Lua Cheia escrita por Ania lupin


Capítulo 8
Capítulo 8 - Papai e mamãe de primeira viagem.


Notas iniciais do capítulo

TAO SENDO LEGAL COM VCS NAO? MEREÇO UMA RECOMENDACAO??



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BPOV

É claro que eu iria chorar. As coisas tinham acabado bem, com Edward ficando maravilhado com a notícia dada, mas no momento eu era uma bomba de hormônios confusos, então é claro que iria chorar.

"Desculpe," Comecei, tentando fazer com que as lágrimas parassem, mas aquela estava se mostrando uma tarefa impossível. "É que eu estou tão aliviada por finalmente te contar!" Falava entre soluços, enquanto Edward me abraçava, provavelmente ainda sorrindo. Talvez aquele sorriso nunca mais deixasse aqueles lábios perfeitos. "Estava com tanto medo, quando, desde que eu descobri, achava que você não fosse gostar, não fosse aceitar, você nunca mencionou nada e eu..." Mas minha voz sumira no meio das lágrimas.

"Eu estava tão preocupado." O ouvi confessar, seu rosto ainda afundado em meu cabelo, apreciando o buquê, como ele mesmo dizia. Quando voltou a olhar nos meus olhos, o par de topázios era intenso. "Achei que havia algo de errado, que você... que nós..." Sim, aquele sorriso nunca mais iria embora. "Achei que você estivesse tendo segundos pensamentos quanto a tudo, quanto a nós. Quando você foi hoje para Seattle... Nunca infernizei tanto Esme com minhas angústias, ela é uma santa por me escutar o dia inteiro." Nunca vi aquele rosto brilhar tanto. "Nós vamos ter um bebê."

"Isso não estraga seus planos? De verdade?"

"Planos meu amor, que planos? De viver o resto da minha existência ao seu lado? E ao lado do nosso bebê, agora." Minhas lágrimas que finalmente haviam secado voltaram após a frase. "Bella, a única coisa que eu quero é você, comigo, feliz. Se isso te faz feliz, se esse milagre maravilhoso a faz se sentir como me sinto agora... Bella, eu não quero mais nada. Já tenho tudo o que preciso."

Sorri um pouco sem jeito quando ele me deitou na cama, levantou meu suéter e colocou seus lábios frios em minha barriga, num beijo terno. Se eu tivesse imaginado que ele reagiria tão bem, teria contado no momento em que desconfiei. Teria sido tão bom tê-lo ao meu lado naquele consultório.

"Ei, pequeno. É o seu pai." Eu iria dizer que ele ou ela ainda provavelmente não podia o escutar, mas Edward não me deu tempo para interromper. "Você ainda nem nasceu e eu já te amo tanto, tanto quanto amo sua mãe. Ela é linda, sabia? Ela é a mulher mais linda de todo esse mundo, você vai ser um bebê muito sortudo se puxar apenas metade de toda essa beleza." Com mais um último beijo no meu abdome, ele deitou-se ao meu lado e me puxou para perto dele, antes de continuar. "Meus amores, eu vou carregar vocês no meu coração até mesmo quando deixar este mundo. Vocês são a razão de eu existir, agora."

Como eu consegui alguém tão maravilhoso na minha vida? Me perguntaria aquilo até o último dia da minha existência, com certeza.

Ficamos nós dois abraçados, deitados quase imóveis por um tempo. Desfrutando daquele momento que lembraríamos para sempre. Não importa o que diziam sobre se esquecer de sua vida humana quando se transforma em vampiro, esta com absoluta certeza seria uma lembrança que não se apagaria jamais.

"Edward, você não está assustado?" A pergunta veio do nada. Minha mente estava a mil, simplesmente não conseguia parar quieta. "Com medo?"

"Por que eu teria medo?"

"Porque em menos de nove meses você vai ser um pai, e eu vou ser uma mãe, talvez, e isso estava totalmente fora dos planos?"

Mordi meus lábios, habito que sempre vinha à tona quando ficava nervosa, e olhei para o futuro papai. E lá estava outra vez aquele sorriso maravilhoso. Como ele conseguia ficar tão calmo? Anos de prática? Queria eu estar calma daquele jeito, ao invés da pilha que a notícia me tornara. Ao menos eu podia culpar os hormônios.

