Diário De Uma Tributo Não Convocada escrita por Vickye


Capítulo 3
Na estrada para a Capital




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Fui encaminhada até o trem que nos levaria a Capital. Era um luxo extremo, portas imponentes e bases que exibiam o luxo que os distritos eram privados. Recebi um quarto só para mim cheio de roupas, com uma um banheiro particular e cama confortável que fiquei uma grande parte do tempo depois da minha chegada. Troquei a minha roupa por um vestido mais confortável, porém não muito luxuoso em sinal que me lembrava de qual distrito eu vim. Assim que fui ao vagão-restaurante encontrei uma mesa cheia de comidas variadas que o cheiro me convidava a prová-las, contudo ia voltar, eu tinha sido a primeira a chegar.

“Garota por que não senta um pouco. Preciso saber quem vou treinar.” Disse uma voz forte.

Virei-me e diante de vim me deparei com uma mulher alta, de cabelos negros presos e uma expressão doce e maliciosa ao mesmo tempo. Era Carmindy Faye, a primeira vencedora do distrito 8. Ela era uma lenda, garota do bairro mais precário e com uma habilidade enorme com cada arma que usava, venceu por real merecimento.

Sentei-me ao seu lado e a respondi.

“Charlotte.” levantei a minha cabeça e lancei um olhar de igual para igual a Carmindy.

“Então, Charlotte” ela virou fixou o seu olhar em mim, determinada a saber se a eu tinha pelo menos um por cento de chance de vencer “Você é boa com alguma arma? Ou pelo menos acha que se dará bem no treinamento?”

“Talvez eu consiga ficar com facas. A pontaria é uma das minhas habilidades.”

“Você parece ser bem ágil”. Pausou “Já pensou em um arco-e-flecha”?

“Posso tentar”

A porta do vagão-restaurante se abriu e havia duas pessoas conversando, era o outro mentor e o tributo. O garoto era da minha altura e tinha cabelos longos claros. E ao seu lado,um homem alto com feições rudes e cabelo negro como as vestes que usava.Cumprimentamos rapidamente e se sentaram. Tentei ficar mais tempo sentada para não parecer que quero distância do outro tributo, porém em quanto eu conversava com a mentora, engoli muita comida ao mesmo tempo. Não chegávamos a passar fome na minha casa, mas a comida da Capital era sedutora, servida em porções que maravilhosamente fisgavam o olhar e o apetite. Todos falaram um pouco e sai para descansar, lembrando que amanhã iria um dia e tanto.

Sonhei com outra Colheita, um lugar completamente diferente talvez um bocado de anos atrás do presente. Um local cheio de gente e com escritas em uma língua estranha, parecia se o inicio dos Jogos em outro lugar. Comecei a caminhar sem ser notada pela aglomeração de pessoas até que alguém começou a me empurrar e não era ninguém das pessoas de lá.

“Mary, acorde! Daqui a pouco tempo descemos”. Carmindy saiu depois de me comunicar

Levantei para tomar um banho e escolher uma roupa legal já que as câmeras iam estar todas apontadas para nós. Coloquei um vestido azul das roupas que estavam a disposição e caminhei até o vagão-restaurante.

Todos estavam sentados na mesa comendo. O outro garoto ainda não tinha falado comigo, talvez ele fosse tímido ou centrado. Tentei me lembrar do nome do outro tributo, era Adam. Eu iria esperar mais um pouco para ele falar comigo, não sou muito boa em puxar assunto.

“Então, qual a estratégia?” Falou o mentor.

“Prefiro guardá-la para mim” Adam disse.

“Vou ir traçando nos Jogos. Vendo como eu vou ficar, como é a arena...” Falei.

O mentor soltou um breve riso.

“Carmindy, Carmindy” ele tomou uma xícara com algo de cheiro forte “Vai ter que treiná-la muito bem”.

“A grande estratégia inicial é fugir do banho de sangue. Ou não. Tem que ter certeza que vai se arriscar pela mochila, pode ser o seu último ato. E outra coisa, no banho de sangue ou ao longo dos Jogos, você não pode ter medo de matar os outros.”

“Tentem ganhar patrocinadores, sendo simpáticas ou os fisgando de outro jeito” O mentor colocou seu cabelo longo moreno para trás “Um patrocínio pode te salvar da morte”.

Quando terminei a refeição, o trem foi parando. A curiosidade me tomou e foi até a janela. A Capital tinha um luxo mais que excessivo. Alguns habitantes começaram a ir observando o trem e acenei para eles. As luzes e formas estranhas iam enfeitiçando o meu olhar, o escuro tomou a janela, entramos na estação.

Assim que saímos, uma multidão estava nos aguardando, câmeras mirando para mim e Adam lançando flashes que quase nos cegavam. As pessoas eram muito estranhas, algumas chegavam a serem assustadoras com roupas fora do comum, cores muito chamativas e usando pinturas na face com símbolos.

Fomos levados até o andar onde ficaríamos,o mesmo prédio que treináramos.O apartamento onde ficamos era muito luxuoso tinha vários lustres de lápis lazule e diamantes espalhados nos cômodos, varanda com vista dos prédios espelhados e de formas estranhas, o quarto era ainda mais luxuoso que o dormitório do trem. 


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