Lua Cheia escrita por Ania lupin


Capítulo 12
Capítulo 12- Nomes.


Notas iniciais do capítulo

Mais da historia pra vcs leitores!!!



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EPOV

"Como não me preocupar?"

Porque Bella está bem, filho. Não há nada de errado com ela.

"Ainda."

E nem vai haver. Os resultados chegam amanhã, e até onde eu sei, a única coisa que pode haver de errado é uma pequena anemia. Normal em qualquer mulher grávida.

Desabei na cadeira do escritório, frente a meu pai.

"Eu quero a verdade, Carlisle." Passei minhas mãos pelo meu cabelo, nervoso. Apreensivo.

Não tenho respostas para você, é quase impossível prever com exatidão o que pode vir a acontecer nos próximos meses, são apenas palpites-

"Eu estava tão feliz por poder dar a ela o que ela algum dia iria querer, por poder dar algo que nunca pensei ser possível... Nunca pensei nas conseqüências. Esqueci por completo que a criança... que o bebê, que as chances dele ser totalmente humano... E eu sei que nada do que você desconfia pode ser confirmado – até acontecer. Mas eu preciso saber com o que tenho que me preocupar, pai. Por favor."

Você ama seu filho, Edward? Que tipo de pergunta era aquela? "Me responda."

"Muito. Demais."

Esse amor mudaria de alguma forma se ele, sem saber o que faz, machucasse Bella?

Queria mais do que tudo poder responder que não naquele momento. Mas para aquela pergunta, eu não tinha uma resposta.

"E o que vocês acham de Edward Jr.?" A sugestão saiu de Emmett, claro, que iria morrer se Bella resolvesse aceitar a sugestão. "Não?" De quem havia sido a idéia de discutir nomes para o bebê, mesmo? Ah, claro, Esme. Tão ansiosa para ser avó que era quase engraçado.

"Emmett, quantas vezes vamos ter que repetir o quão confuso isso seria?" A voz era de Jasper.

"Mas imagine um mini-Edward correndo pela casa, eu vou querer o chamar de mini-Edward, não de mini-alguma-outra-coisa!"

Edward, me ajude um pouco!

Edward, ponha juízo na cabeça de seu irmão!

Ao menos Emmett conseguia fazer um bom trabalho em me deixar um vigésimo mais calmo com todas as besteiras que falava. As palavras de mais cedo vindas de meu pai não me deixaram no melhor dos humores, mas não podia mostrar qualquer alteração para Bella, não podia enche-lá de minhas – nossas – incertezas. Por mais que meu maior desejo fosse lhe contar tudo naquele instante, para que ela de algum jeito me tranqüilizasse, como sempre fazia.

"Emmett, não!"

"Mas-"

"Emmett, vai ser uma menina." Foi Bella falando com tanta certeza que levou meus pensamentos de volta para o que acontecia na sala. Uma menina? Como ela podia estar tão certa sobre isso? Mal senti o aperto mais forte na minha mão que segurava a dela – apesar dela com certeza estar apertando com quase toda sua força –, e ela se virou para mim mostrando um sorriso que me aquecia só de ver. "É que, eu tenho sonhado tanto com rosa nessas últimas noites... Eu não sonho com rosa. Eu odeio rosa. Uma menina é meu melhor palpite."

Imaginei no mesmo instante uma pequenina com os olhos chocolate de Bella, e não consegui impedir meu sorriso de se abrir.

"Pronto, vai ser a menininha do papai!" Emmett tentou mostrar algum desapontamento por não haver mais um menino calçando uma luva de beisebol, mas seus pensamentos o denunciaram. Todos, assim como eu, não davam a mínima importância para o sexo do bebê. Só o que importava era a felicidade que este estava trazendo.

"Mas temos que pensar em dois nomes, afinal, é só um palpite."

"Bernadete? Ou Bernard."

"Michele, ou Michael."

"Antoniette, ou Anthony?"

Era engraçado como Bella era a única a não dar opinião, apenas ouvindo com atenção a sugestão dos três ali presentes na sala além de nós. Bella, e sua eterna vontade de agradar a todos. Como consegui ser tão sortudo? Minha mão que antes segurava a da mulher que eu amava a envolveu pela cintura, a puxando para mais perto de mim com cuidado, enquanto as palavras de mais cedo de Carlisle voltavam a minha mente.

Talvez tenhamos que nos preocupar quando o bebê passar do sexto mês, e não antes. Ele vai se mexer mais, começar a chutar, e não sabemos a força que ele tem. Então, fique sempre atento para algum cheiro estranho, algum cheiro de sangue que venha dela.

"O quanto ele pode ser forte?"

Eu arriscaria dizer metade da sua força, no máximo.

"Isso é muito!"

No máximo, filho. Assim como pode ser muito fraco, e ter a placenta revestida como um mecanismo de defesa. Não sei. Não temos como saber, nem ao menos podemos ter algum material para examinar, uma agulha não passaria até o feto-

"Eu não quero que ela se machuque."

