Our Forbidden Love escrita por Mah


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

OLÁÁÁÁ :)
tenho que falar umas coisinhas:
primeiro que esse capítulo é dedicado para três pessoas: Cathy pela parte do POV Leonard que ela tinha pedido, para Jujuba pela parte Niam e para a Luísa pela parte dela com o Zayn :3
eu respondi todas as reviews e saibam que caso eu não responda muito cedo, eu leio T-O-D-A-S mesmo!
E a maioria pediu o POV do Harold quando foi adotado, então logo logo eu darei para vocês :)
espero que curtam
bjs :*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/277623/chapter/11

- Vem, moi. - E me puxou pela mão até seu quarto. Se deitou na cama ao meu lado, enquanto procurava um filme qualquer. Ela brincava com os meus dedos como se fosse a coisa mais interessante que existe.

Até agora não tinha tido tempo para pensar e conversar com o Harold sobre o que aconteceu ontem de noite. Você está tipo "vocês se beijaram, acabou", mas não é bem assim. Sei lá, eu sinto que gosto dele... Um pouco mais que gostar... Talvez eu até tenha uma quedinha por ele... Será que vale a pena estragar os planos do meu pai e terminar com a Elizabeth? 

Não sei explicar, mas eu sinto que ao lado dele posso fazer tudo que quiser. Sinceramente, é a pessoa com quem eu adoraria viver por anos.

- Elizabeth. - Falei sério. - Temos que conversar. - Ela me encarou, curiosa.

Minhas ideias estavam voando, eu comecei a ficar nervoso e sem saber o que dizer. Vou arriscar tudo por uma simples paixãozinha?

- Precisamos dar um tempo.

É, vou sim.

- C-Como assim? Você não me ama? - Perguntou de boca aberta.

- Óbvio que amo, apenas quero um tempo para pensar um pouco em mim. - Dei ombros, tentando ser convincente.

- Te dou dois dias para decidir se quer ficar comigo ou não. - Falou, parecendo magoada. - Se não quiser, a gente termina...

- Muito obrigada. - Sorri de canto e pude ver uma lágrima caíndo. Acariciei seu cabelo e beijei sua testa. - Se cuide. - E assim saí do quarto. Mal posso esperar para contar ao Harold e Hayley, ela sim ficaria mais feliz ainda. Sem contar as gêmeas, meu Deus, seria uma alegria que só.

Cheguei próximo a porta dele e ouvi uma conversa vindo de dentro. Curioso como sou me encostei discretamente nela, tentando entender algo.

- Sua veeez! Como descobriu que era gay?

- Como sabe que eu sou?

- Minha vez de fazer perguntas!

Ouvir mais um pouquinho não faria mal, não é?!

--

Quando terminou a história uma raiva permaneceu no meu corpo, me fazendo ter vontade de socar quem aparecesse pela frente. Como esse idiota pode fazer isso com o meu Harry?!

Me irrita só de pensar que ele o fez descobrir de sua sexualidade, que foi o seu primeiro, arghh!

E-Eu não imaginava. - Hayley falou. - Qual o nome desse infeliz? Eu vou castrá-lo! - Ouvi sua doce risada.

- Não adianta fazermos nada.

- Você não sente raiva?

- Claro que sinto, ele simplesmente estragou todos os anos que eu fiquei naquele orfanato, pois, desde aquele dia, não tive amigos, afinal todos pensavam que eu era o "cara pervertido que gravou e abusou de um menino".

- Me desculpa ter perguntado como você tinha se tornado, eu não imaginava que seria algo do tipo...

Sem problemas.

- Você ainda o odeia?

- Realmente... Eu sinto que ainda o amo.

Como assim ele o ama?!

- Eu achei que estivesse ficando com o Leonard, meu Deus, como posso ser tão estúpida. - E começou a rir.

- Eu fiquei com ele ontem...

- Como assim?

- Eu estou... gostando dele.

- Mas não como ama o outro garoto?

- Não, eu gosto do Leonard e amo o outro.

Sinceramente, eu sentia como se algo tivesse despencado. Tudo estava dando tão certo e agora isso.

