Our Forbidden Love escrita por Mah


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

OOOi :)
provavelmente eu não demorei muito, sei lá
talvez eu demore pra postar porque:
*vou entrar em período de provas
*estou meio doente e ainda não sei bem o que é
*esse fim de ano vai ser mtmtmtmtmtmtmt corrido MESMO, então me desculpem caso eu demore, mas PROVAVELMENTE nem vai ser tanto assim
voltando ao assunto, eu vou postar, espero que gostem :)
bjbj :*
p.s. esse capítulo era/é dedicado para uma amiga minha, mas eu nem sei se ela vai ler... enfim, é pra ti, Laura



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Quando chegamos na minha casa, foi só entrarmos e a Daisy veio correndo abraçar o Nick, que a levantou em seu colo e rodopiou. Ela amava ele como se fosse um irmão mais velho, já a Phoebe preferia o Zack mil vezes. Os meninos adoravam brincar que se casariam com elas e tudo mais, mas, na verdade, eu morria de ciúmes. Qual é, eu que sou o irmão delas.

– Ei, cadê o Zack? - A outra gêmea perguntou.

– Está com o Luke. - Respondi.

– Chama ele? - Pediu manhosa.

– Não! - Nick respondeu rapidamente.

– Você não é mais amigo dele? - Daisy perguntou com uma carinha triste.

– Claro que sou, mas eu estou dando um gelo nele. - Riu. - Quando você tiver um namorado, eu te explico melhor.

– Mas eu tenho namorado.

– O QUÊ? - Eu e o Nick gritamos.

– E é você. - Ela falou rindo e eu suspirei aliviado.

– Ah, claro. - Ele riu também. - Minha namorada é a garota mais linda que eu já vi. - E beijou-a na bochecha, que corou com o ato inocente.

– Você vai comer aqui? - Phoebe perguntou.

– Sim, porque?

– Eu tenho medo que acabe com a nossa comida. - Brincou e riu.

– Ora essa. - Ele largou a Daisy com cuidado no chão e foi correr atrás da outra gêmea enquanto os dois riam, logo a Daisy entrou na brincadeira.

Meu celular começou a tocar, atraindo atenção do Nick que agora estava caído no chão enquanto as duas garotas brincavam com seu cabelo.

– Alô?

Moooooi, eu já posso ir? - Eliza perguntou e eu olhei meu relógio. Eram sete horas apenas.

– Claro, venha. - Revirei os olhos.

– Que barulho todo é esse?

– O Nick e as meninas estão brincando.

– Argh, aquele gordo vai jantar conosco? Já me cansei de tanto vê-lo comer e comer. - E desliguei na sua cara.

– Era a Egolizabeth?

– Sim, infelizmente.

– Ela falou algo de mim? - Ao perguntar, eu ri, fazendo-o entender logo o que tinha dito. - Espera ela chegar pra eu mostrar o gordo que eu sou.

– Ei, você não é gordo. - Daisy disse meiga e o Nick sorriu.

– Aquela bruxa da Elizabeth disse que eu sou. - Se fez de coitado.

– Que chata ela é. - Phoebe reclamou e em dois segundos cada um dizia um defeito dela, enquanto eu só ria das besteiras que saíam.

– O que estão fazendo no chão? - Meu pai perguntou depois de um tempo.

– Ah, oi, senhor Tomlinson. - Nick se levantou e cumprimentou-o.

– Olá, Horan. - Falou e saiu. É, ele não é muito carinhoso.

–--

– Pode me passar as batatas, gord... Quer dizer, Elizabeth? - Nick pediu sorrindo falsamente e eu queria rir, mas minha mãe me "lançou" um olhar para ficar quieto.

– Claro, mas eu acho que já comeu demais por hoje, não?

– Na verdade, não, nem comecei praticamente.

– Tem certeza? Pode acabar explodindo.

