Amor À 19 Vista escrita por RoBerTA


Capítulo 4
Culpa não é meu lema


Notas iniciais do capítulo

Eu sei, esse capítulo está ridículo de tão pequeno. Mas o próximo vai ser maior ^^ Aliás, eu esqueci de dizer, mas cada capítulo corresponde a um dia na fic. Beijos caramelados e boa leitura!



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Despertei mais resignada do que nunca. Saltei da cama e coloquei uma mini saia jeans com uma blusa degotada amarela. Pequenos desenhos em preto adornavam sua barra. Coloquei uma sandália com pouco salto e penteei meus cabelos, deixando-os soltos. Hoje passei maquiagem e catei uma argola ridiculamente grande.

Quando achei que já estava pronta, saí do quarto. Podia sentir cheiro de panquecas.

Ao me ver, vovó parecia levemente surpresa, mas depois se recompôs.

— Onde você vai tão bonita assim?

Apenas sorri para ela e comecei a comer.

Quando terminei, e também me escovei, disse para vovó que ia sair e tudo que ela disse foi “volte logo”.

A primeira parte do plano era ficar sentada no banco em frente ao prédio apenas observando. E esperando a minha vítima.

De longe, vislumbrei uma garota com cabelos quase vermelhos. Agora que podia vê-la mais atentamente, podia perceber o quanto era bonita. A pele era quase do mesmo tom que o meu. Os cabelos eram encaracolados, e os olhos, de um carmim vivo.

Ela sorriu.

Me virei para a porta do prédio.

Lá estava ele, sorrindo feito um bobo para ela.

Segunda parte do plano. E que Deus me ajude.

Me levantei e ergui a cabeça. Avancei para ele sorrindo, que ficou paralisado ao me ver. Primeiro, seus olhos percorreram minhas pernas, de um modo assombrado, quase como se não acreditasse que eu tivesse pernas ou que usaria algo tão curto, e depois pararam no meu decote. Mais pasmo ainda ficou ao me olhar nos olhos, como se não me reconhecesse. Foi seu choque que me ajudou no plano.

Parei diante dele, um Rafael ainda assombrado, e antes que pudesse recobrar a consciência, dei início à terceira parte.

Puxei ele para mim e o beijei.

Eu pensava que seria uma tortura, um sacrifício, mas me enganei.

Era mil vezes melhor do que eu esperava. E não foi isso o que mais me surpreendeu. Rafael correspondeu. Mesmo sabendo que a namorada observava tudo, de longe.

O mundo pareceu se desprender a nossa volta. Como se apenas nós dois existíssemos.

Rafael me puxou para mais perto, apertando meu corpo contra o dele. Parecia mágica.

E antes que eu pudesse refletir sobre tudo aquilo,me empurrou, parecendo ter saído do encanto.

— Rachel! Espere! Não vá!

Apenas observei ele correr atrás da ruiva e a ruiva correr dele. Parecia tão certo no momento, então por que agora eu sentia esse nó na garganta? Essa culpa?

Rafael pareceu desistir de segui-la, e voltou em direção ao prédio.

Por mais que eu o infernizasse, ele nunca olhou para mim daquela forma. Com ódio.

— Eu a amava, e você a tirou de mim – ele apontou um dedo para mim – e vai pagar por isso.

Se virou e seguiu de volta para o apartamento.

Eu queria isso. Não queria? Então por que a culpa estava visitando a minha consciência?

Algo me dizia que eu sabia o porquê, mas não queria admitir.


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