Saint Seiya Seitoushi escrita por Wyvern


Capítulo 6
Capítulo 6




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- Nein! – Siegfried quase gritou para a garota loura diante de si, como se estivesse falando com o próprio diabo. Maya recuou um passo, como se fosse defender-se de algum golpe. Daisuke ficou parado, petrificado diante daquela amazona. Seus olhos azuis o prendiam, seu sorriso fazia tê-lo vontade de se esconder e seu cosmo era mais assustador do que o daqueles Torturadores que os atacaram.

- Kim... Estamos com pressa... – a moça de cabelos azuis tentou começar, mas era visível que nenhum deles tinha boas experiências com Virgem.

- Como assim “brincar”? – levou algum tempo para Daisuke conseguir perguntar, mas em seguida teve certeza de que não queria saber. Kimberly riu baixo e se virou, libertando-o do terror de ver seus olhos e foi até a uma das paredes. O garoto conseguiu ver que por baixo daquela armadura ela usava roupas de couro, e isso não ajudou muito na imagem que tinha dela. Enquanto ela olhava longamente para os instrumentos pendurados ao longo da parede, Daisuke sentiu uma mão pegar seu braço e uma mão diferente pegar o outro, segundos antes que Maya e Siegfried o puxassem para andar para a saída daquele recinto. Foi solto quando percebeu o que queriam, mas deu apenas alguns passos antes de sentir algo fino abaixo do queixo, parando. Abaixando os olhos, viu uma vara revestida de couro contra sua pele.

- Já vai tão cedo? – a loira perguntou, voltando a cravar aquelas íris assustadoras nele. Daisuke abriu a boca para tentar falar, mas nada saiu, afora um som agudo que o fez sentir-se um animal prestes a ser devorado por um predador.

- Nós temos que ver o Grande Mestre rápido. – Maya conseguiu dizer depois de segundos naquela situação, tremendo quando a olhar dela pouso em si e o sorriso aumentou. Pégasus notou que dos três, a Amazona de Ouro preferia a outra a ele ou Siegfried. – Além disso... Você tem o Peixes, não tem?


Kim ponderou a ideia, colocando a ponta daquela vara no queixo, mas não parecia tão disposta a concordar. – Mas ele ainda tem dificuldade em encarar a nossa relação... – e no fim, deu de ombros. – Vou esperar até sua volta, quando vocês não tiverem nenhuma urgência.


O comentário foi como uma pedra de gelo caindo em Daisuke, percebendo que teria que fazer a volta passando por todas aquelas aberrações que vira ao subir. Sem que ninguém quisesse contestar sua fala ou continuar ali, foi num acordo silencioso que seguiram para fora daquele recinto enquanto Virgem voltava a sua posição de meditação com a vara sobre o colo. Só quando estavam no meio das escadas para a Casa de Libra foi que o pavor passou.


- Ainda bem que daqui pra frente não tem coisa pior. – Siegfried disse, e Daisuke rezou para que ele estivesse mesmo certo, e seguiu mais calmo para a casa adiante.


Desde a entrada, já era possível notar algumas plantas se enroscando pelos pilares, mas não chamavam atenção no início. Conforme adentravam, a vegetação tomava mais a pedra, e sons baixos de insetos e pássaros ecoavam. O centro da casa era uma verdadeira floresta, com árvores nascendo onde estariam os pilares, trepadeiras cobrindo o teto e um tapete de grama baixa levando a uma pedra alisada colocada no meio de tudo. Nesta pedra estava um jovem de cabelos castanhos e olhos cinzentos, trajando uma armadura dourada. Dispostas em círculo, estavam doze armas diferentes dando a volta pela pedra em que ele estava de pé, concentrado em fazer um tridente se erguer e mover em sua direção. Ele estava tão concentrado em fazer aquilo que só notou o grupo diante dele quando conseguiu trazer a arma para si.


- Ah, Siegfried, Maya... – ele virou a face para Daisuke, mas nada disse. – O que querem?

- Ei, Tiago. Vamos encher o saco lá no templo, libera o caminho? – Siegfried perguntou, colocando as mãos nos bolsos.

- Podem ir... Mas cuidado, eu gosto de manter o equilíbrio perfeito deste lugar. – o Cavaleiro de Libra consentiu, devolvendo o tridente ao chão, tentando agora convocar duas espadas ao mesmo tempo.


