Doce Implicância escrita por RossLin


Capítulo 15
Parados na estrada.


Notas iniciais do capítulo

Gente, adiantei né? Então, eu falei que só postaria nas sextas, mas não conseguiria aguentar até lá, então tá ai mais um pouco. É pequeno esse cap, porém muito importante, foi o cap que eu mais amei. Assim... Opnião minha. Enfim, espero que gostem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/276677/chapter/15

Pov. Bella.

Abri os olhos e estava em um quarto desconhecido. Assustei-me por um momento, mas depois me lembrei da noite passada. Pus as mãos no rosto, envergonhada. Olhei para meu corpo, e esta vestindo a camisa dele. O cheiro do meu Cullen mentiroso, ainda estava nela. E por minutos quis abraçar a mim mesma, só para ver se sentia a mesma sensação que senti quando ele me abraçou. Levantei-me devagar ainda na cama macia e enorme. O quarto era perfeito. Os móveis de madeira antiga, e uma estante cheia de livros foi o que mais me chamaram a atenção. Mexi nos cabelos tentando amenizar a dor de cabeça, mas foi inútil. Pus os pés para fora da cama e levantei. O cheiro e o barulho vindo do lado de fora do quarto me deixaram ansiosa. Olhei para ponta da cama, e estavam lá, meu espartilho e minha calça. Tirei sua camisa com uma pena terrível. Iria ficar com ela para mim. Pus as roupas rapidamente.

- Calma Bella! Só ser natural. Tudo bem que você subiu em cima dele com intenções nada decentes ontem, mas ele nem vai lembrar. DOGRA! DOGRA! Sua burra! – Bati na cabeça. – Aii. – Olhei a porta do banheiro no quarto e entrei.

Depois de sair do banheiro, abri a porta do quarto e caminhei até a cozinha. Ele estava de costas, sem camisa e com uma calça de moletom preta. Fiquei o observando. Já tinha dito antes que o achava lindo de todos os ângulos? Não? Então digo: ESSE HOMEM É LINDO DE TODOS OS ANGULOS. Suas costas, mesmo sendo muito branca, era absolutamente perfeita, e o cara tinha até um pouco de bunda. “Incrível”! Ele se virou e eu ressaltei. Ele sorriu torto.

- Fiz panquecas. Quer? – Não respondi.

“Vai Bella, só dá uma olhadinha”. “Não, ele vai perceber”. “OLHA, OLHA, OLHA”.

Olhei para sua barriga, e fui descendo o olhar. O idiota seguiu, olhando para si mesmo com a frigideira nas mãos. Levantou a cabeça e abriu um grande sorriso.

- Tem aspirina? – Perguntei olhando para o lado.

- Na mesinha da sala. – Sai em direção a sala.

Peguei o comprimido e pus em minha boca, quando me virei Edward estava atrás de mim com um copo. O cara era mesmo perfeito. Os olhos dele se prenderam aos meus. Peguei o copo e desviei o olhar me distanciando dele. Bebi a agua, e deixei o copo em cima da mesinha.

- Me diz o que eu fiz ontem. – Falei. Tudo bem, eu já sabia. Só que queria ouvir ele dizer. Fingi não me lembrar.

- Não lembra? – Perguntou confuso. Olhei novamente para sua barriga e acidentalmente mordi o lábio inferior, o que fez ele sorrir. Virei o rosto.

- Não, eu... Só lembro de estar em um palco. – Sorri lembrando o quanto fui boa. – E também lembro de ter sido impedida de dar no meio da cara daquela safada. – Pus as mãos na cintura, ele sorriu novamente.

- Eu não queria que brigasse com ninguém só isso. – Revirei os olhos.

- E desde quando toma as decisões por mim? – Perguntei o encarando.

- Desde quando você não tem noção das coisas e age por impulso. Faz isso o tempo todo. – Fiquei irritada.

- Eu... SOU EU! – Apontei para mim. – Eu ajo por impulso, não tem que se preocupar. Não tem que tomar decisões por mim. Você não precisa se importar comigo. – Ele se aproximou rapidamente e eu tive que dar alguns passos para trás. Segurando meu rosto com as duas mãos me fez olhar em seus olhos.

