Our Forbidden Love escrita por Mah


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

ooooi :)
espero que gostem!
bjbj :*



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~~POV LEONARD~~

Fui para casa, ainda relembrando o que havia ocorrido, por um lado estava irritado por não ter feito sexo, mas por outro, tenho que admitir, foi engraçado.

Coitado do menino, nem imagina que a Elizabeth pode tornar sua vida em um inferno.

- Boo! - Ouvi alguém me chamando. Era a Daisy. - A Jade está aqui, vem brincar com a gente. - Pediu sorrindo.

- Agora não vai dar, eu vou olhar um pouco de TV, me arrumar e ir jantar na Eliza. - Foi só dizer isso que ela fechou a cara e saiu brava.

--

Moi, esteja aqui em alguns segundos, por favooor, não aguento mais esse menino. - Reclamou. - É sobre o terno do Harold pra cá, o cabelo dele pra lá, argh!

- Calma, Eliza, logo logo você vai estar gostando dele, dê uma chance para o garoto se tornar parte da família.

- Tá bom. - Murmurou. - Mas você vai vir, não é?

- Sim, estou terminando de me vestir e depois apareço por aí.

- Então está pelado? - Perguntou maliciosa.

- Só de boxer. - Ri. Ela era sempre safada e eu achava isso engraçado, porque todos pensavam que era a menina inocente da história.

- Não esquece do que eu te prometi sobre hoje depois da festa. - Falou.

- ELIZAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAABETH, ACHEI SEU VIBRAD... - Antes do Harry terminar de gritar, ela deu um berro e desligou o celular, o que me fez rir loucamente.

Fui terminar de me vestir e arrumar meu cabelo quando a Phoebe entrou no quarto junto com Jade e Daisy.

- Que horas vai voltar? - Uma delas perguntou enquanto eu colocava meu sapato.

- Não sei. - Murmurei. Ficamos conversando até eu estar pronto e lindo para ir lá. - A Eliza deve estar me esperando. - Disse e dei um beijo na testa das meninas, depois, peguei meu celular e a minha chave. - Estou indo, mããe! - Gritei e antes de ouvir uma resposta, saí a pé.

Logo cheguei a sua casa e ela estava com a porta aberta. Foi só me aproximar que vi a Elizabeth me esperando encostada nela com uma expressão chateada.

- Eliza? - Eu disse tirando-a de seus pensamentos.

- Ah, oi, moi. - Sorriu de canto e me beijou. - Vamos entrar?

- Claro. - Disse e entrelacei meus dedos nos seus. - Está tudo bem?

- Sim, só aquele garoto me tirando do sério.

- Logo você se acostuma. - Ri e fomos para a sala principal, onde várias pessoas entravam, conversavam e bebiam drinks chiques. Todos possuiam uma grande quantia de dinheiro e eram interesseiros como os Jane. Com seus vestidos e ternos caros iam passando a impressão de estarem muito felizes pela nova "aquisição" da família: o Harry.

- Olá, pessoal! - Charlie falou alto, fazendo os comentários pararem. - Estamos aqui para celebrar um novo membro na nossa família, Harold Jane. - E, ao falar, o Hazza desceu as escadas sorrindo, totalmente envergonhado com toda a atenção. - Agora aproveitem a festa. - Sorriu e logo todos foram cumprimentá-lo.

- AMIGAAA! - Ouvi uma voz estridente. Era Beatrice, melhor amiga da Elizabeth. Ela se aproximava rapidamente com os braços abertos, prontos para abraçá-la.

- BEEEEA! - Eliza gritou. - Saudadeeees!

Ela havia passado uma semana em uma cidade próxima daqui.

- Ai, amiga, foi horrível! Ficamos em uma fazenda suja e feia! Não tinha internet, sinal de celular e televisão, ou seja, fiquei no maior tédio. - Falava com uma voz de nojo.

- Pelo menos já voltou. - Sorriu, tentando deixá-la melhor.

- OOOi, cunhadinho! - Falou à mim, quando notou que eu estava ali ao lado. "Cunhadinho" porque ela se considera irmã da Eliza.

- Oi, Bea. - Sorri para ser educado, porque, na verdade, eu queria colocar uma madeira na boca dela para ver se parava de gritar.

- Ok, agora me mostra o gato do seu irmão! - Pediu animada.

- Gato? - Elizabeth riu ao repetir. - Ele é feio, ridiculamente feio.

- Mesmo assim, quero conhecê-lo! - Falava manhosa.

- Tá, tá. - Ela suspirou e olhou ao redor, assim que seus olhos cruzaram com o de Harry, fez um gesto para chamá-lo e logo o menino vinha na nossa direção.

- O que? - Perguntou.

- Essa é a Bea, Bea, esta praga é o Harry. - Disse sem animação, enquanto sua amiga comia-o com os olhos.

Argh, ela era a maior das vadias, provavelmente iria ficar com ele.

- Oi. - Harold disse sem graça devido ao jeito que ela o encarava. - Prazer em te conhecer.

