Acidentalmente Amor escrita por mebealine


Capítulo 20
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, bom, nas reviews do último capítulo muitas pessoas me perguntaram se depois dessa fanfic eu ia escrever outra; pra não ficar repetindo a mesma coisa, eu resolvi responder vcs por aqui mesmo. Bom, eu penso SIM em uma segunda temporada, onde Sam vai para Nova York e tal, já estou pensando em começar a escrever, mas se eu vou postar aqui ou não são vocês quem decidem, caso vcs queiram é só avisar que eu vou ter o maior prazer de postar. E muito obrigada (mais uma vez) pelas reviews que vocês estão deixando, boas-vindas ás leitoras novas e enfim, boa leitura ♥



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...

Quatro dias já haviam passado. As coisas estavam quase as mesmas. Carly estava um pouco melhor. Ela e Spencer estavam se falando pouco, o que era um avanço, já que eles não estavam se falando antes. Eu tinha passado esses últimos quatro dias na casa dela, cuidando dela e dando uma força para ela e para Spencer. Acho que isso reaproximou um pouco os dois, o que era bom.

Eu e Freddie não tivemos muito tempo para conversar e/ou sair, já que eu estava na casa da Carly. Ele só aparecia lá ás vezes e nós três víamos filmes juntos ou conversávamos. Mas o que mais me incomodava, era que Freddie teria que ir embora no dia seguinte.  Eu já tinha me acostumado com a presença dele; com nossas brigas; até com sua nerdisse. Isso com certeza faria falta.

Eram 6h da manhã quando comecei a me arrumar. Coloquei uma roupa comum, e fui em direção á casa do Sr. Karl. Iria levar Freddie a um lugar que ele não tinha conhecido ainda.

Ponto de vista Freddie


Tinha acabado de tomar o café quando tio Karl disse que tinha alguém que queria me ver. Fiquei um pouco confuso, afinal, quem iria querer me ver ás 6 da manhã?

Fui até a porta da casa e, para minha surpresa, era Sam. Ela sorriu ao me ver e eu fiz o mesmo.

- Você está acordada ás 6 horas da manhã? Isso até me assusta. – Brinquei.

- Para de ser idiota, bobalhão. Vim aqui porque quero te levar á um lugar.

- Qual lugar?

- Você vai ver. E aí, vem comigo?

- Claro. – Sorri. Ela foi na frente eu a segui, não sabia para onde estávamos indo, mas já que era com ela, não me importei muito.

Fomos para um lugar que eu realmente não conhecia, confesso que fiquei com um pouco de medo, não sabia onde estávamos indo e toda vez que eu perguntava para Sam o que ela queria me mostrar, ela xingava alguma coisa e me fazia ficar quieto.

- Chegamos! – Falou, dando mais uns passos á frente. Quando parei para olhar onde estávamos, fiquei deslumbrado. Era uma cachoeira linda, só se ouvia o barulho da água e dos pássaros cantando.

- Meu Deus, esse lugar é simplesmente...

- Lindo. – Sam completou minha frase. – Sabe, eu venho aqui ás vezes. Não sei, me trás uma sensação boa.

- Como você conhece esse lugar?

- Eu vinha aqui com minha mãe quando era pequena para tomarmos banho. Ela me trazia aqui toda vez que eu tirava uma nota boa, o que era bem raro. Ela me dizia que vinha aqui com meu pai quando era jovem.

- Nossa. Realmente, é um lugar lindo. – Sorri e ficamos uns minutos observando a cachoeira. – Mas, porque me trouxe aqui?

- Eu não sei. – Olhou para baixo e sorriu. – Achei que você gostaria de vir.

- Foi mesmo só por causa disso? – Me aproximei um pouco dela.

- Sim.

- Tem certeza?

- Onde você quer chegar?

Aproximei-me mais ainda e, com delicadeza, coloquei as mãos na sua cintura e lentamente fui aproximando minha cabeça da sua. Sam chegou á fechar os olhos e apoiou as mãos nos meus ombros. Beijei-a, com vontade, de um jeito inocente e não vulgar. Se eu pudesse escolher algum momento da minha vida para reviver sempre, com certeza o momento seria aquele. Seu beijo era indefinível, mexia comigo de uma forma inexplicável. Era um beijo calmo, que expressava mais que palavras.

