-Tá cansei, levanta essa cabeça agora, neste instante.

-Ah não Carol, eu te dei o tempo que queria para chorar, agora me deixa. -Falei fungando.

-Não, sabe por que? Por que você vai agora na porcaria do hospital pra ve se já pode tirar esse negócio do seu ombro, e ver também sua costela.

-Mas é só daqui uma semana que vou poder tirar o do ombro, da costela ainda vai ficar mais tempo. Eu sofri o acidente a menos de uma semana.-Ela continuava com uma cara fria.

-Agora. -Falou friamente me levantando e me empurrando para o banheiro. Quando ela ia fechando a porta, virou e me avisou. -Eu vou estar na porta se você chorar eu vou entrar e te dar um soco, entendeu? -Olhei com uma cara de assustada, eu sabia que ela iria fazer isso em qualquer outra cirscuntância, mas iria ter corange de fazer isso comigo neste estado?

-Tá bom, você que manda. -Segurei um riso diante da cara de durona dela, para quem a menos de 24 horas estava chorando muito por causa do namorado, deve ser estranho.

Tomei banho, não tive outra opção, durante eu fiquei pensando sobre o que aconteceu na semana, sobre o desenrolar da história, e também pense mais a fundo, se o Clark desistiu mesmo, eu não sei, não sei mesmo. Fui e troquei de roupa, básica, para ir ao hospital está mais que arrumada.

-E ai, tá pronta?

-Estou, mas não vai adiantar de nada agente ir lá porq.. -Ela me interrompeu.

-Você tá louca? Você não vai com essa roupa nunca, pode se arrumar mais.

-Mas eu vou para o Hospital!

-Mas vai que você encontra seu príncipe encantado lá? Hem?

-Meu príncipe não está lá, e mesmo se estivesse não iria querer nada comigo.

-Para de drama, agora vamos para o quarto que eu vou te ajudar.

Fiz uma leve reclamação e fui direto para o quarto, ela ficou lá fuçando, procurando alguma coisa, que no final eu não fiquei muito triste não, até que era legalzinha. Um short jeans meio curtinho e rasgado, uma blusinha caída num ombro que eu trouxe uma vez da disney e uma sapatilha toda delicadinha. Vesti a roupa.

-Pronto? Acabou com o chilique?

-Não, coloca este brinco, e este anel e eu vou te ajudar na maquiagem.. devido as suas condições. -Ela apontou para o meu braço, se bem que eu poderia fazer isso muito bem sem sua ajuda.

Ela fez uma make bem clean, daquelas que nem você percebe que está maquiada mas faz toda a diferença? Eu só não entendia para que tudo isso se agente vai para o hospital. Depois de um tempo achei que agente não ia mais para o hospital.

Mesmo assim desci e entrei dentro do seu carro, ela estava dirigindo, por enquanto pelo caminho certo, mas ela virou em outro sentido, um sentido que só vi uma vez.

-Para onde você está me levando?

-Para algum lugar.

-Nossa adiantou grande coisa Caroline, agora para onde exatamente você está me levando?

-Acho que você já sabe, para a casa de Mikael.

-O que? Você tá lou.. Pera aí, você não sabe onde ele mora.

-É talvez eu não soubesse até ontem depois de seguí-lo, você e o Clark estavam muito ocupados para me ver sair de casa, fui atrás e aqui estamos nós. -Ela estacionou na frente, exatamente do seu prédio, que raiva dela.

-Eu. Não. Vou. Descer. -Falei pausadamente dando ênfase nas palavras.

-Não é questão de querer amiga, ou você vai, ou você vai. Pronta? -Com muita raiva e falta de vontade, sai do carro e bati a porta com força. -Ei não precisa quebrar fortinha. -Ela deu um sorriso de escárnio e foi em direção ao portão, apertou o interfone e esperou atenderem.

-Oi?!

-Ha oi, aqui é Caroline, é.. eu sou.. -Antes de ela terminar o portão abriu, interessante como as pessoas fazem isso sem saber quem é. Entramos e fomos até o elevador, ela falou que o segui mas como é que ela ficou sabendo o número do seu apartamento? Virou para mim e falou. -Olha aqui, se você ficar com cara de retardada na frente dele eu te mato, eu quero que você conversem e.. -Notou minha cara de interrogação. -Eu peguei o número dele no seu celular, me desulpa, falei que eu era sua amiga e ele aceitou comversar COMIGO, ele não sabe que você está aqui, mas uma coisa que odeio é ficar no meio de duas pessoas. Mas voltando, é para você..

-Eu não quero, entendeu? E quando ele me vir ele vai fechar a porta na minh.. na nossa cara, agora você compreende? -A porta do elevador se abriu e não tivemos mais tempo para falar, ao mesmo tempo a porta do apartamento também se abriu. A cara de surpresa dele foi grande, acho que não imaginaria minha presença.

Ele me olhou com uma cara de magoado, isso me congelou por dentro, morri de vergonha, corei até as orelhas.

-Acho que você não tem palavras néh Caroline?

-Eu não sou dessas que ficam no meio de dois, agora ela vai entrar e vocês irão conversar enquanto eu vou tomar um sorvete, certo?

-Não não tá certo, ele não quer conversar comigo, você não percebe? -Antes dela responder ele interveio.

-E você não deveria ficar falando pelos outros antes de saber o que eles querem, certo? -Ele falou secamente, meu coração diminuiu ainda mais.

-Acho que você vai querer conversar com ela.. então estou indo. Quando acabar me liga que eu venho te buscar. -Carol me deu um beijinho na bochecha, como se eu fosse criança e deu um tchauzinho para ele com a mão.

-Entra. -Engoli em seco e fui andando vagarosamente pela entrada. Percebi que ele olhava fixamente para meu, pescoço? Depois fui me lembrar, Clark, que raiva, eu estava com um "chupão" no pescoço, queo sumir. Fiquei parada lá na frente até ele fechar a porta e me mandar sentar, ele sentou logo em seguida e ficou me olhando com desaprovação e esperando eu falar, enquanto isso eu querendo catar algo mais próximo e acabar com minha vida.