Saint Seiya Seitoushi escrita por Wyvern


Capítulo 11
Capítulo 11




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                - Confesso que achei que o Brasil fosse diferente. – disse Swedenborg deixando os ombros caírem com um suspiro, enquanto iam se afastando da cidade por ruas com cada vez menos calçamento, até serem feitas de pedras assentadas.

                - Achou que seria como? – Tiago perguntou andando ao seu lado sem a menor pressa, enquanto Jhoakin abria caminho animado, a uns dois metros adiante. – Uma grande floresta, macacos pelas ruas, índios por todo canto?

                - Não, menos marginalizado. – Aquário retrucou, ajeitando a urna coberta de tecido nas costas. – Estamos aqui a uma hora e seis pessoas tentaram nos assaltar.

                Tiago riu baixo e colocou a mão no ombro gelado do ruivo. – Isso aqui é só o Amazonas, um dia te levo para o epicentro disso, o Rio de Janeiro.

                - Eu passo.

                Estavam em uma cidadezinha chamada Tefé, pequena em muitos aspectos e muito discreta. A despeito de ter um aeroporto próprio (o que facilitou muito chegar ali), a cidade não tinha muitos visitantes, tendo em vista como as pessoas os olhavam de forma estranha e curiosa. A ideia era pegar uma balsa que os levasse mais adentro pelas matas em volta do Rio Solimões. Swedenborg e Jhoakin não tinham a menor ideia de para onde iriam, Tiago queria leva-los até onde seu mestre tinha “se escondido” do mundo. Não havia sido difícil conseguir um transporte, porque os barqueiros no cais estavam animados com a ideia de finalmente trabalhar. O destino era o problema, Libra parecia se recusar a explicar o destino, só o caminho até lá.

                A viagem durou um dia todo e um bom pedaço da noite, e mesmo navegando madrugada adentro, ninguém se mostrou contra. Tinham estabelecido o prazo de três dias para voltar ao Santuário, e toda a sorte de infortúnios podia acontecer até que conseguissem a informação que queriam, portanto nenhum segundo devia ser perdido. A embarcação se movia devagar, mas vencia a correnteza sem problemas, enquanto entrava no rio Juruá e de lá a um canal mais estreito. A vegetação ia ficando cada vez mais densa e uma neblina fina cobria o rio, dando um aspecto de irrealidade à paisagem.

                - Lugar estranho, né? – Jhoakin perguntou enquanto se aproximava da popa do barco e se sentava ao lado de Aquário, que estava observando o céu. Tiago estava na frente, mostrando o caminho aos barqueiros para que não se perdessem.

                - Muito. Parece outro mundo, de certa forma. – o ruivo observou, imaginando aquilo como cenário de algum épico. – É místico, misterioso e tão calmo.

                - É... calmo. – Touro concordou, achando que o outro garoto era mesmo esquisito. Se ergueu, para dar alguns passos a frente e colocar as mãos na cintura. – Tudo vai correr calmo aqui, e vamos poder ir logo ver o meu mestre.

                Aquário concordou, mas dado alguns segundos à fala, uma voz grave ecoou parecendo vir de todos os lados. Ecoou apenas duas palavras, “Titan’s Nova”, mas as palavras se perderam quando o rio e a terra em volta começaram a tremer, com ondas que se tivessem tempo, derrubariam o barco. Antes disso, porém, houve uma explosão que despedaçou a embarcação, dividiu o rio em dois e matou tudo em volta, lançando barqueiros e cavaleiros para direções distintas, centenas de metros longe um do outro, voando sobre aquela floresta e sumindo entre suas árvores ao cair.

Xxx

                - AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHH!! – a voz de Jhoakin afastou vários pássaros enquanto o cavaleiro caía rumo ao chão, de costas. Tinha que fazer algo antes de bater contra o chão e as costas contra a urna ainda nos ombros, ou quebraria boa parte dos ossos. Tomou a decisão mais lógica e virou o corpo para cair de pé, criando uma cratera no solo enquanto caiu apoiado em um joelho. Quando a poeira baixou, tornou a se erguer, batendo nas roupas para tiras os pedaços de solo e folhas nelas. Olhou em volta, reparando que não havia ninguém do seu grupo por perto. – Que coisa estranha, achei que aquela voz... Não, deve ter sido impressão.