– Ele come o quanto quiser, porque eu não me importo com a sua beleza. - Daisy disse, defendendo-o.

– É, ele é legal diferente de você! - Phoebe completou.

– Meninas! - Meu pai repreendeu-as. - Desculpa, Elizabeth. Elas só tem ciúmes de ver uma menina tão linda perto do seu irmão. - Sorriu.

– Ah, tudo bem. Eu também teria ciúme, mas elas ainda vão conviver muitos anos comigo. - Disse para provocá-las, dando ênfase em "anos".

– É, vocês formam um casal tão bonito. - Ele falou. - Quem sabe, no futuro, até se casem.

– Bom, não sabemos que mudanças podem acontecer até lá. - Minha mãe disse rapidamente.

Parecia um show de indiretas e eu estava achando tudo isso muito engraçado.

–--

Dia 20/02, segunda-feira.

– MÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃE! - Ouvi um grito estridente e acordei colocando as mãos nos meus ouvidos. Até entender o que estava acontecendo demorou bastante. Eu estava no meu quarto e a Eliza ao meu lado, que, agora, havia acordado e já estava reclamando. - AQUELA BRUXA TIROU A ROUPA DO BOO BEAR! - Logo notei que era a Daisy gritando na porta do meu quarto.

– Filha, saia daí. - Minha mãe logo chegou tirou-a de lá. Eu não sabia se ria ou ria mais ainda.

– Vou me trocar. - Disse.

– Não, fica mais um tempo. - Me puxou e ficou beijando meu pescoço. Ela sabe que é esse o meu ponto fraco.

Logo meu celular começa a tocar e eu queria jogá-lo na parede, isso sim.

– Alô? - Perguntei irritado.

– Que isso, gostoso? - Era o Luke, pelo apelido. O Nick me chamava de gato e o Zack de seduzente.

– Fale rápido.

– O Nick foi na sua casa ontem? Cuidou dele? Ele saiu com fome? Posou aí? Está acordado? Dormindo? Você sabe como ele fica quando não dorme bem.

– Calma, gatinho. - Ri com toda a sua preocupação. - Ele só jantou aqui, então nós jogamos, ele comeu mais e depois foi pra casa, dormiu lá e o resto eu não sei.

– Ah, ok, obrigada. Conversou com ele sobre o Zack?

– Sim, ele está melhor agora.

Moi, vem logo pra terminarmos aquilo... - Ela pediu manhosa.

– Hm, vejo que ficaram a noite inteira acordados.

– É, algo assim. - Ri. - E hoje a Daisy nos viu sem roupa e começou a fazer um escândalo, quero ver o que minha mãe vai dizer pra elas agora. - Falei e ele começou a se matar de rir.

– O bom é quando as garotas ainda são inocentes e não taradas. - Gritou para, quem sabe, a Elizabeth ouvir, o que não deu certo.

– Nem dá essa ideia pra ela. - Ri. - Prefiro do jeito que está.

– Onde foi parar o respeito hoje em dia?! - Murmurou para si mesmo. - Tá, gostoso, vai me traindo aí porque eu vou passar no Nick.

– Tchau, gatinho. - Falei e desliguei. - Onde estávamos? - Perguntei sorrindo maliciosamente para ela.

– Perdi a vontade só de te ouvir falando essas coisas gays com eles. - Disse chateada. - Eu vou ir pra casa.

– Ah, não.

– Sinto muito. - Falou e começou a pegar suas roupas que estavam jogadas no chão. - E outra, você tem que buscar a cria. - Mumurou. - Nem pense em ser amigo dele, ouviu?

– Fique tranquila. - Sorri de canto. - Ele é apenas um menino.

– Claro, claro. - Revirou os olhos e, já vestida, me deu um beijo. Iria deitá-la na cama quando bateram na porta.

– Entre. - Falei irritado.

– A bruxa já fo... Mande-a embora logo! - Phoebe pediu e eu mandei um olhar repreendor.

