Amor Eterno escrita por Cate Cullen


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

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Quando chegam a casa chove muito e eles chegam encharcados, mas a rir como duas crianças travessas que decidiram brincar à chuva apesar de os terem proibido.
Carmen que estava a passar pelo corredor com os pratos e Isabella que levava os copos param e ficam a olhar para eles.
Quando reparam que estão a ser observados param de rir. Esme cora como um tomate e Carlisle compõe um ar sério.
Sue aparece no corredor vinda da sala.
- Meu Deu, senhor! Está todo encharcado. E a senhora também. – exclama.
- Vamos já tomar banho, Sue, não se preocupe. – diz Carlisle.
- Vão, vão e depressa antes que se constipem.
Sobem os dois em passos rápidos como duas crianças que acabaram de ser repreendidas.
Charlie e Marcus vinham a descer as escadas e passam por eles.
- Onde é que eles andaram? – pergunta Marcus.
- Saíram depois do almoço e apareceram agora. – informa Sue. – Onde estiveram não sei.
- Iam muito divertidos. – comenta Charlie sorrindo. Há muito tempo que não via o patrão a divertir-se tanto.
- Pois iam. – concorda Marcus. – Estar com ela faz bem ao meu sobrinho. – sorri. – Fica mais alegre. Ainda vão ter qualquer coisa ou eu não me chamo Marcus Cullen.
Charlie sorri.
- Faz-lhe bem. – diz Sue. – Ela fá-lo feliz. E é uma rapariga bonita com a idade próxima à dele. Ficam bem um para o outro.
- É. – concorda Marcus. – E ela é uma rapariga ajuizada. É desta que vou casar o meu sobrinho, escrevam o que eu digo.

Carlisle acompanhou Esme até ao quarto. Assim que fica sozinha Esme começa a tirar o casaco e a camisola. Estão todos ensopados. Pega numa toalha e entra na casa de banho. Toma um duche, seca o cabelo e veste uma saia curta e justa amarela, uma camisola fina de manga comprida preta e uns sapatos pretos de salto. Põe um colar e uns brincos amarelos.
Durante todo esse tempo está a pensar nele. Não consegue deixar de pensar naqueles braços fortes em volta dela e daqueles lábios nos dela. Suspira em frente ao espelho. E ele é tão bonito. Esme tem consciência que as coisas estão a ficar mais sérias, se calhar sérias de mais. Só que ela nunca sentiu isto por mais ninguém. Nunca se tinha sentido assim antes. Só quer estar com ele, tê-lo junto dela.
Respira fundo.
“Se eu estou assim, como me vou conseguir ir embora?” Pensa preocupada. Começa a gostar demasiado dele. Demasiado para o deixar.
Os seus pensamentos são interrompidos por uma pancada na porta.
- Entre.
Carlisle abre a porta e entra com um sorriso. Fica imediatamente especado a olhar para ela, especificamente para as pernas dela.
- Já estou pronta. – Esme vira-se para ele. Também está lindo. Tem uma camisa vermelha arregaçada até ao cotovelo e umas calças pretas. Veste-se quase sempre assim e fica muito bem.
Descem para o jantar.
Ao contrário do almoço falam animadamente sobre vários assuntos durante o jantar.
Assim que acabem de comer Esme levanta-se.
- Já vais dormir? – pergunta Carlisle que tinha pensado que podiam ficar a ver um filme só os dois até tarde.
- Na verdade não. Vou escrever, estou com inspiração e ainda não tenho sono.
Carlisle esteve quase a sugerir que podiam ver um filme, mas calou-se. Afinal ela está ali em trabalho. Só que quanto mais tempo ela demorar a fazer as pesquisas que precisa, mais tempo pode ficar e isso é o que ele mais deseja.
- Boa noite. – deseja Esme.
- Boa noite. – responde Marcus.
- Precisas de companhia até ao quarto? – pergunta Carlisle levantando-se.
- Já sei o caminho. – sorri. – Parece que começo a conhecer a casa mais depressa do que pensei conhecer. Boa noite aos dois.
- Dorme bem. – responde Carlisle voltando a sentar-se desanimado.
- Porque é que não a convidas-te para fazerem qualquer coisa? – pergunta Marcus vendo a cara do sobrinho.
- Porque ela disse que iria escrever e ela está aqui para trabalhar.
- Pois é. Apesar de tu preferires que ela estivesse cá por outros motivos.
- Outros motivos? – pergunta Carlisle confuso.
- Todos os que vivem nesta casa já perceberam que estás apaixonado por ela.
- Acho que eu também começo a perceber. – admite Carlisle com um suspiro.
Marcus ri.
- Então não desistas dela. Conquista-a.
- Como?
- Oh Carlisle! Não será nada difícil. És um homem bonito e simpático, qualquer uma ficaria caidinha por ti.
- Senão por mim pelo meu dinheiro.
Marcus ri.
- Esme não é assim.
- Eu já percebi isso.
- Ela é boa rapariga. E ainda por cima gosta do país. Achas que ela se importava de viver aqui?
- Tenho a certeza que não, mas ninguém no seu prefeito juízo se mudaria para casa de um homem dias depois de o conhecer.
- Então tu não estás no teu prefeito juízo, porque é isso que tu queres.