- Você está ficando com ele porque então?

- Sinceramente... Eu quero esquecê-lo.

Abri a boca, surpreso. De tudo que ele falou, isso foi o pior. Preferia que dissesse que me odeia.

- Então está usando o meu melhor amigo?

- Não olhe desse jeito...

- Não olhar desse jeito? Já pensou por um minuto sequer que ele pode se apaixonar por você, enquanto está nisso apenas para esquecer outro garoto? Já pensou também que ele está arriscando um relacionamento de meses? Já pensou que o pai dele pode fazer coisas horríveis se ele terminar com ela? Não, você não pensou nisso, pois está pensando apenas em si mesmo!

O que eu fiz? Pensei que tudo funcionaria? Que ficaríamos apaixonados pela vida inteira? Realmente, como sou idiota!

Bati na porta, sem aguentar ouvir mais nada.

- Preciso conversar com você. - Murmurei.

- Pode falar. - Ele colocou suas mãos na minha cintura e eu, sem pensar duas vezes, me afastei.

- O que rolou entre nós está acabado.

- Como assim? Porque isso?

- E-Eu amo a Elizabeth e não quero traí-la. Tudo que aconteceu entre nós dois foi um erro, então me desculpe, mas acho que não vai fazer grande diferença na sua vida, afinal, foi só um beijo. - Falei friamente.

- Mas...

- Peça para que quando a Hayley terminar aqui, ela vá para a minha casa. Obrigado. - Me virei e saí. Antes de ir embora passei no quarto da Eliza, que estava deitada na cama, com os olhos vermelhos. - Hey. - Falei abrindo a porta.

- O que houve? - Perguntou, se levantando e limpando as lágrimas.

- Nada. Eu apenas queria dizer que tudo que eu falei foi besteira, eu te amo! - E, ao ouvir, ela correu para me abraçar. 

Tudo teria que ser assim, querendo ou não, era o certo para mim.

Logo meu celular começa a tocar. Ela nem se importou em me deixar atendê-lo.

- Alô?

- Oi, é o Nick. - Ele realmente não estava animado.

- O que houve?

- Nada demais, Danielle vai sair com o Luke logo logo e ele fica checando as horas no telefone de cinco em cinco segundos. - Murmurou. - Não aguento mais isso.

- Tem que ser forte.

- Eu sei. - Suspirou. - Mas eu te liguei para chamar vocês no aeroporto, Zack disse que tem um plano para que a Luísa volte a falar com ele.

- Que horas tenho que estar aí?

- Nós já chegamos, venha logo! Traga a Hayley e o Harold.

Eu quis contar tudo a ele, mas não pude, afinal Elizabeth estava me ouvindo com atenção.

- Ok, logo estaremos aí. Tchau. - E desliguei. - Era o Nick, eu tenho que ir encontrá-los.

- Tudo bem, se der, volte aqui mais tarde. - Sorriu. Acho que ela estava tão querida com medo de que eu mudasse de ideia em relação ao namoro.

- Claro. Te amo. - Beijei-a. - Até mais. - Saí do quarto, indo em direção ao outro. Bati na porta e dessa vez Hayley abriu. Ela me olhou como se perguntasse se eu estava bem, então simplesmente neguei com a cabeça. Eu sei que mais tarde conversaríamos, então tentei deixar meus problemas de lado e pensar no meu amigo. - Zack está nos chamando para irmos ao aeroporto para dar tchau à Luísa.

- Nós já vamos ir. - Ela falou meio chateada. Éramos assim, quando um estava triste o outro ficava também. Olhou para trás e avisou o Harold, acho que ele não quis vir, pois ela lançou um olhar irritado e ele disse "ok, ok, calma" e se levantou. Logo os dois vinham atrás de mim. Eu havia chamado minha mãe para nos dar carona e ela já esperava na porta de casa.

- Onde querem ir? - Perguntou assim que entramos no carro.

- Aeroporto.

- Como assim? Alguém vai viajar?

- Não, vamos nos despedir da Luísa.

- Posso ir junto? - Pediu manhosa.

- Se quiser...

