Amor À 19 Vista escrita por RoBerTA


Capítulo 1
I Love Barbie


Notas iniciais do capítulo

Mais outra fic ^^ Vou morrer desse jeito. Enfim, os personagens da capa da fic não tem nada a ver com os da historia (características, tipo, cor de cabelo). Mas fora isso, boa leitura =^.^=



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— Seu cretino!

Eu estava gritando com todo o meu precioso fôlego para aquela criatura na minha frente, sem me importar com os olhares a mim dirigidos pelas pessoas que passavam e presenciavam aquela cena patética. Juro que não sou uma pessoa que se descontrola com muita frequência e facilidade. Ok, só às vezes.

— Lesado, delinquente, imbecil, retardado, idiota, otári...

Ainda tinha muitas outras palavrinhas para gritar para o neandertal, mas o infeliz me interrompeu. Eu estava começando a ficar um pouquinho alterada.

— Cala a boca!

Sim, isso mesmo, o projeto de canalha gritou para eu calar a boca! Ninguém grita comigo ou me manda calar a boca.

Só a minha mãe e meu pai, mas eles não contam. Acho.

— Seu feto mal desenvolvido! Vou acabar contigo!

Sinceramente, não sei o que deu em mim. Só sei que num minuto, eu estava gritando com aquele ser abominável, e no outro, estava caída em cima dele, enchendo o panaca de pancada.

Provavelmente a minha dignidade foi pro espaço a essas horas. E se eu já estava no fundo do poço, por que não cavar mais um pouquinho, e tentar encontrar o outro lado?

Talvez eu deva contar a história do início.

Era um sábado, e como a preguiça encarnou em mim, fui assistir a um filme que amo e comer pipoca de chocolate deitada no sofá.

— Adelina, assistindo de novo esse filme?!

É, quando não tenho nada para fazer — não literalmente — eu acabo assistindo Um amor para recordar. Existe filme mais lindo?

— Mãe, você sabe que eu amo ele.

Ela suspirou para mim e depois sorriu.

Estreitei os olhos para ela. Normalmente quando agia daquela forma, toda calminha, é porque tinha uma "surpresinha" para mim. E, normalmente, eu não era fã de suas "surpresinhas".

— Pode falar, mãe. Seja lá o que for dessa vez.

— Então, suas férias são bem longas, né?

Se possível, estreitei ainda mais os olhos. Aquilo estava fedendo. Não literalmente, é claro.

— Sabe, eu pensei, e pensei e...

— Não enrola, mãe!

Ela soltou outro suspiro, longo dessa vez, e encarou o chão.

— Você vai ficar um tempo com a sua avó.

Ergui uma sobrancelha para ela. Só isso? Eu achei que nós íamos nos mudar para a Antártida. Tem pinguins lá. Eles me dão medo. Mas eu gosto de pinguins. Irrelevante, eu sei.

— Tudo bem. Eu vou num sábado, e vocês podem me pegar no domingo.

Minha mãe me olhou de forma significativa.

— Você ficará três semanas.

Minha cara deve ter ficado igual à cara de macaco assaltado.

— O quê?!

— Acho que você já devia começar a arrumar suas malas. Teu pai vai te levar amanhã.

E ela saiu. Pela porta da frente. Certo, eu não precisava ter pensado isso.

Já disse que sou uma pessoas tranquila, e...

— AI QUE RAIVA!!!

Eu costumo fazer listas tais como: “10 coisas de que gosto”, “10 coisas que odeio”, “10 coisas idiotas que já fiz”. Pois é. Acho que acabei de ter mais uma coisa idiota para acrescentar à lista.

Com toda a calma do mundo — ou nem tanto — eu chutei a parede. Sério, qual é o meu problema? Detalhe, só tinha uma meia fofinha no pé. Resultado: cai de dor no chão. Por que eu não chutei o sofá!? Ele é tão mais macio e... Deixa pra lá!