À meia-noite Esme ainda está a escrever. Chove muito e ouve-se a chuva a bater nos vidros. Esme não se importa que chova, até gosta da chuva. Talvez por isso goste de estar em Inglaterra. Não se importaria nada de viver aqui, então se fosse com um homem como o Carlisle, numa casa como esta. Viveria no paraíso.
Está a ter estes pensamentos quando a luz falta. A única luz do quarto passa a ser a do portátil.
- Que escuridão! – exclama para si.
Levanta-se e vai até à mesa-de-cabeceira onde deixou o telemóvel. Liga-o no modo de lanterna.
De repente ouve-se uma gargalhada assustadora como aquela que ouviu vinda do quadro. Depois ouve treze badaladas vindas de um relógio de pêndulo. Olha para o relógio do computador, meia-noite. Ouve-se outra gargalhada e depois uma voz. “Vão-se arrepender por ficar com a casa. Vão ser amaldiçoados para sempre. A começar por ti, Duque e a maldição nunca será quebrada.” Ouve-se outra gargalhada e depois fica tudo em silêncio a não ser a chuva.
Esme está a tremer com o telemóvel na mão quando ouve uma pancada na porta. Dá um salto, um grito e deixa cair o telemóvel.
- Esme, sou eu. – a voz do outro lado é a que mais desejava ouvir, a mais tranquilizadora que existe. – Estás bem? Posso entrar?
Ela corre para a porta e abre-a.
- Carlisle! – sorri assim que o vê. Tem uma lanterna na mão que ilumina o quarto todo. Está com a mesma roupa que usou ao jantar, o que indica que estava acordado como ela.
- Esme, estás bem? – ouviu o grito dela quando bateu na porta e pensou logo que podia ter acontecido alguma coisa.
- Estou. Apenas me assustei quando bateste à porta. Até deixei cair o telemóvel.
Vai apanha-lo e volta para junto dele.
- Ouviste o mesmo que eu ouvi? – pergunta ela.
- Ouvi eu e ouviu toda a gente que mora aqui em casa.
- O que poderá ser? – pergunta ela.
- Não sei. Tu disseste-me que vias um casal vestido com roupas medievais a passear por aí.
- Mas eles pareciam querer que ficássemos… juntos. – diz hesitante. – Não iriam amaldiçoar a casa… suponho eu.
- Eu vou lá a baixo ver o quadro elétrico. – diz ele após uns momentos de silêncio.
- Eu vou contigo. – diz imediatamente Esme, não quer ficar longe dele. – Deixa-me só desligar o computador.
Esme desliga o computador e descem os dois até à sala de jantar onde fica o quadro elétrico.
O Charlie já está de volta dele.
- Charlie. – chama Carlisle.
- Disparou o quadro, senhor. – informa Charlie.
- Os setores todos? – pergunta Carlisle.
- Sim.
- Setores? – pergunta Esme.
- Sim. A eletrecidade da casa está dividida em setores. – explica Carlisle. – É muito grande para ser só um. O estranho aqui é que é muito raro disparar a luz, muito menos os setores todos, mesmo quando há trovoada.
- Quase parece que foi desligado. – diz Charlie.
Esme e Carlisle olham um para o outro.
- Também ouviu as vozes? – pergunta Carlisle.
- Ouvi, senhor. – Charlie carrega nos botões do quadro e imediatamente a luz volta.
Carlisle desliga a lanterna.
- Foi muito estranho. – diz Sue que tem estado calada e Esme nem dera pela presença dela.
- Foi mesmo. – concorda Carlisle.
- O patrão não está a pensar vender a casa mesmo assim ou está? – pergunta Sue hesitante.