– Eu já vou, gêmea dois. - Falou irritada. - Até mais tarde, te amo. - E me deu um selinho antes de sair porta a fora. - Não se atrase para ir na aula, ouviu?

Ah, é verdade, temos aula. Olhei rapidamente meu celular: 06:30, ainda tinha tempo de sobra.

– Ei, já lhe disse: não fale assim com ela. - Denfendi-a ao relembrar que haviam xingado-a de bruxa, como de costume.

– Mas ela é chata. - Murmurou. - Não gosto de te ver com essa bruxa e você nem fica feliz.

– Claro que fico.

– Eu nunca te vejo sorrindo de verdade quando está com ela.

– E como sabe que o meu sorriso não é de verdade? - Perguntei curioso.

– Porque quando é verdadeiro, os seus olhos brilham. - Ela respondeu simplesmente. Eu cheguei a parar pra pensar quando ouvi isso.

– Brilham, é? - Ri. - Eles brilham quando eu estou com você e com a Daisy.

– E com a mamãe.

– É, só vocês três. - Sorri. - Agora vamos descer? - Perguntei.

– Você está... sem roupas. - Avisou.

– AAh, é mesmo. - Ri e fui me trocar. Ela, por ser criança, sequer deu bola por ter me visto pelado, até porque, já tinha visto várias vezes (N/A: Ô SORTE, HEIN).

Logo nós descemos e eu comi algo, enquanto as duas garotas conversavam animadamente comigo.

– Mas Boo, você podia ter levado ela em uma massagista. - Daisy murmurou.

– Quê? - Perguntei confuso entre uma mordida e outra.

– A mamãe me contou o que aconteceu hoje de manhã. Ontem, a Elizabeth caiu da escada e machucou suas costas, então, você fez uma massagem e tirou suas roupas para que ficasse mais fácil e, de tão bom que era, ela acabou dormindo. - Eu quase me engasguei com o suco que estava tomando. Realmente, até o Luke, que não sabe mentir, teria dado uma desculpa melhor.

– Ah, é mesmo, lembrei. - Ri. - É que eu sou tão bom em... fazer massagem que não precisei levá-la em outro lugar, afinal, todos os lugares são bons quando temos alguém com tanta experiência como eu. - Falava me segurando para não gargalhar. Ela ouvia essa frase normalmente, já eu coloquei um segundo sentido bem forte aí.

– Queridos, o que vão fazer hoje? - Minha mãe apareceu.

– A Jade pode vir aqui de tarde? - Phoebe pediu manhosa.

– Claro, mas me avise quando ela chegar. - Sorriu. - E você, Boo? - Perguntou-me. Apenas minhas irmãs e ela me chamavam de Boo Bear, os garotos preferiam usar aqueles apelidos "carinhosos", já a Elizabeth gostava mesmo é de falar "moi" e eu acabei me acostumando.

– Eu vou ir buscar o futuro Jane.

– Ah, mas porque você tem que fazer isso e não eles?

– Ninguém vai poder, então eu vou. - Revirei os olhos.

– Nossa, a criança vai se sentir tão em casa com essa recepção. - Disse sarcasticamente.

– Eu tenho até pena do menino.

– Não quer trazê-lo aqui em casa?

– Não, a Cristina que cuide dele quando voltar do cabelereiro. - Dei ombros.

– Achei que gostasse de crianças.

– Ele tem uns quatorze anos.

– Faça o que quiser então. - Riu. - Quer carona para buscá-lo então?

– Sim, sim. Eu vou ir lá de tarde, tipo três horas, não sei ainda.

– Ah, tudo bem. - Sorriu de canto.

– Mãe, quem ensinou o Boo a fazer massagem tão bem? Podem me ensinar? - Phoebe pediu e eu me segurei ao máximo para não rir.

– Foi a mamãe que me ensinou, ela já faz isso há muito tempo, não? - Eu perguntei, rindo.