- Porque você está triste? - Ela perguntou. Se ela entregasse ao Harry que eu fiquei mal depois de ter ouvido aquilo eu estaria perdido.

- Não estou. - Disse rapidamente.

- Eu te conheço!

- Mãe, só vamos logo. - Eu pedi e ela concordou, mesmo eu sabendo que teria uma conversa com ela mais tarde.

Assim que chegamos, Nick correu na nossa direção.

- Estão atrasados! - Reclamou. - Venham logo. Ela também está atrasada, pois faltam dez minutos para o voo.

Só se via cinco loucos correndo no meio do aeroporto. Até minha mãe estava incluída nisso.

Zack suspirou fundo quando nos viu.

- Eu estou morrendo.

- Fique calmo, ela já vai ter achado fofo você vir aqui. - Hayley falou.

- Com licença, vocês estão esperando qual voo?

- O que vai sair agora para Nova Iorque. - Ela nos olhou preocupada.

- Nós mudamos o portão, agora é o 1D e não mais 3E. - Ele abriu a boca, incrédulo. Esperamos dois segundos e começamos a correr novamente.

Ninguém sabia onde era, mas eu não comentei nada, apenas segui eles. Não foi difícil avistar o tal "acesso" afinal estava bem grande escrito em laranja.

- Ninguém mais pode entrar. - O funcionário disse, fechando a porta de correr que ligava o aeroporto ao avião.

- Como assim? - Ele olhava assustado. - Eu preciso entrar, minha namorada está aí.

- Não podemos fazer nada. - Zack encarou e eu sorri, concordando. Depois olhei para Hayley que logo entendeu.

- Olha só, senhor, ele PRECISA entrar. Vai me dizer que essa companhia é tão ruim assim que nem abrir as portas consegue. Nós precisamos conversar com ela. Já imaginou se a sua namorada estivesse... - Nem parei pra prestar atenção na sua enrolação, já que eu passei atrás do homem e abri a porta. Zack e eu corremos por um corredor, que servia para chegarmos no avião. Se alguém nos pegasse, estaríamos ferrados, é claro, mas como eu gosto dessas coisas, arrisquei.

Entramos na lateral do avião. Óbvio que haviam aeromoças. Elas nos olharam assustadas e bravas.

- Com licença, nós somos de um grupo de cantores, viemos para entreter o público, sabe não, são horas de viagem. - Ouvi uma voz atrás de mim e me surpreendi ao ver Harold.

- Ninguém nos disse nada. - Uma delas disse.

- Eu lhes avisei, essa companhia é um horror, vamos embora. - E ao se virar, ela segurou o seu braço.

- Não, podem ficar, vão adorar as nossas acomodações. - Ao ouvirmos, sorrimos e Zack tornou a olhar os assentos, procurando-a.

- Então esperem um pouco antes de decolarem. - Pediu e elas concordaram.

- Zack? - Luísa se levantou, ficando no corredor, ou seja, de frente para ele.

- Eu escrevi algo para você. - E respirou fundo. (ouçam agora http://www.youtube.com/watch?v=PoaT6WXUV_M)

Hey there Delilah

What's it like in New York City?

I'm a thousand miles away

But girl tonight you look so pretty

Yes, you do

Times Square can't shine as bright as you

I swear it's true

(Olá Delilah

Como são as coisas aí em Nova Iorque?

Eu estou a mil milhas de distância

Mas menina, esta noite você está tão bonita

Sim, está sim

Times Square não consegue brilhar tanto quanto você

Eu juro que é verdade)

Hey there Delilah

Don't you worry about the distance

I'm right there if you get lonely

Give this song another listen

Close your eyes

Listen to my voice it's my disguise

I'm by your side

(Olá Delilah

Não se preocupe com a distância

Eu estou bem aí, se você se sentir sozinha

Ouça esta canção novamente

Feche seus olhos

Escute minha voz, ela é o meu disfarce

Eu estou ao seu lado)

Oh it's what you do to me

Oh it's what you do to me

Oh it's what you do to me

Oh it's what you do to me

What you do to me

(Oh é o que você faz comigo

Oh é o que você faz comigo

Oh é o que você faz comigo

Oh é o que você faz comigo

O que você faz comigo)