Manquei até o sofá, e me sentei nele, pensando no que faria a seguir.

Meus pais nunca fariam algo assim sem um bom motivo. E eu podia gritar, espernear, até chutar o fogão, e ainda assim iria. Não que eu não gostasse da minha avó. Eu amo ela. É só que eu queria, sei lá, ficar vagando pela casa como um fantasma. Sem fazer nada.

Pelo menos a vovó tinha internet. É, a velinha não é tão velha assim.

Ainda mancando, — maldita parede, ainda derrubo ela! — subi as escadas, para arrumar minhas malas no meu quarto.

Em alguns minutos, já estava tudo arrumado.

Liguei para Lana, minha BFF.

— Oi, docinho!

Rolei os olhos. Lana era muito “feliz”. Até demais.

— Oi, azedinha.

Podia até ver a careta dela. Eu ri com o pensamento.

— Perdi a piada?

— Nada não — assumi meu tom sério — Lana, eu vou ficar três semanas com a minha vó.

Silêncio.

— Lana, você ainda tá aí?

— Por quê?

— Não sei, mas vou. Só queria te avisar. A gente pode se mandar mensagens pelo celular.

— Você quem sabe. Vou sentir saudade.

Sorri. Eu adorava aquela garota.

— Eu também.

— Boas férias!

— Tchau.

Desliguei o telefone e me deitei na cama. O que vou fazer em três semanas na casa da minha avó?

Suspirei. Isso já estava se tornando um hábito.

Vão ser três semanas bem longas.

***

— Acorda! Vem tomar café!

Abri meus olhos lentamente, tentando me acostumar com toda aquela claridade que invadia meu quarto. Fiz uma careta involuntária. Odiava quando minha mãe abria a janela antes de me acordar.

Era O dia. Hoje eu iria para a casa da minha vó. Ainda bem que não era longe daqui, pois detesto viagens longas.

Como eu já havia levado as malas para baixo no dia anterior, e já tinha deixado a roupa que usaria separada, apenas me vesti.

Me aproveitei do calor que fazia, e vesti um vestido amarelo, bem leve.

O meu reflexo no espelho. Minha pele era muito branca. Às vezes até eu me assustava. Hoje estava tão sonolenta, que meus olhos verdes, sempre grandes, pareciam duas fendas, criando um contraste peculiar contra minha brancura.

Peguei uma escova para meu cabelo. Ele é o que mais gosto em mim. É negro e chega até metade das minhas costas.

Demorei um tempinho para desfazer os nós nele. Nem sei como os consigo, sendo que meu cabelo é completamente liso. Odeio nós no cabelo.

Faço uma careta. Credo, pratico demais o ato de odiar. Até odiar eu odeio! Deveria começar a me dedicar à virtude, sabe, ser uma pessoa melhor e tal.

— Filha!

— Já vou!

Coloquei meu anel da sorte e desci as escadas correndo. Como minha sorte estava em alta, — talvez o anel sirva só como decoração mesmo — quando cheguei ao último degrau, caí de bunda.

— Ai.

Fiquei um tempo sentada, amaldiçoando a escada. Quando não tinha mais do que xingar a escada, resolvi levantar e ir à cozinha.

— Bom dia, meu anjo!

Péssimo dia, mãe.

— Oi.

Me sentei no meu lugarzinho, tentando ignorar a dor. Estou tão orgulhosa de mim, eu nem chorei!

— Onde o pai foi?

— Ele foi levar as tuas malas para o carro.

— Hum, não vi ele passar por mim.

Terminei meu café e me dirigi para o carro. Por sorte o dia estava lindo, não havia uma única nuvem no céu.

— Eu sinto muito que você tenha que ficar por tanto tempo, mas você vai entender. Toma cuidado, viu? E me liga antes de ir dormir. Vou sentir saudades.

