Our Forbidden Love escrita por Mah


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

primeiro eu queria agradecer a Bibiana pela linda recomendação ♥
http://animespir.it/522636 leiam, comentem, por favoooor
esse capítulo está muuuuuuito dramático e pequeno, mas tudo bem, porque os próximos são grandões
enfim, espero que curtam!
bjbj :*



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~~POV HAROLD~~

- Querido, eu vou ir ao cabeleireiro, qualquer coisa é só me ligar. - Cris disse na porta. Assenti e logo ela foi embora.

Me remexi na cama, entediado. Leonard, cadê você quando eu preciso? Quanto tempo essa conversa com a Hayley vai demorar? Queria tanto estar ao lado dele quando for contar aos seus pais sobre sua sexualidade, porém quando me levanto sinto um grande incômodo na perna, por conta da mordida e tudo mais.

Depois de um ano tudo finalmente estava dando certo e isso me deixava tão relaxado. Pensar que eu poderia ficar tranquilo porque o meu Boo me amava e logo terminaria com a Elizabeth. Sempre achei ela uma grande "competidora", como se estivesse disposta à tudo em troca do Leonard, além do que, namoram há anos, sem contar que é linda e amorosa com ele. Entretanto, no fundo, tenho certeza absoluta que ela sabia da farsa daquele namoro, mas tentava ao máximo convencer a si mesma de que tudo estava dando certo.

- Harold, precisamos conversar. - Charlie falou, abrindo a porta. Eu pulei pelo susto, mas sua voz estava normal, porém séria como sempre.

- Ah, pode falar. - Ao ouvir isso, ele entrou no quarto e se sentou na ponta contrária da cama. Me sentei e olhei-o.

- Você sabe, somos uma família, não é. Uma família é unida e se respeita. Uma família não mente e não engana. Uma família não trai. - Deu ênfase na última palavra. Sua voz se tornou ameaçadora e cheia de raiva. - Porém eu sei que você não tinha uma, então não posso culpá-lo por não saber disso, por isso vou te ensinar a nunca mais esquecer.

- C-Como assim? - Era óbvio. Ele sabia.

- Elizabeth veio correndo até mim ontem, chorando desesperadamente. Quer saber o que ela tinha para me contar? - Perguntou cínico. Nem precisei responder, pois já estava narrando.

~~flashback~~

- Pai, você não acredita. - Suas lágrimas caíam rapidamente. - O Harold, aquele imbecil. - Seus soluços eram altos demais para serem ignorados. Saí de trás da mesa do meu escritório e fui até ela que estava em pé, encostada na porta. Abracei-a até que se acalmasse. - Mande-o embora daqui! Não quero mais que ele chegue perto de mim!

- O que houve, me explique com calma. Você chegou e começou a chorar de repente, está me deixando preocupado.

- Eu fui procurar o Leonard no hospital e, no caminho da recepção ouvi umas enfermeiras murmurando besteiras sobre dois meninos ou algo do tipo, então perguntei qual era o quarto do Harold Jane, elas se entreolharam e abafaram uma risadinha. "402, mas não te aconselho a entrar lá tão cedo", pai, foi exatamente isso. - Murmurava com sua voz embargada. Temia que ela começasse a chorar novamente. - Fui correndo para ver que palhaçada estava acontecendo e quando vou espiar por aquele buraco que tem na porta, não um olho mágico, é um pedaço grande e quadr... ah, esquece isso. Enfim, meu irmãozinho estava de quatro em cima do meu namorado e deu um beijo nele. - Disse cheia de mágoa.

- E-Ele é gay? - Estava chocado demais para perguntar qualquer coisa.

- SIM! E está tentando transformar o meu Leonard em outro viadinho para tirá-lo de mim! - Gritou. Ela estava muito irritada, tenho certeza de que se pudesse, estaria matando o Harry, literalmente.

- O que quer que eu faça?

- Tire-o daqui!

- Não posso, querida. Tem a sua mãe, você sabe como ela ficou feliz quando ele chegou.