- Esse é o problema Bella. Eu me importo. É isso que ando fazendo durante todos esses dias. Me importando com você, pensando em você. Eu estou apaixonado Isabella, não vê? – Fiquei paralisada. Minha boca abriu sozinha e não tinha no que pensar. Meu coração disparado tripudiava no peito.

- Eu... Eu continuo sendo a Bella desajeitada e sem aparência. Não é por que fiquei um pouco mais bonita que pode dizer que está apaixonado. – Minha voz era um fio. Ele riu.

- Eu pensei nisso por dias, e conclui que não queria aceitar. Eu sempre te amei. No colegial, gostava de ouvir seu sorriso, gostava de ver seu jeito de andar, e quando ganhava uma feira de ciências eu secretamente comemorava, eu as vezes quando você não estava olhando, prestava atenção em você, e gostava de olhar para os seus olhos, por eles serem verdes. Ficava fascinado, quando você deixava sua boca entre aberta, ou mordia os lábios nervosa. Eu sempre... Sempre te amei. Só demorei para aceitar isso. – Ele pegou em minha esquerda e pôs em seu peito. – Sente? – Seu coração acelerado, parecia bater junto com o meu. – É assim que me sinto com você. Ansioso, feliz, como se estivesse completo. Então Bella, eu tomei uma decisão. Quero estar com você a todo tempo, te beijar te abraçar... – Sorri e ele fez o mesmo. – Namora comigo? Vamos deixar de nos esconder. Namora comigo?

Fiquei em silêncio paralisada. Não sabia o que pensar, e por mais que já tivesse a resposta na ponta da língua, parecia que meu cérebro forçava ela a não sair. Minha respiração pesada e o som do meu coração era só o que conseguia ouvir. Me destanciei dele e andando de costas procurei pela porta do chalé. A abri, e sai. Correndo pela trilha não conseguia responder para mim mesma o porque tinha fugido. O medo de ser só mais uma mentira tomou conta de mim. Mas ouvir aquilo de seus lábios me pareceu mais real do que qualquer duvida. Ainda correndo, gargalhava no meio da mata.

“Sua Bella BURRA! Por que não respondeu que sim, o que ouve com você”?

Depois de atravessar a mata e chegar até os fundos da casa surpresa por não ter caído, pus as mãos no joelho e respirei fundo, olhei para trás e vi que ele não me seguia. Caminhei ofegante até a frente da casa, e vi meu Zeus parado bem em frente. Subi as escadas da varanda e abri a porta, chamando por Alice.

- Alice? Cadê minhas chaves? – Emmet se aproximou risonho.

- Onde estava em doidinha? – Sorriu malicioso.

- NA TOCA DA JAGUATIRICA! – O empurrei indo em direção a cozinha.

- Não seria na toca do lobo mal. – Gargalhou. – Ele te comeu não Bella?

- IDIOTA! – Alice veio por detrás de mim.

- Aqui. – Deu as chaves em minhas mãos, sorrindo toda boba.

- Não canta vitória antes do tempo fadinha. – Sorri caminhando até a porta da frente.

- Eu sempre consigo Bella! Eu sou um ótimo cupido. – Sorri descendo as escadas da varanda.

- Volto mais tarde. – Entrei no carro, dei a partida e sai.

Dirigir me fazia pensar. Era obvio que eu estava explodindo de felicidade, e que a minha resposta seria positiva. Não aguentava mais ficar longe dele. Ele olhou bem em meus olhos e se declarou como eu nunca esperava que alguém na face da terra fizesse. Ironia não? Logo ele.

Em frente minha casa, vi o carro vermelho de Carter. “Caraca, esqueci-me do Carter”. Sai correndo do Zeus, e subi as escadas da varanda. Abri a porta e fui logo indo em direção a sala. Carter e minha mãe estavam conversando e ao lado delas um homem desconhecido. Todos se levantaram.

- Bells, filha. – Renée veio me abraçar. – Vem, vou te apresentar o doutor Phil.

- Só Phil. – O homem sorriu.

- É um prazer. – Apertei sua mão.

- Já falei que prazer é só na cama! – Carter sorriu. Revirei os olhos.

- É legal saber que sempre conheceu meu irmão. Isabella... – O interrompi.

- Só Bella.  – Renée sorriu, e Phil também.

- Então... Eu queria dizer que estou... Namorando sua mãe. – Sorriu olhando para Renée, que parecia não estar mais na terra de tanta felicidade.

