The Fear escrita por Enid Black


Capítulo 11
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Yoooo manolos! Gomen demais pela demora, estava viajando e com a correria não pude postar o capítulo antes T.T Mas como compensação aqui vai dois capítulos! KK Obrigada a todos que estão lendo, boa leitura!



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Afastei-me de Ciel no mesmo momento que notei o que ocorria. Ele pareceu perceber minha reação, seus novos olhos prateados acusavam-me por abandoná-lo.

- Ajude-me - ele disse, contorcendo-se enquanto uma nova onde de dor dominava seu corpo.

- Não posso - eu respondi, com um fio de voz.

Não me julguem por fria, maléfica ou a vilã da história. Todos nós jogamos a partida da sobrevivência, e eu duvidava que ajudar um garoto que eu mal conhecia que havia virado um monstro na minha frente iria me ajudar a ter vida extra.

- Por quê? O que está acont... - ele iria perguntar de novo, porém um grito mal contido saiu por seus lábios, denunciando sua tortura.

Eu levantei-me do canto em que o observava depois de ter percebido que ele era um Nightwalker, e fui vagarosamente me direcionando a porta desgastada daquele lugar, não tirando os olhos de Ciel, com medo de que seu novo apetite despertasse de repente.

- NÃO SAIA! - ele gritou, com a cabeça baixa, eu não sabia como ele havia notado que eu fugia, devia ser um bônus por ter virado um pesadelo. - Por favor - disse ele, levantando a cabeça e encarando-me, seu olhar agoniado implorava por ajuda.

- Você é... - eu comecei, pensando em como dar a novidade para ele.

- Um Nightwalker? - disse ele, o tom de descrença evidente em sua voz.

Concordei com a cabeça, no mesmo momento sua expressão mudou para pânico.

- Como você sabe? - ele disse, raivoso de repente.

- Seus olhos... São prateados. - eu disse.

A compreensão invadiu a mente dele, quem já havia enfrentado seus medos sabia que todos eles tinham olhos prateados. Por que eles não mudavam os olhos como mudavam todo o corpo? Vai saber, talvez ele achassem que prata era fashion.

Naquele momento lembrei-me dos olhos profundamente negros de meu anjo, e das órbitas negras da bailarina de dias atrás. Havia algo errado com aqueles Nightwalkers.

- Como isso é possível? - Ciel perguntou, sua voz em um pânico crescente.

- Não sei - eu respondi, tão perdida quanto ele.

- E por isso você vai me abandonar aqui? - ele disse, encarando-me em uma mistura de medo e raiva.

- Ér, não sei se você sabe, mas o cardápio de um Nightwalker inclui minha carne, e eu não estou muito afim de ser comida de um híbrido. - respondi, medindo sua reação.

- Por isso vai deixar um amigo aqui? - ele disse, antes de seu corpo estremecer com a dor que ia e vinha.

- Acho essa razão mais que razoável - respondi, dando de ombros - E nós não somos amigos.

- Se eu quisesse eu já teria te matado, não percebe isso? - ele perguntou, tentando se levantar em meio a sua tortura.

- Sua transformação ainda não acabou - respondi, ficando tensa enquanto ele parecia recuperar suas forças.

- Pode não ter acabado, mas a fome já chegou - ele disse, levantando-se por completo, seus olhos brilhavam em minha direção.

Virei-me no mesmo instante, preprando-me para correr para longe do Nightwalker/Ciel. Por que eu não tinha fugido antes? Ah, vamos bater um papo com o garoto transformado que daqui a pouco irá nos matar, para depois tentar fugir. Eu merecia ser morta por cometer um erro estúpido assim.

Lógicamente, eu não cheguei muito longe, assim que sai da sala e comecei a correr pelo corredor escuro Ciel me alcançou, agarrando meu braço e me empurrando em direção a uma parede. Só naquele momento percebi que ele era bem mais alto que eu, eu tinha que levantar a cabeça para poder encará-lo, odiava ter que fazer isso.

- Eu não vou te matar - ele disse, alguns espasmos de dor ainda percorriam seu corpo, mas ele parecia estar se recuperando extremamente bem da agonia de pouco tempo atrás - Preciso de alguém para me ajudar.

- E se eu me recusar? - disse, tentando não entrar em pânico.

Sua mão foi até minha garganta, meu corpo levantou alguns centímetros enquanto ele fechava a mão em torno de meu pescoço. Perdi todo o ar e comecei a me debater, percebendo que aquele seria meu fim.

Quando já perdia as forças, Ciel me soltou abruptamente. Caí com um baque no chão, levando a mão a garganta instantaneamente e respirando ofegante.

- Tem certeza que não que ser solidária comigo? - ele perguntou, acima de mim.

Olhei para seu rosto, um sorriso de triunfo dominava sua expressão.


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Notas finais do capítulo

Ciel de um jeito que eu acho que vocês não imaginavam kk, enfim, mandem reviews! Já postarei o próximo capítulo!