Me doía ver Elizabeth aos prantos, ela estava desesperada para vê-lo longe e eu, como sempre fiz suas vontades, estava me sentindo mal.

- Pai, por favor, dê um jeito. - Implorou. - Ele pode acabar levando o meu namorado. - E mais lágrimas caíam agora.

- Fique tranquilo, querida, ele vai aprender a não mexer com você. - E beijei sua testa.

~~flashback off~~

- Olha, você também é meu filho, vamos fazer um trato. Não fale mais com Leonard e eu finjo que briguei contigo.

- Nem pensar. - Disse, juntando toda a minha coragem. Nesse momento eu estava tremendo de tanto nervosismo. - Eu o amo! - Ele me olhou cansado e suspirou. Levantou-se, indo até a porta.

- Eu tentei. - E saiu. Respirei aliviado, mas minha despreocupação durou pouco. Alguns segundos depois, dois homens entraram sozinhos. Eles eram pouco maiores do que eu, porém muito mais fortes.

Medo era pouco para o que sentia. Estava acostumado a sofrer bullying na escola, porém ninguém nunca havia me batido mais do que um empurrão ou algo assim.

Meus pensamentos foram atrapalhados por um soco no olho esquerdo. Tamanha fora a força que eu caí no chão. O outro se aproveitou disso e me chutou. Uma. Duas. Três vezes. Eu já não aguentava mais. Segurei sua perna, tentando fazer com que ele se desequilibrasse, porém não funcionou, só fez com que ele ficasse irritado, me levantando pela camiseta. Fiquei frente a frente para ele, já que estava sendo segurado por suas mãos idiotas. Cuspi em seu rosto e recebi uma dolorosa joelhada nas minhas... partes. Dei um grito alto, mas ninguém estava ali para me ajudar.

O outro me deu um soco na bochecha, fazendo com que me soltassem e eu fosse novamente para o chão. Fechei os olhos e apenas sentia as dores, sem dizer ou me mover por conta própria. Não tinha mais forças para resistir. Eu sabia que não me matariam.

Pouco menos de dois minutos depois, eles saíram, me deixando ali com minha agonia. Devo ter ficado deitado por algumas horas, porque só me lembro de acordar no chão extremamente dolorido. Meu celular tocava. Tentei me levantar, mas era quase impossível. Fui me arrastando até a bancada e levantei minha mão para tentar pegá-lo e deu certo. Logo aquele iPhone idiota estava em minhas mãos. "BOOndudo" brilhava na tela. Leonard que salvou seu nome assim. Boo pelo boobear e o resto por bundudo, é claro.

- Alô?

- Harry? O que houve? Você está bem? Porque não me atendeu? Onde estava? - Sua voz 'transbordava' preocupação e eu me senti mal por isso.

- Nada, estou bem sim. Apenas peguei no sono, me desculpe.

- E que voz é essa?

- Eu acabei de acordar, deve ser isso. - Menti.

- Hm... - Falou desconfiado. - Então tá.

- Falou com a Hayley?

- Sim.

- E aí?

- Ela disse que devíamos enfrentar tudo para ficarmos juntos porque estamos 'enrolando' faz dias e dias, ah, e também que somos duas bichas exageradas. "Amor é amor, deu disso e vão fazer sexo logo" foi mais ou menos isso depois. - Ri. Aliás, tentei, porque até isso doía. Levantei minha camiseta com cuidado. Haviam inúmeras marcas roxas. Fiz uma careta só de olhar.

- Então o que faremos agora?

- Eu vou te buscar para irmos contar aos meus pais.

- Melhor não. - Disse rapidamente.

- Como assim?

- Não quero incomodar em um momento tão íntimo.

- Não tem nada disso, você que me fez descobrir quem eu realmente sou e por quem estou apaixonado, nada mais justo do que vir junto. - Queria negar novamente. Não sei qual seria sua reação ao me ver do jeito que estava. - Até porque... eu estou com medo.

