a mulher que segurava o braço dele.

Ela não conseguia ver as expressões nos rostos de Kakashi e de Keiko, somente as costas de ambos eram visíveis daquela posição, mas percebeu claramente que o sorriso de Natsume ficava cada vez mais malicioso à medida que ela falava com o ninja. Era impossível ouvir o que ela dizia, mas ela sentia, no fundo do coração, que não era uma coisa boa.

Os lábios de Natsume não paravam nem por um instante, e ela gesticulava exageradamente. O que diabos estava aprontando? Por que ostentava aquele ar de superioridade e prepotência?

De repente, a mão de Aki voou para o braço de Akira e seus dedos o seguraram com força. Kakashi havia soltado o braço de Keiko e agora virava-se para encará-la. Naquele instante, ela conseguiu ver o rosto do ninja. Mesmo sob a máscara, dava para perceber que ele não estava feliz. E havia algo nos olhos dele... Aquela expressão era de... dor?

Um calafrio desceu pela sua espinha. Algo estava errado. Algo estava muito errado. Ela sentiu uma vontade instintiva de correr na direção deles pra tentar entender o que estava acontecendo. Ela queira fazer alguma coisa a respeito, e ficar ali parada a estava matando, mas não podia simplesmente chegar e fazer perguntas, correndo o risco de tomar atitudes precipitadas. Não quando a cena lhe parecia tão dramática.

E havia o disfarce de Akira.

“Que merda!”

Alguma coisa lhe dizia que o encontro de Kakashi com o suposto autor não aconteceria mais, mas mesmo assim ela se sentia impelida a manter distância e assegurar que o disfarce continuasse. Ela decidiu observar um pouco mais antes de tomar uma atitude, e então, quando Natsume se afastou um pouco do casal, Keiko passou as costas das mãos embaixo dos olhos e Aki se deu conta de que sua amiga estava chorando. “Merda, merda, merda...” A palavra se repetia cada vez mais rapidamente na sua cabeça.

Akira apertou sua mão, tirando-a do seu estado de choque. Ela quase se esqueceu que o namorado estava ao seu lado, observando tudo também.

— Algo está muito errado, Aki. Você não deveria falar com eles?

Aki olhou de Akira para Natsume, de Natsume para Kakashi, de Kakashi para Keiko, e, enfim, de volta pra Akira, contemplando uma espécie de exposição de arte bizarra, com retratos estranhos de pessoas expressando os mais diversos tipos de emoções. Surpresa, triunfo, ódio, dor, preocupação, culpa, angústia... Cada vez mais confusa e aflita, ela já não sabia mais a qual rosto atribuir cada sentimento.

— O que eu devo fazer? – Perguntou desesperada, unindo seus próprios sentimentos confusos àquele circo dos horrores. Akira não lhe respondeu e nem deveria. Aquela era uma pergunta retórica, e os dois já conheciam a resposta. Algo havia dado muito errado no plano de Keiko e nenhum deles tinha a mínima ideia do que fazer a respeito.

—x-x-x-

Cada palavra de Natsume poderia ter se passado por uma mentira muito mal elaborada, não fosse o fato de que Keiko não tinha mais forças para inventar uma desculpa para acusá-la de mentir. Ela não tinha mais forças para esconder suas emoções também. Como um livro aberto, Kakashi viu em seus olhos dor, raiva e culpa.

Ele soltou o braço de Keiko e virou-se para ela, esperando que ela interrompesse o monólogo da sua rival, dizendo que tudo o que ela falava sobre uma sacerdotisa, um templo e uma invocação fosse mentira. Mas Keiko estava chocada demais para reagir. Ela estava chocada demais para sequer raciocinar.

Kakashi sentiu uma terrível sensação viscosa e gelada descer pela sua espinha quando se deu conta de que Natsume não mentia e, pior, que a expressão de horror no rosto de Keiko atestava a veracidade do que ela dizia.

