Entre Deuses E Mortais escrita por Taisa Alcantara, Isabel Oliveira


Capítulo 15
Capítulo 15 - Uma Tênia


Notas iniciais do capítulo

Oláaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa de novo :DViu, dois capítulos seguidos"Não faz nada mais que a sua obrigação"Ahan, legal mãe, até aqui cê vem me encher? :pEspero que gostemAh, e LEIAM AS NOTAS FINAIS.



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Saí do campo em direção aos chalés pensando no que poderia fazer quando me lembrei de sobressalto dos meus horários. Já tinha perdido a aula na Oficina de Artes & Ofícios, e agora era a hora da limpeza da cabine. Corri para o chalé 11 e me deparei com vários filhos de Hermes andando de um lado para o outro, escondendo tralhas debaixo da cama e enfiando suas roupas dentro dos armários.

Estava indo arrumar meu saco de dormir quando esbarrei com uma menina que ainda não conhecia. Não devia ter mais de 13 anos. Tinha a pele extremamente branca que contrastava com seus cabelos escuros, de uma tonalidade próxima do roxo. Seu nariz era pequeno e arrebitado, salpicado de sardinhas. Possuía olhos pequenos também, da mesma cor escura do seu cabelo, dando ao seu olhar um aspecto psicótico.

– Ai, desculpa. – Falei, botando a mão no ombro da menina. Ela recuou imediatamente, como se eu a tivesse queimado. Fiquei sem jeito, mas prossegui na tentativa de ser simpática. – Er, eu ainda não te conheço... Você é filha de Hermes?

– Não. – Ela respondeu de imediato. Sua voz era rouca, bem diferente do que eu tinha imaginado. – Não sou filha de Hermes. Eu cheguei hoje, na verdade.

Lembrei-me da menina que Travis havia citado, a campista nova.

– Ah, você é a novata então. Bem vinda. Me chamo Melissa. Não sei de quem eu sou filha também. Na verdade, eu cheguei ontem, sou tão nova quanto você.

A menina assentiu, e eu achei que ela parecia um tanto quando incomodada com a minha presença.

– Eu sou Lilly. – Ela respondeu secamente. – Eu não sei de quem eu sou filha, mas não tenho a mínima vontade de saber. Eu só quero sair daqui. Onde está o Connor?

Essa última pergunta dela me pegou de surpresa. O que essa garota queria com o Connor?

– Hum... Eu não sei. Talvez ele esteja perto da cama dele. Vem cá.

Fui em direção ao beliche, com cuidado para não esbarrar em mais nenhum semideus desesperado. Connor estava bem onde eu imaginava, guardando suas coisas dentro do alçapão enquanto Travis espirrava um líquido com cheiro bom no ar.

– Err, Connor? Essa menina aqui estava atrás de você. – Murmurei, indicando a Lilly com um gesto.

Connor levantou a cabeça do alçapão e o fechou. Depois de limpar as mãos na calça jeans, levantou os olhos para mim e abriu um sorriso.

– Ah, oi Melissa. – depois olhou para Lilly e o seu sorriso quase que dobrou de tamanho. Não sei por que, mas me senti um pouquinho incomodada com aquilo. – Estou vendo que já conheceu Lilly. Lilly, essa é a Melissa. – Connor apontou para mim com a mão.

– É, nós já nos esbarramos. – Lilly falou, encolhendo os ombros. – Olha, nada contra, mas eu estou um pouco incomodada aqui. Não gosto de lugares com muita gente. Podemos ir lá pra fora, Connor?

Eu não estava entendendo o que estava se passando ali. Mas o que essa menina tava pensando? No entanto, o mais assustador de tudo foi o que veio em seguida. Connor olhou para Travis como se pedisse permissão para sair.

– Ah, tudo bem Connor, – Travis disse. – pode ir. Eu termino aqui.

Connor sorriu e pegou a mão de Lilly. Juntos, elas saíram do chalé, rindo como um casal de namorados.

E eu fiquei ali, parada ao lado da cama, enquanto encarava a porta com cara de nada. Eu não podia acreditar. Aquela cena ficava passando e repassando na minha cabeça. Que Hades tinha acontecido aqui?

– Melissa? Você está bem? – Travis perguntou, passando a mão na frente do meu rosto. – Você está pálida. Parece que vai vomitar...

Eu balancei a cabeça fracamente, me sentando na cama de baixo do beliche dos Stolls.

– E-eu estou sim. Só não consigo entender... O que aconteceu aqui? Essa menina acabou de chegar. E já levou o Connor embora assim. – Minhas sobrancelhas estavam unidas, demonstrando como estava confusa. – Isso não faz sentido.