– S-Sim. - Falou nervosa. - Mas apenas os adolescentes podem fazer massagem pois as crianças podem se machucar.

– Ah. - Murmurou chateada. - Então tudo bem. Vou ir me arrumar. - Falou e saiu, junto com a Daisy.

Eu e a minha mãe nos entreolhamos e caímos na gargalhada.

– Como estava a massagem ontem?

– Ótima. - Ri.

– Eu OUVI! Tentem fazer menos barulho da próxima.

– E tente mentir melhor.

– Ok, agora vá se arrumar e não chegue atrasado. - Disse, ainda sorrindo e saiu. A escola não era tão longe assim, então eu e o Nick, que morávamos perto, íamos a pé e juntos. A casa da Eliza era mais perto ainda, mas ela preferia ir com o seu motorista e, muitas vezes, insistia para que eu fosse junto, daí eu dava a desculpa que o Nini não gostava de ir sozinho.

Porém, a casa do Luke e a do Zack ficava bem distante da nossa, então seus pais os levavam.

–-

Abri a porta e joguei minha mochila no sofá.

– Cheguei. - Disse alto e fui para a cozinha comer algo. Não havia ninguém e eu nem me surpreendi, porque, geralmente meu pai não almoçava conosco pois ficava trabalhando e minha mãe devia estar buscando as gêmeas então eu fiquei esperando, já que se depender de mim cozinhando...

Iria subir e esperá-los por lá mesmo, mas logo as garotas vieram correndo e me viram.

– OOi. - Diseram animadas.

– Bom dia. - Disse e me sentei na mesa, assim como elas. - O que fizeram de bom hoje?

–--

Estava olhando TV com pouca atenção, afinal, era um programa sobre culinária, nada útil para alguém como eu. Senti meu celular vibrando e peguei-o. Tinham cinco chamadas não atendidas da Eliza. Revirei os olhos e liguei para ela, já esperando a fúria que viria.

– Alô?

– Eliza? O que houve?

– Minha mãe pediu para eu te avisar que está no horário de ir buscar o menino idiota.

– Ah, ok. Tem certeza que não quer vir junto? - Foi só perguntar isso que ela desligou. - Então tá, né. - Falei para mim mesmo. Me levantei e fui chamar minha mãe para me levar.

Logo estávamos no carro a caminho do orfanato. Eu tinha dado o endereço e agora cantarolava uma música qualquer.

– Chegamos. - Ela disse. - Quer que eu desça com você?

– Não precisa. Já volto. - Falei e saí do carro, adentrando o local. Fui até a recepção e encontrei Grace.

– Olá, Leonard, não é? - Perguntou franzindo a testa.

– Sim, eu mesmo. - Sorri. - Vim buscar o garotinho. Harold, se não me engano. - Falei.

– Ah, claro. Não esqueça de que semana que vem uma inspetora vai ver como ele está se adaptando.

– Ok.

– Fique aí, eu irei buscá-lo.

~~POV HAROLD~~

Estava deitado na minha cama, inquieto. Olhava o teto, me levantava, caminhava e depois deitava novamente. Não aguento mais esperar e imaginar como será por lá. De início eu não gostei muito daquele senhor, Charlie, eu acho, já a Cristina me pareceu ser... receptiva. Entretanto, aquela garota nojenta que namorava o Leonard era insuportável, deve ser filha do casal, ou algo assim. E, voltando ao Leonard... Ele me parecia ser divertido e gentil, mas, por namorar com ela, já perdeu alguns "pontos" pelo mal gosto.

– Harrold, está pronto? - Grace entrou no meu quarto rapidamente.

– A-Aham, eles já estão aí?

– Sim. Vamos? - Me ofereceu a sua mão, mas eu recusei, pegando minha "bolsa" com as poucas roupas que tinha.