Leonard sempre fora orgulhoso demais para se mostrar "fraco", ele sempre tentava me proteger de tudo e todos, o que eu achava incrivelmente fofo.

- Medo?

- Sim, medo de não me aceitarem. Por favor, vá comigo, eu preciso de você. - Ah, aquela voz manhosa dele me deixava louco.

- Ok. - Suspirei. Teria um longo dia pela frente. - Quando chegar suba até o meu quarto.

- Vou brincar com as meninas primeiro e depois eu vou.

- Tá, te amo.

- Te amo mais, até daqui a pouco. - E desligou.

Encarei o celular, sem me dar conta da bobeira que tinha me metido. Fiquei uns cinco minutos parado, pensando no que fazer, quando ouço uma batida na porta. Como ele já estava aqui?

- Entre. - Murmurei. Estava desesperado, olhei para o meu corpo. Meus braços estavam vermelhos, minha barriga com inúmeros hematomas e meu rosto devia estar horrível também. Simplesmente não tinha como esconder essas coisas tão facilmente assim.

Assim que a porta se abriu, vi Charlie. Queria levantar e bater nele até me sentir satisfeito.

- O que está fazendo aqui? - Perguntei irritado.

- Falei para Cris que viria ver se sua febre diminuiu.

- Febre?

- Eu falei isso para que ela não viesse aqui. Você 'está' gripado e pode acabar passando isso para ela. - Revirei os olhos. - O que faz no chão?

- Vai ver apanhei tanto que não consigo me levantar.

- Seu rosto está sangrando. - Avisou.

- Ah, obrigada pela informação, sabe quem fez isso? - Perguntei cinicamente.

- Não, mas posso inventar uma história rapidamente de como fugiu de casa e arrumou briga por culpa das drogas que estava devendo a alguém. - Mordi o lábio, incrédulo com o modo que ele podia dizer essas coisas sem demonstrar nenhum sentimento.

- Leonard confia em mim.

- E?

- E ele está vindo! Pode me bater, não importa. Mas, enquanto eu estiver vivo, não vou desistir dele. - Sem nenhuma mudança na sua expressão, se abaixou e ficou de joelhos na minha frente. 

- Escute aqui, Harold. Se não "terminar" o que tem com esse menino hoje, eu irei ligar para o pai dele que, esse sim, com certeza não terá que contratar dois seguranças para espancarem seu filho, pois fará de suas próprias mãos, então, se ama tanto seu cunhadinho, deixe-o em paz.

- V-Você não faria isso.

- "Eu" bati no meu filho. Fazer isso com outro menino não me faria a menor diferença.

- Não se atreva a fazer isso com o Leonard! Não o meta na história!

- Você que se 'meteu'. - Falou irritado. - Antes de vir para cá, Elizabeth e ele viviam uma história de amor e ninguém se intrometia. Todos eram felizes!

- Ele não. Leonard me ama e eu o amo.

- Se o ama tanto, termine com ele! - Gritou e se levantou rapidamente. Foi até a porta e segurou a maçaneta, mas sem abrir ainda. Respirou fundo. - Vou chamar alguma empregada para te ajudar a se trocar e fazer uma maquiagem, não sei, algo que disfarce seus machucados, além dos curativos, é claro, não sou tão malvado assim. E, assim que ele sair chorando daqui, eu te deixo em paz, desde que deixe eles também. Não tente nenhuma gracinha.

- Porque me odeia tanto? - Eu perguntei. Sei que iria chorar a qualquer momento, mas não podia evitar sentir ódio por aquele imbecil.

- Não te odeio, você é meu filho. Apenas quero que ela seja feliz. Você entenderá quando tiver uma filha. Ela é o seu bem mais precioso e fará de tudo para vê-la sorrindo. - Dito isso, saiu do quarto, me deixando sozinho. Agora as dores era o que menos me preocupava.


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Notas finais do capítulo

também criei uma conta no wattpad, se alguém quiser, me avise :)
curtiram? me odeiam? não abandonem a fic, vão ter muitas surpresitas :))
bjbj :*