- Pedindo permissão a filha. AFF. Que brega! – Carter gargalhou mexendo nos cabelos.

- Pior seria se fosse para o ex-marido. – Phil disse, e todos gargalharam. Inclusive eu.

- É um prazer ter você na família. – Lembrei-me de Alice, por estar com Jasper. “Agora, eu vou ser da família Cullen mesmo”. “E ele está namorando a mãe, então, tudo junto e misturado”. Sorri mentalmente.

- Já falei que prazer é só...

- CALA BOCA CARTER! – Todos gritaram, e depois caímos na gargalhada.

POV. EDWARD.

A confusão era tanta que nem consegui comer. Eu havia feito algo de errado? Talvez tivesse a assustado. Não me importa, eu disse o que sentia. E não me arrependo. Sorri caminhando em direção a casa, andando pela trilha. Eu confesso que estava esperando por uma resposta positiva, mas o medo de ser negativa ainda me deixava aflito. Imaginar-me colado com ela em todos os lugares sem medo de sermos pegos, sem vergonha, me dava uma alegria sem fim. Como uma criança. Entrei na casa e todos estavam na cozinha.

- Eu não quero mais discussão. Não estou me sentindo bem e quero que alguém leve para Rosalie essas encomendas de perfumes. Decida de uma vez, quem vai. – Esme disse com as mãos na cintura.

- Emmet é homem mãe, ele que tem que ir. – Alice disse batendo o pé sem parar. Me encostei na soleira da porta.

- O que que tem? Fala serio nanica! Você vai. Eu estou ocupado. – Com um gibi nas mãos desfolhava o treco sem parar.

- GIBI? – Gargalhei. – Ótimo. Eu vou mãe. – Disse me aproximando.

Esme sorriu alisando meu rosto. Entregou a caixa de perfumes em minhas mãos e me levou até a porta.

- Brigado filho. – Me deu um beijo no rosto.

Desci os degraus devagar equilibrando a caixa em minhas mãos. A pus no banco de trás do carro e entrei no banco da frente dando a partida e saindo.

A estrada estava vazia, por causa da neblina estranha, que a poucos minutos tinha tomado conta de tudo, não enxergava direito. A chuva chata não parava de cair. Cemicerrando os olhos vi bem a minha frente, um pouco distante um carro parado no meio da pista. Reconheci de longe os rapazes de La Push. Não fiquei nervoso, só continuei dirigindo. Quando meu carro alcançou o deles que estava bem no meio da estrada parei. Abri a porta e pus as mãos no bolso, sentido a chuva fraca tocar meu rosto.

- Ei, por favor. Me deem passagem. – Um deles chegou bem perto de mim.

- Olha o Cullen marrento. Diverção Galera. – Tirei as mãos do bolso me armando.

- Só preciso ir na cidade. – Falei olhando bem para o rosto de um deles, acho que Paul.

- Antes nós vamos te fazer um favor. Tratamento de Beleza. O que acha? – Perguntou sorrindo.

- Só vou a cidade. – Falei entre dentes, já nervoso. Todos riram.

- A sim. Então antes disso, nós temos um recadinho da Swan para você. – Se aproximaram estalando os dedos.

POV. BELLA

O celular não parava de tocar. Sai do banheiro toda molhada e pulei na cama para pega-lo.

- Fala chatice. – Tinha visto o nome de Alice na tela.

- Acho melhor vir aqui agora! – Falou meio grossa. E depois desabou a chorar.

- Alice? Pelo amor de Deus o que ouve? – Ela ficou em silêncio. – Alice? Amiga, me fala...

- Vem Bella, a gente precisa de você e seu pai aqui. – Desligou.

Como um furacão me vesti. Preferi não imaginar o que fosse, estava com medo. Não queria pensar. Entrei  na viatura, e meu pai me fez varias perguntas. Perguntou se Alice tinha me contado algo e tudo mais. Cheguei na casa dos Cullen e sem esperar Charlie sair já fui abrindo a porta e correndo para entrar na casa. O silêncio me assustou e o lugar parecia meio sombrio, triste. Meu coração acelerou. Subi as escadas como um jato e pelo corredor olhei em cada cômodo até chegar ao pequeno consultório do doutor Carlisle. Entrei e todos estavam em volta da maca. A porta rangeu e todos olharam para mim, as caras não eram boas e me assustei com a mal recepção. Charlie chegou logo atrás de mim. Me aproximei da maca, e pus as mãos na boca. Edward estava ensanguentado com os olhos fechados. O desespero tomou conta de mim.