Daisuke achou que era exagero dele pedir aquilo, mas quanto mais andava, mas via como era difícil não pisar em algum galho ou até pequenos animais que passavam correndo, indiferentes à sua presença. Mesmo uma cobra, quando os viu, apenas esticou a língua e se enroscou em um galho alto que nascia de um pilar. Pégasus ficou pensando como aquela vegetação toda podia existir num lugar como aquele, mas achou que havia coisas mais estranhas para entender. Mas, o que realmente o deixou espantando foi quando chegou na Casa de Escorpião. Primeiramente, não sentiu presença alguma e pensou que o cavaleiro estava em missão, como Gêmeos.

No centro da casa, onde deveria estar um aposento típico do dono do local, não havia nada. O amplo espaço tinha colunas altas e as janelas altas de sempre, mas apenas isso. Sem altares, florestas, tvs ou estátuas. Era como se ninguém vivesse ali. O garoto deu alguns passos à frente, sem medo e curioso, crente de que conseguiria passar por ali sem problemas. E este foi seu maior erro.


- O que está fazendo na minha casa? – perguntou uma voz atrás de Pégasus, uma lâmina tocando seu queixo e fazendo-o olhar para cima.


A primeira coisa que viu foi que aquela lâmina na verdade era uma longa unha cor de sangue de pelo menos dez centímetros, afiada como uma faca. Olhando para trás, viu que quem encostava a garra em seu pescoço era um jovem mais alto que ele, de cabelos negros longos e revoltos com olhos de igual cor, afiados como a unha. Usava, é claro, uma armadura de ouro, e parecia mais sério do que com raiva pela invasão.


- Qu... – Daisuke tentou explicar que queria passar para a casa seguinte, mas ao falar, a pele roçou na unha do outro e fez um corte fino.

- Kouta. – Maya chamou, atraindo o olhar do Cavaleiro de Escorpião. – Ele achou que não tinha ninguém e tentou passar para a outra casa. O rapaz de cabelos negros o soltou assim que a ouviu, e antes que o movimento pudesse ser notado, apareceu diante do grupo.

- Mas como... – Pégasus não entendeu, olhando para o cavaleiro e para onde ele estava segundos antes, sem entender.

- Kouta de Escorpião é o cavaleiro mais rápido de todo o Santuário. – a amazona disse, com um olhar simpático ao rapaz.

- Como se isso fosse grande coisa. – Siegfried disse pensando alto, de face fechada e braços cruzados. Daisuke começou a achar que o caso deles era bem menos resolvido do que pensava. – Queremos passar até o templo, e estamos com pressa.

- Estamos? – Maya perguntou se voltando ao albino.

- Estamos. – Capricórnio disse acentuando o sotaque alemão, irritado. Kouta deu de ombros.

- Tudo bem, Maya, conversamos na volta.


E com esse comentário para irritar Siegfried, o Cavaleiro de Escorpião se tornou um verdadeiro borrão quando saltou para os pilares e sumiu em seguida. Resmungando baixo em alemão, o albino tomou a frente do grupo, mas Daisuke andava cada vez mais devagar, tendo ciência de que a próxima casa era a de Sagitário, a casa onde seu pai tinha ficado por anos antes de deixa-la para treiná-lo. Tentou ver algo na fachada que diferenciasse, mas nada havia de tão chamativo afora a imagem do centauro no topo. Deu alguns passos à frente, quando percebeu que não estava sendo acompanhado.


- Pode ir na frente, vamos depois. – Capricórnio lhe disse, e Daisuke ficou surpreso com aquela sensibilidade.


Sozinho, subiu as escadas e passou pelos corredores, abrindo todas as portas que havia ao longo delas. Para sua surpresa, aqueles cômodos eram típicos de uma casa comum, quartos, salas, salas de janta, cozinhas... Isso até chegar no centro da casa. Lá viu um grande espaço com janelas altas. Havia um tapete que lembrava o chão de uma discoteca antiga, com aparelhos de luzes coloridas perto das janelas. Uma tv como a de Katsuo estava num canto, e um sofá de couro desgastado fora empurrado para o lado oposto. Pelas paredes, haviam posters de Metallica, Kiss, Sex Pistols e várias bandas que fizeram sucesso nos anos 80 e 90. Daisuke foi assaltado pela imagem de seu pai com seus 16 anos dançando com outros cavaleiros naquele recinto ao som de Ricky Martin, e a ideia o fez rir. Isso até notar que entre a tv e o sofá tinha uma mesa de madeira baixa e escura, onde repousava a urna de ouro que trouxera para Grécia, com a Armadura de Sagitário. Se aproximou dela e colocou a mão no metal gelado, abaixando os olhos para as imagens entalhadas. Foi então que notou uma gaveta na mesa onde a urna estava colocada e a abriu, achando um pequeno livro com capa de couro. Curioso, pegou-o e abriu numa página qualquer.