"Bella, eu nunca, nunca pensei que algum dia eu teria a chance de ser pai." Ele começou a me explicar, seu olhar mais uma vez encontrando o meu. "Primeiro porque antes de você não havia ninguém na minha vida para eu pensar desse jeito, e depois – agora, nesses últimos meses – eu preferia nem pensar, afinal, para que pensar no que não se pode ter? Então você vem, e me fala que a única coisa que eu nunca poderia ser – que eu nunca poderia te dar – vai acontecer. Não estou com medo. Não tem como eu estar, nunca."

"Eu não tenho certeza." Vi o sorriso se desfazer um pouco, e só depois vi como a frase soara. "Não, disso eu tenho certeza! Cem por cento grávida, o teste ainda está na minha bolsa." Que por um acaso ainda estava sobre o banco traseiro do volvo prata. "Eu não tenho certeza se, se eu," Era um pouco vergonhoso admitir meu medo, quando ele, como sempre, não demonstrava nenhum. Mas quando senti a mão gelada entrelaçada com a minha, uma ponta de coragem surgiu. "Não sei se vou ser uma boa mãe, Edward."

"Bobinha. Você vai ser uma ótima mãe!" Dei um sorriso tímido, tentando me convencer daquilo. Mas o sussurrar dele na minha orelha não estava ajudando muito em minha concentração. "Imagine, só imagine o quanto você vai ficar linda quando sua barriga ficar redonda com nossa criança, meu amor. Quando você sentir o primeiro chute." A mão livre dele começou a vagar pelas minhas costas, então delicadamente pelo meu peito, examinando como poderia me tocar agora sem machucar. Definitivamente, ele aparentar querer terminar o que estávamos prestes a começar antes não estava ajudando. "Você vai ser uma ótima mãe, Bella."

"E você vai ser o melhor pai do mundo." Sorri, pronta para um beijo, quando ele me desapontou me dando um selinho na testa, logo depois se colocando sentado na cama. Passou-se um segundo e pude ouvir alguém bater na porta. Minha felicidade era tanta que esqueci por completo do resto da família Cullen.

"Não sei se é possível, mas eles estão tão eufóricos quanto eu. As vozes estão praticamente gritando em minha cabeça." Edward me informou, levantando-se da cama, enquanto eu mesma tomava uma posição sentada. Não esperava menos deles.

"Entrem."

E não demorou nem mais meio segundo para a família inteira de vampiros invadir o quarto e nos dar os parabéns. Alice foi a primeira, correndo logo para meu lado e começando a tagarelar incessantemente sobre as pequenas coisas que havia comprado online enquanto eu estava aqui no quarto. Fantasia minha achar que ela esperaria pelo meu consentimento, mas naquelas circunstâncias, eu sinceramente não me importava. Jasper permaneceu na soleira da porta, me dando um sorriso largo e parabenizando a mim e ao futuro papai. E então foi a vez de Carlisle.

Me perdi em pensamentos ao ver Edward abraçar seu pai. O vampiro mais velho segurava num abraço apertado meu namorado, que praticamente soluçava. Se ele pudesse chorar, estaria como eu estava a minutos atrás. Quando ele me olhou, ainda abraçando o filho, seus olhos eram pura gratidão. Era incrível como eu conseguira o deixar tão feliz, deixar a todos ali tão alegres, com uma coisa que era tão trivial para nós, humanos. Muitas vezes, motivos até de infelicidade, brigas entre famílias. Era tão bom saber que esse bebê seria tão amado.

"Então, quer dizer que tem mesmo um bebezinho aí dentro?" Foi o abraço de Emmett que me trouxe de volta a realidade. "Eu vou poder ensinar ele a jogar videogame e beisebol?"

"Ele?"

"Ou ela."

"Claro que vai, Emm." Enquanto ele me esmagava contra o peito mais uma vez, de um jeito mais cuidadoso que o habitual, vi Rosalie se forçar a me dar um pequeno sorriso e deixar o quarto logo após. A expressão no rosto dela era quase triste, e eu entendi o que ela sentia sem precisar de palavras.

"Vou ser titio então, Bells?"

Edward voltou imediatamente para meu lado quando Emmett me libertou do aperto de urso, praticamente checando se eu ainda estava totalmente inteira. Deveria imaginar que a preocupação dele agora só dobraria.

