Acordei quase nove horas... Nathaniel já foi para a casa de Castiel, uns policiais vão interrogá-los, ainda bem que eles já me interrogaram e não tenho mais que responder perguntas. Então lembrei-me do que Nathaniel disse hoje de manhã antes de ir embora.

– Vai ser bom para você fazer á terapia com a gente, você vai sentir-se melhor e vamos poder voltar ao normal aos poucos, Su. – ele disse acariciando meus cabelos.

– Não quero... Eu... Estou bem. – falei.

Ele levantou uma das sobrancelhas e olhou-me triste. Ele sabe que estou mentindo, mas não posso contar porque não quero fazer... Na verdade, nem sei por que.

Tenho medo, não quero falar como estou me sentindo, sinto-me mal só de pensar em contar para algum estranho como estou me sentindo... Que todas ás noites, desde que voltei para essa cidade, venho chorando, sentindo falta de como tudo era mais fácil quando eu era pequena, que estou triste pela doença da minha mãe... Pelo acidente de Hayley, por não terem me contado antes, que Faraize é meu pai, pelas coisas que aconteceram no meu aniversário... Com á morte de Melody e que sinto falta de Ken.

Que tudo de ruim que acontece com ás pessoas ao meu redor, acabam me afetando e me fazendo chorar e ate mesmo querer acabar comigo mesma, que uma voz na minha cabeça diz que é tudo culpa minha, mas escuto á voz da Mel e de Nathaniel... Então esqueço tudo que aconteceu e volto á ser como antes, que perto deles sinto-me bem e feliz, mas então, quando fico longe deles, as coisas voltam com uma velocidade e me atingem com força fazendo-me sentir fraca, triste, sozinha e culpada por tudo de ruim que vem acontecendo com as pessoas ao meu redor.

Sinto que, se eu dormir e não acordar mais, ninguém vai sentir minha falta e que então, as pessoas que fiz sofrer, voltarão á sorrir e terão suas vidas normais e felizes sem mim, mas penso na Mel e no Nath, e sinto que tudo isso que penso é bobeira, que eles me amam e que sou muito especial na vida deles, que tenho que parar de pensar nessas coisas e contar á quem quer ajudar-me, ás coisas que guardo á um bom tempo, ás coisas que vêem me magoando, me deixando fraca e deprimida.

Que se eu aceitar fazer a terapia, vou sentir-me melhor e vou poder voltar á ser como antes: Uma garota feliz. Então penso na minha mãe... Tate não me ligou e não mandou nenhuma mensagem dizendo como ela está, ele não foi para a academia militar, ele está com ela e minha tia no hospital onde minha mãe esta fazendo o tratamento, espero que Melissa ainda não saiba sobre isso, se não, vai querer ir ate eles. Com isso, levantei da cama, tomei banho e me arrumei.

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Depois que arrumei-me, fui comer um pouco.

[...]

– Bom dia. – disse Clark. Ele entrou e foi até á cozinha.

– Bom dia. – falei.

– Como está se sentindo? – ele perguntou.

– Bem... – falei, mas acho que ele não acreditou, pois logo depois que falei, parou na minha frente e deu um sorriso triste.

– Você pode mudar de ideia. – ele disse.

JÁ MUDEI. - queria gritar, mas tenho que falar primeiro com o Nath e a Mel, para saber se a terapia foi boa.

– Eu sei... Já decidi e quando o Nath e Mel saírem de lá, converso com eles. – falei. Clark franziu á testa, mas concordou, depois saiu e entrou no carro de minha tia.

[...]

Eles iam demorar um pouco, então decidi dar uma volta, peguei Drácula, ele ficou bem animado em me ver, pensei que ele tinha me confundido com a Mel, mas me enganei. Nós ficamos passeando ate que vi Debrah, Scott e Daniel correndo... A policia esta bem atrás deles. Suspirei e decidi levá-lo para a casa de Castiel, eles já devem ter voltado.

Peguei o carro de Clark, coloquei Drácula atrás e fui ate lá. Quando cheguei, Jane abriu o portão e depois, colocou Drácula junto de Dragon. Entrei na casa e lá estão eles. De inicio olharam-me surpresos, mas sorri e eles também.

– Podemos conversar? – perguntei.

Eles se olharam e depois concordaram, nós subimos ás escadas, entramos no escritório, eles se sentaram de frente para mim, respirei fundo e contei que mudei de ideia, que quero fazer a terapia... Que preciso fazer.