Hey there Delilah

I know times are getting hard

But just believe me girl

Someday I'll pay the bills with this guitar

We'll have it good

We'll have the life we knew we would

My word is good

(Olá Delilah

Eu sei que os tempos estão ficando difíceis

Mas apenas acredite em mim, menina

Um dia eu pagarei as contas com este violão

Nós vamos ter tudo de bom

Nós vamos ter a vida que sabíamos que teríamos

Minha palavra é boa)

Hey there Delilah

I've got so much left to say

If every simple song I wrote to you

Would take your breath away

I'd write it all

Even more in love with me you'd fall

We'd have it all

(Olá Delilah

Eu ainda tenho tanto pra dizer

Se cada simples canção que eu escrevi para você

Pudesse tirar seu fôlego

Eu ia escrever tudo

Ainda mais apaixonada por mim você ficaria

Nós teríamos tudo)

Oh it's what you do to me

Oh it's what you do to me

Oh it's what you do to me

Oh it's what you do to me

A thousand miles seems pretty far

But they've got planes and trains and cars

I'd walk to you if I had no other way

Our friends would all make fun of us

And we'll just laugh along because we know

That none of them have felt this way

Delilah I can promise you

That by the time that we get through

The world will never ever be the same

And you're the blame

(Mil milhas parecem bem longe

Mas eles têm aviões e trens e carros

Eu andaria até você se não houvesse outra maneira

Todos nossos amigos iriam rir de nós

Mas nós vamos rir junto porque nós sabemos

Que nenhum deles já se sentiu assim

Delilah eu posso te prometer

Que pelo tempo que passamos juntos

O mundo nunca mais será o mesmo

E você é a responsável)

Hey there Delilah

You be good and don't you miss me

Two more years and you'll be done with school

And I'll be making history like I do

You know it's all because of you

We can do whatever we want to

Hey there Delilah heres to you

This one's for you

(Olá Delilah

Seja boa e não sinta minha falta

Mais dois anos e você terá terminado a escola

E eu estarei fazendo história como eu faço

Você sabe que tudo isto é por sua causa

Nós podemos fazer o que quisermos

Hey Delilah aqui está pra você

Essa é pra você)

Oh it's what you do to me

Oh it's what you do to me

Oh it's what you do to me

Oh it's what you do to me

What you do to me

Oh Oh Oh

Oh Oh Oh

Alguém estava tocando violão, mas eu sequer olhei para trás. Devia ser o Nick. Enfim, ela estava chorando já. Correu até ele e o abraçou fortemente.

Assim que se separaram, ele a beijou e todos começaram a bater palmas, principalmente o irmãozinho dela que pulava no banco, animado.

- O que está acontecendo aqui? - Ouvi um homem falar e nos viramos em sua direção. Era o piloto. Nos olhamos nervosos.

- Eu te amo e sempre vou estar aqui ao seu lado. Pode ir que eu te espero. - E beijou-a novamente, então me olhou e nós saímos correndo, juntamente com Nick e Harold.

Obviamente que quando voltamos, o segurança nos viu e ficou muito mais do que irritado. Ele queria chamar a polícia, mas como a linda mãe que eu tenho se meteu e começou a discutir, acabamos nos safando.

- Vocês são uns encrenqueiros. - Ela disse mas logo sorriu. - Deu tudo certo? - Perguntou a Zack.

- Sim. - O mesmo não conseguia parar de sorrir.

- Onde o Luke está? - Perguntei.

- Foi para um encontro ou algo do tipo. - Ela respondeu e pude ouvir um suspiro do Nick. - Eu dou carona para vocês, querem ir lá em casa?

- Eu vou para a minha. - O moreno respondeu.

- Eu também. - Harold disse.

- Hayley e Nick vão junto conosco. - Falei rapidamente, antes que o loiro negasse. Eu não o deixaria ficar em casa triste.

- Tudo bem, entrem no carro. - Sorriu. Dessa vez eu fui na frente e a Hay se sentou no colo do Zack.

Assim que todos ficaram em casa, subimos para o meu quarto.

