Acidentalmente Amor escrita por mebealine


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

obrigaaada pelos reviews meninas, apenas avisando que amanhã eu provavelmente não posto! Boa leitura.



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Ponto de vista Spencer


Acordei de manhã cedo, aquele seria o dia em que finalmente minha escultura iria para o museu! Depois de tanto trabalho, de tanto esforço, meu sonho finalmente se realizaria!


Preparei um café da manhã especial, tomei banho, coloquei uma roupa sensual e até tirei uma foto minha. Nada naquele dia iria estragar a minha felicidade. Nada.


Pelo menos era isso o que eu pensava até ir ao quarto de Carly e ver que ela ainda não tinha chegado em casa. Nesse momento meu coração disparou e eu fui imediatamente ligar pra Sam, mesmo sabendo que iria acordá-la.


– Alô. – Ela falou com uma voz de sono.

– Ei Sam. É o Spencer. Você sabe onde a Carly está?

– Não sei, já tentou olhar no quarto dela? – Ela perguntou como se fosse uma coisa óbvia.

– Sim, sim. Mas ela não está lá. Não sei porque mas estou com um mal pressentimento.

– O que quer dizer?

– Acho que ela não voltou pra casa ontem.

– Não acho que a Carly faria isso...

– Nem eu, mas toda vez que ela acorda cedo e vai pro estábulo ou pra sua casa, ela deixa um bilhete avisando ou qualquer outra coisa. Porque será que dessa vez, ela não deixou nada?

– Spencer, fica calmo. Eu vou tentar ligar pra ela.

– Eu já tentei, mas ela não atende. Acho que vou na casa desse tal Brad.

– Quer que eu vá junto?

– Não precisa se incomodar.

– Claro que não, Spencie. Ela é a minha melhor amiga. Eu só vou tomar um banho e me arrumar. Tchau.

– Tudo bem. Quando estiver pronta, me ligue. Tchau. – Desliguei o telefone.


Sentei-me no sofá e milhares de coisas horríveis começaram a passar pela minha cabeça. Tentei fugir de todos aqueles pensamentos, mas parecia impossível. Eu sentia que Carly tinha feito algo de errado. E isso não era nada bom.


...

Ponto de vista Carly


Abri meus olhos lentamente. Minha cabeça estava doendo demais. Eu não me lembrava de quase nada da última noite. Meu corpo doía, tudo doía. Sentei-me na cama e coloquei a mão na cabeça. Depois de alguns minutos, olhei em volta. E foi aí que percebi que não estava no meu quarto. Esforcei-me bastante pra conseguir lembrar de qualquer coisa, mas nada vinha à tona.


– Ah, a princesa acordou. – Vi Brad sair do banheiro. Ele usava uma toalha que cobria apenas da cintura para baixo. – Anda, coloca logo a sua roupa. – Jogou minha roupa em cima de mim.

– Brad. – O fitei. – O que aconteceu exatamente?

– Ah, você não se lembra Carly? – Ele riu. – Nós transamos.

– Ai, meu Deus! Como assim nós transamos?

– Você está no meu quarto, nua e eu estou apenas de toalha. O que acha que fizemos? Jogo da velha? – Falou sarcasticamente.

– Minha cabeça dói. – Resmunguei.

– Normal. Você bebeu demais ontem. E eu avisei para você não beber. Mas, você é muito teimosa, Shay. – Disse com um sorriso no rosto.

– E nós... – Engoli em seco, tentando processar tudo aquilo na minha mente. – Usamos camisinha?


Brad riu.


– Você acha que eu sou tolo? Claro que usamos.

– Tem certeza?

– Absoluta, Shay. Eu não sou tonto. – Sorriu. – Agora anda e se veste logo pra você ir embora.

– Como assim... Ir embora?

– Ué, nós transamos, você dormiu aqui e agora... acabou.

– Acabou? Brad, eu perdi minha virgindade com você!

– Boa escolha. – Ele sorriu.

– BRADLEY, NÃO ACREDITO QUE VOCÊ FEZ ISSO COMIGO! – Gritei, mesmo sabendo que não estava em condições.

– Ei mocinha, abaixa o tom de voz comigo. Eu nunca disse que te amava. Nunca te prometi nada. Foi apenas uma transa. E agora, já acabou. Entendeu?


Aquelas palavras simplesmente despedaçaram todo o meu coração. Meus olhos se encheram d’água.