                Certo disso, arrumou a urna nos ombros e procurou a direção onde estava o rio, se o seguisse, seria mais fácil que encontrar os outros do que andando por aí no meio da mata. Esperava que Libra e Aquário tivessem a mesma ideia. Apesar da mata ser cerrada, não tinha dificuldade em abrir caminho entre a vegetação pelo seu tamanho, levando apenas arranhões superficiais dos galhos. Quanto mais se aproximava do rio, menos árvores e mais vegetação baixa aparecia, então não foi difícil seguir o caminho até uma margem. Chegando lá, colocou a mão no queixo. – De que lado eu vim... – se perguntou olhando para a direita e esquerda, mas não havia nenhum indício de qual direção era a certa. Quando estava quase desistindo, sentiu alguma coisa estranha e virou a face para a direita, tendo certeza de que era naquela direção, como se alguém tivesse lhe dito isso perto do ouvido. – Uai, será que o Swedenborg tava certo? – mais uma vez se perguntou enquanto avançava. O ruivo tinha exagerado naquelas coisas de “cenário místico”, mas podia ter algo estranho ali, afinal.

                Depois de algum tempo andando, começou a ouvir os sons dos animais em volta, alguns fugindo, outros chegando mais perto, curiosos. Assobiou para alguns pássaros por perto e eles fizeram o mesmo, se agitando nos galhos. – Entendo porque o Tiago gosta daqui. – observou com um pequeno sorriso insinuando o rosto. Foi perdendo a noção do tempo enquanto andava e só reparou quanto tempo havia se passado até que os primeiros raios de sol refletiram no rio e entraram por entre as árvores. Já estava achando que andaria até chegar no Acre antes de sair daquela mata, quando reparou que adiante das árvores sumiam, dando espaço para algumas casinhas feitas de madeira perto do rio, com algumas plantações mais atrás. Era espantoso, tendo em vista que era um lugar bem isolado. Mas era uma boa coisa, poderia conseguir alguma informação ali.

                Chegou mais perto, mas não havia ninguém ali, talvez por ainda ser muito cedo. Alguns cachorros latiram quando passou, mas pareciam cansados demais até para se erguer das sarjetas enquanto o cavaleiro entrava mais naquela vila, mesmo não sendo grande. Só quando chegou no fim, escutou o som baixo de batidas sendo repetidas. Reparou então que um garoto estava batendo numa árvore, já com as mãos vermelhas. Devia ter uns sete, oito anos, de cabelos bagunçados escuros.

                - Ei, garoto. – Touro chamou, atraindo a atenção dele, que piscou confuso.

                - Quem é você? O que está fazendo aqui?

                - Eu sou Jhoakin. – se apresentou, colocando a mão no peito. – E eu me perdi.

                - Tá bem perdido. – o garoto disse, ainda estranhando. – Ah, sou o Pedro.

                - Ah, sei disso. – teve que concordar, passando a mão na nuca. – Viu passar por aqui um branquelo ruivo nerd ou um hippie natureba?

                - Não, só você. Daqui a pouco os adultos acordam e podem te ajudar. – e dito isso, o menino voltou a golpear a árvore com socos, conseguindo depois de muito tempo, tirar uma lasquinha da casca. Jhoakin ficou vendo o que ele fazia, até que segurou seu punho pequeno na mão.

                - Olha, você tá fazendo errado. – o garoto o olhou de modo confuso, então Touro soltou sua mão e deu um soco no tronco, quebrando-o ao meio. – Tem que bater no único ponto.

                - Isso foi incrível. – ele piscou, mas a atenção do cavaleiro estava em seu punho, que emitia fracos filetes azulados. Era muito raro uma pessoa despertar cosmo, mesmo que pouco, sem ser treinada.

                Estava prestes a falar disso, quando sentiu um cosmo mal contido se aproximando dali. Era grande e raivoso, mas ainda assim, tinha a impressão de que já o conhecia. Virou-se, percebendo uma figura andando a passos largos em sua direção. De fato, o conhecia. O porte físico grande e forte, os cabelos negros curtos, os olhos fixos em si, a expressão fechada, tudo, menos a armadura negra que estava envergando. Sentiu como se o chão se quebrasse sob os pés.

                - Achei que teria dado cabo de vocês com aquele ataque, mas desconfiei que você seria mais resistente. – disse o homem parando a alguns metros de distância. – Então resolvi cuidar disso pessoalmente.

                - Mestre? – Touro chamou, sem acreditar. – Mestre Timeus?

                - Não me chame assim. – ele cortou, irritado. – Sou Timeus de Touro de Fálaris.

                - Touro de Fálaris? – Jhoakin não tinha ideia do que ele falava. – O que aconteceu com o senhor?

                - Eu só resolvi seguir deuses que reconheçam alguém digno de liderar. – o cavaleiro não entendeu, mas a face do Torturador se vincou só de lembrar.