E a minha mãe, que não é o tipo de pessoa que demonstra afeto, me deu um abraço de urso. O melhor que ela já me deu, a propósito.

— Também vou sentir saudades. Tchau, mãe.

Antes que as traidoras das minhas lágrimas começassem a cair, eu corri para dentro do carro, e fechei a porta sem olhar para trás.

A viagem foi estranha. Meu pai não disse uma única palavra, algo nada típico dele.

Pelo menos eu levei alguns — leia-se, vários — livros para ler. Não ia ser um tédio total.

— Chegamos.

Eu pulei no banco quando ele falou. Levei um susto daqueles. Estava perdida em pensamentos, como, ‘‘será que existem alienígenas?’’. Eu poderia ter tido um ataque cardíaco e então ele iria se culpar pelo resto da existência dele.

Pulei para fora do carro, enquanto papai pegava minhas bagagens.

— Adelina.

Olhei para ele. Pelo tom era algo sério.

— Estou orgulhoso de você.

— Hum... Obrigada?

— Cuide bem da sua avó.

— Não seria o contrário?

Ele me olhou sério. Parecia que ia dizer algo. Mas no fim desistiu.

— Vamos, ela já deve estar esperando.

Ajudei-o pegando algumas — uma — malas também.

Paramos em frente ao apartamento. Tenho que admitir, era lindo. E o melhor, amarelo! Nem me pergunte. Eu mesma mal compreendo minha obsessão pelo amarelo.

Meu pai acenou para o porteiro, que abriu a porta. O porquê? Talvez pela minha avó ser mãe do meu pai. O quê? Podia ser da minha mãe.

— Charlie! Quanto tempo!

Junta o negócio de mãe e filho, mais o fato de os dois serem amigos de infância, e você acaba descobrindo o motivo do porteiro abrir a porta depois de um simples aceno.

— André! Como vai?

— Na mesma. Veio visitar a senhora Tereza?

Eu prefiro chamá-la de Terezinha, é mais simpático.

— Minha filha vai passar uns dias com ela.

Dias? Sei.

André olhou para mim como quem conhece o segredo do universo.

— Entendo.

Legal! Porque eu não entendo.

— Você cresceu! Está maior desde a última vez que te vi!

Ergui uma sobrancelha para ele. O cara era louco. Primeiro diz “quanto tempo” para o meu pai, e agora vem com essa. A última vez que vim aqui foi para o Natal. Duas semanas atrás.

— Você me viu semana retrasada. E eu não posso ter crescido em duas semanas. A não ser... — estreitei os olhos — você está me chamando de gorda?!

André arregalou os olhos.

— N-n-não foi isso que quis dizer!

Ele levantou as duas mãos, como se quisesse provar a sua inocência.

Mal consegui me aguentar. Eu estava morrendo de rir por dentro. Por sorte, consegui manter a expressão zangada.

— Adelina, eu tenho certeza que ele não quis te ofender.

Bufei.

— Então, vamos logo?

— Claro. André, a gente se vê.

— Sim, Charlie. E Adelina, me desculpe.

— Na boa, está tudo bem.

Como sou uma boa menina! Até perdoo as pessoas!

Sorrindo aliviado, acenou para nós.

Demos um jeito de nos acomodar, junto com as malas, no elevador.

— Qual é o andar?

— Nono.

Enquanto esperávamos, sentei em cima de uma mala. Estava travando uma guerra contra a gravidade. Já disse que hoje minha sorte estava em alta? Pois é. Primeiro a escada, e agora isso.

Estava tão, mas tão perdida em pensamentos, que nem notei quando paramos no nono andar.

A porta do elevador abriu, e levei um susto estupendo. Não deu outra. Caí para trás. E sabe o que é melhor — ou pior? Primeiro, eu estava de vestido, lembra? Segundo, meu próprio pai traidor, ao invés de me ajuntar do chão, tentava conter uma gargalhada. Terceiro, um ser me olhava como se eu tivesse um chifre saindo da minha testa. Será que ele nunca viu alguém cair?

