BORN TO KILL - versão Clove escrita por Mrs Delacour


Capítulo 22
Nós


Notas iniciais do capítulo

Um pouquinho de Finnick e Johanna pra vocês.
Boa leitura.



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Não dormi a noite toda. Fiquei pensando no que aconteceu ontem á noite. Peeta Mellark está vivo e veio até o meu quarto. As coisas não se encaixam. Uma Avox trouxe um traje para mim usar no treinamento hoje e também uma bandeja cheia de coisas gostosas do café da manha.

Batidas fortes na porta.

- Clove, já são dez horas da manhã. Hora de ir para o Centro de Treinamento – diz KJ – Sai desse quarto. AGORA!

Coloco o traje e saio em disparada.

- Cadê o Cato? – digo apressada

- Já está no Centro de Treinamento á horas – responde KJ

- Ótimo – digo

Pego uma rosquinha e saio correndo em direção ao elevador. Eu praticamente enfio a rosquinha guela abaixo de tão rápido que como. A viagem é tão curta que nem dá tempo para pensar.

Eu não precisava me preocupar. Corri e quase morri sem fôlego por nada. Não há praticamente ninguém no Centro de Treinamento. Apenas Cato, Finnick e Johanna. O sedutor e a machadinho – Johanna ama machados – estão conversando num canto, é uma troca de sorrisos que nunca vi na vida. Cato está quase pirando porque acabou de achar uma grande quantidade de espadas.

- Cato!– grito – Eu preciso de contar uma coisa

Quanto estou preste a lhe contar que Peeta Mellark está vivo, ele grita:

- Clove! Vem ver quantas facas tem aqui.

Ando depressa até ele. E... Nossa! Quantas facas. Tão lindas e afiadas. Um sorriso surge no meu rosto ao sentir uma das facas em minhas mãos. Eu a abraço como se fossemos velhas amigas que não nos viamos á tempos.

- Ai que saudades delas – digo

Cato solta um risinho. Sem nem ao menos eu me tocar de que há outras coisas interessantes, os outros tributos começam a aparecer. Atala – a mulher que administra o treinamento – começa o seu discurso, na qual eu já conheço e todos os outros também. Atala percorre a lista de estações e depois nos libera para treinar.

Cato vai para um canto e eu vou para o outro. Óbivo que ele vai na estação das espadas e dos arremessos de facas. Já eu, vou até a estação de elaboração de nós. Poxa – eu já estou pegando a mania do Cato de dizer poxa – é melhor esquecer as facas um pouco. Quase ninguém vem até aqui. Como esperado, eu não sei fazer nós.

Ao me virar vejo uma coisa que me deixou surpreendida – nem tanto. Finnick está abraçando Johanna por trás e está lhe “ensinando” a dar nós. Bom, ele sabe o que faz, parece ter passado a sua infância manipulando cordas para fazer redes.

- É assim? – pergunta Johanna

- É – responde Finnick – Você já está pegando o jeito

Ela sorri e ele contribui o sorriso. Oh, que lindo, penso Finnick já está dando em cima da Johanna. Vamos todos suspirar e dizer: OWN!

Johanna vai para outra estação. Observo-o por um minuto enquanto ele pega uma corda e faz um nó. E mais uma vez não consigo fazer o nó.

- Quer que eu te ajude? – pergunta Finnick

- Ah! Não obrigada – digo – Eu bem vi o jeito como você “ajudou” – é eu fiz as aspas com os dedos. Patético – a Johanna Mason.

- O que tem eu? – ela surge do nada.

A Mason está novamente nua passando óleo no corpo para uma lição de luta livre. Essa mulher deve ter problemas com roupas, não é possível. Grande novidade  seria se ela tivesse vestida. É melhor eu ficar atenta.

- Você precisa tirar a roupa? – pergunto

- Qual é o problema? – ela dá de ombros e me encara

- Sei lá, isso só me encomoda – digo

- Deixe de besteira, garota das facas - diz Finnick – Assim é bem melhor. Eu gosto do que vejo. Além do mais isso não é proibido aqui.

Johanna aponta para o Odair e balança a cabeça em concordância.

- Eu vou arranjar outra coisa para eu fazer – digo – Ficar aqui te olhando nua, é terrivel.

