The 17th Hunger Games escrita por DowneyEvans


Capítulo 3
Desfile dos Tributos


Notas iniciais do capítulo

Oooi gente, esse é o Capítulo do Desfile dos Tributos (aváa) então, me digam se gostaram da roupa e dos estilistas, e do capitulo em geral, e talz srsrsrs ok



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À medida que o trem passava mais pessoas comemoravam, e gritavam nossos nomes. Quando nos viram, foram à loucura.

Achei aquilo bizarro.

Eu nem conhecia aqueles manés coloridos e eles me gritavam como se eu fosse uma superestrela. Pensando bem, agora eu era.

Baron acenava de volta e as meninas da Capital ficavam loucas. Já eu fiquei parada, de braços cruzados tentando entender aquilo. Eles nos ‘’amavam’’ e mesmo assim nos mandavam para uma arena para batalhar? Que estúpido.

– Acene também, Sarah, para eles terem uma boa impressão de você. – Disse Saffra, se aproximando de mim. Mostrei o dedo para o povo lá fora e Baron rapidamente fechou a janela, torcendo para que ninguém tivesse visto. Eu já ia começar aquela mesma discussão, pela milésima vez, mas quando olhei rapidamente para Lenny, ele falou quase que cochichando:

– Patrocinadores.

É claro. Me lembrei do aperto que alguns tributos passaram nas Edições que assisti, e a ajuda imensa que foram os patrocinadores. Eu precisava ter pelo menos algum. Para isso, mesmo eu achando ridículo, teria que fazer com que eles gostem de mim.

Baron abriu a cortina de novo e me forcei um sorriso. Não necessariamente acenei, fiz aquele sinal que os soldados fazem, apontando dois dedos na testa. A reação deles foi inesperada. Repetiram o ato depois de mim. Bom, pelo menos eu, fiquei surpresa.

– Vamos! Já chegamos na estação! Está na hora de desembarcar! – grita Saffra alegremente – Peguem seus pertences! – que pertences? Pensei. Um vestido rasgado? Nem eu nem Baron tinha nada para pegar, então seguimos Saffra para fora do trem.

Ao pisar o pé no chão a multidão foi ao delírio. Mas – graças a Deus – não tive tempo de ficar adulando eles, pois eu e Baron somos separados e sou levada para uma sala no Centro de Remodelagem.

Logo chegam três patetas coloridos – minha equipe de preparação – e se apresentam como Orchid, Savera e Martial. Eles depilam minhas pernas, braços, torso, axilas e parte da minha sobrancelha se foi. Depois, me banham com uma loção que arde pra caramba, mas depois alivia a dor. Então removem o fino robe que estava usando, me deixando completamente nua. Depois de retirarem todos os resquícios de pelos do meu corpo com pinças – como se já a depilação já não tivesse sido tortura de mais - eles param, e analisam seu trabalho.

– Você está ótima! – diz Martial, um homem de cabelos azuis encaracolados.

– Perfeita! Agora que nossa parte está feita, vamos deixar o resto com Tiberius, seu estilista – disse Orchid sorrindo. Ela era gordinha e tinha a pele dourada e cabelos amarelos. Quando digo amarelos não quero dizer loiros, quero dizer bem amarelos mesmo!

– Ah, sim, sim. Vamos chamá-lo. – diz Savera. Tinha enormes olhos roxos e um cabelão verde brilhante que ardia meus olhos. Era bem baixinha. Os três se retiraram da sala tagarelando e dando risinhos. Qual é o problema desse povo? Por que eles estão felizes o tempo todo? E eu achando que Saffra era esquisita...

Me sentei em um banquinho, e esperei alguns minutos até que um homem de cabelo rosa – achei isso muita viadagem – óculos, e muito pálido entrou fechando a porta atrás de si.

– Olá Sarah, meu nome é Tiberius, serei seu estilista durante os Jogos.

– Prazer. – disse me levantando. Era estranho, pois eu ainda estava nua.

– Bom, como deve saber, hoje acontece o desfile dos tributos. Cada Distrito é caracterizado por sua atividade comercial, então, as roupas do Desfile são baseadas nisso.

Aah não. Já estou prevendo que isso vai ser ridículo e constrangedor. Todo ano somos peixes!

– Sim. – assenti com a cabeça.

– Então me diga Sarah, qual é a atividade econômica do seu Distrito?

– Pesca? – perguntei como se fosse óbvio.

– Exatamente. E por que?

