Fantasia escrita por Suzana San


Capítulo 13
Capítulo 9 – Arrependimento (Parte II)


Notas iniciais do capítulo

Tadaima! Minna, este capítulo quase não fica pronto a tempo! >.< Muita coisa aconteceu nesta semana (feriado de ano novo, visitas, passeios...) e o tempo ficou super espremido para escrever. =S Não pude revisar o capítulo, então se encontrarem erros grotescos, finjam que não estão vendo. Aheohoeahoae
Ahhhh!!! Eu quero agradecer muito a Lunna de Angell e Anny Quinn por suas recomendações! *-* Eu fiquei muito feliz e honrada! Vocês com certeza me deram muito ânimo para continuar seguindo adiante com o projeto desta fic! Beijooosss!!!
Minna, tem uma nota importante no final, então leiam, por favor. ^^
Lembrem-se! : Naruto e seus personagens não me pertencem. Peguei emprestado de Kishimoto Masashi-sensei. *reverência*



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Capítulo 9 – Arrependimento (Parte II)


“A vida se torna melhor se não deixares a culpa, o remorso

e o arrependimento atrapalharem o caminho.”

(Vinny Leal)


Fantasias são como facas de dois gumes. São muito úteis, mas se não tomarmos cuidado, elas podem nos machucar muito. Keiko estava sofrendo com a sua fantasia. Sonhara em ter Kakashi para si, mas não havia pensado nas conseqüências. Agora que tinha descoberto quais eram, estava arrependida, pois tê-lo em seu mundo significava fazê-lo sofrer.

Ela entrou em seu laboratório perguntando por Aki e Tsuki respondeu que ela estava no centro de informática. Keiko murmurou um “obrigada”, pediu para a secretária providenciar um ramo de lavandas na estufa e correu para o local onde Aki estava.

Encontrou a amiga conversando distraída com um novato da área de Publicidade e Marketing, e pigarreou para interromper os dois.

Eles pararam de conversar e olharam em sua direção.

– Kei-chan! – Aki disse, surpresa. - Eu achei que... – Ela parou de falar assim que reparou no rosto de Keiko. Sua expressão aflita e os olhos marejados assustaram-na.

– Aki, você poderia me dar dois minutinhos? – Keiko disse com a voz trêmula.

A morena se despediu rapidamente do rapaz e puxou Keiko para um corredor vazio, perpendicular ao corredor principal do andar.

– O que aconteceu? – Ela perguntou, visivelmente preocupada com o estado abalado da amiga.

Keiko respirou fundo, tentando se acalmar e organizar as idéias. Se pudesse, contaria a Aki tudo de uma vez só; mas era preciso que a amiga soubesse também dos detalhes, então tentaria ser o mais clara possível em sua explicação. Ela ouviu passos no corredor principal e esperou até que eles sumissem para começar a contar sua história. Não queria que mais ninguém ouvisse o que tinha para dizer. Os passos pararam de repente e Keiko concluiu que era apenas um funcionário entrando na sala de informática.

– Eu almocei com o Kakashi na floresta, hoje. – Ela começou. - Durante o almoço, nós conversamos um pouco e eu me dei conta de algo que não tinha passado por minha cabeça antes: ele está nesse mundo contra a sua vontade, Aki, e eu sei que ele vai sofrer se demorar para voltar pra casa. Eu não quero ter o peso na consciência de saber que só a Miko pode mandá-lo de volta, enquanto ele não tem sequer uma pista de como voltar.

Aki suspirou e deixou os ombros caírem, desanimada.

– Eu sabia que isso ia acontecer...

Keiko ficou surpresa.

– Então por que não me disse antes? – Questionou.

– Era preciso que você descobrisse sozinha. – Aki respondeu, olhando a amiga nos olhos. – Você estava eufórica, apaixonada e radiante, como eu poderia chegar para você e jogar um balde de água fria? Era muito provável que você não me desse ouvidos e ainda ficasse chateada comigo.

