Miss Nothing escrita por Rawr


Capítulo 6
Desabafo.


Notas iniciais do capítulo

Demorei muito pra voltar a escrever, desculpa pessoinhas.



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Acordei com o sol batendo no rosto, olhei pro lado procurando o Patch, Mas ele não estava.

Levantei e coloquei a camiseta dele, que estava jogada no canto do quarto.

Caminhei até o corredor e gritei.

–Patch?

–Sim?

A voz dele veio da sala, desci e o encontrei deitado no sofá, sem camisa e com aquele lindo sorriso torto que amo.

–Ei, o que você está fazendo deitado ai?- perguntei pulando por cima dele, deitando do seu lado e encostei minha cabeça no glorioso musculo definido de seu peito.

–Desci pra beber aguá e pensar um pouco sobre o que vamos fazer hoje. Sabia que você fala enquanto dorme? Parece uma menininha doce. Só parece.

Corei e fiz bico

–Nossa que amor que você é, e eu não falo.

Falei e ele olhou bem nos meus olhos, corei fortemente.

–Sim, você fala. - ele disse me olhando – “Patch, nome de cachorro” e depois disso você virou pro outro lado e começou a babar loucamente.

Eu o fitei por um momento, e ele riu alto.

–Sabe o que vamos fazer hoje?

Perguntou ele.

Fiz que não com a cabeça.

–Vamos dar um rolê na aquela praia de barquinhos na costa.

–Praia de novo?

–Sim, eu acho essa praia um passeio romântico.

Ele é romântico? Own, ele não tem nada a ver comigo, mas mesmo assim eu acho, que talvez eu esteja gostando dele de verdade.

–Principa?- penguntou ele.

Voltei dos meus pensamentos.

–Principa? Da onde veio isso?

–É o seu novo apelido

–Porque esse apelido? –perguntei confusa, da onde ele tira essas ideias.

–Porque você é uma princesa, doce, frágil e delicada; mas ao mesmo tempo você é um principe, briguenta, romântica e boba.

Repetindo. “da onde ele tira essas ideias.”

–E você é o meu princeso.- disse.

–Princeso já é coisa de boiola.

–Não é não, é coisa de homem!

Nós dois rimos.

Depois de um tempo perguntei.

–Voltando a falar daquela praia...

Ele me interrompeu.

–Ah, Então, a praia é muito bonita e as ondas são calmas; como se fosse um lago gigante. Lá tem aqueles barquinhos de pato, sabe? Aquele que a gente pedala?

–Sei.

–Então - ele voltou a falar- Eu gosto de ir lá pra desabafar, gritar na verdade, todas as minhas magoas. E eu pensei que isso serviria de terapia pra você também. Lá você desabafa tudo aquilo que você queria falar para sua mãe ou para seu padrasto, mas nunca teve chance.

Fitei o teto.

–Vamos?

Ele perguntou.

–Vamos.

Disse me lavantando.


. . .

Depois de uma hora e meia de estrada paramos em uma praia movimentada e muito bonita, Patch alugou um daqueles patos gigantes. E pedalamos até o meio do mar,longe da população, na verdade estavamos muito longe da praia e eu estava nervosa.

–Desabafe você primeiro – disse.

Ele se levantou.

–Tudo bem, essa vai ser para meu pai – EU ODEIO VOCÊ, EU ODEIO SUA REGRAS, EU NÃO VOU SER ADVOGADO, NEM MÉDICO E MUITO MENOS CONTADOR E EU QUE DECIDO A MINHA VIDA, E PARE DE TENTAR MUDAR A MINHA OPINIÃO E MÃE -a voz dele falhou- TENHA OPINIÃO PRÓPRIA PELO AMOR DE DEUS!

Era estranho ouvir Patch gritanto como se o pai dele estivesse na frente dele. Na verdade era estranho ouvir o Patch falando da familia dele, eu perguntei uma vez como era a familia dele e ele apenas disse “Complicada e ridicula” a mãe dele era psicóloga e o pai era contador, os pais dele não eram nem um pouco amigáveis.

–Sua vez, fale tudo auilo que te irrita, desabafe.

Um nó se formou na minha gargante, tantas coisas que eu queria disser para minha mãe e para o marido idiota dela.

Me levantei e por fim, comecei a gritar.

–ANA ODEIO SEU MARIDO, ODEIO VOCÊ POR ESTAR COM ELE MESMO SABENDO QUE ELE ME ODEIA. ODEIO POR VOCÊ ESTAR SEMPRE LONGE, ODEIO CHORAR E NÃO TEM UMA MÃE PARA DIZER QUE ESTÁ TUDO BEM, VOCÊ NUNCA ME AMOU, NUNCA! -minha voz falhou e lágrimas começaram a rolar pelo meu rosto - Por que você não me ama mãe? Eu te amava tanto.

Patch me abraçou e eu desmoronei. Ele enxugou minhas lágrimas e pedalamos de volta.

Meu dia foi perfeito, depois que saimos do pato gigante, comemos cachorro quente e andamos de mãos dadas pela areia.

Já estava noite quando voltamos pro carro, ele voltou dirigindo e eu voltei dormindo no banco de trás.


. . .

–Chegamos marrentinha.

Abri os olhos, eu estava na minha cama e ele estava de pé do lado da cama.

–Você em me trouxe no colo? Que amor.

Ele sorriu.

–Você não é pesada, na verdade tive a impressão que carregava um criança, uma criança obesa, mas um criança.

Joguei meu travesseiro na direção dele, mas ele desviou e bateu na parede.

–Deita aqui - disse com voz de sono.

–Não posso, meu pai me quer em casa.

Senti dó, eu não tinha pais perfeitos mas pelo menos não era obrigada a vê-los todos os dias.

–tudo bem, qualquer coisa me liga.

–Tudo bem- disse ele andando em minha direção e me dando um beijo suave na testa – Te vejo amanhã na escola, tchau.

–Tchau.

Ele saiu e eu adoremeci novamente.


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Notas finais do capítulo

Gostei desse capitulo, e vcs?



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