Travis sorriu de lado, um sorriso que detestavelmente me fez lembrar seu irmão.

– Claro que faz sentido. Você está com ciúmes.

Levantei a cabeça imediatamente.

– Hã? Eu? Não! Eu não estou com ciúmes do Connor. Não tenho motivo pra isso. O Connor não é nada meu além de amigo.

– Uhum. O que acontece é que você não consegue aceitar o fato de ele se aproximar de outra pessoa. Mas esse é o Connor, Melissa. Desculpa falar dessa forma, mas ele é muito insensível.

– Como assim? Insensível como?

– Quero dizer que ele meio que não se importa com o que as meninas sentem. Ele não percebe como vocês são, uh, magoáveis. Escuta, Connor tem muito que aprender. O problema é que ele é extremamente infantil. Acho que só vai entender como tratar as garotas depois que alguém quebrar seu coração. Essa Lilly é só uma amiguinha nova. A verdade é que Connor quer sempre dar atenção para todas de uma só vez, e esquece que nunca vai conseguir dar atenção suficiente.

Forcei um sorriso. Apesar da semelhança física, Travis era muito mais maduro e responsável que seu irmão caçula. Imagino que, como irmão mais velho, ele deve ser quase como um pai para o Connor.

– Brigada Trav. Você é um amor. Eu, eu vou ficar bem. – Soltei um suspiro e resolvi não me preocupar com aquilo. Era melhor eu ajudar a arrumar a bagunça. Encontrei um pano em cima da mesinha de cabeceira, perto de um vidro de lustra móveis. Depois de molhar o pano com um pouco daquele óleo, comecei a passar nos beliches para deixá-los com uma aparência melhor.

Enquanto isso, Travis espirrava seu líquido com cheiro bom em volta dos beliches, nas roupas de cama, no chão, em tudo. Ele falou alguma coisa sobre ser um liquido mágico que deixa tudo com cheirinho favorito de cada pessoa, mas eu estava distraída demais pra me interessar. Arrumei minha mochila e meu saco de dormir sem prestar muita atenção no que fazia. Passaram-se mais ou menos 20 minutos antes que uma menina entrasse no chalé com uma prancheta em mãos. Ela olhava ao redor com uma cara de profundo desprezo. Devia ter no máximo 17 anos, com cabelos castanhos compridos e olhos verdes. Sua bermuda estava suja de terra e grama, mas ela não parecia se incomodar. Assim que a viu, Travis parou tudo que estava fazendo e sorriu. Um sorriso cafajeste típicos dos Stolls.

– Katie! Minha florzinha. Como vai a minha filha de Deméter favorita? – falou, abrindo os braços e indo até ela.

Katie virou-se para encara-lo e o fuzilou com o olhar. Desviou-se do abraço falso de Travis, mas ele não se incomodou. Continuou a persegui-la pelo chalé.

– Larga do meu pé Stoll. Vou ter dar nota 2 se você continuar me enchendo. – Ela resmungou, tentando fugir de Travis, que estava a seguindo enquanto ela tentava fazer a inspeção.

– Volta aqui Gardner, deixa eu te dar um beijinho, vem.

Travis sabia ser muito chato quando queria. Se aquele era o plano dele para conquistar a Katie, alguém precisava avisa-lo que não estava dando certo.

Já estava um pouco cheia de assistir aquela perseguição, então me levantei e saí. Imaginei que já estivesse na hora do jantar, portanto, segui em direção ao refeitório.

Não encontrei muitas pessoas no local, o que era ótimo. Não existe nada pior que sentar na ponta da mesa de Hermes. Depois de escolher um bom lugar, fiquei observando os campistas chegando e se aconchegando nas suas respectivas mesas. Claire acenou pra mim da mesa de Ares, e eu acenei de volta. Quíron apareceu, carregando um semblante preocupado. David se sentou um pouco afastado dos seus irmãos, e eu percebi que ele me observava de tempos em tempos. Aquilo estava me incomodando um pouco e fazendo minhas mãos suarem.

Mais ou menos 10 minutos depois da minha chegada, o pavilhão já tinha uma quantidade considerável de meios-sangues. Inclusive Travis, que aparentemente desistiu de perseguir Katie. Pelo que parece, ela soube usar aquela prancheta pra se defender, e agora ele tinha um galo na cabeça.

Entretanto, foi só quando Quíron se levantou e ofereceu um brinde aos deuses que eu me dei por falta de duas pessoas na minha mesa: Connor e Lilly. Tentei não ficar com raiva, mas quando os dois chegaram atrasados no pavilhão, de mãos dadas e rindo como dois idiotas, eu não pude controlar. Assim que o casalzinho se sentou à mesa 11, eu me levantei. Travis segurou meu braço, perguntando aonde eu ia, mas eu disse simplesmente que tinha perdido a fome. Antes de sair, olhei para Connor, que me fitava parecendo preocupado e confuso. Fechei a cara e sai dali sem olhar para trás.

