Liebe Ist escrita por MellRodriguez


Capítulo 1
Strange and Beautiful - 1




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/27789/chapter/1

 

 

- Altura?

- De preferência 10 cm mais baixa que eu.

- A cor do cabelo?

- Hum... Escuro.

- Qual o estilo?

- Pra mim não importa o estilo.

- Quem deve dar o primeiro passo?

- Eu!

- E como deve ser seu jeito?

- Com certeza extrovertida, simpática e romântica! O resto é resto...

- O que deve ser mais importante pra ela?

- O amor.

- Uma pergunta indiscreta... Como deve ser seus seios?

- Caramba, acho que isso não importa!

- Okay, e suas mãos?

- Devem ser suaves como a de um bebê.

- Que tipo de música ela deve ouvir?

- Tudo que for bom.

- Hum, meio relativo isso...  Bom, onde deve viver?

- Não na Alemanha!

- Qual a primeira coisa que repara numa garota?

- Seus olhos e mãos.

- Fã ou não?

- Tanto faz, o importante é que não saia comigo por causa do meu dinheiro ou fama.

- Onde quer conhecê-la?

- Seria legal se fosse algo casual, então na rua.

Eu já estava ficando cansado dessas entrevistas idiotas. Tem um momento em que você se cansa de tudo e de todos, e nada melhor que o silencio e uma cama com diversas cobertas para você poder se enrolar. Nós sempre tivemos o sonho de termos uma banda famosa, mas chega um ponto em que isso tudo não passa de dores.

Depois da turnê que concluímos pela Europa, nós estaríamos finalmente dando um recesso para as coisas, podendo recuperar nossa paz de espírito.

- Não se preocupem, acabamos de verificar o local, é tudo muito bonito.

- Espero que sim, David. Não vejo a hora de poder hibernar. – Meu irmão disse se sentando no sofá.

- É Tom, mas não vá se acostumando! É apenas por uma temporada...

- Tenha certeza que irei aproveitar cada segundo!

- Como se chama o lugar, David? – Perguntei.

- Bom, a cidade se chama “Wimpenshare”.

- E como é lá? – Tom parecia não conseguir parar de falar.

- Apesar da cidade ser pequena, somente a classe alta tem residência, porém não há nenhum atrativo. Se quiserem explorar, existe uma cidade ao lado bem agradável, chama-se “Stars Villas”. Meia hora de carro. É pequena, mas não é conservadora.

- Stars Villas? Que nome engraçado! – Debochou Tom.

- E onde fica isso? – Falei rápido, antes que ele falasse novamente.

- Em Connecticut. – David disse sem hesitar.

- David, por que não escolheu um lugar na Alemanha? Sabe... – Fui interrompido.

- Por causa de vocês mesmos! Não disseram que queriam um lugar onde não pudessem ser os “Tokio Hotel”? Não existe lugar nenhum na Europa que estivesse à altura de vocês e que ninguém os reconhecessem. – Ele falava com um ar superior.

- Ta, okay! Já entendi...

- Por mim, desde que tenha uma boa cama e ar fresco, está tudo ótimo! – Pronunciou Gustav.

- Eu sei que preferia estar na sua casa, Bill... Mas dessa forma não daria para vocês terem liberdade. Todos aqui te conhecem!

- Isso é verdade. – Completou Georg.

- Mas em compensação, suas mães poderão visitar vocês quando quiserem.

- Sem chance! – Tom deu um pulo do sofá. – Ahhh não! Não, não, não!

- Tom, como você pode dizer isso?! É a nossa mãe! – Me exaltei.

- Você parou pra pensar?! Ela vai regular tudo! A hora que chego, durmo, acordo, almoço, janto...

- Ahr! – Dei as costas para ele.

- Acho que irão gostar. Pelo menos, fica a critério de vocês serem reconhecidos.

Depois de três dias fomos para essa cidade chamada “Wimpenshare”, mas antes resolvemos parar em “Stars Villas”, pois estávamos com muita fome. A única coisa que eu plasmava era de acontecer alguma coisa e nós tivéssemos que ficar mais um pouco em Loitsche com minha família e na minha casa.

Enfim... Quando chegamos, mal pudemos acreditar no que víamos. A cidade parecia ter saído do filme Edward Scissorhandsde tão organizada que era!

- Cara, me sinto no programa “Donna Ritchie Show”... – Falou Tom surpreendido, olhando pela janela do carro.

- Mas numa versão moderna! – Completou Georg debochando.

- O que é “Donna Ritchie Show” – Gustav perguntou, interrompendo sua leitura.

- Você nunca ouviu falar da Donna Ritchie?! Mãe de família perfeita dos anos 50, sempre sorrindo e de salto alto?

- E o cabelo que se você bater com o martelo ele quebra? – Georg completou.

- Não sabia que vocês agora deram para ver novela. – Gustav ria, pondo-se a voltar pra leitura.

- Ah, qual é! Esse seriado é um clássico, todo mundo já ouviu falar nele.

- E é mais que um programa, é um estilo de vida. Quase uma filosofia. – Georg falava ironicamente.

- É uma religião! – Encerrou meu irmão.

- Tom, será que vamos encontrar o Danny Zuko na pracinha? – Ria Georg.

Eles eram invencíveis quando começavam com o joguinho de respostas rápidas, chegava as vezes ser muito irritante.

- Caramba, parem de ridicularizar a cidade! Todos parecem ser apenas bem hospitaleiros, coisa que sinceramente, falta na Alemanha.

- Sinto que a qualquer momento todos sairão por aí dançando felizes como num musical da Broadway. – Meu irmão ainda continuava com suas brincadeiras, sem dar importância ao que Gustav dizia.

- Hey Bill, por que está tão calado? – Ele novamente interrompeu sua leitura e virou-se para mim.

- Nada, apenas estou com fome. – Disse meio sério, virando-me para a janela.

- Caramba, tomara que não seja contagioso. Já perdi a conta de quantas vezes aquela senhora disse “bom dia” para as pessoas. – Georg falava apontando para uma idosa.


 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Mari: como Hilf Mir Fliegen só falta um capítulo para acabar, eu achei melhor postar logo este projeto que está em andamento já faz uns meses! D:
Uruha: você não se decide. -_-'