— Então, Kakashi-san... – Natsume continuou, fingindo não perceber a tensão quase palpável entre as duas pessoas na sua frente. – Achei que era um direito seu saber que sua origem foi essa: uma invocação ilícita de uma sacerdotisa do templo Kokoro... A pedido de Keiko... — Ela fez questão de mencionar o nome do templo e de enfatizar a participação da sua inimiga. – Eu sabia que sua namorada não teria coragem de lhe contar, por isso achei melhor fazer-lhe o favor. – Ela se virou para Keiko pela primeira vez naquela noite, com um olhar de desdém e disse: – Cuidado quando tratar de assuntos pessoais na empresa. As paredes têm ouvidos – e com um gesto afetado ao arrumar os cabelos, emendou: – Agora, se me dão licença, prometi dançar com o vice-presidente. Eu gostaria de ficar um pouco mais, mas vocês sabem... No mundo dos negócios nós não podemos vacilar com as pessoas— ela disse olhando friamente para Keiko, como que insinuando uma verdade diferente por trás de suas palavras. Com um breve cumprimento, se afastou.

Keiko continuou chorando em silêncio, secando as lágrimas com as costas das mãos num gesto mecânico. Seu choque com o fato de Natsume saber de tantos detalhes a respeito de Kakashi e do templo só não era maior do que o choque da realidade de que agora Kakashi sabia da verdade.

Desde as primeiras palavras de Natsume, Keiko pôde sentir o medo e a culpa aflorando em seu rosto e se estampando em seus olhos, e era impossível disfarçar, uma vez que ela já havia gasto toda sua energia fingindo estar tranquila e serena quando, na realidade, seu coração estava se despedaçando no peito.

— Keiko... – A voz de Kakashi soou estranha aos seus ouvidos que zumbiam de uma maneira doentia. – Estou esperando você me dizer que tudo não passou de uma tentativa de machucar você. Que tudo não passou de uma mentira.

Ela fechou os olhos com força, tentando conter a dor que rasgava seu peito, e mais lágrimas rolaram pelas maçãs do seu rosto. Sim, tudo era uma mentira. Mas uma mentira dela, e não uma mentira de Nastume. Os soluços aprisionaram as palavras na garganta e um silêncio opressor pairou entre eles. Percebendo que Keiko não reagiria, Kakashi disse:

— Eu confiei em você... – E a voz dele falhou quando ele sussurrou, cheio de dor, se afastando um passo dela.

— Kakashi... – ela finalmente conseguiu sussurrar quando o movimento dele a tirou do estado atônito em que se encontrava. – Eu... eu quero te explicar...

Ele se afastou mais alguns passos e levou as mãos à cabeça, enterrando os dedos nos fios prateados de seus cabelos, deixando que elas deslizassem para trás até caírem, desoladas, ao lado do corpo. Aquilo não podia estar acontecendo... Ele não queria acreditar que Keiko havia, de fato, feito tudo aquilo que Natsume havia dito. Que situação absurda era essa em que a pessoa que supostamente deveria ser confiável era a mentirosa, e a pessoa que era tida como perversa falava a verdade?

E ele havia pensado que poderia se abrir com Keiko... Que poderia ser ele mesmo, sem máscaras físicas ou metafóricas. Ele havia desejado poder ficar ao lado dela, havia desejado ter coragem para trair seu país, abandonar sua vila e viver sem restrições, sem medo de expor seus sentimentos, e agora descobria que ela própria usava suas máscaras e mentia para ele.

— Você teve todas as chances de me explicar antes, Keiko. Você... – Ele se interrompeu, sabendo que era inútil falar, e se fechou no silêncio, um dos vários mecanismos de defesa que ele havia construído ao longo dos anos para se proteger dos sentimentos mais dolorosos. – Eu fui sincero com você em todos os momentos.

Ver a expressão de sofrimento no rosto dele foi como ter uma faca cravada no coração. O ar desapareceu dos pulmões de Keiko e o mundo girou ao seu redor.

Ele havia sido sincero, e ela não. Ela havia traído sua confiança, havia escondido a verdade achando que era o certo a fazer. Achou que poderia manipular os eventos e evitar a possibilidade de ser culpada. Ela foi covarde. E sua covardia a tinha colocado nessa situação.

As lágrimas embaçavam sua visão e tudo que ela via de Kakashi era um vulto. O seu maior medo tinha acontecido e ela sentia um aperto no peito que lhe tirava o fôlego. Sua respiração ofegante já não fornecia mais ar suficiente para seu corpo e ela sentiu-se fraca. Seus olhos começaram a ficar pesados e suas pernas não sustentaram mais seu corpo.

No tênue segundo que antecedeu o abandono da consciência, Keiko sentiu dois braços fortes ampararem sua queda, evitando que ela se machucasse ao cair no chão. Kakashi ainda a protegia, apesar de tudo. E então, nos braços dele, ela se entregou ao cansaço, à tristeza e ao arrependimento, e tudo ficou escuro.