Keiko ficou em silêncio. Aki tinha razão.

– Eu ainda disse que achava que contar a verdade para ele era melhor. – A morena continuou. – Mas você se justificou dizendo que sentia medo de que ele ficasse com raiva de você.

– Não deveríamos ter procurado aquela Miko, Aki. – Ela disse baixinho – Trazer o Kakashi até esse mundo foi cruel! Não adianta ele estar aqui do meu lado se ele está infeliz!

– A gente não imaginava que ela faria uma coisa dessas! – Aki falou. - No máximo um feitiçozinho pra você arrumar um namorado, mas trazer alguém de outro mundo pra cá...

As duas ficaram em silêncio. Depois de um tempo, Aki respirou fundo e perguntou:

– O que você está pensando em fazer?

Os olhos de Keiko arderam e lágrimas se formaram no canto deles.

– Estou pensando em procurar a Miko e pedir que ela desfaça o ritual.

– Você tem certeza disso? Já parou para pensar em como você vai se sentir quando ele for embora?

Keiko sabia o que sentiria depois que ele fosse embora. Seria uma dor horrível, talvez até insuportável. Mas ela não queria pensar muito sobre isso.

– Eu acho que é a coisa certa a fazer, Aki-chan.

– Ok... – Aki concordou, parecendo triste e sentindo-se um pouco culpada – Eu vou te ajudar com isso. Afinal, fui eu que comecei tudo, não é mesmo? – Ela afagou os cabelos da amiga, de modo maternal. – Não se preocupe, vamos dar um jeito e consertar tudo.

– Não. – Keiko respondeu, enfática. – Você não tem culpa, Aki. A única coisa que eu quero te pedir é que me ajude a superar a tristeza depois que o Kakashi for embora... – Um nó se formou em sua garganta e ela teve que parar de falar. As lágrimas que estiveram presas em seus olhos, caíram pelo seu rosto.

Aki sentiu-se terrivelmente mal por Keiko. Ela odiava ver a amiga chorar. Enquanto confortava a ruiva, pensou em mil maneiras de deixá-la um pouco mais feliz. Foi quando algo lhe ocorreu.

– Ei, Kei-chan! – Ela disse, sem conter a animação. – E se você pedir para a Miko te mandar para o mundo dele?

Keiko parou de chorar e olhou para a amiga, surpresa. Como não tinha pensado nisso antes?

– Será que... isso é possível? – Ela falou com a voz rouca.

– Se esse portal que ela abriu para trazer o Kakashi for o mesmo que ela abrirá para ele voltar, acho que tem uma chance de você conseguir ir para o mundo dele. - Aki respondeu e, logo em seguida, considerou: - Mas lembre-se que isso é uma hipótese, Kei-chan, e que pode não dar certo.

Uma ponta de esperança aqueceu o coração de Keiko.

– Eu vou procurar a Miko hoje à tarde. – Ela disse.

– Já?! – Aki não pensou que Keiko fosse agir tão de repente. - Mas o que você vai dizer para o Kakashi? E a gente nem se despediu! E se ela te mandar embora hoje? Eu queria estar ao seu lado!

Era muita coisa para raciocinar de uma só vez.

Keiko sabia que precisava de um tempo para as despedidas também. Sua vontade de ver a Miko era para confirmar a possibilidade do retorno de Kakashi e, quem sabe, da sua ida a Konoha.

– Eu não quero que as coisas aconteçam hoje. – Ela disse. - Eu só quero conversar com a Miko e deixar tudo encaminhado. Com relação ao Kakashi, antes de vir aqui conversar com você, eu disse a ele que tinha uma cliente para visitar. Assim, enquanto eu falo com a Miko, ele me espera no carro e não vai suspeitar de nada.

Aki ficou aliviada e, ao mesmo tempo, surpresa com a engenhosidade da amiga.

– Você é bem espertinha quando quer... – Ela ergueu uma sobrancelha.

Keiko deu uma risadinha, mas logo seu semblante ficou abatido.