Quandoestava chegando ao pé do morro onde fica o pavilhão, ouvi uma voz chamando meu nome. Por um momento, pensei que fosse Connor, mas quando ouvi novamente notei que se tratava de uma voz feminina.

– Lilly. – falei, olhando para trás. – Algum problema?

– Melissa, escuta. – Ela falou correndo até mim. Parou ao meu lado e fez um gesto para eu esperar até que ela recobrasse o fôlego. – Travis explicou por que você foi embora.

– Sim. Eu perdi a fome. Não tem por que ficar num refeitório sem fome, né?

Ela balançou a cabeça em discordância.

– Não. Foi por causa de eu e do Connor.

– Do que você tá falando? – Franzi a testa, me sentido um leve irritação com aquela garota.

Lilly revirou os olhos.

– Eu sei que você não é idiota, então não tenta fingir. Connor gosta de você. Qualquer um percebe isso. Convivi um dia com ele e percebi isso. Não tem por que ter ciúmes de mim. Connor é apena um amigo.

O choque do que ela tinha dito me deixou sem fala por um minuto.

– Do que você tá falando? Eu não tenho ciúmes de você, da onde você tirou isso?

– Ah, pelamor! – Ela disse revirando os olhos. – Se você escrevesse “Ciumenta” na sua testa estaria sendo mais discreta.

Ela não podia estar falando sério.

– Olha, você não sabe de nada, ok? Connor é só meu amigo também. E ele não gosta de mim. Ele não gosta de ninguém. Connor Stoll é um galinha.

Minha fala não abalara de forma alguma.

– Sério? Você acha que se ele não gostasse de você ele ficaria tão nervoso com um encontro? Ou sentiria ciúmes do irmão da sua amiga? Ou recusaria ficar com uma filha de Afrodite por sua causa? Ou compraria um presente pra você?

Fiquei muda. Ela estava falando sério? Eu não podia saber. Mas ela também não tinha porque mentir. Mordi o lábio inferior e olhei para os olhos de Lilly. A luz da lua estava refletida na sua íris roxa, fazendo-a parecer intimidadora.

– Ele te falou isso?

– Mais ou menos. – Ela deu de ombros. – Então, vai ficar de graça e passar fome ou vai voltar pro refeitório?

– Ok, eu vou voltar. Mas não me obrigue a ver vocês dois rindo como idiotas. É patético.

Lilly fez um careta e me seguiu enquanto voltávamos para o pavilhão.

Assim que cheguei, fiz o possível para ignorar os olhares curiosos dos filhos de Hermes na mesa, principalmente o de Connor. Peguei um prato com bife á milanesa e ovos, indo diretamente para a fila da fogueira. Depois de oferecer uma parte do meu jantar a Hermes, me sentei e comecei a comer. Continuei evitando olhar para as pessoas ao meu redor, fixando minha concentração no prato de comida.

Assim que terminei de jantar, limpei a boca com guardanapo e saí do refeitório. Desci o morro sem pensar pra onde ia. Não queria saber de nenhuma festividade em torno da fogueira. Então simplesmente saí andando sem rumo, até que me encontrei perto do lago.

Coincidentemente, Claire estava sentada à margem, tacando pedras que quicavam na água. Não tinha percebido que ela tinha saído do refeitório também. Resolvi sentar-me ao seu lado. Claire olhou pra mim, mas não demonstrava nenhuma emoção. Antes que o silêncio se instalasse entre nós, eu falei:

– Oi. Aconteceu alguma coisa? Não vi você saindo do refeitório.

Claire suspirou e lançou mais uma pedra. Ela quicou três vezes antes de sumir. A resposta de Claire veio segundos depois, com seu olhar ainda fixo no ponto onde a pedra tinha desaparecido:

– Isso é normal. Geralmente as pessoas não reparam que eu existo. Elas acham que, por eu ser filha de Ares, não tenho sentimentos.

Oh. Ela me pegara de surpresa. Não quis dizer que ela não era importante. Não fazia ideia de que ela estava chateada. Quer dizer, quando ela entrou no refeitório parecia tão bem. Me senti meio insensível por não ter notado nada antes.

– Ah, desculpe. Não queria dizer isso. É que... Por que saiu de lá? Qual é o problema? Fique tranquila, pode confiar em mim.