E o que você pretende fazer? A obrigaria a tirar o bebê? O tiraria a força, se em alguma hora confirmasse nossas suspeitas? Você faria uma coisa dessas?

"Não. Não pai, nunca. E isso só me faz ser mais egoísta."

Filho, você seria egoísta se sua única preocupação fosse com a vida de Bella. Se algo der errado – se de algum modo, ela for muito frágil para resistir ao bebê – nós vamos dar um jeito, Edward. Vamos rezar para que não, mas Bella pode acabar sendo um caso que nem o seu.

"Como?"

Vampirização de emergência.

"Emily, ou talvez Emil?"

"Carla ou Carlo?"

"Edward!" Senti que alguma coisa quente puxava minha camisa. Bella.

"Sim, esse é um nome bonito!" E todos riram quando Esme deu um tapa na cabeça de Emmett, que achava que venceria pela insistência. "Ele não vai gostar de um nome de menina, mãe!"

"E como você pode ter tanta certeza que é ele?" Foi a vez de Bella falar. Não perdi o sorriso que ela carregava nos lábios – ela devia estar se divertindo horrores com a situação. Frustrar Emmett, que sempre pegava tanto no seu pé, uma vez na vida.

"E como você pode ter tanta certeza que é ela?"

"Instinto materno."

"Tios não podem ter esses instintos?"

"Não Emmett, não podem!" Jasper se exaltou um pouco, se levantando do sofá. "Sua ansiedade está me deixando louco, pare!" Já é ruim o suficiente ter vontade de comer pão com picles e torta de morango!

Aquele pensamento me fez perder o controle, e eu sabia que se o divulgasse em voz alta, em minutos todos estariam tendo a mesma crise de riso que eu estava tendo.

"Edward, não é engraçado." Mas apesar de toda a frustração vinda de meu irmão, eu simplesmente não conseguia parar de rir.

Ter Bella em casa... Eu nunca imaginei que fosse ser tão bom. Era gostoso – diferente – ter alguém em casa dando boa noite para família. Era engraçado como ela de vez em quando se esquecia e desejava bons sonhos para todos, ficando com as bochechas vermelhas logo depois pelo deslize. E secretamente, admito que o melhor de tudo era Alice remontando seu guarda-roupa – incluindo o noturno. Seu presente de casamento adiantado, ela dizia.

Minha pequena saía do banho com uma camisola azul rendada que era simplesmente impossível de não admirar.

"O que?" A ouvi perguntar depois de um tempo, colocando a escova sobre a cama.

"Já disse como o azul cai bem em você?" Mais alguns segundos e ela estava quente nos meus braços. "Muito bem." Ela sorriu aquele sorriso tímido que eu adorava, antes de começar a falar.

"Então, eu passei a manhã inteira pensando."

"Em?" Aproximei minha boca da dela, meus olhos nunca deixando os seus chocolate. Era tão bom ver que ainda tinha aquele efeito sobre ela, depois de tanto tempo, ainda a deixava desorientada. Sabia que o efeito que Bella tinha sobre mim não iria embora nunca.

"Outros nomes." Ela conseguiu falar antes de nos beijarmos. Antes de minha boca ir da sua para seu queixo, seu pescoço. Eu não a machuquei, eu nunca iria, com certeza. "Edward, assim eu não consigo falar. Nem pensar."

"Desculpe, amor." Me afastei, deitando-me ao seu lado, meus braços nunca deixando sua cintura.

"Então, como tenho quase certeza que vai ser uma menininha, eu pensei em," Ela hesitou, me olhando nos olhos, como se tentasse ver algo ali para ter certeza do que falar. "Eu pensei em Elizabeth. É um nome tão bonito."

"Era o nome da minha mãe." Fechei os olhos, desfrutando da sensação da mão tão quente dela acariciando meu rosto. "Bella, não precisa-"

"Eu gosto de Elizabeth." Minha eterna teimosa. "Mas também pensei em outros." Esperei, um pouco ansioso. Uma conversa que nunca imaginei que teria, tudo aquilo estava sendo melhor do que algum dia poderia imaginar. "Mary também é bonito."

"Era o primeiro nome de Alice quando humana." E ela sabia daquilo, com certeza, o olhar dela confessou tudo.

"Minha mãe, antes de se casar outra vez, tinha como segundo nome Jolie."

"Bonito." Não consegui esconder uma risada. Não, ela não mudaria nunca. "Agora, que tal então, eu sugerir um nome, baseado na pessoa mais importante, mais perfeita do mundo?" Bella claramente não entendeu. "Você, meu amor. Você."

"Eu não sou tudo isso." Ela desviou o olhar para o teto. "Eu não sou a pessoa mais perfeita, disso eu tenho certeza."

