Me Adora escrita por beamachado


Capítulo 4
Don't ask me, I'll never tell


Notas iniciais do capítulo

E os capítulos continuam pequenos HUAHAUAHAUH ainda não consegui resolver isso, galera.. mas quem sabe, até o fim da fanfic eu consigo! Eu vou confessar que esse é um dos meus capítulos favoritos, onde vocês podem entender o que se passa dentro da Lia. Espero que gostem. :)



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 – Não, e o pior tu não sabe, Ju – Lia estava em seu quarto contando tudo que havia acontecido algumas horas atrás na sala do diretor – Eu vou ter que passar a tarde inteira com aquele metido por uma semana...
– COMO ASSIM? – Ju parecia espantada.
– Aham, o Mathias disse que nós vamos ter que arrumar a pracinha sozinhos..
– Bom que a gente não precisa mais arrumar, então – Ju se alegrou – Minha unha já ficou toda feia do trabalho pesado.
– Vocês não, né? Mas, eu vou ter que ficar sozinha com o Adriano a tarde inteira pintando pracinhas, não sério, que ódio, cara.
– E isso não é bom? O Dinho é um gato, Lia.
– Claro que não, Ju. Você está louca? Eu odeio aquele garoto!
– Por quê? Ele é tão legal, tão lindo, tão perfeito e ele é super gente boa.
– Não, eu não acredito que tu tá me dizendo isso, Juliana. O Adriano é um idiota, sabe? Um estúpido, sei lá. – Lia começava a ficar nervosa, o que era difícil explicar, já que como ela mesma dizia, tinha pleno e total controle de seus sentimentos, mas quando o assunto era relacionado a Dinho, ela se encontrava sempre naquele estado de irritação e descontrole.
– Ih, você tem certeza que isso é ódio mesmo? – Ju usou um tom um tanto quanto descontente.
– Claro que é, vai ser o que? – Lia riu nervosa.
– Então, que bom. É que eu tenho que te dizer uma coisa, que desde o início do ano to querendo te dizer e meio que não tenho coragem...
– Tô com medo – Lia fez uma careta – O que foi?
– Eu to muito afim do Dinho, desde o início das aulas. Pronto falei! – Ju disse rapidamente enquanto fazia uma cara de medo, esperando a reação da amiga. Lia por outro lado estava chocada, Juliana tinha dito o que mesmo?
– Você... – Lia riu e depois ficou séria – sério, tipo logo dele? – A rebelde franziu o cenho, um misto de sensações que não sabia identificar, mas preferiu achar que era apenas emoção por Ju, sua melhor amiga, estar gostando de um garoto.
– É, dele... Ele é tão fofo, Lia. Sabe, eu fico observando ele e ele tem uma carinha de bebê, me entende? E ele está sempre rindo com os amigos dele e ele tem um espírito tão legal, meio que uma áurea boa, eu não sei. To muito in love. – Lia piscou, tentando absorver todas aquelas palavras. Como Juliana podia achar tudo isso de Dinho? Ele não passava de um idiota, na concepção dela.
– Nossa, Ju... Eu acho que você tá meio que indo rápido demais, né? O Adriano não é tudo isso não e além do mais se um dia ele chegar a ficar contigo nem tenha muitas esperanças porque ele é um idiota, ele vai ficar contigo e depois te esquecer...
– Como você sabe disso?
– Não, eu não sei, né? Mas, ele obviamente é assim, é bem a cara dele fazer isso...
– Ai Lia, eu to sabe desde o início do ano tentando te contar isso, sei lá tentando ter coragem e tu me desmotiva desse jeito? Boa amiga, hein? Fui! – Ju saiu emburrada e Lia ainda tentou ir atrás dela, sem o mínimo de sucesso.
– Aff, que ódio desse garoto! – Lia entrou de volta em seu quarto batendo a porta e chutando tudo que via pela frente, ela se jogou na cama e a vontade que ela tinha era de chorar, mas como há muito tempo não chorava (desde que sua mãe tinha ido embora pela segunda vez), Lia já tinha adotado uma técnica para desabafar sem precisar se torturar chorando. Ela achava que chorar era algo para gente fraca e por isso sempre que se sentia triste, escrevia em seu diário. A terapia inventada por ela mesma era bastante eficaz e realmente fazia muito tempo que ela não chorava, mas se alguém lesse o diário jamais pensaria que fora escrito por ela, tamanha sensibilidade e fragilidade que ela demonstrava no que escrevia.

“Querido diário,


Eu me sinto uma estúpida nesse momento... Eu não sabia o que falar para minha melhor amiga e então 'estraguei' a felicidade dela. Mas eu não sei explicar como me senti no momento, quer dizer... Eu conheço o Adriano, eu sei o que ele fez comigo e eu sei o que ele pode fazer com a Ju se ela se mostrar tão vulnerável e apaixonada por ele. É tão errado eu querer protegê-la? Eu só me importo demais com ela pra querer ver o idiota do Adriano partir o coração dela, ainda mais que a Ju é uma pessoa extremamente doce e sensível. Exatamente igual a mim há uns quatro anos atrás, quando eu e ele ainda éramos amigos e juramos amor eterno, com direito a um beijo na boca e tudo o mais. Pois é, esse é meu grande segredo, diário. Ele partiu meu coração em muitos pedaços e se ele fez comigo, quem garante que não vai fazer com a Ju também? E sabe o que é o pior de tudo? É que ele provavelmente nem deve se lembrar que me fez tanto mal.

Enfim, me desculpe diário por só escrever coisas depressivas aqui, a verdade é que faz muito tempo que não consigo realmente ser feliz, estou sempre me preocupando com o que as pessoas podem fazer comigo ou o quanto elas podem me machucar, exatamente igual o Adriano fez, ou como minha mãe fez quando me abandonou.

Em breve mais catástrofes da minha confusa vida,
Lia.”


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