– Eu vou me vestir. – Falei praticamente sussurrando.

– Acho bom. Estou lá em baixo. – Brad saiu do quarto e desceu as escadas.


Eu agarrei o travesseiro e comecei a chorar desesperadamente. Como eu podia ter feito isso? Como? E quando Sam soubesse? Ela provavelmente me mataria.


Peguei minha roupa e a vesti. Me olhei no espelho e levei um susto. Meu cabelo estava completamente bagunçado. Meus olhos estavam vermelhos de tanto chorar. Meu pescoço estava com várias marcas de chupões. E eu ainda sentia o gosto do álcool na minha boca. Ao ver aquilo tudo, eu desabei em lágrimas novamente.


Depois de alguns minutos, desci as escadas e me deparei com Brad tomando café e vendo TV ao mesmo tempo.


– Seus pais não estão em casa?

– Eles viajaram, mas voltam hoje á tarde. Então eu recomendo que você vá embora logo.

– Tudo bem. – Olhei para baixo.

– Vai comer alguma coi... – Antes que Brad pudesse terminar de falar, vimos alguém arrombando a porta. E essa pessoa eu conhecia muito bem. O pior foi saber que meu irmão também estava com ela.

– Eu sabia que ela estava aqui! – Gritou Spencer. – Carly, que porra você pensou que estava fazendo?!

– Eu... Me desculpa. Eu... Não é nada do que vocês estão pensando. – Falei com os olhos cheios de lágrimas e meio assustada por ter escutado Spencer xingar. Eu nunca tinha escutado antes. Só umas duas vezes, mas nunca tinha sido comigo.

– Já chega! Com você eu falo depois! Sam, leva ela pro carro.


Sendo assim, Sam agarrou meu braço e me levou pro carro. Eu já estava chorando. E mesmo que estivesse do lado de fora da casa, pude ouvir Spencer gritar com Brad.


– Idiota! Imbecíl! Eu só não bato em você porque você é menor de idade! Mas saiba que eu vou contar tudo para seus pais quando eles chegarem hoje de viagem. Tudo. Eu os conheço muito bem, são os donos do mercado aqui da cidade. Você tá ferrado! Entendeu? E é melhor manter distância da Carly! Pro seu bem! – Após ouvir isso, vi Spencer saindo da casa de Brad e batendo a porta com força.


Sam não tinha dito nada. Ela evitava olhar nos meus olhos.


– Sam... Me desculpe. Eu estava bêbada, eu não sabia o que estava fazendo.

– Depois nós conversamos. – Após dizer isso, Spencer entrou no carro, com raiva. Durante todo o caminho, ninguém disse nada. Aquele silêncio pesava. Eu apenas encostei minha cabeça na janela do carro e comecei a pensar no que tinha feito com a minha vida.


Ao chegar em casa o silêncio continuou o mesmo. Eu não parava de chorar. Queria encará-los, olhá-los nos olhos e tentar me defender, mas eu sabia que tinha feito errado.


– Carly. – Spencer começou. – Você vacilou muito feio comigo. Hoje era pra ser o melhor dia da minha vida. Era hoje que a minha escultura que eu venho trabalhando há meses ia para o museu. E por sua causa, não foi. Espero que você esteja feliz com isso. Porque eu não estou. – Sua voz saiu seca e fria. Sam apenas observava.

– Spencie... Me desculpe. Eu juro que... Juro que estou muito arrependida, você não sabe o quanto. – Falei em meio de soluços e lágrimas.

– Eu só quero que você me responda uma pergunta. Você... – Ele engoliu em seco. – Transou com ele?

– Eu... – Respirei fundo. – Sim. – Abaixei a cabeça.


Arrisquei olhar para Spencer. E vi seus olhos se encherem d’água.


– Eu preciso refletir um pouco. Mas uma coisa é certa Carly Shay... Eu vou castigar você.


Após dizer isso, ele saiu e foi para o seu quarto. A culpa que eu sentia era imensa. Sentei-me no sofá e coloquei a mão no rosto.


– Eu te avisei tanto. – Sam murmurou. Por um momento, tinha esquecido que ela estava ali. – Eu te aconselhei tanto. Tentei te ajudar. E sabe o que você fez? Me decepcionou.

– Sam... Por favor, me perdoa. Eu o amava. Eu o amo. Pensei que ele também me amasse. Tenta me entender.