"Para mim, você é isso e muito, muito mais." A puxei para mais perto. "Para esse bebê, então," Coloquei delicadamente uma mão sobre a barriga que ainda não aparecia. "Você já é a pessoa mais importante e especial de todo esse mundo. Ele nem precisou te ver uma vez para ter certeza disso."

"Edward-"

"Sem lágrimas, meu amor." Sorrimos. "O que você acha de Marie? Ou Isabelle? Ou simplesmente Belle?" Ri ao ver a expressão desgostosa de minha futura esposa. Tão linda. "Vai ficar brava se eu insistir em dar Belle como segundo nome, meu amor?"

"Talvez eu chore." Ela ameaçou, me dando um soco brincalhão no ombro. Mas eu só ri outra vez, me divertindo com a situação. Quando em cem anos eu imaginaria que escolheria o nome do meu filho – meu filho! – ao lado da pessoa mais maravilhosa desse mundo? "Algum outro nome além de Belle?"

"Pensei em muitos nomes." Confessei, meus lábios alcançando os dela mais uma vez. "

"Além de Belle."

"Além de Belle, claro. Mas é tão difícil nomear uma criatura tão única, nenhum nome parece certo o suficiente."

"Na verdade, eu pensei em um nome. Mas você não vai gostar." Ela se levantou, um sorriso nos lábios. "Mas eu vou falar mesmo assim, porque talvez você goste dele com a alteração. Mas então, ele vai ficar grande demais." E eu vi o sorriso começar a desaparecer. Epa.

"Meu amor, qualquer coisa que você pensar vai ser perfeito."

Bella hesitou por quase um minuto antes de criar coragem o suficiente para abrir a boca.

"Eu pensei em Renesmee." Renesmee. Era exótico. Era… único. "Renesmee Carlie. Mas Renesmee Carlie Belle Cullen fica grande demais! E eu não quero um nome grande demais, porque vai dar muito trabalho e ela não vai gostar e então, no futuro, Renesmee-"

"Bella, sshh." A calei da melhor maneira possível. "Renesmee Carlie Cullen. É perfeito." Um nome único, para uma criança única.

"Então Renesmee é uma possibilidade?"

"Renesmee é definitivamente uma possibilidade." E eu ganhei o abraço mais carinhoso e aquecedor, os olhos castanhos que não cansava de observar se enchendo de alegria. "Agora, da onde você tirou isso?"

"Edward?" Estava prestes a me levantar da cama ao ouvir meu pai chegar, quando a voz, junto com um puxão na minha camiseta, me parou.

"Durma querida, ainda são," Olhei rápido para o relógio de cabeceira. "Cinco da manhã. Está cedo." Mas a mão não afrouxou. "Bella?"

"Eu quero meu ursinho." O que?

"Você está sonhando ainda, meu amor."

"Não! Meu ursinho!" Insistente, sempre nos momentos mais estranhos. Segundos depois, o abajur era aceso, a futura mamãe esfregando os olhos, tentando tirar o sono que com certeza ainda estava presente. "Edward, é importante!" Já me pegava imaginando que casa eu teria que arrombar a essa hora da manhã para conseguir o maldito ursinho.

"Eu não posso te comprar um igual?"

"Não!"

"E você precisa do seu ursinho agora?"

A vi sorrir timidamente, e suspirei aliviado com a resposta.

"Não." Bella voltou a se deitar. "E não sou eu que preciso. Renesmee que vai precisar." Ela disse, como se nossa filha – ou filho – fosse precisar do bichinho de pelúcia no dia seguinte. Delicadamente a lembrei dos fatos.

"Renesmee não vai precisar dele pelos próximos meses, meu amor."

"Mas eu preciso ter certeza que ele ainda está onde eu o deixei!" Eu vi com um pouco de remorso uma única lágrima escorrer pela sua bochecha. Havia mais alguma coisa além de toda essa história de ursinho. "Eu não pensava em Simba já faz um tempo, e então sonhei com ele, e agora só sei que preciso dele comigo para dá-lo a ela." Simba? "Simba, meu ursinho. Eu o quero comigo."

"E onde você o deixou?" Eu já tinha um bom palpite de onde estava a pelúcia, Bella apenas me confirmou ao falar outra vez.

"No meu quarto. Na casa de Charlie."

"Podemos pega-lo amanhã se você quiser." A ouvi murmurar um sim, voltando a se acomodar em mim para dormir.

"Sinto saudade dele." Sabia que ela não se referia a Simba.

"Eu sei."

"Me diz que tudo vai ficar bem."

"Tudo vai ficar bem. De verdade." E segundos depois, algo me veio a cabeça. "Meu amor, Simba por um acaso é um leão?" Mas o sono já havia se apoderado de Bella outra vez.


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Notas finais do capítulo

Bjsss e comentarios faz bem ao autor, alem de garantir mais um cap ainda hj!



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