Meu pescoço virou-se para a casa vizinha a luz da cozinha de lá também estava acesa e eu pude ver quem eu menos esperava acenando para mim.

Gabe me olhava e eu sorria, ele saiu correndo e pegou uma caneta piloto com um cartaz eu fiz o mesmo

Cartaz do Gabe

-Por que vc ta acordada á essa hora?

Cartaz da Jenny

-Tava com sede.

Cartaz do Gabe

-Mas ainda ta com sono?

Cartaz da Jenny

- Um pouco, mas porque esta me perguntando isso?

Cartaz do Gabe

-Queria te mostrar uma coisa.

Cartaz da Jenny

-O que?

Cartaz do Gabe

-Me encontra daqui á 15 minutos no seu jardim

Cartaz da Jenny

-Ok

Eu sorri e guardei tudo vesti uma calça de moletom e uma regata preta.

Sai de casa e parecia que o frio queria engolir o mormaço do sol que estava perto de nascer.

-Vem enny – Gabe disse me puxando pela mao e me arrastando ate uma parte que entrava na floresta, seguimos uma pequena trilha e senti uma leve inclinação começar, estávamos subindo uma pequena colina, quando chegamos ao topo, entendi o porque dele ter me levado ali, o sol estava nascendo, rompendo aos poucos os limites do horizonte, se mostrando cada vez mais imponente, senti Gabe colocar as mãos em minha cintura e eu sorri.

Parecia que o buraco em meu peito havia cicatrizado, eu finalmente havia superado a perda dele, não ia esquecê-lo, mas teria que seguir em frente com minha vida.

Senti a brisa da manha e os primeiros raios de sol bem em meu rosto, Gabe não falava nada, só alisava meus cabelos e minha face.

 O clima mágico cessou e eu virei-me para Gabe

-Não sabia que tu morava do meu lado.

-Não quis te contar, mais cedo quando te deixei em casa sai de lá e fui dar uma volta no quarteirão pra me certificar de que vc não descobriria.

-Perdeu, eu descobriria mais cedo ou mais tarde.

-Tem uma coisa que não pode ser feita mais tarde  - ele disse malicioso, antes de me beijar, nosso beijo começou calmo e sutil, sua língua pediu passagem e eu cedi, senti ele me sustentar e depois me apoiar em algo solido, sabia que meu fôlego estava quase no fim, mas ele desceu seu beijos para o meu pescoço, o que me fez bagunçar seus cabelos e gemer baixinho, ele voltou a me beijar dessa vez nossas línguas duelavam por sabores, e eu deixei ele vencer essa luta, sentia que se eu não parasse, poderia fazer algo errado, mas eu não queria parar, eu queria ele para mim, queria que ele me fizesse sua mulher, bom eu não tinha mais porque me prender, não precisava conhecê-lo mais a fundo se eu já conhecia toda a sua vida, ele também me conhecia e bom quase um ano de relacionamento tinha se passado entre nós sem algo mais serio, e esse algo mais serio eu queria com ele.