– Não tem como, Carly! – Ela aumentou o tom de voz. – Você sabe que ele nunca sentiu nada por você. Ele só queria transar com você. Apenas isso. E você ainda deixou. Você deixou ele te tocar. Isso é tão... ridículo. De quê adiantou você perder a virgindade com um cara que você ama, sendo que ele só queria usar você?

– O amor me deixou cega. – Argumentei.

– Não, Carly. Você conseguia ver. Você sempre soube que Brad nunca sentiu nada por você. Mas você se deixou levar. Não é mesmo? Você bebeu de novo e se deixou levar por ele! – Ela gritou. – E sabe o que é pior? Você pode estar grávida. Já parou pra pensar nisso?

– Ele disse que usamos camisinha!

– Ele pode ter mentido, deixa de ser tonta! Se eu fosse você, eu comprava um teste de gravidez e rezava pra dar negativo. Porque se você estiver grávida, o Spencer te expulsa de casa. – Após dizer isso, ela saiu da minha casa.


Por mais que eu não quisesse acreditar, eu sabia que Sam estava certa. Fui para o meu quarto e depois eu não saí mais. Não comi mais. Apenas deitei, tentando organizar aquilo tudo nos meus pensamentos.


Ponto de vista Freddie


Os dias tinham se passado muito rápido. Faltavam apenas cinco dias para eu ir embora e voltar para Nova York. E isso era o que eu menos queria. Eu me apeguei muito ás pessoas dali. Descobri coisas novas e, bem, até uns sentimentos.


Eu tinha acordado ás 6:00, como de costume. Vesti-me rapidamente e a primeira coisa que eu fiz depois de terminar o café foi andar por aquele condomínio. Fui até o estábulo. Ás vezes, eu ia até lá para pensar. Sentei-me no banco, liguei a música e fechei os olhos.


– Freddork. – Ouvi. Abri os olhos rapidamente e me deparei com Sam na minha frente.

– Você já estava aqui? – Perguntei.

– Não, eu cheguei agora. Pelo visto você dormiu por muito tempo. – Ela pegou outro banco e sentou-se ao meu lado.

– Como assim? Que horas são?

– Deve ser umas 10:30.

– Nossa! – Esfreguei os olhos. – Dormi muito mesmo.

– O que você tá ouvindo? – Ela apontou para meu iPod.

– I wanna hold your hands.

– Eu amo essa música! Tenho o CD deles.

– Eu sei, eu vi quando fui na sua casa. – Sorrimos. Olhei para ela e percebi que seus olhos estavam vermelhos. – Você estava chorando?

– Não. Quer dizer, sim. Mas não é por nada.

– Ninguém chora por nada, Sam. – Ela olhou para baixo. – Se você não quiser me contar, tudo bem.

– É a Carly. Ela foi naquela festa do Brad ontem e... As coisas não se saíram muito bem. Ela me decepcionou e decepcionou o Spencer.

– Ah. – Falei. Eu já imaginava o que tinha acontecido, mas não queria entrar em detalhes. Pensei um pouco e uma ideia me veio na mente. – Ei, lembra aquela loja que você falou onde vende vários CDs?

– Sim. É no centro da cidade.

– Por que nós não vamos lá?

– Ah, nerd, eu não estou afim de sair. Acabei de voltar da casa do Brad...

– Eu sei, eu sei que hoje não está sendo um dos melhores dias. Mas pode melhorar, você não acha? – Segurei sua mão. – Se você vier comigo, a gente pode se divertir e você pode se distrair. O que acha?

– Só se você me prometer que vai pagar um lanche pra mim. – Ela sorriu.

– Tudo bem, eu pago até dois se você quiser.

– Freddie... – Ela pousou sua mão sobre a minha. – O que vai acontecer se eu for para Nova York?

– Eu não sei. Mas se você não for, nunca vai descobrir. – Sorrimos.

– Bom, vou tomar um banho e me arrumar. – Ela se levantou.

– Vou fazer o mesmo. Nos encontramos em frente ao estábulo depois do almoço?

– Em frente ao estábulo, depois do almoço. – Ela confirmou e deu as costas, indo para a sua casa. Eu apenas fiquei observando-a ir.


Ponto de vista Sam


Depois de falar com Freddie fui correndo para casa me arrumar. Parecia até a Carly. Entrei em casa correndo e nem dei atenção ao que minha mãe disse. Quando cheguei no meu quarto, abri meu guarda-roupa e comecei a vasculhar. Não encontrava nada que servisse. Nada que me agradasse.