—x-x-x-

 O coração de Aki estava partido. Não era para as coisas terem acontecido assim. Tudo era culpa daquelazinha... Seus olhos fuzilaram a figura de Natsume, que havia se afastado alguns metros, esgueirando-se por uma das portas do salão e fingindo entrar por ela. Aquela mulher odiosa! Simulando uma saída gloriosa e se escondendo para ver o estrago que havia causado. E aquele sorriso hediondo de triunfo transbordando antipatia lhe dava nojo. Pelo canto dos olhos ela viu Keiko se movimentar, e quando voltou a olhar para a amiga, percebeu que ela desfalecia nos braços de Kakashi.

“Oh, Deus! O que diabos Natsume havia feito?”

A raiva dominou a mente de Aki e ela foi consumida por um fogo que lhe deixou cega de ódio. Em estado de fúria, contrariando qualquer instinto protetor com relação a Keiko, ela partiu na direção de Natsume, ignorando os saltos das sandálias que afundavam no cascalho do estacionamento.

Percebendo o que Aki ia fazer, Akira segurou-a pelo pulso enquanto ela se debatia, tentando avançar mais alguns passos.

— Me solte! Eu vou matar aquela mulher! – Gritou.

— Aki! – Akira bradou ao seu lado, tentando se fazer ouvir em meio aos grunhidos raivosos. – Precisamos ajudar a Keiko!

Aki só pensava em voar no pescoço de Natsume e causar-lhe dor. Não conseguia pensar em mais nada naquele momento. Sua explosão de raiva chamou a atenção da morena de cabelos longos que, percebendo a ira que consumia a mulher que vinha em sua direção, entrou depressa no salão para se misturar às pessoas.

Aki só voltou a raciocinar logicamente quando perdeu Nastume de vista e sentiu o aperto da mão de Akira desaparecer do seu pulso. Seu namorado havia desistido de tentar contê-la e correu para ajudar Kakashi a deitar Keiko em um banco próximo.

Desorientada e com a respiração ofegante, ela também correu para a amiga e se ajoelhou ao seu lado, ignorando o estrago que o piso áspero estava fazendo em seu vestido. Sua mão trêmula acariciou a testa de Keiko, removendo os fios de cabelo que grudavam no suor frio que emplastrava sua pele.

Kakashi se levantou em silêncio e se afastou deles.

— Kakashi, espere! – Aki disse, virando-se na sua direção. – Pra onde está indo?

O ninja mascarado parou de caminhar, mas não se virou. Com uma voz dolorosamente triste, ele disse:

— Por favor, tome conta dela, Aki – e sem dizer mais nada, desapareceu por entre os carros do estacionamento.

—x-x-x-

Aki sentiu sua perna ficar adormecida com o peso da cabeça de Keiko, mas não disse nada. Já estavam naquele banco há vários minutos e ela começava a se perguntar se não seria mais prudente carregar a amiga até o carro e levá-la para um hospital. Akira havia saído para conseguir um pouco de água e ela estava pensando em falar com ele quando, lentamente, Keiko começou a despertar.

Ela abriu os olhos devagar e olhou para Aki, que acariciava seus cabelos com carinho. O sorriso que se formou no rosto de sua amiga não chegou até seus olhos preocupados.

— Kei-chan... que bom que você acordou.

Recordando-se de onde estava e do que havia acontecido, ela sentiu as lágrimas inundarem seus olhos e então, vindo das profundezas do seu peito, um choro incontrolável fez com que ela virasse para o lado e agarrasse o tecido do vestido de Aki, numa vã tentativa de conter os soluços que lhe chacoalhavam por inteiro. Estava tudo acabado.

Aki estava aflita. Ela queria entender o que estava acontecendo, mas não conseguiria nenhuma informação de Keiko naquela situação. Ela alisou suas costas, pedindo para que se acalmasse, repetindo baixinho “vai ficar tudo bem”, embora não conseguisse acreditar nas próprias palavras. Desde o início sabia que a separação de Keiko e Kakashi não seria fácil, mas o plano de Keiko trazia a esperança de que as coisas acontecessem de uma maneira mais suave. Porém o que tinha acabado de presenciar, mesmo que ela ainda não soubesse direito os detalhes, claramente mostrava que a separação não tinha sido, nem de longe, suave, e ela temia que isso estivesse além da capacidade de sua amiga suportar.