- Eu não acredito que fez isso. – Alice chorava. Passou por mim correndo.

“OQUE? EEU... EU NÃO FIZ NADA”. “ MEU DEUS, MEU CULLEN”!

- E-Eu, não... – Gaguejei. Edward abriu os olhos, e observei Carlisle suturar sua mão esquerda.

Ele nem me olhou. Não tinha expressão. Parecia congelado. Meu peito ardia, e Esme me olhava espantada. Não conseguia respirar e queria gritar ou perguntar algo. Sai dali e fui para o quarto de Alice. Abri a porta e ela estava deitada.

- Me diz o que ouve. – Ela se levantou, enchugando o rosto.

- Ele veio assim para casa. Espancaram ele Bella. Os meninos de La push espancaram o Eddie. – Pus as mãos no peito. – Disseram que tinha sido um recadinho seu. – Olhei espantada para Alice.

- Eu não acredito que você está pensando isso de mim! Eu... – Apontei para mim, e senti uma pontada no peito. – Eu... Nunca... – Pus as mãos no rosto. Não aguentei mais e chorei. O choro foi tão baixo que só eu acho que conseguia ouvir. – Eu nunca machucaria ninguém. Muito menos o Edward. Eu amo o seu irmão, como nunca amei ninguém na vida. – O soluço chegou a doer meu peito. – Eu nunca machucaria ele, eu o amo Alice. O amo!

Alice se aproximou rapidamente e me envolveu com os braços. Senti as lagrimas desceram ainda mais. Afundei meu rosto em seu ombros e apenas desisti de tentar ser forte. Meu peito doía. “Machucaram meu Edward”.

- Calma. – Ela falou chorando. – Me perdoa. Eu só... Eles machucaram ele. Foram muitos que o bateram.

Meu coração se encheu de raiva e quis gritar. Afastei ela de mim, e sai do quarto descendo as escadas.

- Bella! Onde vai? – Perguntou.

- Resolver isso. – Enxuguei meu rosto com as mãos, e abri a porta me direcionando ao carro.

- Espera! – Alice saiu correndo pela porta com um casaco nas mãos.

No carro, indo para La Push, peguei o celular, e liguei para Carter.

- É... Bateram nele. E eu vou resolver isso nem que morra! – Alice me olhou assustada. – Se puder ajudar.

- HAHAHA! Olha ela! Perguntando se Bicha quer pepino. É claro que eu vou né mocréia. Na praia né? Espera-me lá. – Desliguei, e continuei dirigindo.

Mesmo se não tivesse me apaixonado por Edward, acharia um absurdo aquilo tudo. Agora, minha cabeça parecia que ia explodir e meu choro que ainda estava preso, fazia meu peito doer. Alice se movimentava o tempo todo no banco. Nervosa talvez. Não sabia direito o que faria, só sabia que faria algo, nem se fosse pisar no pé de um deles. Medo? É... Eu estava sentindo medo, mas não era medo dos monstros covardes, e sim do meu Eddie ficar com ódio de mim. Pensar que eu que teria mandado eles o espancarem. Entrei no caminho que dava para a reserva e parei o carro antes da praia. Com Alice do meu lado, caminhei. Os rapazes estavam parados perto do toco de arvore. Sentados e gargalhando. Caminhei até eles, afundando meus pés na areia e Alice fazia o mesmo. O vento gelado, quase que me fazia tremer, mas não estava nem ai para o frio. Paul se levantou e veio sorrindo, todos os outros levantaram juntamente e ficaram atrás deles. Seth que estava bem distante de todos correu entrando no caminho da lareira.

- Quem é o chefe da quadrilha? – As gargalhadas me irritaram.

- Veio agradecer? Não precisa! Só acho estranho trazer a irmã dele junto. Nem ela deve gostar dele. – Fez cara de nojo.

- Seu covarde medíocre. – Alice falou entre dentes.

- UOOOOL! – Gargalharam. – Eu só fiz um favor para Bella.

- Eu nunca na vida pediria para fazerem isso. – Disse nervosa.