                Um Timeus de vinte e pouco anos correu pelas escadarias rumo à sala do mestre, as placas de ouro da armadura batendo uma nas outras, criando um som agudo. Chegou nos portões e os empurrou, mas não havia sinal do Grande Mestre ali. Algo estava muito errado, todos diziam que o Mestre tinha escolhido seu sucessor naquele dia e estava lhe dando instruções de como prosseguir. Mas eles deveriam estar errados, afinal Timeus não fora chamado pelo Grande Mestre, era claro que ele escolheria seu pupilo para seguir seus passos. Logo iria encontrar seu mestre e perguntar que confusão era aquela, resolver a questão. Porém, quando abriu uma segunda porta, encontrou quem procurava numa biblioteca, interrompendo a conversa que ele tinha com... Aquário. Depois daquilo, tinha descoberto a escolha do seu mestre... Ele tinha escolhido outro!

                - Remoí a raiva das injustiças do Santuário por anos. – admitiu Timeus, quando a lembrança se repetiu em sua mente. – Mas a alguns anos os deuses Phobos e Deimos vieram até mim... Tinham sido meus inimigos, mas me ofereceram a chance de ser aliado deles.

                - E você aceitou? – Jhoakin quase gritou, não compreendendo.

                - Mas é claro. – o homem retrucou como se fosse óbvio. – Eles me deram muitos benefícios. Aliás, serei um dos subordinados do General assim que matar você e os outros cavaleiros aqui.

                - O senhor não faria isso...

                - Não duvide de mim. – e com essas palavras, Timeus cruzou os braços. – Great Horn!

                Logo após a ordem do ataque, a energia negra liberada tomou a forma de um imenso touro que avançou na direção do cavaleiro. Jhoakin colocou os braços na frente do tronco, mas o golpe o atingiu com mais força do que esperava, jogando seu corpo contra as árvores logo atrás. Muitas delas caíram, mas Touro ainda estava de pé, se curvando para tossir algumas gotas de sangue no chão. – O senhor continua forte... Mas não posso deixar que vá atrás dos outros... – disse passando a mão nos lábios para tirar o sangue, antes de fechar o punho e saltar para acertar a face do antigo mestre. Timeus o esperou pacientemente, descruzando os braços para segurar o punho do cavaleiro, apertando-o.

                - Você não sabe quando parar, devia ter ensinado isso a você. – continuou apertando o punho do garoto, até tirar um gemido de dor dele. – Isso deve dar um jeito definitivo. Titan’s Nova!

                O golpe fora exatamente como o usado no rio, mas como Jhoakin estava próximo ao Torturador, sentiu toda a força do golpe atingi-lo de todos os lados. Seu grito nem foi ouvido com o som do solo se partindo e árvores sendo arrancadas do chão e jogadas longe. Pensando ser algum desastre natural, as pessoas saíram das casas e começaram se afastar, mesmo que algumas fossem atingidas pelos resquícios da explosão do ataque. Alguns segundos depois, Touro caiu de bruços no chão, junto com vários pedaços de solo e árvores que formaram uma verdadeira montanha sobre seu corpo.

                - Jhoakin! – gritou uma voz infantil, atraindo a atenção do Torturador. Pedro tinha se atirado no chão para não ser atingido pelo golpe, e agora se colocava de pé, tentando tirar os destroços de cima do cavaleiro.

                - Que interessante, você tem um cosmo meio desperto. – com apenas uma mão, Timeus pegou o garoto e ergueu do chão pela camisa. Ele tentou bater em seu braço, mas Touro de Fálaris nem sentiu, virando de costas e começando a se afastar. – Vai ser útil para os meus mestres.

                Com a visão embaçada e em tons de vermelho, Touro tentou descobrir o que estava acontecendo. Seu corpo estava preso debaixo de um peso absurdo que ameaçava quebrar seus ossos, e levou um bom tempo até conseguir focalizar a vista, enfim vendo seu antigo mestre carregando Pedro em sua mão. Os moradores, revoltados, avançavam para deter o Torturador, para serem afastados com um mero tapa. Sabia que tinha que fazer alguma coisa, mas Timeus já tinha provado ser mais forte do que pensava, além de estar soterrado em terra e árvores. Fechou os olhos para pensar, embora sentisse um torpor tomando conta de si...

                Levante-se!

                Jhoakin abriu os olhos confuso, olhando para os lados. Ouvia os gritos e protestos dos moradores, mas a voz que tinha falado soava muito mais perto de si, era feminina, aguda e séria. Pensou ter sido apenas imaginação, sua mente estava pregando peças depois de levar aquele golpe, mas ouviu de novo.

                Levante-se agora! Vai deixa-lo ferir essas pessoas e ir atrás dos outros cavaleiros?

                - Mas ele... é meu mestre... – conseguiu dizer tossindo algumas gotinhas de sangue de novo, embora não visse a pessoa que falava.

                Ele deixou de ser o seu mestre há muito tempo. A maldição dos deuses do medo o deixaram louco e usaram a mágoa para transformá-lo num ser maligno. Enfrente-o e liberte seu mestre dessa condição! Vamos, levante-se e lute agora!