23 de fevereiro, 1993

Kendo fica me desafiando para tentar subir as Doze Casas com a moto de novo, acho que vou tentar, apesar do Sybil ficar dificultando. Estou cansado de treinar o dia todo sem nada de novo acontecer, mas não posso fazer nada até que os outros tragam as informações sobre o que está acontecendo na Itália. Seja lá o que for, Wilhelm está tenso, e aquele cara tem uma intuição...

Daisuke parou ao notar que era um diário de seu pai, e pela data, do tempo em que era cavaleiro. Continuou folheando as páginas, vendo alguns desenhos de templos, tentativas de escrever partituras de músicas ou frases em grego. Decidiu que veria aquilo quando tivesse mais calma, e colocou o pequeno livro no bolso, seguindo adiante. Atrás da tv, encontrou algo grande coberto por tecido claro, não resistindo a puxar e ver o que havia abaixo. Descobriu ali uma motocicleta de estilo antigo, mas bem preservada, com desenhos de chamas. Se lembrou da citação do diário “Kendo fica me desafiando para tentar subir as Doze Casas com a moto” e imaginou se Saye tinha realmente tentado aquilo. Era uma ideia tão idiota que nem Daisuke tentaria.

Poderia ter ficado ali o dia todo, explorando todos os cantos na casa onde seu pai tinha vivido, mas o som de passos chamou sua atenção. – Podemos ir? – Maya lhe perguntou, olhando em volta.

- Claro... – ele concordou, sentindo o diário no bolso. – É difícil acreditar que meu pai morava aqui, é tão... diferente.

- É, parece que congelaram esse lugar em 1996. – Siegfried concordou, mas o comentário não lhe afetou. Nada devia ter sido mudado depois que Saye fugira.


A Casa de Capricórnio não foi nenhuma surpresa, considerando o comportamento de Siegfried. Isso porque o recinto central da casa era igual ao bar onde o tinham encontrado a primeira vez. Algumas mesas redondas, um longo balcão com bebidas, jogos de dardos e posters de times de futebol alemão. O albino então tomou a frente, indo para trás do balcão e pegando algumas garrafas de bebidas, três de uma vez.


- Ok, eu vou ficar aqui porque, como o Katsuo, eu não quero levar sermão do Mestre por ficar tanto tempo fora daqui. Então... – ele esticou os braços, gesticulando para o local em que estavam. – Não profanem meu santuário particular.

E com aquela observação, chutou a porta de um dos quartos e entrou ali. Maya bufou com aquela atitude e pegou um dardo, acertando na porta, onde o objeto tremeu e se enterrou fundo na madeira. – Vamos logo, só faltam duas casas.


Daisuke preferiu não contrariá-la antes que enfiasse um daqueles dardos em si, enfrentando mais uma vez aquelas escadas intermináveis. A Casa de Aquário não era tão grande quanto as outras e tinha um formato diferente, mas o que chamou atenção foi o frio que vinha daquele lugar. Quando entrou, cruzou os braços para se aquecer e andou com cuidado no chão coberto por uma fina camada de gelo, se perguntando que tipo de pessoa viveria num lugar daqueles. Demorou a chegar ao aposento central porque a disposição da casa parecia ser circular e o vapor que saía a cada respiração dificultava a visão, se espantando com o que encontrou. Uma biblioteca enorme se estendia por todo o recinto, tirando o espaço de algumas portas, com mesas baixas com instrumentos como telescópios, astrolábios e mapas astrais espalhados. Havia uma escada em caracol até o teto da construção, que o garoto subiu antes que Maya o chamasse. Chegando lá, se deparou com janelas enormes em forma de arco, que de noite deveria permitir uma visão perfeita das estrelas. Havia outros telescópios em volta, mas o que mais chamava atenção era uma estátua feita de gelo de um homem alto, com um violino nas mãos como se tocasse. Estranhamente, o instrumento era verdadeiro e não de gelo, e se aproximando, Daisuke notou uma inscrição nos pés da escultura.