– Tem que ter alguma coisa que preste aqui! – Murmurei para mim mesma, jogando cada peça de roupa em cima da cama.

– Meu Deus, passou um furacão por aqui? – Minha mãe apareceu na porta do quarto.

– Argh. – Revirei os olhos. – Não enche.

– O que você está fazendo exatamente? – Ela se aproximou.

– Nada. Só vendo algumas roupas para doação.

– Você? Doação? – Ela riu sarcasticamente. – Vamos Sam, me diz logo o que tá acontecendo!

– Você quer saber a verdade? Tudo bem então, eu vou sair e não tenho roupa. Era isso o que você queria ouvir?

– Não sei se era bem isso o que eu queria ouvir. – Ela sorriu. – Sair com quem? Com a Carly ou com o... Como é mesmo o nome dele?

– Não vou sair com a Carly.

– Ah, então vai ser com o filho da Marisa?

– Me deixa sozinha!


Ela riu.


– Se você quiser, eu te ajudo a se vestir.

– Muito obrigada, mas eu passo.

– Mesmo? Você sabe que eu tenho experiência com isso de encontros.

– Não é um encontro! – Gritei.

– Tudo bem, tudo bem. Não é um encontro. – Ela piscou.

– Para de piscar desse jeito, não sou um daqueles caras que você fica dando em cima.

– Sam, eu quero te ajudar. Você realmente vai recusar a minha ajuda?


Revirei os olhos novamente.


– Se você pode mesmo me ajudar... O que vai fazer?

– Primeiro, preciso saber onde vocês vão.

– Vamos na loja de CDs do centro.

– E você está tão desesperada assim só para ir na loja de CDs?

– Não é isso. Nós vamos comer alguma coisa também e... Ah, deixa isso pra lá. Não vou mais.

– Sam. – Ela se sentou ao meu lado. – Sei que vivemos brigando mas por favor, deixa eu te ajudar, eu vou te deixar linda.

– É melhor você me deixar bonita mesmo. – Brinquei.

– Bem, vamos. Tenho umas roupas aqui que acho que você vai gostar.

– Não creio muito.


E sendo assim, fomos para o quarto dela. Ela realmente tinha muita roupa. Passamos algumas horas decidindo o que eu ia vestir. O que ela gostava, eu odiava, e o que eu gostava, estava estragado, manchado ou rasgado. Sempre tinha um problema.


Depois de um tempo, decidimos finalmente o que eu ia vestir. Peguei umas peças de roupa e ela pegou outras. E sendo assim, fomos tentando combinar e formar algo que prestasse. Até que, finalmente, conseguimos.


– Sam, que horas você vai para o centro com esse menino? – Minha mãe perguntou guardando as roupas que estavam espalhadas pelo seu quarto no seu guarda-roupa.

– Meio dia. – Respondi me deitando na cama. – Que horas são?

– Onze e quinze.

– O que?! – Levantei-me rápido. – Mas eu ainda tenho que tomar banho e almoçar!

– Pensei que fossem comer alguma coisa lá.

– Não, quer dizer, sim... Mas não agora. – Minha mãe me encarou sem entender nada. – Ah, eu não sei! O que importa é que não tenho tempo!


Saí correndo para o banheiro e tomei um banho rápido. Afinal, já estava quase na hora. Troquei de roupa rápido. Todos sabem que não gosto muito de usar vestidos, mas aquele eu já estava atrasada demais pra me preocupar com alguma coisa.


Passei um perfume da minha mãe e, finalmente, fui para o estábulo encontrar Freddie, mesmo sem ter almoçado.


Ponto de vista Freddie


Mesmo sabendo que tinha marcado de encontrar com Sam em frente ao estábulo ao meio-dia, resolvi me adiantar um pouco. Coloquei uma calça jeans, uma camisa preta e um tênis. Antes de sair do quarto passei uma olhada pelo lugar, me certificado de que não tinha esquecido de nada. Vi que meu iPod estava em cima da cama. Eu sempre o levava para todo lugar que ia, mas, daquela vez não era necessário. Fechei a porta e saí da casa do tio Karl, pronto para ir para o estábulo. Eram 11:30, mas quem liga, não queria dar uma de atrasado.