Droga!

— Obrigada por me levantar. E sim, papai, eu estou bem, agradeço por perguntar.

Falei enquanto me levantava. Detalhe, duas pessoas ao invés de me ajudarem, só ficaram me encarando.

Mas que diáb...

Tô lascada.

Lembra de que eu estava de vestido? E que eu caí para trás? Consequentemente, minha calcinha apareceu. Mas esse não era o problema maior. Claro que não. O problema, era qual calcinha eu estava usando.

Era rosa pink, e estava escrito I Love Barbie.

Não, eu não amo a Barbie. E sim, eu uso ela. Mas só porque tem um alto valor sentimental.

Fiquei roxa, não de vergonha, mas de raiva mesmo. Resolvi fingir que não aconteceu nada, e peguei uma mala, rumo ao lugar onde ficaria pelas próximas três semanas.

— Licença.

Eu pedi para o ser. Sabe o que o desgraçado disse?

— Claro, Barbie.

Ele meio que sussurrou, acho que foi para meu pai não ouvir.

Ótimo. Mal cheguei, e já tenho um inimigo novo e um apelido brega também.

Saí bufando de lá, antes que perdesse a paciência.

Cheguei em frente à porta da vovó e bati.

— Vó! CHEGUEI!

Uma senhora idosa me recebeu. Seus cabelos brancos estavam presos em um coque, e ela sorria igual a uma criança para mim.

Não me contive, e tive que sorrir de volta.

Eu amo minha vó, e foi esse o motivo pelo qual não discuti com meus pais sobre as três semanas.

— Entrem! Vamos, não fiquem parados aí.

— Oi mãe, para onde levo as coisas da Adelina?

— Por aqui, venham.

Já sabia onde ficaria. Essa não era primeira vez que dormia aqui.

Paramos em frente ao quarto o qual já considerava como meu. Entramos e deixamos as malas num canto. Mais tarde eu arrumaria.

— Eu fiz bolinhos! Venham, vamos tomar um chá.

Agora sim iriam poder dizer que cresci. E pros lados. Eu amava aqueles bolinhos! Com aquela cobertura de chocolate, aquele recheio e...

— Não vai dar, eu preciso ir. Tenho um compromisso.

Olhei para meu pai. Fui eu que caí, e ele quem parece ter batido a cabeça. Só alguém com distúrbios mentais recusaria os bolinhos da vovó Terezinha.

— Tchau mãe, tchau Adelina — e então se aproximou — se comporte.

Olhei feio para meu pai.

— Eu tenho dezesseis, pai, não sou criança.

Sabe o que ele fez? Gargalhou! De mim!

— Pai, paizinho, meu querido, hoje você virou um candidato para a minha lista negra.

Sim, eu tenho uma!

— Então eu vou indo, antes que minha situação piore.

E ele foi. Agora só sobramos nós duas.

— Vó, o convite para os bolinhos ainda está de pé?

— Claro!

E lá fui eu, me encher de calorias.

***

— Estavam deliciosos!

— Obrigada, querida. Posso pedir um favor?

— Sim.

— O leite acabou, você poderia ir ao mercadinho da esquina comprar mais?

— Sem problemas, já vou indo.

— Espera — olhei para ela de forma indagadora — eu não te dei o dinheiro.

Depois que peguei o dinheiro para pagar o leite, me dirigi ao elevador. A minha vontade era de chutá-lo, ou de usar as escadas, para não ter o desprazer de me lembrar da Cena do Elevador. Até nome já tinha. Suspirei resignada e entrei, apertando o botãozinho para descer. Pelo menos não vi o ser.

— Oi, André, preciso ir ao mercado, já volto.

— Sem problema.

Como eu havia previsto, o dia estava lindo e ensolarado, do jeito que eu gosto. E o melhor, tinha um leve vento suave que convidava meu vestido e meus cabelos para uma dança.

