Prelude To Death escrita por Higor M Quinto


Capítulo 4
Fogos de Artificio para Zumbis!


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem desse capitulo... Não sei se ficou bom.. Bem, vocês decidem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/278081/chapter/4

*Inicio da Gravação*

Guapirama – PR

Domingo, 12 de Outubro de 2014 11:32 A.M

Estava quente. Muito quente. Acordei mais suado do que quando me deitei. Decidi tomar um banho na banheira de minha mãe, afinal, acho que ela não iria ligar, não é? Enchi a banheira e despi-me, encarando-me no espelho. Deuses, como eu havia crescido – em todos os sentidos -, dois anos realmente mudam uma pessoa. Já quase não me reconhecia. Estava um pouco mais magro – provavelmente pela desnutrição que passei – e um pouco fraco. Toquei algumas partes do meu corpo e senti isso. Meus músculos doíam fadigados e pareciam mais finos. Bem, parei de pensar nisso e entrei na banheira, com a hidromassagem ligada. Aquilo me relaxou, e muito. Estava pegando no sono, quando me lembrei daqueles zumbis. Eu precisava fazer algo mesmo para resolver esse assunto. Comecei a pensar. Eu tinha boa munição, mas não o suficiente. Mesmo se tivesse, não poderia gastá-la apenas para limpar aquela cidade. Eu só iria fazer isso pelas memórias das pessoas mesmo, pois eu as amava, pelo menos grande maioria. Coloquei a ponta do meu dedo indicador na testa – é o que eu sempre faço para pensar ou fazer estratégias – e comecei a meditar. O que poderia ser feito? Explosões? Seria uma boa, mas onde achar explosivos... Explosivos... Algo inflamável e em grande quantidade... Gases... BOTIJÕES DE GÁS! Isso! No mercado atrás da igreja havia uma grande quantidade de botijões de gás armazenados. Pelo menos uns cinquenta, no mínimo! Era só eu pegar o caminhão de entregas do mercado, carregar ele e posicionar na praça! Eu estava feliz com a ideia, mas lembrei dos zumbis. Isso me desanimou. Eles podem ter ficado longe da praça. É. Eu estava ficando esperançoso demais para um sobrevivente num apocalipse zumbi. Desliguei a hidromassagem e esvaziei a banheira. Fui para meu quarto sem nem me enrolar na toalha, totalmente nu. Não havia ninguém mesmo para me ver. Sequei-me com uma das minhas toalhas e me vesti. Camiseta do Gun’s N Roses, um jeans ainda com etiqueta e um tênis da Nike que meu padrasto havia trazido do Japão. Pronto, uniforme de sobrevivente completo. Fui para a sala e organizei as armas. Enchi meus bolsos com munição, mais pratico. Coloquei duas .38 na por dentro do jeans e deixei o resto no tapete. Arrumaria mais mochila e deixaria tudo organizado. Voltei para meu quarto, pois havia esquecido a toalha em cima da cama. Levei-a para fora e a pendurei no varal. Apesar de estarmos num apocalipse, certos costumes não se podem retirar de uma pessoa, não é? Pulei o muro e depois de verificar a rua, corri até o mercado fechado, ao lado da igreja. Da esquina olhei a praça. Nada. Fui até lá e só havia dois zumbis. Matei-os com as katanas e depois de olhar mais um pouco, corri para trás da igreja, para o mercado. O portão encontrava-se aberto. Abri-o ao máximo e entrei. Fui ate uma mesa e peguei as chaves do caminhão, abrindo ele e as mantendo no contato. Fui ate a uma gaiola de metal, onde ficavam os botijões. Abri e comecei a jogar os botijões no caminhão. Depois de quase 3 horas de trabalho duro, eu já tinha colocado os 65 botijões no caminhão. Olhei para a torre da igreja. Tive uma ideia melhor. Tirei um dos botijões e fui até a parte de trás da igreja. Deixei-o ali, voltando ao mercado para armar uma escada de metal perto do telhado da igreja, assim eu subiria nela. Voltei para o mercado novamente e entrei no frigorifico. Peguei vários pedaços grandes de boi e porco e joguei no caminhão. Já tinha minha isca. Fui para a cabine do caminhão e liguei o motor. Fiz o caminhão morrer quatro vezes até pegar a manha de dirigir. Consegui sair da garagem sem arranhar muito sua lataria e dirigi até a praça. Deixei-o ali e subi na caçamba, abrindo-a inteira e empurrando todos os botijões, que saíram rolando um pouco para os lados. Escutei barulho, muito barulho, de gente correndo e corri a tempo de escapar da visão dos zumbis. Subi com dificuldade, com cuidado para não cair já que estava levando um botijão junto. Ao subir lá em cima, andei com cuidado para não escorregar do telhado e parei perto da torre, tendo uma visão de toda a praça. Os zumbis já estavam se acumulando. Dei um tiro para cima e todos olharam para mim. Mais zumbis chegaram. Eles se acumulavam perto da parede, fazendo um amontoado. Os botijões estavam pertos. Ótimo. Coloquei o botijão na minha frente, quase na ponta do telhado e abri os braços.

– Muito bem meus caros moradores de Guapirama! Sinto dizer, mas tenho que ir embora! – coloquei a mão no ouvido, como se estivesse tentando escutar um som que vinha de longe – Desculpe, eu escutei um “Aaah” de desgosto? Não posso fazer nada meus caros amigos... Mas não se preocupem essa festinha com fogos de artifício é para vocês... – disse empurrando o botijão com a perna.

O botijão parecia cair em câmera lenta. Apoiei a arma com as duas mãos mirando bem. 10 metros. 5 metros. 1 metro. Bateu no chão, quicou levemente e disparei. A bala ia à câmera lenta. Atravessou a mão de um zumbi que ignorou o dano que levou. Ela se aproximava do botijão, chegando cada vez mais perto. Quando ela o tocou, o metal cedeu como se fosse papel e no mesmo instante, tudo explodiu. Eu ria malignamente, vendo aquilo explodir, até que todos os botijões tivessem explodido, causando uma onde de choque tão grande, que a própria torre já antiga cedeu e caiu no centro da praça e me arremessando longe. Eu segurava a arma com força. Sentia cortes na pele e sai rolando pelo telhado. Senti algo entrar na minha coxa, mas não consegui ver o que era. Cai na rua com um baque surdo, batendo minha nuca e comecei a me sentir tonto. Minha visão foi ficando embaçada. Eu me sentia fraco. Minha coxa doía muito e eu não conseguia mexe-la direito. Parecia travada. Eu sentia algo quente escorrendo por ela. Olhei para o céu azul e adormeci.


*Término da Gravação*



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Ai está! Esse foi postado hoje mesmo a pedido de uma grande e importante amiga aqui mesmo do Nyah! Esse capitulo foi para você Violet Flower! -q