"Você e Jasper!" Sorri, então olhando para Carlisle. "E eu não confiaria em nenhum médico além de você para cuidar de mim. Então, se não for muito incômodo..."

"Seria uma honra, querida." Ele sorriu e me abraçou, o braço de Edward nunca deixando minha cintura. Suspirei, precisaria me acostumar com o cuidado exagerado, até mesmo próximo de seus pais. "Já são seis semanas, não é mesmo?" Ele por um momento hesitou em tocar minha barriga. "Estamos tão orgulhosos de vocês! E tão agradecidos a você, Bella, por nos dar esses dois maravilhosos presentes."

"Eles estão falando do bebê, e da minha mudança ao seu lado, meu amor." Edward me explicou quando viu a confusão nos meus olhos. Eu realmente o havia mudado tanto, então, realmente tinha um efeito tão bom para ele, para a família dele chegar a me agradecer por isso.

"É tão bom ver Edward tão feliz ao seu lado, minha querida!" Era Esme que falava agora, me dando um leve abraço.

Podia sentir as lágrimas voltarem mais uma vez. Enterrei meu rosto na camisa de Edward, e o ouvia rir suavemente enquanto acariciava minhas costas, me fazendo sentar de volta na cama. Segundos depois ouvi um click, e soube que os vampiros haviam nos deixados novamente a sós no quarto.

"Desculpe," Solucei. "Desculpe por ser tão emotiva agora, mas não consigo me controlar..." Senti a mão que antes afagava minhas costas ir parar no meu cabelo, enquanto ele me embalava, murmurando minha canção de ninar bem baixo em meu ouvido.

"Não se preocupe com isso meu amor, ssshhhhh. Pode chorar o quanto quiser, desde que suas lágrimas sejam de felicidade. Eu estaria assim agora, se pudesse, meu anjo." Meus olhos fechavam, e eu lentamente sentia minha consciência me deixar quando Edward me cutucou. "Bella, ainda não pode dormir, espere só um pouco." Foi quando meu estômago roncou.

"Mas eu nem estou com tanta fome agora-"

"Fora de cogitação. Bella Marie Swan, você nem mesmo jantou."

É claro que ele me faria comer antes de me deitar. Eu só não esperava que ele me impedisse de andar até o andar de baixo, me carregando em seus braços até a cozinha e me colocando delicadamente sentada numa cadeira. Alice era a única que permanecia no térreo, pelo visto.

"Eu já liguei para Charlie, está tudo bem." Ela disse antes mesmo de eu perguntar. Contar para Charlie, aquela era uma coisa que eu não gostaria de pensar até o fim daquele dia, então me dei ao luxo de empurrar o pensamento para longe, enquanto abria o livro – meu presente de mais cedo – numa página que falava sobre enjôos matinais.

Já havia um pedaço de torta na minha frente quando comecei a ler em voz alta.

"Para evitar os enjôos matinais, tente beliscar alguns biscoitos salgados antes de sair da cama pela manhã." Edward ouvia interessado, enquanto virava os ovos que preparava para mim. Eu acabaria me transformando numa bola, era inevitável, ele nunca me deixaria parar de comer agora.

"Acho que temos um pacote dessas bolachas aqui." Escutei ele falar. "O que mais?"

"Hum, fala que preciso comer de três em três horas, no máximo, para amenizar os enjôos mantendo algo no estômago, beber muito líquido, e se nada disso ajudar, tentar chá de gengibre, ou biscoitos de gengibre, bem, qualquer coisa que tenha gengibre." Bocejei, desejando que meus ovos ficassem prontos logo. O sono quase vencia a batalha, meus olhos ficavam cada vez mais pesados. Fechei o livro, e quando olhei ao redor novamente estávamos apenas eu e ele na cozinha.

"Pronto meu amor. Coma." Sim, o cheiro estava ótimo, e o gosto era ainda melhor. Meu vampiro sabia cozinhar, tinha que admitir. "Amanhã você vai tomar um chá de gengibre com bolachas antes de sair da cama."

Sorri, pegando outro pedaço. Comi em silêncio, minha fome se mostrando maior do que eu esperava, e logo os ovos mexidos haviam sumido por completo. Eu seria uma grávida tão mimada, mas tão mimada. Encostei-me no ombro frio de meu vampiro, com a intenção de descansar apenas por alguns instantes, minhas pálpebras pesavam tanto. Meus olhos fecharam, e apesar de meu esforço não conseguiam mais se abrir naquele momento. Tudo foi ficando mais e mais silencioso...

