BORN TO KILL - versão Clove escrita por Mrs Delacour


Capítulo 20
A rosa e o sangue


Notas iniciais do capítulo

E ae, meus tributos. Beleza?
Então ta... Boa leitura pra vocês :D
Vocês devem estar pensando: porque essa retardada só posta capítulos acompanhados de música dramáticas e tristes? So what?
NÃO eu não sou dramática e também não estou de TPM infinita ou depressão. NÃO. É que eu acho bonitinho e bla blá. Liga não meu povo, eu ainda estou assistindo uns vídeos da Kéfera linda Buchmann e fiquei mais idiota e doente do que eu já sou... KKK ta parei.
É... leiam porque é melhor eu calar a boca. Beijos



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[It will rain - Bruno Mars]

A música toca e eu vejo as portas largas se abrindo para a primeira carruagem, ouço os gritos histéricos da multidão.

– Vamos? – ele me estende a mão e me ajuda a subir na carruagem.

Eu subo e o puxo em seguida.

– Você está lindo – digo com um sorriso

– É eu sei – ele dá de ombros - Sem estresse eu estava brincando. Você está mais linda do que já é – para por um tempo como se estivesse pensando – Ah! Louise disse que a gente precisa ficar com um ar de superioridade. Não podemos sorrir e coisa e tal.

– Sei disso.

Eis que surge o carruagem do Distrito 2. O desfile começa. Muitas pessoas apontam para nós e comentando umas as outras, e dessa vez nós somos a atração principal. Observo tudo, de canto á canto, mas sem me esquecer do que Célios me disse “Nada de acenos, nada de sorrisos, nada de mandar beijos, nada de receber flores. Olhe diretamente para frente como se não houvesse mais ninguém no mundo além de você. Seja fria como se ninguém merecesse receber o seu olhar”.

As mãos de Cato escorrerem pelas minhas. Na hora me lembro do desfile dos Jogos do ano passado, quando Katniss e Peeta deram as mãos e as ergueram para que todos pudessem vê-las juntas. A multidão grita e vai ao delírio enquanto nos movemos em direção á tênue luz noturna. Lembre-se Clove: seja fria.

Ao contornarmos o Círculo da Cidade, consigo finalmente matar a minha ansiedade e ver os trajes dos outros tributos. Os que mais chamam a atenção: o de Finnick Odair do Distrito 4 – onde o ramo das atividades é a pesca -, com sua rede com um nó estratégico. Os do Distrito 3 – fornecem á Capital os artigos elétricos - é dotado de luz elétrica. Johanna Mason do Distrito 7 – madeira e papel, portando árvore – vestida como uma árvore. E não acredito no que acabei de ver... Os pastores do Distrito 10 estão vestidos como vacas e ainda por cima com cintos flamejantes. Simplesmente ridículo.

Reparo também nos viciados em morfináceos do Distrio 6. Eles são pele e osso e estão de olhos vidrados em mim e em Cato. Sinto calafrios ao vê-los me observando com aqueles olhos hipertrofiados.

O Presidente Snow começa a falar aquelas baboseiras e chatices dele. Eu o odeio e de um jeito ou de outro escuto ele nos dizer bem-vindos á septuagésima quinta edição dos Jogos Vorazes, o terceiro Massacre Quaternário. E que a sorte esteja sempre á seu favor. “Sorte está em falta no estoque” penso. De tão longe consigo avistar a mesma rosa branca - que ele usava quando foi até a minha casa – intacta. Sei que é ela porque está nítido o pingo vermelho de sangue em uma das suas pétalas. O cheiro do sangue vem até o meu nariz. Como consigo senti-lo de tão longe? Não sei.

Estou fissurada. Hipnotizada. Assustada. O que aquela rosa com sangue ainda faz em sua lapela? O cheiro fica mais forte á cada movimento que faço. Minha cabeça começa doer. Tudo gira bem na frente. Meu nariz lateja. Minha visão fica turva. Pisco freneticamente para ver se minha visão e meus sentidos voltam ao normal. Me apoio na carruagem e fecho os olhos. Agora o cheiro da rosa acompanha o cheiro do sangue.

– Está tudo bem? – diz Cato

Não respondo á sua pergunta, mas ainda tento me equilibrar e continuo apoiada na carruagem.

– Está sentido o cheiro do sangue? – pergunto ainda de olhos fechados

– Cheiro de sangue? – ouço-o aspirando o ar – Não

– E o cheiro da rosa? – continuo com os olhos cerrados

– Também não – ele responde – Clove, você está se sentindo bem?

A doce voz de Cato se transforma numa voz mais grossa. A voz de Snow me perguntando se estou bem. Abro os olhos rapidamente e relaxo ao ver que Cato está ao meu lado e não o Presidente.

– Sim – respondo

O hino toca, e enquanto damos nossa última volta ao redor do círculo... Esperem. Eu estou maluca, ou estou vendo Snow com os olhos fixos em mim?

As portas do Centro de Treinamento se fecham. Respiro fundo e digo:

– É mesma rosa que ele usava quando foi me visitar em casa. E o cheiro da rosa...

Cato apenas me lança um olhar confuso. Caminhamos em direção ao elevador.

– Ai – grito – O que está fazendo?

Cato puxou um fio do meu cabelo.

– É que o seu penteado estava tão bonitinho e esse fio estava fora do lugar – ele dá de ombros.

– HA. HA. HA – digo com um sorriso forçado.

Percebo uma presença bem ao meu lado. A garota retira um adereço da cabeça com galhos e folhas e o joga atrás de si.

– E ai garota das facas, beleza? – diz ela

Johanna Mason. Esperta e sanguinária. Uma ótima aliada, não?

– Oi, Mason – respondo

– Esse meu traje é uma droga. Minha estilista é uma idiota. Somos árvores á quarenta anos por culpa dela – ela diz. Dá um pausa e retoma com: - Uau! Que corpicho, garota das facas. Quero roubar Célios para mim. Você está fantástica.

– Obrigada – dou de ombros

– Que elevador demorado – diz Cato

Enquanto esperamos os elevadores, Johanna se livra do restante da sua árvore, deixando-o cair no chão, e depois para longe. Com exceção da pantufa verde-floresta ela não está vestindo mais nada.

– Droga de traje – diz ela – Assim está melhor.

Ela entra no mesmo elevador que nós, completamente nua. Fico a viagem inteira abismada ao vê-la conversar com Cato. NUA! Quando ela finalmente sai, o ignoro, e sei que ele está rindo.

– Acha que eu não vi para onde você estava olhando? – dou um tapa no braço dele

– Não estava olhando – ele dá altas gargalhadas

– A não – digo. Cruzei os braços – E do que ela estava falando? Já que prestou mais atenção no papo do que no corpo dela.

– De... de... Eu só sei que era alguma coisa muito interessante – diz ele – Não? – ele franze a testa.

– Pervertido – digo

Ele luta contra um sorriso. E eu continuo pensando na rosa ensanguentada de Snow e em seu olhar frio. O que isso significa?

Revolução.



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Notas finais do capítulo

beijos pras minha leitoras lindas :D



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