– Mesmo que eu não possa ir com ele, ainda mantenho de pé o segredo sobre a Miko ser a chave para ele voltar para o seu mundo, Aki. Eu morreria se ele me odiasse.

– Não se preocupe, Kei-chan. Eu não vou dizer nada a ele.

Keiko sabia que podia contar com Aki. Não era à toa que a considerava a melhor amiga que alguém poderia ter.

As duas ouviram uma porta bater no corredor principal e passos apressados ecoaram até desaparecerem ao longe. Como que acordando para a realidade, elas se despediram e Keiko foi para o seu laboratório. Lá encontrou Tsuki, segurando o ramalhete de alfazemas que ela havia solicitado.

– Muito obrigada, Tsuki. – Ela disse.

– De nada, Keiko-san. – A secretária respondeu com um sorriso.

Keiko caminhou em direção ao estacionamento.

Assim que saísse do IPF, iria para o templo da Miko e daria um rumo diferente à sua vida.

–x-x-x-x-

Natsume saiu do seu escritório, pegou o elevador e pressionou o botão do andar de informática. No dia anterior, havia solicitado ao pessoal da assistência técnica uma manutenção em seu notebook. Agora estava indo lá para saber se o aparelho já estava pronto.

Ela sabia que bastava uma ligação e a resposta viria na mesma hora, mas o técnico de informática que havia se responsabilizado pelo seu computador era um moreno alto, que praticava karatê e fazia natação. Então, obviamente, ela não poderia perder a oportunidade de puxar conversa e garantir uma diversão para o fim de semana.

Checou a maquiagem no espelho do elevador, arrumou alguns fios de cabelo que estavam foram do lugar, puxou o decote do vestido um pouco mais para baixo e empurrou os seios um pouco mais para cima.

O elevador parou e as portas duplas se abriram. Ela caminhou pelo corredor com passos decididos, queixo erguido, coluna reta, apreciando o som das batidas do seu par de scarpins de salto agulha 15cm contra o piso de mármore.

No meio do caminho, ela ouviu duas vozes conhecidas conversando num corredorzinho próximo. Eram as duas patetas: Keiko e Aki. Não conseguiu conter a curiosidade: parou de caminhar e entrou numa salinha vazia.

Ela ouviu a ruivinha sem sal pronunciar a palavra “Miko”. Aquilo chamou mais ainda a sua atenção, e ela apurou os ouvidos. No início, Natsume achou que a conversa não fazia o menor sentido. Mas aos poucos ela foi entendendo. Keiko estava apaixonada por um cara e, por mais absurdo que pudesse parecer, uma Miko havia trazido ele de outro mundo. Natsume achou que as duas mulheres haviam perdido o juízo, mas quando Keiko afirmou que morreria se o rapaz soubesse sobre a Miko e o seu envolvimento com ela, a morena de cabelos longos ficou em êxtase.

Não importava quão absurda era a idéia de um homem vindo de outro mundo. Se contar a ele sobre essa tal Miko fosse algo ruim para Keiko, isso já bastava. Sua chance de se vingar da ruiva finalmente havia chegado. Aquele segredo que Keiko desejava esconder do rapaz seria o seu trunfo. Só precisava pensar com calma na melhor maneira de usá-lo contra a ruivinha desbotada.

Depois, só lhe restaria saborear o doce sabor da vingança.

–x-x-x-x-



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Notas finais do capítulo

E então, gostaram? ^^ Quem ficou morrendo de ódio da Natsume, levanta o braço! Kkkkk
Bom gente, o aviso importante que eu tenho para dar, é que no próximo sábado não poderei atualizar a fic. Estarei viajando a semana toda e não vai dar para escrever. T-T Também não poderei responder os comentários durante a semana, só mesmo no domingo, quando eu chego de viagem, ok?
Mas não deixem de comentar! Prometo que respondo a todos assim que voltar! *o*
Um mega beijão da tia Su! Até o retorno! o/