– Porque o Distrito é completamente banhado por água? – não sei aonde ele quer chegar.

– Isso! E que seres vivem na água?

– Peixes, baleias, tubar...

– Não Sarah! Quero que pense em algo mais bonito!

Esse cara é louco???

– Existem peixes bonitos? – perguntei confusa. Ele riu.

– Não bobinha... Pense em um ser que é bem bonito, mas ao mesmo tempo é um peixe.

– Hm...

– Uma sereia. - ele se responde.

– Ah, é claro. – não sei aonde, mas me lembro de já ter escutado essa palavra em algum lugar. ‘’Sereias’’. Acho que foi na escola, estávamos aprendendo seres mitológicos há alguns anos. Acho isso total perda de tempo. Mas dizem que é cultura, por isso temos de aprender na escola. Se não me engano, sereias são mulheres muito bonitas, metade mulheres, metade peixes. Acho que é isso. Não acredito que vivam sereias nos mares do 4.

– Pois bem. Eu e Merope, a estilista de Baron, pensamos em fazer uma coisa bem bonita. Diferente das fantasias das Edições passadas, que cobriam todo o rosto dos tributos. – é verdade, no ano passado eles foram vestidos de tubarões, mal dava pra ver o rosto deles.

– Aí nós achamos que seria bem legal e original fazer de vocês, do Distrito dos mares, sereias.

Até que a ideia era boa. Mas eu? Vestida de sereia? Eu já sou horrível assim, imagina com calda?

– Mas e Baron? Ele irá ser um sereio? – dei uma risada ao imaginar a cena.

– O nome é tritão. – Tiberius me corrige sem paciência. Parece que ele ficou realmente ofendido com meu erro. Mas esse povo da Capital... Vai entender...

– Ér... me desculpe... Mas então, como será a fantasia?

– Aah, eu já vou buscar ali para você ver. Ou melhor, não verá nada até ficar pronta. – ele se retira da sala e poucos minutos depois aparece com um saco preto na mão.

– Não é para olhar ainda. Primeiro a maquiagem. – não sei por que de tudo isso, eu irei ver a roupa de qualquer jeito! Mas é melhor deixar quieto.

Algum tempo depois posso me olhar no espelho. Estou com uma enorme cauda azul esverdeada, que quando vai chegando à minha cintura, vai se tornando no tom da minha pele. É realmente incrível. O tecido é feito de um tipo de borracha que vai ficando mais fina e gruda na minha cintura. E atrás da calda, há um espaço para que eu possa movimentar os pés – andar – livremente. Porém, quando eu estiver na carruagem do desfile, não dará para ver esse espaço, o que torna a fantasia ainda mais perfeita. Na parte de cima, estou com duas enormes conchas peroladas coladas sobre os seios. É meio vergonhoso me mostrar lá, para toda Panem, apenas com duas conchas tampando meu peito – que nem é tão grande assim, o que é mais vergonhoso ainda – mas eu fiquei encantada com a precisão dos detalhes esculpidos.

Tiberius havia passado uma maquiagem bem provocante em mim. Meus olhos estavam contornados de preto, com uma sombra verde brilhante; e meus cílios foram alongados e ‘’tatuados’’ com desenhos minúsculos prata, que também enfeitavam minhas sobrancelhas depenadas. E minhas bochechas, estavam levemente rosadas, como se eu tivesse pegado sol.

Meu cabelo? Aaah meu cabelo estava maravilhoso! É a primeira vez em toda minha vida que posso dizer isso. Tiberius deu um jeito de manter os cachos, mas fazer com que ele parecesse bem cuidado, hidratado e penteado. Ele também espalhou algumas flores e plantas marinhas no meu cabelo. Pode parecer feio, mas estava tudo tão bem posicionado, que estava simplesmente magnífico.

Mas o melhor de tudo, é que ele passou uma espécie de óleo em mim, o qual deu o efeito que a minha pele estava molhada. Tenho que reconhecer que meu estilista – e a de Baron – são muito talentosos. Eles não precisam sair por aí com cabelos rosa, até uma roupa de sereia que eles criam é melhor. Mas a tendência de moda na Capital é outra né...

– Então, o que achou?

– Eu, eu, eu,... não tenho palavras para descrever isso! Parece mesmo que eu acabei de sair do fundo do mar! É... é... Extraordinário!

– Quem bom que gostou querida, vamos à cabine de Baron para ver como ele ficou!