Esse orfanato tinha reputação de ser bom e legal, mas era ao contrário, te obrigavam a trabalhar, davam pouca comida e eram agressivos quando não fazíamos o que nos era pedido.

Seguimos em silêncio pelo grande corredor que ligava os dormitórios com a recepção. Meus dedos estavam praticamente esmagando a alça da pequena mochila e estava tão nervoso que prendi a respiração.

Claro, para você parece drama, mas isso é porque viveu com a sua família por anos e agora já está acostumado com eles, mas imagina ir para uma casa desconhecida com pessoas estranhas, não é fácil assim.

– Oi. - Vi que era o Leonard e não a real família com quem eu ficaria. - Tudo bem? - Sorriu. Meu Deus, como pode ser dono de olhos tão azuis e de um sorriso tão perfeito?

– O-Oi. - Disse gaguejando. Argh, odiava gaguejar, parecia um idiota. - T-Tudo. - Ok, da próxima vez que eu gaguejar vou parar de conversar.

– Bom, cuide bem do nosso garoto. - Grace disse colocando suas mãos sobre meu ombro, com certo carinho, apesar de ser tudo uma grande falsidade. Ela devia é estar feliz com o dinheiro que deve ter sido dado "injustamente". - Até mais, Harold. - Sorriu e me abraçou. Eu revirei os olhos e, assim que ela me soltou, fui para o lado do Leonard.

– Vamos? - Perguntou-me e eu murmurei um "sim" baixinho. - Tchau, Grace. - Disse e saiu andando. - Quer ajuda para carregar?

– Não, obrigada, Leonard. - Falei e dei um meio sorriso por ter conseguido falar sem gaguejar. Normalmente não sou tão tímido ou nada do tipo, sei que é só nervosismo.

– Pode me chamar de Leo. - Sorriu. - Meus amigos não me chamam assim porque tem seus "apelidos" próprios. - Riu consigo mesmo. Eu realmente não conseguia parar de admirá-lo.

– Ok, Leo. - Ele entrou em um carro e eu fiz o mesmo.

– Essa é a minha mãe, Jul... - Foi interrompido pela mulher que sorria gentilmente.

– Pode me chamar de Jay.

– Prazer em conhecê-la. - Falei envergonhado.

– O prazer é meu, pequeno.

De algum modo eu gostei de ter sido chamado assim. Ela me reconfortava. Desejei que minha "nova" mãe, Cristina, fosse assim.

– Que idade você tem? - Perguntou, já dirigindo.

– Quinze.

– Boo, você me falou que ele tinha treze anos. - Ela disse rindo, mas eu fiquei chateado. Pelo visto ele me achou uma criança, argh, odeio isso. Quero ser tratado como um adolescente não um bebê.

– Não sei, ele parecia ser novinho e eu "chutei" essa idade, mas, vendo de perto, até parece que tem a minha idade. - Ao ouvir, não consegui conter um sorriso, mesmo sabendo que ele deve ter notado o meu 'trauma' com isso.

– Boo? - Perguntei rindo e mudando de assunto.

– Ah, eu e as irmãs dele o chamamos de Boo Bear.

– Nãão, mãe. - Murmurou envergonhado e eu sorri.

– Irmãs? Tem quantas?

– Duas gêmeas, Phoebe e Daisy. Elas tem seis anos. - Respondeu sorrindo. - Eu amo crianças, mas elas são especiais.

– Você deve ser um irmão bom. - Falei alto e depois me arrendi. - Quer dizer, eu ac... - Fui interrompido pela risada meiga da sua mãe.

– Bom, queridos, chegamos. - Provavelmente ela falou para me "ajudar". - Boo, não quer ir junto com ele e mostrar como é a casa? Porque se depender daquela garota... complicada, ele não vai se sentir confortável em seu primeiro dia. E, depois, fique para jantar aí, com certeza ela iria gostar.

Garota complicada? Será que falava da Elizabeth? Então achei outra pessoa que não gosta dela.