Eu e a Hayley nos jogamos na cama e o Nick se sentou em uma cadeira que ficava em frente a minha escrivaninha. Todos suspiraram ao mesmo momento o que nos fez rir.

- Deve ser bom ser mulher. - Eu disse.

- BOM? - Hay me olhou como se fosse começar um discurso.

- Ou não. - Ri.

- Mas vocês tem sorte de ter uma mulher psicóloga aqui. - Ela disse. - Nick, começaremos por você.

- Não sei se o Leonard te contou mas eu amo o Luke. - Ele murmurou. - E agora ele está saíndo com uma vadiazinha.

- Danielle?

- Sim, como sabe?

- Ele me contou... O pior é que ela é muito divertida, provavelmente se darão bem.

- Obrigada pela ajuda, psicóloga. - Falou sarcástico.

- Não acha que está na hora de contar a ele o que sente?

- Não, eu ainda preciso dele ao meu lado, nem que seja como amigo. - Repetiu o que já havia me dito uma vez.

Eu havia decidido que a partir de agora fingiria que o Harold não existe. Preciso voltar ao modo que eu vivia antes de conhecê-lo. Antes de conhecer esses problemas todos que ele me trouxe. Antes de me apaixonar.

~~NICK POV~~

Não conseguia pensar em mais nada além deles se beijando, andando de mãos dadas e falando que se amam, coisas que eu nunca vou poder fazer. Queria que os outros soubessem que ele me pertence e que eu estou completamente apaixonado. Queria apresentá-lo aos meus pais como "meu namorado" e iria ficar repetindo "namorado" várias vezes, pois assim mostraria a mim mesmo que ele é meu.

Quando notei uma lágrima caía, seguido por várias outras. Hayley e Leonard me olharam assustados, mas antes mesmo de dizer algo meu telefone tocou. Tentei me acalmar, porém simplesmente não conseguia.

Joguei o celular na Hay e esperei que ela atendesse por mim.

- Oi... Luke, o Nick está... anh... - E tirou o telefone do ouvido. - Ele quer falar com você.

Respirei fundo e o peguei.

- Alô?

- O que houve? - Sua voz era preocupada.

- Nada. - Solucei.

- Eu te ouvi chorando antes, me conte.

- Não aconteceu nada. Como está o encontro? - Eu perguntei. Tenho de ser um amigo bom, pelo menos.

- Eu te liguei porque vi uma sobremesa que pensei que você iria gostar, então eu iria levá-la para você, mas agora sim eu estou indo para casa, fique calmo.

- Não, não, pode aproveitar aí, eu estou bem, juro. - E logo voltei a chorar. QUE RAIVA! Eu queria que ele viesse, mas não queria atrapalhá-lo.

- Nick, eu te conheço mais do que todos e sei que não está NADA bem, vou ir para casa e em dois minutos chego aí, você está no Leonard, não é?

- Sim.

- Me espere na entrada. - Falou rapidamente e desligou, antes que eu discordasse.

- Ele está vindo. - Eu disse sem qualquer animação. - Posso esperar lá na frente?

- Claro, depois volta pra nos contar tudo. - Leonard disse feliz. - Espero que dê tudo certo. - Falou antes de eu fechar a porta. Também espero.

Desci calmamente e assim que abri a porta da entrada pude vê-lo com as mãos nos bolsos, nervoso.

- Cá estou eu. - Falei e mal pude respirar, pois ele me abraçou fortemente.

- O que houve? - Perguntou, antes de me soltar.

- Nada, eu falei, estou bem.

- Tem certeza de que não quer me con... - Antes de terminar, ouvi um barulho de saltos e ele olhou para trás.

- Precisa de ajuda? - Danielle perguntou.

Eu pensei que ele tinha deixado-a para vir, mas pelo visto assim que ele saísse daqui iria voltar para o encontro.

- Não, Dani, pode me esperar no carro? - Ele perguntou sorrindo. Dani?

Um nó se formou na minha garganta e eu me segurei ao máximo para não chorar.

Ele esticou sua mão para me tocar e eu bati nela rapidamente, deixando-o surpreso.