- Que apressadinho, já vai pensando em prazer. - Riu de sua própria brincadeira, enquanto o mais novo corou.

- Eu vou fingir que não ouvi isso. - Elizabeth disse com nojo. - Agora venha, vamos ao banheiro. - E saiu arrastando sua amiga.

Um silêncio dominou o ar. Não sabia o que dizer para descontrair e até pensei em sair daqui ou algo assim, até que ouço um barulho meio... estranho: o estômago dele estava roncando e realmente era alto. Me segurei ao máximo, mas não contive uma gargalhada.

- Ei, não é minha culpa se eu nem consigo pronunciar o nome dessas comidas chiques. Quero algo que eu conheça e não...isso. - Sussurrou apontando discretamente para a bandeja que o garçom trazia em uma de suas mãos, enquanto tentava se equilibrar.

Pensei por dois segundos e logo me lembrei que em meu bolso trazia um chocolate, pois, provavelmente eu também não iria gostar da comida que serviam aqui, mesmo tendo me acostumado com todos aqueles ingredientes "frescos" e sem sabor. Tirei-o do meu bolso e coloquei na mão de Harry.

- O que é? - Perguntou analisando a embalagem dourada. - "Twix". - Leu vagarosamente e tornou a me olhar curioso.

- Chocolate, oras. - Dei ombros, mas logo me lembrei que naquele orfanato não se podia comer besteiras e doces. - É... ah, coma, você vai gostar. - Sorri. Ele franziu as sombrancelhas e pensou por um segundo, mas acabou abrindo-o.

- Tem um cheiro bom. - Sorriu e em dois segundos, colocou-o na boca, mordendo vagarosamente, como se tivesse medo do gosto. Depois de mastigar com um certo cuidado, me olhou surpreso e... feliz? - É perfeito, meu Deus, nunca provei algo assim antes! - Sorria e logo comeu o resto do meu pobre chocolate. - Eu preciso de mais. - Ri.

- Vai ficar viciado. Mas enfim, não tenho aqui mais um.

- Que maldade, vou comer o que agora?

Scargot? - Perguntei. A especialidade do chef dos Jane era isso. Ele era francês, mas não lembro o seu nome.

- O que é? Algo como o twix?

- Não muito. - Falei rindo e levei-o até o buffet. Apontei discretamente para o prato.

- Não parece ser tão ruim. - Disse e se serviu.

- Então vamos nos sentar para você comer. - Falei.

- A Cristina reservou uma mesa para nós. - E saiu andando até encontrar uma. Logo se "atracou" a comer. - MEU DEUS, O QUE É ISSO? - Perguntou praticamente gritando.

- Lesmas.

- COMO ME DEIXOU COMER?

- Achei que sua cara seria engraçada e foi. - Eu ria, enquanto ele tentava limpar sua língua com um guardanapo. - Que exagero. - Me olhou com raiva.

- Não foi você que comeu isso.

- Ok, ok, exagerado. Vamos na cozinha achar algo decente. - Falei e levei-o até lá. - Tem pipoca. - Ofereci, mexendo nos armários.

- Tá, já pode começar a fazer. - Sorriu meigo e acabei indo fazer mesmo. - Hmm, vocês namoram a quanto tempo? - Perguntou, enquanto eu tirava o saquinho quente do microondas.

- Para te dizer a verdade, não lembro muito bem.

- Como não? Isso é algo importante. - Ele falou e eu revirei os olhos.

- Eu te conto um segredo e você me conta outro, ok?

- Ok. - Sorriu, travesso.

- Eu não a amo. - Disse. - E o seu?

- Te achei muito lindo. - Riu e pegou o pote da minha mão. Saiu com ele e me deixou ali, de boca aberta, surpreso com a confissão.

Esse menino é bem atrevidinho, hein.

- Leonaaaard! - Ouvi Elizabeth gritando e fui ver o que a 'madame' queria.

- Fale. - Disse ao encontrá-la.

- Vamos subir? - Perguntou maliciosamente e na hora eu sorri.

- Claro. - E peguei sua mão, enquanto ela me guiava até seu quarto.

- Se aquele pirralho nos atrapalhar novamente, eu o mato. - Disse ameaçadoramente.

- Calma, Eliza. - Ri.

Assim que entramos, eu fechei a porta com o pé e a "joguei" na cama. Fiquei por cima dela e começamos a nos beijar.

- Leo. - Ela falava baixo. - Não esquece a camisinha, como da última vez. - Riu e eu parei de beijá-la, para conferir.

Abri minha carteira, onde sempre guardava uma, mas ela não estava lá.

- Eliza... Eu juro que tinha deixado ela aqui. - Falei e ela revirou os olhos.

- Não acredito.

- Me desculpa? - Fiz aquela carinha de cachorro-que-caiu-da-mudança-e-está-abandonado-até-achar-um-casal-fofo-que-cuide-dele.

- Ok, ok, vamos olhar um filme. - Ela murmurou irritada.

Já fazia uma semana que não transávamos e ela estava brava porque é uma tarada, admito. Ri de mim mesmo e me deitei na cama ao seu lado.