Ele me pega pela mão e me arrasta até a cabine de Baron. A porta está fechada, ele bate escandalosamente umas 10 vezes. Estou um pouco nervosa, não queria que Baron me visse assim. Eu mal conheço o cara e também iria ver ele sem camisa. Ela vai estar sem camisa não é? Ou não? Se bem que 4 pessoas já me viram pelada hoje, não faz mal se ele me vir de ‘’biquíni’’.

A porta abre e uma mulher sorridente, (como qualquer outra pessoa daqui), bem alta e magra, com uma peruca laranja nos atende. Deve ser a tal da Merope.

– Entrem, entrem! Baron está quase pronto! – ela facha a porta atrás de nós - Ai meu Deus! Querida! Como você está linda! Eu sabia que esse tecido ia ficar o máximo! Não avisei Tiberius?

– Avisou sim, e ainda bem que eu confiei em você. – acho que Tiberius tinha perdido alguma aposta com ela em relação a isso, ou coisa do tipo, pois revirava os olhos e fazia um sorriso sínico. Ele e Merope conversavam enquanto ela tentava disfarçar com um quilo de maquiagem, uma cicatriz que Baron tinha perto do olho. Notei a fantasia dele, era como a minha, só que mais masculina, é claro. Ele usava uma calda do mesmo tecido e uma coroa trançada de algo que acredito ser alga do mar. Só que estava sem camisa, como eu previ, mas não pude deixar de notar que ele tem ombros largos e um peitoral bem definido. Quem diria. Por que ele se diz tão fraco então?

Também segurava um tridente de prata – que combinava com os desenhos nos meus cílios – bem grande, que chegava a me assustar um pouco. Imagine na arena, se algo assim me perfurar? É adeus Sarah, e até outra vida. Espantei esses pensamentos ruins da mente, não quero pensar nisso agora. Agora tem o desfile.

– Prontinho! – diz Merope dando pulinhos de alegria. – Olha só que belo casal de Tributos! Vieram direto das profundezas oceânicas! - ela e Tiberius começaram a ter um ataque de risos. Eu e Baron nos entreolhamos. Eu sinceramente não tinha entendido a graça.

– Vamos, vamos, vamos! – diz Merope batendo palminhas. – Ou vamos chegar atrasados.

Seguimos até um elevador, que nos leva para o andar de baixo do Centro de Remodelagem, o que é praticamente um estábulo gigante. A cerimônia de abertura vai começar. Pares de tributos estão sendo colocados em carruagens puxadas por times de quatro cavalos. Os nossos foram pintados de verde clarinho. Tentei entender o por que, já que os dos outros Tributos eram branco, pretos e marrons... Mas logo me toquei: eram para ser cavalos marinhos.

Tiberius e Merope nos ajudam a sentar e nos posicionar em nossa carruagem, de forma que o buraco da calda não apareça. A música de abertura começa, dá para ouvir a explosão de gritos de pessoas de toda Capital. Os Tributos do 1 já estão saindo. Um frio na barriga insuportável me paralisa. O que devo fazer? Não vou acenar.

Vejo Tiberius correndo em nossa direção.

– Só mais uma coisinha. –ele tira uma caixinha do bolso. – e o ‘’Grand Finale!’’

Ele passa algo em minha boca e quando recua sua mão vejo que era um batom. Vermelho.

Eu estava me sentindo super bem até agora. Estava até me sentindo bonita! Achando que as pessoas já se esqueceram do meu batom vermelho do Dia da Colheita! Mas nãaaaaao! Tiberius tem que chegar e estragar tudo!

– Por que fez isso? – perguntei quase gritando. – Eu já estava bonita!

– Não pense que eles esqueceram a imagem da ‘’menina selvagem’’. Aliás, é essa a imagem que eles conhecem de você. Sem isso, não te reconheceriam. - diz ele limpando uma parte borrada do meu lábio inferior. – E você fica linda de batom vermelho, fica... Mais ameaçadora.

Eu ia começar um barraco ali mesmo mas a carruagem do 3 acabara de entrar. Eu estava indignada pelo que ele fez, mas agora não adianta mais nada, nossa carruagem estava entrando. Baron sorria e acenava para o público, já eu olhava friamente os rostos na plateia. À medida que a gente ia passando e eu mais os ignorava, mais eles aclamavam por mim. Cada vez mais alto, eu podia ouvir meu nome explodindo na boca do povo. ‘’Sarah! Sarah!’’. Jogavam-nos flores. Éramos o centro das atenções. Não sei por que, eles estavam gostando do jeito que eu os ignorava. Realmente, um povo muito estranho. Ou vai ver que era o meu traje, que era realmente maravilhoso. Mas me senti mais confiante, poderosa. Isso me deu uma força.

