Sempre Com Você escrita por oinani


Capítulo 26
Amor?


Notas iniciais do capítulo

~~sei que este capítulo está fraquinho~~



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Naturalmente, Lucy ficou completamente radiante pelo facto de Peter se lembrar de mim. Ela não conseguiu tirar o sorriso dos lábios durante alguns dias. E devo admitir que eu também não.

Quando Len soube do acontecido, fez-nos um interrogatório pormenorizado sobre como é que Peter se tinha lembrado de mim e de William. Nós ficamos durante uns minutos a olhar uns para os outros pois não sabíamos bem o que lhe dizer. Não podíamos simplesmente contar à nossa mãe que Peter tinha recuperado aquelas memórias graças a uma imagem que se assemelhava a um rapaz que tínhamos conhecido numa terra mágica. Acabou por ser Edmund a explicar a Len que quando estávamos a jogar o jogo de tabuleiro apareceu uma imagem que era parecida com um rapaz de quem eu gostava. Mal Ed disse isso lancei-lhe olhares furiosos. Mas de certo modo aquilo que Edmund tinha contado era verdade. De certo modo.

Imediatamente após ouvir aquilo, Len ligou ao médico de Peter. Ele alegrou-se com as melhorias de Peter mas ficou intrigado pela maneira que tinha levado Peter a lembrar-se de mim e de Will.

Depois de conversar com o Doutor Smith, a nossa mãe explicou-nos que ele pensava que ouvir o nome e ver a imagem parecida com o rapaz que eu supostamente amava, desencadeou uma reação no cérebro de Peter que fez com que ele se lembrasse de mim, porque ele associava o rapaz a mim, já que eu gostava dele. O doutor Smith disse também que se a teoria dele se encontrasse correta, devia existir algum elo entre mim e William, o que teria feito com que ao recordar-se de mim, Peter também se lembrasse de Will.

Tudo aquilo fazia sentido. Lucy tinha-me dito que Peter se lembrava das nossas idas a Nárnia, só que não se lembrava de eu também ter ido, já que eu tinha desaparecido das memórias dele. Mais tarde naquele dia Lucy explicou-me que nem ela nem Edmund tinham falado diretamente de Caspian a Peter. Então, quando mencionaram o nome dele à frente de Peter, seguida da visualização daquela ilustração, o cérebro dele associou Caspian a mim. E desse modo ele recordou-se de quem era Susan Pevensie. E ao lembrar-se de mim, lembrou-se de outra pessoa que também me amava. William.

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Na semana que se aproximava, não íamos ter aulas, pois na zona onde nós morávamos aquela semana era considerada “santa” e davam-nos aqueles dias de férias. Len deu a sugestão de convidarmos os nossos amigos para passarem dois dias ou três em nossa casa. Como é óbvio, eu convidei Miriam, Elizabeth e Claire para virem passar essa temporada a minha casa. Todas elas tinham disponibilidade para vir. Peter convidou William e ele também viria. Edmund disse que não queria convidar ninguém e como ele se dava extremamente bem com Will, não se iria sentir sozinho. Para tristeza de Lucy, a sua grande amiga não poderia vir pois iria de férias para fora do país com os seus pais.

Miriam e Claire chegaram a nossa casa logo no início da manhã. Ao lado do meu quarto havia uns aposentos que eram destinados a serem usados por hóspedes. Miriam e Elizabeth ficariam a dormir aí enquanto que Claire ficaria no meu quarto. Elizabeth juntou-se a nós no fim da manhã, mesmo a tempo de almoçar connosco.

“Miriam queres mais salada?”, perguntou Len.

“Não, obrigada senhora Pevensie”, respondeu Mir.

“Mãe, onde é que está o Ed? E o Will? E o Peter?”, questionou Lucy, metendo depois uma garfada de arroz na boca.

“Ah, os rapazes foram jogar futebol com uns amigos para um campo perto da casa de William. Levaram merendas por isso por isso irão almoçar por lá”, explicou Len.

Reparei na cara de desapontamento de Elizabeth. Aposto que ela mal podia esperar para ver Peter.

Eu nem sabia ao certo como é que me sentia quanto ao facto de William ficar em minha casa até ao final da semana. Claro que eu já estava mais do que habituada a vê-lo por lá, mas aquela era a primeira vez que Will ficava em nossa casa depois de eu saber que ele gostava de mim. Como é que eu me devia comportar na sua presença? Devia ignorá-lo? Não, isso não. É claro que eu preferiria que ela me esquecesse de vez pois o seu amor por mim não era correspondido, mas eu não era capaz de o magoar dessa maneira. Será que eu devia tratá-lo como o tratava antes de saber de como ele se sentia em relação a mim? Isso para mim era impossível. Mesmo que eu tentasse nunca iria conseguir fazer de conta que as coisas não mudaram.

Entre duas pessoas, sempre que aparecem sentimentos mais profundos que os da amizade, a relação sofre uma mudança. Às vezes, quando ambos gostam um do outro, a relação avança, indo para o próximo nível. Quando só uma delas sente algo mais pela outra, ou fica constrangida porque a pessoa que ama não sente o mesmo e simplesmente tenta esquecê-la a todos os custos, cortando as suas ligações com ela o que faz com que a amizade delas nunca mais volte a ser a mesma; ou então, mesmo sabendo que o seu amado não nutre o mesmo por si, esforça-se todos os dias para que ele a comece a amar, embora normalmente esse seja um processo lento e doloroso e nem sempre tem os resultados desejados.

Se eu observar os casos que me rodeiam posso chegar a várias conclusões. A primeira vez que eu vi Elizabeth preocupada por um homem sem ser o seu pai ou o seu irmão foi quando Peter se tentou suicidar.

E examinando a relação de Miriam e de Matthew posso ver que Miriam sempre amara Matthew. Ele não a via apenas como uma “simples” amiga mas também não a via como algo mais. Eles ficaram nesse impasse durante um bom tempo, o que causou grande mágoa a Miriam.

De qualquer das maneiras, o amor, onde quer que surja, costuma provocar mudanças.


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