"Como você pôde ser tão irresponsável, Isabella?"

Charlie gritava comigo, e eu não conseguia fazer outra coisa se não chorar.

"Justo com ele, justo com essa idade! O que vocês vão fazer agora? E a sua faculdade? Vai largar tudo, que nem sua mãe fez, para acabar que nem ela?"

"Eu não vou ser como a mamãe! Eu o amo!"

"Você acha que o ama, por isso quer ter esse filho! E quando se cansar dele, ou ele se cansar de você, vai ser a mesma história que a minha e de Renée!"

Por que ele não parava de gritar? E Edward, onde estava Edward?

"Você não vai ter esse bebê, mocinha!"

"Não!" Quase saltei da cama. Era um pesadelo, apenas um pesadelo, mas um pesadelo tão real que meu coração quase saía pela boca. Estava suada, minha cabeça doía, e minha bexiga se fazia presente de uma maneira irritante. Uma mão fria segurou a minha, e só então percebi Edward deitado na cama ao meu lado. Ele parecia ler algo – meu livro –, que agora estava apoiado em seu peito, iluminado por uma fraca luz.

"Bella, quer alguma coisa? Posso ajudar?" O abracei sem mais pensar, aliviada por aquilo tudo não ter passado de um sonho bobo. "Foi só um sonho querida, já passou, já passou. Quer falar sobre ele?" Sacudi a cabeça negativamente, meu rosto ainda na dobra de seu pescoço. Ele cheirava tão bem. Aquilo me acalmava tanto. "Amor, ainda é cedo, por que não volta a dormir?"

"Preciso ir ao banheiro. E preciso de um banho." E quase corri para o banheiro da suíte, fechando a porta. Eu nem mesmo havia chegado ao terceiro mês e já estava desse jeito, não queria pensar no que me aguardava mais para frente.

Abri a água um pouco mais fria do que o habitual – era uma noite quente, afinal, apesar do pesadelo. Agradeci por haver uma escova de dente minha ali, e tirei o gosto ruim que havia surgido na minha boca enquanto lavava meu cabelo semiensopado de suor. Aproveitei meu tempo embaixo do chuveiro, relaxando lentamente enquanto a água morna caía em minhas costas. Só tomei falta de algo quando estava prestes a fechar o registro.

"Ah droga, a toalha." Murmurei, me esquecendo de que havia um vampiro no quarto ao lado que ouviria minha voz mesmo assim baixa.

Me virei para a entrada do box transparente e levei um susto ao ver Edward parado na frente do chuveiro com algo branco na mão. Ah, a toalha. Até a água quase fria começou a ficar quente demais, e eu sentia meu rosto pegando fogo. Só podia imaginar a cor que ele estiva no momento.

Era bobo, completamente, ficar com vergonha por estar sem roupa enquanto ele permanecia completamente vestido ao meu lado, mas então, eu só havia ficado daquele jeito uma vez – com ele no mesmo estado que o meu – , e só não ficara tímida porque pegara no sono praticamente logo após. Ele era tão perfeito, Deuses, o corpo dele era além da perfeição, e eu era apenas humana. Ainda. Uma humana, grávida, que estava a comer horrores e provavelmente engordara já alguns quilos. Era um pouco vergonhoso.

"Você é tentadora demais para seu próprio bem." Foi quase um sussurro, mas consegui escutar o elogio, e de algum jeito, me senti corar mais. Foi então que ele pareceu perceber meu desconforto, e pendurou a toalha na porta do box, virando-se para ir embora.

"Fique."

Não sei o que me possuiu – como consegui a tempo –, mas segurei na mão fria antes que pudesse pensar no que estava fazendo.

"Bella, por favor." Ele não se virou, e lá no fundo aquilo me feriu. Só piorou quando a mão gelada afrouxou meu aperto quente de seu pulso. Por que ele não me olhava? Ele não tinha gostado do que antes vira, então? Eu sabia, sempre soube que minha beleza – que beleza? – não seria o suficiente, mas quando ele viu naquela tarde, na floresta... "Estarei no quarto."

A rejeição doía. Meus hormônios descontrolados não me ajudavam muito no momento.

"Desculpe."