Colocamos um filme qualquer e ela foi para cima do meu peito, se aconchegando, enquanto eu mexia nos seus pequenos cachos.

Os cachos do Harry devem ser tão bons e macios... Será que eles são naturais ou como os da Eliza?

E parei para analisar, se ele fosse uma garota com toda certeza seria mais bonito do que ela. Sabe, ele tem aqueles olhos verdes clarinhos e as covinhas fofas...

QUE MERDA É ESSA QUE EU ESTOU PENSANDO?!

Deve ser falta de sexo... Só pode.

Ouvimos uma batida na porta.

- Entre. - Eliza murmurou sem qualquer vontade de se levantar.

- Filha, todos foram embora. - Ela falou e eu me surpreendi, quando tempo havia passado? - Nós iremos conversar sobre o Harold e você irá participar disso.

- Mas mããe... - Ela iria reclamar, até Cristina interrompê-la.

- E se o Leonard for junto?

- Argh, ok. - Revirou os olhos e se levantou, irritada.

- Então sorria e vamos. - Ela falou e nós a seguimos até o quarto dele, que por acaso, era lindo. - Querido. - Ela sorriu, batendo na porta e o mesmo veio abrir.

- O que houve? Eu fiz algo errado? - Perguntou, nervoso.

- Claro que não, amor. Nós apenas queríamos conversar. - Falou e puxou seu marido para dentro do quarto. Todos acabaram se sentando na cama dele, menos a Elizabeth que estava em pé ao meu lado.

- Bom, regras propriamente ditas, não temos. Apenas queremos saber quando vão sair e à hora que irão voltar. - Charlie falou.

- É, mas ainda temos que ver uma escola para você.

- Escola? - Ele arregalou os olhos. - Não posso estudar em casa? Por favor, não quero ir à escola. - Implorou.

- É, isso mesmo. Ele não vai ir para o meu colégio. - Elizabeth o "apoiou".

- Então nos diga porque não quer ir? - Cristina perguntou.

- E-Eu não me dou bem com os outros meninos.

- Ele é anti-social, resumindo. - Eliza falou.

- ELIZABETH! - Ela repreendeu-a. - Deixe-o falar.

- Eu só... não quero. Por favor. - Pediu com aqueles olhinhos verdes.

- Está bem. - Ela cedeu. - Iremos contratar professores particulares, mas terá que sair de casa também ou se sentirá muito sozinho.

- Ok, obrigado. - Sorriu.

- Alguma dúvida sobre a nossa casa ou família?

- Eu tenho que conhecer mais algum parente?

- Não, nós vivemos "sozinhos". Eles são muito interesseiros. - Charlie respondeu rapidamente.

- Ah... Então tá.

- Que idade você tem mesmo? - Eliza perguntou, fingindo estar interessada. 

- Quinze.

- Que cara de novinho. - Ela falou como se fosse uma ofença.

- Que besteira, filha, vocês tem a mesma idade.

- Quando é seu aniversário? - Harry perguntou à ela.

- Cinco de Fevereiro. - Respondeu, contragosto.

- Eu fiz dia um, então sou mais velho. - Riu, debochado e ela arregalou os olhos, irritada.

- Mas o Leonard tem dezesseis. - Murmurou.

- Se vão ficar discutindo as idades, eu vou me deitar porque irei fazer muitas coisas amanhã. - Charlie falou, com seu humor perfeito de sempre.

- E eu também vou, acho melhor ir, Leonard. Não se esqueça que a Elizabeth está de castigo por uma semana. - Advertiu e eu sorri, concordando.

Dei um beijo nela e despedi-me deles. Quando estava quase na porta da casa, ouvi alguém me chamando. Olhei para trás e era o Harry.

- Não esqueça disso. - Ele balançou algo em sua mão e, a medida que se aproximou, eu identifiquei: uma camisinha. Ou melhor, minha camisinha.

- Onde achou isso?

- Eu tenho meus modos. - Sorriu travesso.

- Porque gosta tanto de implicar com ela?

- Primeiro porque não gostei muito dela e segundo porque é divertido. - Riu e deu ombros, me entregando.

- Ah, falando nisso, seus cachos são naturais? - Ok, não era bem um 'falando nisso', mas eu queria saber.

- S-Sim. - Corou. - Eu tinha o cabelo cacheado desde os treze anos, mas alguém disse que eram ridículos e eu acabei usando um shampoo fedorento para alisá-los. - Confessou, com certa raiva. - E, ontem, quando me falou sobre preferi-los cacheados, decidi voltar a tê-los. - Sorriu. - Então, obrigada.

- Que nada, curly. - Ri. - Boa noite.


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Notas finais do capítulo

o Harry tem uma personalidade diferente do que o normal. Ele é bem "atiradinho" USAHASUSHAUASHUASHASUASH
obrigada pelas reviews :3 mas continuem mandando (LAURA E LUÍSA PROBLEMÁTICAS)
espero que tenham gostado! ;)
bjbj :*