- O que houve?

- Não me toque! - Falei irritado. - Eu te odeio!

- Ni... - Interrompi-o.

- ODEIO! Ouviu? Odeio, não chega mais perto de mim! - Ao me dar conta que estava chorando tentei secar as lágrimas, mas cada vez piorava mais e mais. Ele me abraçou, ignorando o que eu havia dito. Ficamos assim uns dois minutos, sem dizer nada, apenas no barulho do meu choro.

- Eu odeio mesmo. - Murmurava, entre soluços, enquanto ele fazia cafuné no meu cabelo. - Eu odeio te amar.

Pude imaginar sua cara surpresa.

- Nick... Você falou o que? - Ele levantou meu queixo, me fazendo olhá-lo.

- Eu te amo. - Pude ver um sorriso se formando, seus olhos pareciam brilhar e ele queria dizer algo, mas não conseguia. Eu estou sendo correspondido? MEU DEUS, DIGA ALG... Ele me beijou.

EU ESTOU BEIJANDO LUKE JAMES! ELE ME AMA! EU ESTOU BEIJANDO-O! MEU DEUS! Eu queria começar a pular e correr, mas acho que estragaria o clima romântico.

- Esperei tanto para te ouvir dizer isso... - Ele falou baixinho. - Eu te amo muito mesmo! - Tenho certeza de que ele estava tentando não rir do meu sorriso ultra mega grande, mas ignorei isso.

- O que faremos agora?

- Ficaremos juntos? - Sugeriu como se fosse óbvio.

- Vou lembrar ao Sr. Hétero que tem uma menina no seu carro. - Ele arregalou os olhos. 

- Tinha esquecido dela. - Riu. - Eu vou explicar que apesar da noite ter sido ótima - revirei os olhos - eu já sou comprometido com uma pessoa irlandesa linda.

- Não pode dizer que é um homem?

- Melhor não. - Riu novamente e me olhou. Parecia hipnotizado. - Já falei o quanto amo seus olhos?

Eu sentia como se fosse derreter a qualquer momento. Meu Deus, Nick, você parece uma garotinha apaixonada pela primeira vez.

- Já, mas pode repetir. - Sorri.

- LUKE? - Ouvimos um grito vindo de trás. Ele me olhou chateado.

- Tenho que ir.

- Não a beije! - Pedi.

- Tarde demais... Brincadeira. - Riu, ao ver meu desespero. - Não se preocupe, sou mais as loiras. - E me deu um selinho, antes de voltar para o carro.

Eu fiquei uns três minutos escorado na porta, olhando o nada, quando me lembrei que eles me esperavam lá em cima. Enquanto girava a maçaneta da porta pude ouvir uns gritos e uma correria vindo de dentro, assim como passos barulhentos. Subi as escadas e entrei no quarto.

Leonard olhava a Hayley com tédio, conversando sobre alguma besteira.

- Parem de fingir, sei que estavam ouvindo lá em baixo. - Eu falei rindo e ele riram comigo.

- Ah, eu falei que ele tinha descoberto. - Hay disse.

- Óbvio, você saiu correndo como uma louca. - Ele acusou, aos risos.

- Não é minha culpa se você anda devagar porque sua bunda pesa demais.

Provavelmente ela era a única pessoa no mundo que podia dizer o que quisesse sem magoá-lo ou deixá-lo bravo.

- Pelo menos eu tenho uma.

Apesar disso, eu sei que os dois estavam brincando, pois logo ela pulou em cima dele.

- Eu vou te esmagar com a minha falta de bunda! - Ria, enquanto ele reclamava.

Devia estar com cara de "paisagem", mas sinceramente, depois disso tudo, eu não conseguia me concentrar em mais nada.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

ignorem as partes do aeroporto porque eu sei que tem que embarcar primeiro e blablabla
entenderam porque o Hazza não queria ir para a escola? Ele tinha medo de ser zoado de novo por ser gay :(
curtiram o Niam? USAHUASHASUHASU e o Zack com a Luísa?
espero que sim
eu achei esse capítulo meio sem graça, mas precisava dos casais formados
bjbj :*