Logo estão todas as carruagens posicionadas em volta da Cidade Circular. O público se acalma e a música acaba. O presidente Rain, um homem velho e grisalho que já está com o pé na cova aparece no palco diante de nós e dá as boas vindas. Fala sobre a revolta dos Distritos, a extinção do Distrito 13 e a mesma ladainha que estamos cansados de saber. O hino nacional toca, damos uma ultima volta ao redor da praça, e somos levados para o Centro de Treinamento. As portas se fecham, e somos rodeados pelos escandalosos da nossa equipe, que nos parabenizam enquanto nos ajudam a descer. Olhei em volta para ver os outros Tributos melhor, eu ainda não tinha os conhecido. Mas havia uma garota, que me fuzilava com o olhar. Ela era loira e usava uma armadura prateada. Ela devia estar pensando: ‘’ Essa aí eu vou matar primeiro’’, mas dei de ombros e levantei as sobrancelhas para ela. O que só fez com que ela ficasse com um olhar mais odioso ainda. Me virei e continuei a andar com minha equipe.

O Centro de Treinamento tem um prédio feito exclusivamente para os tributos e suas equipes. Vai ser nossa ‘’casa’’ até os Jogos começarem. São doze andares. Cada distrito tem um andar. Vamos então, obviamente para o andar 4.

O andar era enorme! Tinham sofás, móveis, televisões... Tudo decorado e bonito. Conseguia ser ainda mais bonito do que o trem. Lenny – que não vejo desde a estação de trem – estava sentado no sofá, com um casaco enorme e peludo. Logo que nos vê, nos parabeniza.

– Parabéns crianças, vocês foram ótimos! – ele pega o controle da televisão e abaixa o volume.

– Como sabe? Você nem estava lá! – cruzei os braços.

– Mas eu estava assistindo daqui, né queridinha. – ele aponta para a TV. Estava passando imagens da rua onde estávamos agora a pouco, ainda com cheia de pessoas tumultuadas. Como eles conseguem? Quero dizer, nos filmar, e no mesmo instante colocar na TV! Tão rápido! Eu nunca vou entender a tecnologia de hoje...

– A propósito, vocês não ficaram com frio não? Com essas roupas tão peladas.

– Não, acho que está é muito abafado aqui. – Saffra liga o ar condicionado. Lenny quase implora:

– Não! Por favor! Estou congelando aqui!

– Okay então... Bom, troquem de roupa e vamos jantar! – ela diz e nos indica qual é o quarto de cada um. O meu é gigante! Sozinho é maior que minha casa toda no 4! Mas não reparei muito nos detalhes, vesti qualquer uma das milhares de roupas ao meu dispor e fui para sala de jantar. Eles já estavam jantando! Nem me esperaram!

– Me desculpe Sarah, mas não consegui deter esses quatro – ela aponta para Lenny, Baron, Tiberius e Merope, que comiam seus pratos vorazmente. – Disseram que estavam com fome de mais. Sente –se.

Peguei meu prato e uma mulher calada me serviu. Acho que era uma ‘’Avox’’. Pelo que sei, Avoxes são detentos que como castigo, lhes é cortada a língua, e se tornam ‘’empregados’’. Acho isso um absurdo, pior ainda do que os Jogos.

Quando começo a comer Baron se retira.

– Com licença gente, se não se importam, estou com muito sono...

– Ah, sim, pode ir querido. Hoje foi um dia cansativo para todos nós. Vou te acompanhar. Boa noite para todos vocês. E vão dormir cedo, por favor. Amanhã é o primeiro dia de treinamento, então têm de estar descansados e preparados, okay?

– Boa noite.

– Acho que também já vou indo. Sabe, tenho que acertar os últimos detalhes da roupa da entrevista de Baron. – Diz Merope se levantando. – Eu também vou. – Tiberius a acompanha.

– Nossa, realmente não gostam de me ter por perto. – disse a Lenny, que estava tremendo. Achei estranho isso, hoje está o maior calor.

– Não é isso Sarah, é que hoje foi um dia realmente cansativo para todo mundo.

– Tem razão...

Na televisão à nossa frente, começou a passar a reprise das colheitas. Lenny logo foi se levantando e pegando o controle.