Aos poucos fomos parando o beijo com alguns selinhos. Permaneci de olhos fechados, apenas puxei-a para mais perto de mim e a abracei, sentindo-a apoiar sua cabeça no meu peito e envolver seus braços em mim, me abraçando também.

- Você é um idiota. – Pude ouvi-la falar. Isso me fez sorrir.

- Espero que isso seja bom.

- Depende do ponto de vista. – Rimos.

- Já se decidiu? – Perguntei novamente.

- Ainda não. – Ela suspirou. – Mas amanhã eu te dou a resposta.

- Sam, eu... quero muito que você vá para Nova York nas próximas férias. Muito mesmo. – Confessei.

- Você quer? – Ela olhou para mim.

- Sim. – Sorri e ela sorriu de volta.

- Vou pensar no seu caso. – Ela riu, o que me fez rir também. – É melhor irmos. Eu tenho que almoçar com a minha mãe e você deve ter que arrumar a sua mala e suas coisas.

- Tudo bem.

Saímos da cachoeira e voltamos para o condomínio. Durante o caminho ficamos conversando sobre várias coisas, ela me xingava algumas vezes – muitas vezes – e sinceramente, isso não me incomodava mais. Pelo contrário, eu sentiria até falta disso quando fosse embora dali.

Deixei-a na frente da sua casa e me despedi dele com um beijo no rosto, pois percebi que sua mãe estava nos observando do lado de dentro da casa.

- Ah, Sam! – Me virei para ela enquanto ela estava abrindo a porta.

- O que?

- Você tinha razão. Eu realmente adorei a cachoeira.

Suas bochechas coraram um pouco e ela sorriu, depois entrou na sua casa. Segui meu caminho para a casa do tio Karl, pensando naquela manhã que tive junto com ela e principalmente naquele beijo. Se eu pudesse escolher um dia entre todos aqueles que passei ali, com certeza aquele dia seria o escolhido.

Ponto de vista Sam


Quando cheguei em casa depois daquela manhã com Freddie na cachoeira – que tenho que confessar que foi uma das melhores manhãs da minha vida – encontrei minha mãe sentada no sofá da sala, me observando com um sorriso um tanto malicioso.

- O que foi? – Perguntei. Ela soltou uma gargalhada alta, imaginei que devia estar bebendo vinho fazia horas, mas, para minha surpresa, não era esse o motivo.

- Você pensa que eu não vi? Ele te deu um beijo no rosto e você ficou toda vermelha na mesma hora!

- Ugh. – Revirei os olhos. – Não enche. – Fui até a cozinha e peguei um copo de água.

- Onde vocês estavam? – Ela me seguiu. – Não vai mesmo me contar?

- Já falei pra você não encher. E você não tem nada a ver com isso.

- Claro que tenho, eu sou sua mãe! Preciso saber das coisas.

- Para! – Gritei. – Para de ficar agindo como se fossemos amigas ou como se nossa relação de mãe e filha fosse boa. Nós não somos amigas, eu não tenho que te contar as minhas coisas e já estou cansada disso tudo! Você só está agindo assim porque não quer que eu vá para Nova York nas próximas férias! Não quer que eu fique próxima do meu pai nem da minha irmã!

- Isso não é verdade. – Ela gaguejou um pouco.

- Eu te conheço, Pamela Puckett. Mas saiba que a errada aqui é você. Você errou feio, eu te perdoei mas eu tenho o direito de conhecer a minha família e eu vou sim para Nova York nas próximas férias! – Após falar isso, fui para a sala. E ela novamente me seguiu.

- Filha... Não me interprete mal. Eu só estou com medo. – Sentou-se no sofá e colocou as mãos no rosto, em uma tentativa de esconder os olhos cheios d’água. – Medo de te perder. Você vai conhecer Nova York e vai adorar viver lá. Vai querer morar lá para sempre com seu pai, que é rico e pode te dar tudo o que você quiser.