Ela suspirou mais uma vez. Então olhou pra mim. Antes que eu tentasse decifrar se ela estava com raiva ou triste ou sentindo qualquer outra coisa, ela me lançou uma pergunta:

– Melissa, quantas vezes você já se apaixonou?

Ela me deixara sem resposta mais uma vez. Quantas vezes eu havia me apaixonado de verdade? Nunca havia parado pra contar, mas tinha algumas lembranças.

– Hum, eu não sei... Deixa-me ver. Ah, me lembro de que quando eu tinha nove anos, eu gostava de um menino que vivia no apartamento ao lado do meu. Ele se chamava Hans e tinha 12 anos. Era muito bonito, cabelo loiro e olhos muito azuis. Eu era apaixonada de verdade por ele, mas é claro que tinha muita vergonha de falar. Aí um dia eu tomei coragem e escrevi uma cartinha declarando meu amor. É, daí eu deixei a carta embaixo da porta do apartamento dele e fiquei esperando o Hans chegar. Quando o ouvi, corri pra porta e esperei pra ver o que ele iria fazer. E sabe o que ele fez depois de ler a carta? – Não esperei Claire dar a resposta. – Rasgou em dois pedaços e jogou no lixo. Eu fiquei muito triste. E chorei muito. Aí minha mãe se mudou como ela sempre fazia. Foi a primeira vez que eu tive o meu coração partido.

“A partir daí eu decidi que nunca mais iria me apaixonar. Sempre que vejo um menino interessante ou bonito, me lembro de Hans rasgando minha carta e qualquer resquício de sentimento vai embora. E teve dado certo. Até agora. Quer dizer, agora que eu descobri que toda a minha vida foi uma mentira, decidi que vou mudar. Tentar ser mais sociável. Está dando certo, por que em dois dias eu já fiz uns cinco ou seis amigos, né?”

Claire continuou em silêncio.

– Mas porque essa pergunta Claire? O que aconteceu?

– Queria tanto ser como você. Você é bonita e faz tudo parecer tão fácil. Quer dizer, isso de simplesmente não gostar. Não é assim. Pelo menos não para mim.

– Oh. Claire, não é simples. Sabe, eu nunca, nunca, tive amigos de verdade. Nenhum garoto nunca falou comigo, a não ser que fosse para fazer piadinha com o fato de eu ser uma Tênia.

– Uma tênia? O que é isso?

– Ah, era como eles chamavam as crianças deslocadas lá na escola. Sabe, Tênia é um verme que dá na carne de porco, e seu nome significa “solitária”, por que ela vive isolada.

Claire fez uma careta.

– Os mortais sabem ser bastante malvados quando querem.

– Sim. Mas, ei, não muda de assunto. Você não respondeu minha pergunta.

Mais um suspiro da Claire.

– Eu não sei nem como dizer isso. É que eu tô gostando de um menino. Gostando mesmo. Mas ele não gosta de mim.

– Ah, isso acontece. Quem é o idiota? Porque precisa ser um idiota pra não reparar em você, né?

Consegui tirar um sorriso da filha de Ares.

– Ele é mesmo um idiota. Mas eu não posso dizer quem é. Isso é um segredo meu. Só digo que ele é filho de Hermes.

Pensei em todos os meus parceiros de chalé mas não conseguia pensar quem pudesse ser. Não insisti que ela dissesse quem era, porque era pessoal e Claire não era obrigada a me contar seus segredos. Então só o que eu fiz foi abraça-la de lado e dizer:

– Sabe, veja pelo lado bom. Pelo menos podemos fazer piada com isso e dizer que ele “roubou seu coração”.

Claire deu uma risada e olhou pra mim. Então eu também ri e nós ficamos gargalhando por um tempo, sem nenhum motivo. Rimos simplesmente, porque com todos os problemas, nós ainda tínhamos umas as outras. E isso bastava.

Quando toque de recolher soou, nós fomos para os nossos respectivos chalés. Passei por todos os meus parceiros, a maioria arrumando a cama e se preparando para dormir, e não consegui deixar de pensar que eu havia omitido para Claire um pequeno detalhe. Meu truque de não gostar de ninguém havia falhado. Eu estava me apaixonando novamente. E tinha certeza que o meu novo Hans iria me magoar mais uma vez. Mas esse tipo de coisa a gente não pode controlar. E agora eu me sentia exatamente como uma pedra que fora tacada num lago: quicando sobre uma superfície inconstante, sem saber quando posso afundar.


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Notas finais do capítulo

ATENÇÃO!!! MUITA ATEENÇÃO AQUI!!! ATENÇÃO, POR FAVOR!!! ATENÇÃAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAO Obrigada pela atenção. DEIXEM REVIEWS :3
tchau



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