Não, Keiko não podia desistir e se entregar daquele jeito. Ela não podia deixar as coisas como estavam, sem ao menos reagir. Aki não era do tipo que ficava só observando. Ela gostava de ação e, mais uma vez naquela noite, seu cérebro começou a trabalhar em várias hipóteses e possibilidades para o que poderiam fazer quando Keiko se acalmasse o suficiente para que ela conseguisse conversar com a amiga.

Akira apareceu no seu campo de visão algum tempo depois, segurando uma garrafinha de água mineral em uma das mãos. Ao se aproximar, ele lhe lançou um olhar interrogativo, apontando com o queixo na direção da mulher encolhida no banco, cuja cabeça ainda descansava em seu colo.

Os dois estavam preocupados com Keiko e ansiosos para entender como aquela confusão havia chegado a esse ponto, mas a ruiva ainda não estava em condições de esclarecer nada. Aki fez um aceno negativo com a cabeça, seus lábios se apertando numa linha fina e fez sinal para que ele se aproximasse.

Ajoelhando-se ao lado do banco, Akira colocou uma mão sobre um dos ombros de Keiko. Deixando a garrafinha de água no chão, ele pegou a mão da ruiva e gentilmente começou a desdobrar os dedos que seguravam firmemente o vestido de Aki, colocando no lugar da seda azul-turquesa o lenço de algodão que carregava no bolso.

Surpresa com o gesto de carinho, Keiko abriu os olhos o suficiente para ver seu rosto por entre as pálpebras inchadas, e um vislumbre de gratidão passou por seus olhos antes dela afundar o rosto no tecido macio, um soluço indicando que havia voltado a chorar.

Akira ergueu os olhos do jovem para fitar os da namorada, e ela lhe sorriu tristemente. Eles esperaram em silêncio, enquanto o choro da ruiva ia ficando mais raso, passando de soluços convulsivos para respirações curtas e lamentos baixos. Finalmente, Akira disse:

— Vamos, Keiko... beba um pouco de água.

As palavras a fizeram emergir para o momento presente e ela se sentou, tentando secar o rosto da melhor maneira possível com o lenço agora ensopado de lágrimas. Aceitando a garrafa que Akira lhe estendia, bebeu um pequeno gole apenas como forma de agradecer a gentileza, já que na verdade não sentia sede.

O casal trocou um olhar cúmplice antes que Aki tocasse levemente no seu braço e a puxasse para um abraço.

— Keiko, por Kami Sama, nos diga o que aconteceu.

A ruiva suspirou de maneira entrecortada, seu diafragma ainda abalado pelo choro copioso de momentos antes. Ela baixou os olhos para as mãos que torciam o lenço de Akira, e depois de um minuto em silêncio, disse:

— Natsume sabia da Miko... – os olhos de Aki se abriram com o susto – ...ela contou tudo pra ele, Aki... – A voz de Keiko começou a falhar à medida que um bolo se formava novamente em sua garganta. – Tudo.

Aki estava perplexa. Como Natsume poderia ter descoberto qualquer coisa a respeito de Kakashi? Mais uma vez ela se pegou arquitetando hipóteses e logo se forçou a abandoná-las. Depois poderia se preocupar em esclarecer como Natsume sabia sobre o segredo delas, mas aquele não era o momento. Agora havia algo mais urgente com o que se preocupar:

— Pra onde o Kakashi foi?

A menção do nome de Kakashi automaticamente marejou os olhos da ruiva e ela voltou a enterrar o rosto no lenço, sem segurar as lágrimas. Ela estava tão sensível e tão frágil... Mas Aki não podia esperar por mais meia hora de lamentos. Ela queria agir e quanto mais o tempo passava, menores eram as chances de alcançarem Kakashi.

— Keiko? – Aki chamou, mas a ruiva continuou com o rosto escondido na concha de suas mãos unidas. – Keiko! – Ela chamou com mais urgência, sacudindo a amiga pelos ombros. – Me responda: pra onde ele foi?

Por entre os soluços, com uma voz rouca e anasalada, Keiko respondeu:

— Ele se foi, Aki... Ele foi procurar a Miko.

—x-x-x-

(Continua no próximo capítulo...)


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Vejo vocês em breve!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Fantasia" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.