- Claro que não. – declara Carlisle com confiança. – Não se preocupe, Sue, esta casa está na família há muito tempo, não a vou vender, por muitas vozes e gargalhadas que oiça durante a noite.
Sue e Charlie sorriem.
- Agora é melhor irmos todos para a cama. – diz Carlisle.
- Eu vou dizer aos outros para se irem deitar. – Sue sai.
Carlisle e Esme caminham até aos seus quartos.
- Tiveste medo? – pergunta Carlisle quando param à porta do quarto dela.
- Um pouco. – confessa.
- Mesmo assim não estás a pensar ir embora, pois não?
Ela sorri.
- Claro que não. Isto é estranho e não sairei daqui até conseguir descobrir o que é.
Ele retribui-lhe o sorriso, muito mais descansado, não quer nada que ela se vá embora.
- Espero que durmas bem.
- Acho que não vou conseguir dormir muito bem. – diz ela. – Tenho medo de acordar outra vez sem luz e a ouvir aquelas vozes horríveis.
Ela parece tão frágil ali com os olhos baixos a confessar num murmúrio que ainda está com medo.
Carlisle puxa-a para os seus braços.
- Eu vou proteger-te. Nada de mal te irá acontecer, minha Esme.
Ela abraça-o com força.
- Amo-te, Esme. – murmura ele contra os cabelos dela.
Ela levanta a cabeça. As palavras dele exerceram um efeito, que nunca tinha sentido, no seu coração.
- Acho que também te amo, Carlisle.
Ele sorri.
- Achas?
Esme toca com os lábios dela nos dele. Imediatamente ele corresponde ao beijo apertando-a nos seus braços, passando a mão pelos cabelos macios dela.
Nenhum dos dois consegue resistir ao desejo que os invade. Esme começa a desapertar a camisa de Carlisle enquanto se beijam. Carlisle acaba de tirar a camisa, Esme passa as mãos pelo seu peito nu e musculado depositando pequenos beijos ai. Carlisle pega em Esme e deita-a na cama deitando-se por cima dela. Invertem as posições e ele tira-lhe a camisola voltando depois a pô-la debaixo dele. Tudo isto enquanto se beijam intensamente. Devagarinho passa a mão na perna dela por baixo da saia subindo até a coxa. Com a outra mão desaperta-lhe o soutian começando a massajar um dos seios com uma mão enquanto suga o outro. Esme geme e suspira o nome dele. Carlisle tira-lhe a saia deixando-a totalmente nua, afasta-se um pouco para a observar.
- És linda, meu amor. - murmura com a voz rouca de desejo.
Esme não consegue dizer nada, só deseja que ele lhe toque e quer senti-lo dentro de si.
Carlisle desinvençalha-se das calças ficando nu. Devagar começa a massagar a intimidade de Esme.
- Carl, por favor... senão matas-me. - consegue murmurar entre suspiros e gemidos.
Ele sorri e dá-lhe um beijo intenso.
Devagar penetra-a fazendo-a gemer e suspirar o nome dele. Mexem-se ao mesmo ritmo e chegam ao climax juntos.
Carlisle deita-se ao lado dela e puxa-a para os seus braços. Ambos estão exastos e saciados.
Mantêm-se abraçados enquanto controlam a respiração. Nenhum dos dois fala, ficam simplesmente assim a sentir o corpo do outro encostado ao seu.
Esme não sabe o que sente. Está confusa. Quer estar ali com ele e ao mesmo tempo ainda acha que é demasiado cedo, que se estão a precipitar. Carlisle ama-a e tem a certeza disso, mas também tem medo. Medo que ela o deixe, que se vá embora. Tem medo que ela não o queira da mesma maneira que ele a quer.


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