Eis Wilhelm de Aquário

A Ruína de Garuda

Meu pai e meu mestre


- Daisuke! – Maya chamou irritada enquanto subia a escada e o agarrava pelo braço. – Swedenborg não deixa ninguém entrar aqui.

- Eu só fiquei curioso... – o garoto tentou explicar, mas foi arrastado de volta, tropeçando pelos degraus meio congelados da escada até voltar à biblioteca, mas não ficaram muito tempo, pois a amazona o levava para fora daquele lugar gelado, de volta ao sol quente que batia nas escadas.

- Sorte sua o dono não estar aqui. – ela o soltou e seguiu a passo rápido pelas escadarias, mas Daisuke dedicou um momento a ver aquela casa. Se lembro que Wilhelm era um nome citado no diário de seu pai, deveria ter sido um cavaleiro como ele, e presença da estátua o deixava curioso.


Quando a última casa surgiu diante de si, Pégasus sentiu todo o cansaço que lhe dar percorrer o caminho todo. Mesmo assim, estava disposto a ir até o fim, afinal já chegara até ali. – Tome cuidado. – disse Maya enquanto entrava com ele.


A casa parecia mais longa do que as demais, e o aposento central também o espantou, embora não causasse medo. Havia uma claraboia de vidro por onde os raios de sol batiam em um jardim circular de rosas vermelhas, demarcado por um pequeno muro de pedra. Havia uma divisão em forma de cruz entre o jardim por onde água corria, vindo de algum lugar abaixo. No meio do jardim, havia um pedestal com a imagem em pedra de dois peixes e três rosas entre eles. E, de joelhos entre as rosas vermelhas, havia uma menina de armadura dourada e cabelos azuis claros e longos, caindo pelas costas. Os fios escondiam parte do rosto, mas dava para ver que tinha traços delicados e olhos azuis como os cabelos, mantendo as mãos juntas no chão, emanando seu cosmo para as flores, que floresciam em segundos o que levariam semanas para florescer.


- Sellon. – a amazona de Ofiúco chamou, atraindo o olhar de Peixes. Quando se ergueu, Daisuke percebeu que não era uma garota, era um garoto. Um garoto com feições e corpo mais delicados do que muitas meninas que tinha visto na vida.

- Olá, Maya. Quem é seu amigo? – por Athena, até a voz dele parecia de uma garota, e com aquilo, Pégasus concluiu que tomaria cuidado com as garotas do Santuário que não usavam máscara.

- Este é o Daisuke, ele... veio falar com o Grande Mestre. – era óbvio que ela queria esconder o fato de que o garoto era filho de Saye. Sellon pensou um momento e se ergueu, jogando os cabelos azulados para trás.

- Entendo, vocês querem passar pela minha casa... – ele concluiu, saindo do meio daquelas rosas e passando longe dos dois, indo para uma das paredes, revelando uma porta escondida que Pégasus nunca teria percebido.

- Por que não passamos direto pelo jardim? Os espinhos não devem ferir... – Daisuke não entendeu porque eles evitavam percorrer as flores, se aproximando para pisar onde não as esmagasse.

- NÃO! – a amazona se apavorou e o puxou para junto de si com tanta força que ele caiu no chão com um gemido. – Não chegue perto dessas rosas!

- Aaai... – Pégasus gemeu baixo, se sentando. – Por que não?

- Minhas rosas são venenosas. – explicou Sellon, com um sorriso meio culpado. – Se você tocar nelas ou sentir o perfume de perto, morre em minutos.

Daisuke olhou apavorado para o jardim onde quase havia entrado e sentiu-se idiota por não considerar que havia perigos naquele lugar, mas se lembrou de pouco antes e virou-se para o Cavaleiro de Peixes. – Mas você estava lá... Como não foi envenenado?

- Bem... – Peixes começou, olhando para baixo. – Os Cavaleiros de Peixes tem que ser imunes às rosas para poder usá-las, então... Pelo convívio, nos tornamos tão venenosos quanto elas.


O moreno parou um longo momento ao ouvir aquilo e olhou novamente para aquele garoto que parecia tão delicado, não imaginando que pudesse ser perigoso a tal ponto. – Ok... – conseguiu dizer, mantendo a mesma distância que Maya mantinha dele. Se Sellon estava incomodado com o ocorrido, não demonstrou, se virando e seguindo para dentro da passagem que abrira na parede. O corredor era estreito e iluminado apenas por frestas nas paredes, por onde o sol entrava. Daisuke esperou que saíssem atrás daquele jardim, mas a passagem seguia por muitos metros, subindo gradativamente. O garoto não tinha certeza de por quanto tempo andaram, mas o som de outra porta de pedra se abrindo chamou sua atenção e a luz do sol demarcou a chegada da saída.