– Ok, ok. - Murmurou. - Tchau, mãe. - Falou saindo do carro.

– Obrigada pela carona, adorei te conhecer, Jay. - Sorri e saí também, carregando minha mochila.

Impressionante como eu já me sentia mais a vontade para conversar e me "soltar" agora.

O Leo bateu na porta e logo uma mulher abriu. Ela parecia ser muito querida pelo modo que nos tratou.

– Wil... Leonard. - Sorriu. - Esse menino deve ser o Harold, estou certa?

– Sim. - Disse. - Prazer.

– O prazer é meu, querido. Meu nome é Isabel, mas o Leo adora me chamar de Bel. - Riu.

– Ah, ok, Bel. - Sorri.

– ISABEL! PARE DE FICAR CONVERSANDO E VÁ LIMPAR O SALÃO! - Uma outra mulher gritou.

– Já vou. - Respondeu. - Sinto muito. Leonard, me desculpe pedir isso, mas pode mostrar tudo aqui para o Harold? Eu tenho que ajudá-las a arrumar a casa, sabe como é, né.

– Outra festa de negócios?

– É, mas nessa irão chamá-los para mostrar o Harold. Enfim, eu tenho que ir, até depois. - Falou e saiu rapidamente.

– C-Como assim? Um jantar para mim?

– Sim, o Charlie é um homem muito poderoso, dono de um dinheiro enorme, ele é sócio do meu pai em sua empresa. - Revirou os olhos. Se ele não se importava com dinheiro, provavelmente tinha bastante também ou simplesmente era humilde. - Bom, vamos ver seu quarto? Ele fica de frente para o da Eliza e deve ser maior que o dela. - Riu. Apesar do seu sorriso ser lindo, me irrita o jeito que ele fala "Eliza", argh.

– Ok. - Respondi sem animação e fui andando atrás dele. Logo subimos as escadas e atravessamos um corredor grande e cheio de portas. Ele parou em frente de uma das últimas e entrou.

Era realmente gigante e eu, sinceramente, amei. Deixei minha mochila em cima da cama e respirei fundo, aqui seria minha nova vida e eu vou ter que me acostumar com isso.

– Quer conhecer o resto da casa? - Perguntou e eu concordei. Ele me mostrou os quartos, salas, escritórios, o jardim e, agora estávamos na área da piscina, que ficava em frente a casa. - Sabe nadar?

– Sim... Quer dizer, mais ou menos. - Murmurei.

– MEU DEUS, OLHA ISSO! - Apontou para o fundo da piscina.

– O quê? - Perguntei confuso.

– Ali, cara. Olha direito, seu cego. - Continuou apontando e eu me abaixei para tentar encontrar a tal coisa. Já iria me levantar para dizer que não tinha visto, até que sinto alguém me empurrando e, quando vi, estava naquela água gelada. Ele ria desesperadamente e eu, emburrado como sempre, decidi me "vingar".

– Hilário, agora me ajuda a sair, está frio aqui. - Pedi fazendo beicinho. Ele estendeu a mão e eu o puxei, que caiu de cara na água, me fazendo passar mal de tanto rir.

– Isso foi injusto. - Murmurou sorrindo e começou a me jogar água. Logo estávamos em uma "guerra" de água.

– LEONARD WILLIAM! - Ouvimos um grito e ele revirou os olhos, já saindo da água.

– Aonde vai? - Perguntei.

– Elizabeth está me chamando. É melhor irmos. Você tem que se secar e se arrumar para a festa. - Disse sem qualquer emoção e eu saí também.

Seguimos juntos até a frente dos quartos, onde ele entrou no dela e eu fiquei ali fora, encostado na porta, tentando ouvir algo.

– Porque você estava aqui em casa e não me avisou? - Ela perguntou irritada com sua voz nojenta.

– Eu estava mostrando a casa para o Hazza.