"Não é sua culpa." Mas ele saía do banheiro numa velocidade quase torturante. Não podia sair logo e me poupar da humilhação? "Nós só precisamos esperar, tudo vai ser diferente uma vez que você igual a mim, meu amor." Argh. Olhei para o espelho em minha frente, meu reflexo não parecia tão horrível, mas então, os olhos dele eram com certeza bem melhores do que os meus. Bem mais exigentes. Como algum dia eu pude achar que o que eu via fosse bastar?

Funguei pela primeira vez. Ah, lágrimas estúpidas. Mas tinha certeza que mesmo sem os hormônios em alta, teria chorado naquela hora. Peguei a toalha e me enrolei com pressa, sem me preocupar em me secar – só queria esconder tudo aquilo.

"Bella, por favor-" Deveria imaginar que ele viria ao escutar o choro. Deus, ele não podia sair logo? Eu não o queria ao meu lado agora, e quando senti seus dedos secarem minhas lágrimas com delicadeza, não consegui mais me conter.

"Saia. Me deixe!" Tentei afasta-lo. Inutilmente, claro. "Por que mentiu para mim?" Meus olhos fecharam, e eu não lutei mais – me deixei desmanchar em seus braços. "Você disse que eu era bonita."

"Bella, você é estonteante!"

"Então por que você me rejeita?" E ele ficou quieto. Quando abri os olhos, vi que ele tentava conter uma risada. Por que Edward tinha que ser tão lindo?

"Bella, me escute. Não é sua culpa você ser tão frágil. E tudo vai ser diferente quando você for igual a mim, eu não vou precisar mais temer te quebrar a todo segundo. Você achou, realmente, que em algum momento, eu não te achasse a mulher mais linda de todo o universo?" Ele conseguiu. As lágrimas foram embora. "Bella, você é maravilhosa, mas você é tão delicada, eu não posso considerar, ainda mais agora, e por mais que eu queira."

"Você não me machucaria-"

"Eu machuquei da primeira vez!" Vi os olhos dourados estreitarem por um momento, mas logo suavizaram outra vez, me olhando com ternura. "Meu amor, tenho que me preocupar em dobro agora. Se você soubesse o quanto eu te desejo, o quanto eu te quero." Ofeguei quando as mão que me seguravam vagaram para baixo. Pelas minhas costas cobertas, meu quadril. Deuses.

"Eu confio em você. Edward, por favor." E quando as mãos voltaram para meus ombros, para meu rosto, eu não segurei mais a toalha.

Foi um movimento tão rápido que quase me deixou tonta – num minuto estávamos fora do box, no outro, estava dentro do chuveiro me beijando, ensopando sua roupa debaixo da água morna, seu corpo frio tentando acalmar o meu que pegava fogo.

Quando nossas bocas se separaram eu já ofegava por mais um pouco de ar.

"Desculpe," Agora quem parecia envergonhado era ele, que parecia lutar para tirar os lábios de meu pescoço. Pareceu uma eternidade até ele finalmente conseguir, me colocando delicadamente fora do alcance da água, mais uma vez. Ele ficava tão desejável molhado daquele jeito. "Desculpe, não sei o que me deu-"

"Edward, você não vai nos machucar, eu sei disso." Reuni toda minha coragem e deixei minhas mãos vagarem, como antes as dele haviam feito. "Por favor. Eu não estaria pedindo nada agora, se eu não estivesse tão certa." Sorri quando o vi fechar os olhos, a boca entreaberta.

"Muito provocante, e nem mesmo tenta..." ele murmurou enquanto sua boca achava mais uma vez meu pescoço, e me fazia derreter em seus braços. Segundos depois ele me segurava no colo, de frente para ele, contra a parede do banheiro, não dando a mínima para a bagunça que fazia com toda aquela água. O toque dele era tão frio, mas eu queimava contra ele. Eu retribuir o beijo com tanto desejo quanto ele era tudo que Edward precisava para continuar. Mais alguns segundos, e ele estava na mesma situação que eu, as peças de roupa molhadas deixando o piso ainda mais escorregadio, mas o corpo frio contra o meu não fez diminuir meu calor. "Eu vou ser cuidadoso meu amor, meus amores, muito cuidadoso."

"Eu sei," Não sei como ainda conseguia raciocinar naquele instante. "Me leva de volta para o quarto." E a porta do banheiro abriu, e tão rápido quanto, se fechou.


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