                Touro achou que estivesse louco, mas aquela voz estava certa afinal. Assim sendo, cerrou os dentes e forçou o corpo para cima, fazendo tremer a montanha sobre si. A princípio nada aconteceu, mas em vez de desistir, impôs mais força ainda, tencionando todos os músculos e concentrando seu cosmo para escapar dali. Com um grunhido de esforço, se colocou de pé, jogando terra e árvores para longe. Sua urna, soterrada também, se abriu, revelando a armadura na forma de Touro, que se desmontou e cobriu o corpo do cavaleiro.

                - Touro de Fálaris! – gritou, chamando a atenção do Torturador, que fechou a face. – Ainda não fui derrotado!

                - Como você é insistente, garoto. – bufou, deixando cair ao chão Pedro, que tratou de se afastar, assim como todos os demais. Ninguém queria ficar no caminho daqueles dois. – Então vou acabar com isso de uma vez.

Os dois cruzaram os braços com as costas retas, uma expressão séria, antes que as vozes soassem ao mesmo tempo. – Great Horn!

Desta vez, dois touros feitos de energia avançaram um contra o outro. Um era negro, e o outro dourado, gerando nuances de cores quando se chocaram, os chifres batendo. O impacto gerou um vento forte que varreu tudo por perto, as botas das armaduras deixando sulcos na terra enquanto os dois guerreiros eram arrastados alguns centímetros para trás, mas nem isso os tirava da postura de braços cruzados. Em determinado momento, o touro negro começou a tomar vantagem, empurrando o touro dourado para trás, ameaçando dominá-lo. Sentindo seu ataque fraquejar, Jhoakin olhou para as pessoas olhando-o, a destruição causada pelo golpe anterior do Torturador, e o olhar louco que ele ostentava. Não, aquele não era seu mestre.

- Eu não... vou... perder!! – gritou em desafio, buscando forças do fundo de seu cosmo.

Timeus sentiu um arrepio ao ouvir aquelas palavras, mas seus braços começaram a tremer pelo esforço de manter seu Great Horn, mas para sua surpresa, foi o touro de energia negra que caiu, derrubado pelo dourado que avançou diretamente em sua direção. Até tentou se preparar para outro ataque, afastando os braços para golpear agora com o Titan’s Nova, mas assim que se preparou, sentiu um impacto no peito que o fez recuar um passo e perder toda a força. Ofegou, sentindo uma dor horrível no lado esquerdo, e ao olhar para baixo, reparou num punho enterrado até o pulso dentro se seu peito, atravessando pele, músculo e carne. Jhoakin estava curvado, arfante, erguendo a face para seu antigo mestre.

- Eu... – Timeus tentou dizer, mas virou a face para o lado e cuspiu sangue no chão, seu peito tremendo enquanto o coração atingido pelo soco ia parando. Quando se voltou mais uma vez para o cavaleiro, seus olhos negros antes tomados pela raiva e loucura, estavam serenos, e sua face fechada ficou mais calma também. – Obrigado... – conseguiu dizer, antes de desabar de costas no chão.

Xxx

Quando terminou de enterrar a cruz de madeira num ponto mais afastado dentro da mata, Jhoakin tirou o elmo de ouro e colocou sob o braço, observando o túmulo improvisado que havia feito. Ao lado do montinho de terra demarcado com a cruz, estava a armadura negra de Touro de Fálaris, e se virando para ela, o cavaleiro esmagou com alguns golpes até que se reduzisse a pó e ninguém mais a usasse. Só então deu as costas para seu mestre com um último e silencioso adeus a Timeus, voltando para aquela vila, que no momento estava sendo reparada. Quando chegou lá, os moradores o receberam com olhares desconfiados, até assustados. Suspirou, colocando o elmo e pegando a urna de armadura que tinha deixado ali.

- Não se incomodem, eu já estou indo. – declarou, mas eles não se acalmaram até ver que ia até a margem do rio, voltando a seguir em frente antes que perdesse muito tempo. O sol estava chegando em seu auge do meio-dia, fazendo a armadura reluzir.

- Jhoakin! – chamou uma voz conhecida, fazendo Touro se virar para o garoto que corria, parando a alguns metros. Hesitou por alguns segundos, antes de dizer sem jeito. – Obrigado.

- Não foi nada. – o taurino garantiu, sorrindo um pouco. – Continue treinando e vai conseguir fazer coisas tão incríveis quanto o que viu.

E com isso, voltou a seguir em frente, se perguntando o que teria sido aquela voz que lhe dera forças, ou que tipo de maldição teria transformado seu mestre naquele guerreiro furioso. Fosse o que fosse, tinha a impressão de que os problemas estavam longe de acabar.


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