- Para de drama. – Me sentei ao seu lado. – Você sabe que isso não vai acontecer. Eu odeio essas cidades grandes e esse povo rico que só sabe olhar para o próprio umbigo. Só vou passar as próximas férias lá, apenas três meses, mãe. Vou te ligar sempre, você sabe disso. Eu nunca conseguiria ficar longe das suas loucuras por muito tempo. – Sorri de leve.

- Eu queria tanto conhecer a Melanie. – Ela começou a chorar. – Sabe, queria vê-la crescida, apesar que eu sei que vocês são gêmeas, mas queria abraçá-la, senti-la.

- Quem sabe, você não a conhece? Porque não vem junto comigo para Nova York? – Senti uma pontada de arrependimento após perguntar isso para ela.

- Não, não. – Limpou suas lágrimas. – Lá não é o meu lugar filha. Não vou conseguir ficar na mesma cidade que o seu pai por muito tempo. Isso só vai fazer tudo doer mais em mim e não vale a pena ficar mexendo em uma ferida antiga. Deixa isso. Vá para Nova York, espero que você curta muito lá.

- Sinceramente... Não quero ir para Nova York. Quer dizer, claro que conhecer meu pai melhor e minha irmã seria um grande passo na vida e poderia me ajudar, poderia até ser bom, mas... Tenho que assumir que o motivo que mais me convenceu de ir para Nova York foi Freddie. – Admiti.

- Eu sabia. – Ela sorriu. – Eu conheço a filha que eu tenho.

Eu e ela nos abraçamos, o que era muito raro de acontecer. Ela tinha que voltar ao trabalho, e assim que saiu de casa, meu celular tocou. Era Carly.

- Alô? – Atendi. Não sabia o que poderia esperar de uma ligação dela.

- Oi, Sam! – Ela parecia estar animada. – Tenho uma notícia para te dar!

- Notícia? Qual notícia? Pelo seu tom de voz parece ser boa coisa.

- É boa coisa! Eu não estou grávida! – Ela praticamente gritou, o que fez meu ouvido doer um pouco.

- O que?! Mas você tem certeza disso? Você fez o teste?

- Eu fiz o teste ontem e deu negativo, mas você sabe que não devemos confiar cem por cento nesses testes de farmácia, só que hoje eu menstruei!

- Então isso tudo significa...

- Que não tem nenhuma criança na minha barriga!

- Ah, Carly. – Suspirei de alívio. – Isso é ótimo! Já contou para o Spencer?

- Ainda não. – Seu tom de voz mudou. – Sabe, não consigo tocar nesse assunto com ele. Mas vou ter que contar, ainda hoje. Ele anda muito preocupado ultimamente, creio que seja com isso.

- Mas... Mudando de assunto, o Bradley voltou a te procurar?

- Não. Ele não me ligou mais e nem mandou sms. Ainda bem.

- Pelo menos ele não é bobo. Usou a camisinha.

- Ainda bem. Bom, vou desligar agora, acho que Spencer acabou de chegar.

- Tudo bem. Boa sorte aí, qualquer coisa, me ligue.

- Ok. Tchau. – Desligou o telefone.

Fiquei feliz pela Carly, realmente, se ela estivesse grávida com certeza isso arruinaria toda a parte da sua vida que já não estava arruinada. Aquele dia estava sendo bom; minha manhã tinha sido ótima, eu e minha mãe estávamos bem e Carly não estava grávida.

Olhei no relógio e já eram 12:30. Resolvi tomar um banho e ir almoçar na casa do Sr. Karl, disseram que ia ter um almoço de despedida para Freddie e Marisa, já que eles iriam embora no dia seguinte pela manhã. Depois de tomar banho coloquei uma roupa para a ocasião e fui para o almoço. 


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Notas finais do capítulo

Bom, o próximo capítulo é o último, ou o penúltimo, não sei ainda, tenho que dividir. Mas não se esqueçam de deixar a review ♥