Ponto de vista Sam


Consegui avistá-lo de longe. Ele estava comum e eu estava... diferente. Senti minhas bochechas corarem na mesma hora em que ele me viu. Ele abriu um sorriso e eu retribuí, ou tentei retribuir. Aquilo não era um encontro, por que eu estava vestida daquele jeito?


– Oi. – Falei sem graça.

– Uau! Você tá linda! Quer dizer, eu não sabia que isso era um... – Não deixei que ele terminasse sua frase.

– Não, não é. – Ele me olhou um pouco confuso. – É que... Sabe, eu não tinha o que vestir e minha mãe resolveu me vestir, mas... Não é um encontro. Nós só vamos comprar CDs e comer alguma coisa, certo?

– Ah, tudo bem. Vamos?

– Vamos. – Assenti com a cabeça e fomos para o centro.


Durante o caminho não falamos sobre muitas coisas, eu ainda estava mal por causa da Carly. Freddie tentava me distrair enquanto não chegávamos á loja de CDs e, ás vezes, até conseguia. Quando eu falava com ele, esquecia de praticamente todas as coisas ruins.


– Então, tenho que te contar uma coisa. – Comecei. – Eu não almocei.

– Eu almocei rápido, não queria me atrasar. – Ele sorriu e ficamos parados.

– Então... Você não vai me convidar pra almoçar com você e dizer que você vai pagar a comida?


Freddie riu.


– Posso até pagar a comida se você me prometer que não vai comer muito.

– Isso eu não posso garantir. – Sorri.

– Já esperava por essa resposta. Bem, você deve conhecer os restaurantes daqui. Sabe de um barato e bom?

– Barato e bom? Isso não existe, Freddonho.

– Me chamou de Freddonho?

– Chamei. Bem, vamos em um restaurante que fica perto da loja de CDs.

– Ótimo. Tudo aqui é muito perto.

– Claro, estamos no interior, não em Nova York.

– Sabe uma das coisas que mais me chama a atenção em você? Seu sarcasmo.

– E isso é bom?

– Eu gosto. – Sorrimos um para o outro e seguimos o nosso caminho.


Ponto de vista Carly


Minha tentativa de dormir foi completamente em vão. Eu sabia que tinha feito errado, e agora tinha que arcar com as consequências. Spencer estava decepcionado comigo. Sam não conseguia olhar na minha cara. Brad tinha me usado. E além de tudo isso, eu ainda poderia estar grávida.


Tentei mais uma vez organizar tudo isso, encontrar uma maneira de sorrir e dizer ‘’ei, poderia ter sido pior’’ mas eu simplesmente não conseguia. Sam tinha razão. Eu sabia desde o início que Brad não me amava e, mesmo assim, quis correr o risco. Deixei ele me usar. Deixei ele fazer comigo tudo o que quisesse. E o pior era que eu não me lembrava de absolutamente nada. Não sabia se tínhamos mesmo usado camisinha. Será que Brad seria tão tolo á ponto de me engravidar?


Levantei-me da cama e me encarei no espelho. Meus olhos estavam vermelhos e, novamente, vi as marcas de chupões no meu pescoço. Odiava ter que encarar aquilo. Me virei de costas par ao espelho e tirei toda minha roupa. Liguei o chuveiro e, com lágrimas escorrendo pela face, senti a água gelada em contato com meu corpo. Fechei os olhos tentando me livrar daquilo tudo. Esperando que a água, de alguma maneira, levasse toda a dor embora.


Depois que saí do banho vesti uma roupa confortável e peguei meu celular. Pensei em ligar para Sam e pedir para ela ir para minha casa me abraçar, como ela sempre fazia quando eu estava mal. Mas eu mal tive coragem de discar o número. Sabia que tinha desapontado-a e que ela não iria me ver de maneira alguma. Sendo assim, deitei novamente na cama, abracei meu travesseiro e voltei a chorar.




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Notas finais do capítulo

Enfim, esse capítulo foi meio que focalizado mais na Carly do que em Seddie, afinal, eu não podia deixar de passar pra vcs como a a Carly se sentiu com tudo o que tinha acontecido e pá. E outra coisa foi o ponto de vista do Spencer, que eu fiquei muito feliz em ter colocado, acho que foi o primeiro da fanfic. Espero que vocês tenham gostado do capítulo, no próximo tem mais Seddie e, como eu disse, amanhã eu não posto (provavelmente). Não se esqueçam do reviews ♥