Adoro esses ventinhos de verão.

Nada parecia ser capaz de abalar minha felicidade, até que o impossível aconteceu.

— Parece que nos encontramos de novo, Barbie.

Me virei para aquela voz que reconheceria até no inferno. Ok, isso foi exagero da minha parte.

No elevador, eu estava com tanta, mas tanta raiva, que nem me dei o trabalho de analisar o ser abominável.

Era alto, maior que eu. Seus cabelos tinham um tom dourado e estavam despenteados. Os olhos azuis escuros, quase pretos, me encaravam com curiosidade, e exibia um meio sorriso zombeteiro.

Que tapa!

— Seu cretino!

Bom, o resto vocês já sabem.

***

Senti alguém me tirando de cima dele. É, ele ficaria com alguns hematomas. Quem é a Barbie agora? Hein?

Ri com meu próprio pensamento.

Todos me olharam como se eu fosse louca. Talvez eu fosse, e daí. Ninguém faz piada da minha calcinha. Ninguém.

— Estou calma, já pode me soltar.

O herói do inútil me olhou tentando encontrar algum traço de agressividade. Fiz minha melhor cara de santa.

O desconhecido deu de ombros e me largou.

— Garota, você tem problemas.

Nem preciso dizer quem disse isso.

— Sim querido, eu sofro de bipolaridade. Sou foragida da polícia. Já fugi de um manicômio. Também sou uma serial Killer, deixe-me ver o que mais... ah, já ia me esquecendo, também pretendo dominar o mundo!

Eu sei que exagerei , mas foi só um pouquinho.

Ele me olhou com cara de paisagem.

— Tudo isso só porque eu te chamei de Barbie?

Descarado! O pentelho sabia que não era só isso, mas como eu ia falar da Cena do Elevador na frente de todas essas pessoas? Sim, todo — quando digo todo, realmente quero dizer todo — mundo estava olhando para nós.

Tentei uma tática diferente.

— E se eu te chamasse de Ken?

— Deus me livre ser o Ken enquanto você for a Barbie.

Já estava tremendo de raiva.

Simplesmente me virei , e fui em direção ao mercado, sentindo todos o olhares em mim.

O que eu fiz para merecer isso?

Passei o tempo todo pensando em uma maneira de me vingar enquanto procurava o leite.

Já estava no caixa pagando, quando a moça me fez uma pergunta.

— Foi você quem deu uns tapas no Rafael?

Então esse era o nome do infeliz?

— Ele mereceu. — Foi tudo o que eu disse.

Peguei a sacola e voltei para o apartamento, rezando para não encontrar o tal do Rafael de novo, e para ninguém me parar perguntando se eu o espanquei.

— André! Abre!

— Tá aberto, entra.

Entrei e dei um aceno rápido para ele. Não queria saber se o porteiro também sabia do meu showzinho.

Corri em direção ao elevador. Quando apertei o botão do nono andar e as portas se fecharam, suspirei aliviada.

Em pouco tempo, já estava na cozinha da minha avó, ajudando a guardar o leite.

Aparentemente, ela não sabia da minha crise de hoje.

Estava indo arrumar as roupas no guarda-roupa quando a campainha tocou.

— Deixa que eu abro!

Corri em direção à porta.

Adoro visitas!

Abri meu melhor sorriso e a porta.

— Oi senhora Terez...

A voz foi morrendo aos poucos quando Rafael me viu.

Admito que fiquei surpresa, mas logo me recuperei e resolvi tirar sarro da cara dele.

— Oi, Ken.

Antes que ele pudesse responder, minha vovó parou no meu lado e abraçou o ser.

— Adelina, esse é meu vizinho, Rafael. Rafael, essa é minha neta, Adelina.

Ficamos nos encarando estáticos.

— Agora você já tem um amiguinho para brincar!

Claro, pensei, de Barbie.


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