Saíram numa pilastra que estava do lado de uma grande escadaria, que levava ao templo do no fim das Doze Casas. Daisuke não entendeu porque tinham saído ali, mas ao olhar para trás, reparou que da saída da Casa de Peixes começava um extenso jardim de rosas vermelhas venenosas que chegava até o começo da escadaria onde estavam. De fato, se alguém tentasse invadir passando diretamente pela casa final, acabaria morto no meio do caminho. As defesas do Santuário eram mesmo assustadoras.


- Vou deixa-los aqui por hora... Boa sorte. – Sellon desejou e se virou, passando sem temer por entre as rosas venenosas.

- Assustador. – foi a única coisa que Daisuke pensou em dizer.

- Depois de um tempo, você se acostuma. Vamos. – Maya o chamou, subindo pela escadaria. Ele a seguiu, se espantando com o tamanho da construção e com as estátuas de cavaleiros antigos que decoravam os corredores, algumas paredes retratando cenas de mitologia e guerras passadas contra os deuses. Ficou tão distraído ao olhar todos os detalhes que pulou de susto quando ouviu os gritos.

- ... AQUELES INCOMPETENTES NÃO FAZEM NADA! – a voz estava mesmo furiosa. – Bando de inúteis! Siegfried não faz nada além de beber e ainda some por meses! Kimberly tá espantando os aprendizes com aqueles bondages bizarros e agora temos que pagar mais esse prejuízo do Katsuo! MAS QUE P...


Os gritos pararam quando a dupla entrou num amplo salão, com uma escada curta levando a um trono, cortinas escondendo o que havia atrás. Sentado naquele trono, estava um homem usando uma túnica azul escuro com detalhes, com o elmo escondendo o rosto, os cabelos negros saindo por baixo deste, pois eram compridos. Diante dele estava um homem que tinha cabelos cinzentos e compridos como os do mestre, curvado diante deste. Usava vestes de treinamento, mas não estavam desgastadas, e quando virou a face para eles, revelou profundos olhos azuis, tão claros que pareciam quase brancos.


- Conversamos depois. – o mestre disse ao estranho curvado, que resmungou alguma coisa e se afastou, indo para trás do torno. Parou, porém, e deu um tapa no outro, quase derrubando seu elmo antes de entrar naquelas cortinas vermelhas. A raiva do Grande Mestre só piorou.

- SEU FILHO DUMA... – ele começou a gritar, mas desistiu, bufando e se virando a eles. Maya se curvou em um joelho diante deste, e Daisuke não demorou a fazer o mesmo, antes que ele o matasse do jeito que estava raivoso. – O que vocês querem?

- Grande Mestre... – a amazona começou, erguendo a face e apontando para Daisuke. – Este é Daisuke... Filho de Saye de Sagitário.

- Ele tem filho? – o mestre se espantou e xingou antes de dar uma olhada melhor em Daisuke. – E o que faz aqui?

- Meu pai sumiu faz mais de um mês, eu troco as informações que ele juntou por anos em troca de ajuda para encontra-lo.

- Que tipo de informações? – o homem parecia curioso e desconfiado, e antes de responder, Daisuke tirou a urna dos ombros e abriu diante de si, tirando a mochila surrada e quase destruída dali, tirando os papéis que tinha encontrado nas coisas de seu pai, mas antes que pudesse mostrar, o som de passos subindo a escadaria chamou sua atenção, fazendo virar a face.


Da entrada, surgiram dois rapazes que pareciam dois, três anos mais velho que si, parando diante do Grande Mestre. Um deles era moreno de cabelos longos e tinha olhos castanhos, sendo mais alto que o outro, que era ruivo de olhos vermelhos, usando óculos sobre as íris. Os estavam cobertos de poeira, arranhados e ofegando, como se tivessem saído de um desabamento. Apesar de usarem roupas comuns, as urnas de ouro revelavam que eram Cavaleiros de Ouro, os que estavam em missão quando chegara ali. O moreno ergueu os olhos ao mestre.


- Temos problemas.



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