– Não, de novo não. É a milionésima vez que passam essa coisa.

– Não! Por favor não tire! Eu não assisti ainda!

– Ah, é verdade. Nós assistimos enquanto você estava trancada no quarto do trem, vendo as outras Edições.

– Sério, eu acho que vocês realmente não gostam muito da minha companhia...

– Que nada bobona! – ele ascende um cigarro. – Mas se você não for ficar muito triste... Eu vou ir para o meu quarto.

Olhei para ele com aquele olhar de ‘’eu não disse’’ e assenti. Fiquei sozinha na copa, todas as outras luzes já estavam apagadas. Mas eu assisti as Colheitas atenciosamente. Tentei memorizar os nomes, aparência, e expressão nos rostos de cada um, mas só os que mais me chamaram atenção ficaram gravados em minha mente:

No Distrito 1 , a menina – Dixie – parecia bem feliz e animada. Tinha cabelos e olhos castanhos e não tirava o sorriso do rosto. O menino – Russell – era meio magro, mas mesmo assim, aparentava ser forte e confiante. Os do 2, a menina loira e de olhos azuis que pude reconhecer melhor agora, era a que me encarara na abertura – Pomeline. Quando seu nome foi chamado, deu um sorriso bem irônico e trocou olhar com a ‘’Saffra do Distrito 2’’. Tenho certeza que elas combinaram isso, de ela ser sorteada, dava para ver isso nos olhos delas. O garoto não era tão alto, mas era bem forte e musculoso, tinha um olhar sério. Seu nome era Wade. Tenho que admitir que senti um pouco de medo dele sim. Os do Distrito 3 não me lembro os nomes. Estavam se borrando de medo, e pareciam bem fracos. Do 5 até 12 não foi muito diferente do 3, especialmente o 10, 11 e 12, que gritavam, choravam e esperneavam. Porém a menina do 7 – Luna– também me prendeu a atenção. Era alta e bem magra. Seus finos e lisos cabelos ruivos estavam presos em um rabo de cavalo irregular, e tinha olhos cinza. Quando foi sorteada – ao contrário de seu colega de Distrito – andou com um olhar vencedor e parecia bem destemida. Admirei-a por isso. Ela seria uma boa aliada, ou, uma grande ameaça. Consegui gravar também, o nome da menina do 5 – Silver – que tinha uma cara de mau, mas não me amedrontava nem um pouco; e do menino do 9 – Griffin. Os do 11 também pareciam ser fortes, só na estatura, porque seus rostos demonstravam o contrário.

Mas se tem uma pessoa que eu fiquei realmente com muito medo foi a menina do 4.

Eu estava muito sinistra! Agora entendo do que as pessoas estavam falando, parecia que eu tinha acabado de sair do hospício! Meu rosto estava totalmente pálido e estava parecendo que eu havia acabado de beber sangue! Eu fiquei realmente assustada com a minha aparência, mas existe uma coisa boa com isso: se até eu fiquei assustada comigo, imagine os outros Tributos? Eles deviam ter ficado horrorizados, o que era bom para mim, alguém que eles querem manter distância, e não arriscariam ir atrás para não morrerem de forma violenta e ‘’selvagem’’. Pela primeira vez, penso nesse nome como uma estratégia, para eles não quererem se aproximar de mim. Agradeci à Saffra mentalmente, pois isso eu não irei fazer de verdade nunca!

Desliguei a televisão eu fui pro meu quarto dormir. Aliás, eu era a única que ainda estava acordada ali. Ao chegar lá, minha cama já estava arrumada. Uma das Avoxes deve ter arrumado enquanto eu jantava. Peguei um pijama no armário e me deitei. Nem precisei tomar um banho, porque depois de todo aquele ‘’tratamento’’ no Centro de Remodelagem já havia me limpado para a vida inteira. Liguei a televisão, mas não demorou muito, e eu peguei no sono.


 


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Notas finais do capítulo

Se o presidente da história original chama ''Neve'' por que o meu não pode chamar ''Chuva''?? kkkkkkk vou ali me matar, per aí...
Então galera, eu acho que a minha escola é a única do Brasil que vai ter aula na semana das crianças, então, não sei se vou ter muito tempo pra postar essa semana, mas vou tentar postar o próximo amanhã :] beijinhos e mandem reviews se estiverem gostando - ou não. (Ninguém aí quer fazer uma capa pra mim não? É sério isso gente srsrs)



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