A Mason e o Odair caem na gargalhada. Finnick é outro pervertido. Homens! Quando olho para trás, Johanna já está lutando com um dos treinadores e Finnick corre na minha direção. Apresso o passo e praticamente corro dele.

- Clove, espera! – diz ele – Posso te pedir uma coisa?

- Não, eu não vou me deitar com você – digo

Ironia?

- Não é isso – ele ri

Na verdade ele quase morre de tanto rir. Ué? Foi a primeira coisa que pensei. Isso é típico do Odair. Entendem? Levar garotas para a cama. Queriam que eu dissesse o que?

Ah, Finnick, quer que eu lhe faça biscoitos? Eu faço. Até porque sou ótima na cozinha.

– É que se por um acaso eu morrer na arena...

Resumindo: Se por um acaso. O que significa que eu vou morrer e não ele.

-... Você promete que cuida da Johanna para mim?

- Oi? – meu queixo cai

- É... Promete? – ele insiste

Opa, opa, opa! Para a fita e rebobina por favor. Repete para mim o que ele disse:

É que se um acaso eu morrer na arena, você promete que cuida da Johanna para mim?

Ele disse isso mesmo? Cuidar da Johanna? Pra ele? O que?

- Você está brincando comigo? Isso é uma piada? – digo – Ok, Capital. Pessoal pode parar de esconder, eu sei que vocês estão ai. Câmeras onde vocês estão? – arqueio a cabeça para trás e grito.

Eu fiquei maluca. Procuro de um lado para o outro e não acho nada. Eu realmente estava achando que ela aquilo era uma pegadinha.

- Pare de gritar, sua histérica – diz ele – Eu estou falando sério. Ela é minha amiga, a pessoa com quem eu mais me importo, sabe.

Cerro os olhos e o fito. Isso é a única coisa que sai da minha boca:

- Não, não sei – digo – Finnick, eu não tenho nem paciência para cuidar de um bebê que só sabe comer e dormir. Você acha que eu vou conseguir cuidar logo da Johanna? Isso é tipo missão impossível.

Eu estou tão chocada que nem sei o que dizer. Cuidar da Johanna? O que? Como assim? Eu estou sonhando. A minha vontade é de dar uns tapas em mim mesma e dizer: Acorda, Clove, acorda.

- Por favor – ele faz um biquinho tão meigo

Isso provavelmente leva as mulheres á loucura.

- Eu te odeio – digo – Olha eu não prometo nada, ou seja, quem sabe...

- Isso é um sim? – diz ele

Eu me viro e saio andando.

- Isso é um talvez – digo

- Um talvez sim? – ele insiste

- Um talvez não – grito

Estou longe dele agora.

- Um talvez não que pode virar um talvez sim, não é?

Eu nunca vi garoto mais insistente e lindo.

- Finnick! – grito – Talvez.

Ponho a mão na testa e... Ele não me pediu para cuidar da Johanna Mason? Pediu?

- Clove! – ele grita

- O que é agora, Odair?

- Por favor.

- Será que não está na cara que não vai muito com a minha cara. Você já viu o jeito como ela me trata? Porque eu faria isso? – digo

Ela não vai mesmo com a minha cara. Acreditem!

- Olha, você me trouxe para cá de novo. Se não fosse por você, eu estava no meu distrito e eu provavelmente poderia cuidar dela de um jeito ou de outro. Mas já que você deu um jeitinho de me trazer para cá, não só eu como muitos outros – ele dá de ombros.

Pow! Tomou na cara, Clove. Eu nem preciso dizer o quanto aquilo me atingiu, não é? E eu tenho o que dizer? O que eu posso fazer é:

- Tudo bem – sigo – Eu prometo.

- Eu sabia que depois dessa você ia concordar – diz ele.

Ele sai gingando.

UAU! Finnick Odair me atingiu bem no peito com as suas palavras. Aquilo me corroeu de um jeito...

Caramba, eu me esqueci completamente de dizer á Cato que o conquistador ainda vive. Que seu coração ainda bate e que ele ainda respira. Espera!Porque ele não morreu?


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Notas finais do capítulo

Se alguma coisa estiver errada me batam.



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