Hazza? Ok, é um apelido meio estranho, se for pensar bem, mas acho que até combina. Convenhamos, tudo combina naquela voz.

– E porque está todo molhado?

– Nós estávamos na piscina. - Riu e eu imaginei ela dando pulos de irritação. Ouvi alguém suspirando alto.

Mooooi, fica comigo nessa festa? Não quero ter que aguentar o pirralho sozinha.

– Ah, não, Eliza. - Mumurou.

– E se, depois da festa, eu fizer tudo que você quiser? - Falou com uma voz de puta. Aliás, essa voz já é dela, mas agora estava dando mais ênfase no seu lado vadia.

– Hmmmm, então tá, eu fico. - Disse e logo começaram a se "pegar", quer dizer, eu acho que sim, pelo barulho de gemidos e tudo mais.

Pensei em como seria engraçado vê-la irritada por ter sido interrompida com ele e imaginei como fazê-los pararem.

Fui para o meu quarto e vi que havia um som, não era muito grande, mas daria conta do recado. Liguei na rádio e fui procurando uma música que fosse meio... tensa. Finalmente achei uma, ela sequer era na minha língua, mas eu aproveitei isso para deixar mais engraçado. Coloquei a tal "bamboleo" (http://www.youtube.com/watch?v=mifnMC_Kn1Q) no máximo e abri a minha porta, só esperando a raiva que viria.

(Esperem chegar aos 40 e poucos segundos para voltarem a ler u.u)

Dito e feito, logo a Elizabeth veio correndo.

– DESLIGUE ISSO! - Gritou, por conta da música muito alta, ou será que era por ter incomodado-a?

– Não, está muito boa. Curte o "bamboleo". - Sorri travesso e vi que o Leonard se aproximou da gente. Ele estava sem camiseta e morrendo de rir.

– Filha, pare de fazer barulho! - Logo vi a Cristina vindo na nossa direção, muito irritada, por sinal.

– Mas foi esse idiota que ligou.

– Ora essa, você me pediu para colocar no máximo pois era a sua música favorita. Até o Leonard te disse para não fazer isso ou poderia incomodar seus vizinhos. - Ele, entrando na brincadeira, parou de rir e fingiu estar sério.

– Eu exijo respeito com os outros na minha casa, ou daqui há algum tempo vão pensar que estou internando loucos e não uma moça da alta sociedade. - Falou rígida. É, pelo que eu vi, ela dá muita "bola" para a opinião dos outros, então, futuramente, usaria isso ao meu favor. - Leonard, vá para casa e se quiser vir ao jantar, apareça aqui lá pelas 20:30, você e a Elizabeth só irão ficar sozinhos no quarto em... - Pensou rapidamente. - Uma semana. Assim, quem sabe ela aprenda a se importar com os outros. - E, sorrindo, se virou para mim. - Harold, como está, meu amor? Gostando?

– Sim, está tudo muito perfeito. - Sorri.

– Mais tarde nós iremos conversar sobre como será com você por aqui, agora tenho que ir escolher uma roupa linda. - Disse e saiu.

– Então... Eu vou indo. - O Leo disse e deu um selinho nela. - Tchau, Hazza.

– VOCÊ.ME.PAGA! - Falou pausadamente e com uma raiva enorme. - Nunca mais se meta comigo, garoto. Não sabe com quem está brincando e, te aconselho a não querer descobrir.


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Notas finais do capítulo

como viram, ninguém é muito "fã" da Elizabeth, principalmente os amigos, as irmãs, a mãe, etc
UASHAUSHUASHASUHASU acho que é porque eu escrevi, mas amei o final :)
massagem? UASHUASHUAS ok, Jay
eu sei que cansam os "--", mas é que eu tenho preguiça de fazer a cena inteira e ficaria muito grande, então não reclamem
O Nyah tá uma frescura com os links, então tirei a maioria, em outro capítulo eu coloco de novo ¬¬
espero que tenham gostado
bjbj ;*