- Não pediu. Mas eu sei que você sempre o odiou. Eu só fiz um favor para o resto da cidade. – Trinquei os dentes.

- Seu merda! Você é um covarde. Você e todos eles. Vai pagar pelo que fez. – Novamente as gargalhadas.

- O que vai fazer Bellinha? Vai pisar no meu pé? – Mas gargalhadas. “Como ele sabia”?

Com toda a força que me restou, lhe deu um tapa, bem no meio de sua cara. Minha mão ardeu, e ardeu muito. Ele ergueu o rosto, alisando a bochecha.

- Não deveria ter feito isso. – Falou Paul entre dentes.

- Não deveria mesmo. Deveria ter é quebrado o seu pescoço, mostro maldito. – A voz de Carter me surpreendeu, olhei sobre meus ombros e vi Carter, Eric e uns caras bombados. “Tudo bem, agora eu não entendi”. – Olha lá Bofe. Foram aqueles malvados Ali. – Carter apontou para os índios.

- Trouxe um afeminado para ajudar? – Perguntou Paul sorrindo.

- Não só eles. – Olhei a minha frente e vi Seth, Jack e Sam caminhando até nós. – Não deveriam ter feito isso. – Sam falou serio. Era o mais velho de todos eles.

- Não se metam, isso não é assunto de vocês. – Paul falou se aproximando de mim.

- CLARO QUE NÃO! ISSO É ASSUNTO MEU! – “PAI”? Charlie e mais vinte e poucos policias passaram por mim, pegando Paul e todos os outros pelos braços. – Vão ter que me explicar algumas coisas. Eu meio que fechei os olhos, por que vi vocês crescerem, mas passaram dos limites.

- Quem chamou você Pai? – Ele olhou para mim, serio.

- Seth me ligou. Não deveria ter feito isso. – Fechei a cara.

- Uí, que os bandidos foram presos. Ai que inveja, magina eu na cadeia, ia me esbaldar! – Olhei para trás fazendo careta e Carter levou o indicador a boca, em sinal de silêncio.

Depois de Charlie levar todos eles, voltei para casa dos Cullen. Carter disse que iria me explicar mais tarde o porque de estar acompanhado por Eric. Cheguei na casa e subi as escadas para ir para o consultório. Ninguém estava lá. Desci rapidamente as escadas e deixando todos na casa, minha mãe, Esme, Alice, Rosie, Emmet, e Carlisle, fui em direção a trilha. Sabia que ele estava lá, queria dizer que não tive culpa. Caminhei um pouco até chegar lá. Entrei sem bater. Quase que corri em direção ao quarto e chegando lá, vi Edward deitado de bruços. Me aproximei devagar fechando a porta.

- Eu nunca... nunca... nunca... machucaria você. – Ele nem se moveu. Seus olhos estavam fechados. “Estaria dormindo”? – Eu não machucaria ninguém nesse mundo, muito menos você. – Me sentei no chão ao pé da cama. Parei de olha-lo. – Eu... Eu te amo. Não machucaria você. Nunca!

Senti a cama se mover e olhei para trás. Edward se levantou e sentou no chão ao meu lado. Não olhou para mim, mas eu não parava de observa-lo. Seu rosto estava roxo, a boca cortada e o supercílios também. A testa, estava arranhada, e a mão, enfeixada. Como ele estava sem camisa, deu para ver as marcas roxas em suas costelas, e logo imaginei os covardes o chutando. Fechei os olhos com força, e a lagrima desceu. Ainda em silêncio, soltei um soluço e abaixei a cabeça. Me sentia horrível. Como se fosse mesmo culpada. Agora tinha certeza, eu amava mesmo ele. Senti a ponta de seus dedos tocarem meu rosto, e enxugarem a lagrima. Abri os olhos e o vi me observar. Levei a minha mão ao seu rosto e acariciei devagar.

- Me desculpe. – Pedi, sussurrando.

- Não foi você. – Falou entrelaçando os dedos em meu cabelo.

- Eu queria que fosse comigo. – Ele se aproximou mais.

- Queria mesmo me ver na cadeia? Por que se alguém fizesse isso com você, eu iria matar essa pessoa. – Sorri de leve. Me sentindo um pouco melhor.

Me posicionei em sua frente e ele me ajudou a colar meu corpo no seu. Com as duas mãos em seus cabelos, beijei em cada um de seus hematomas, ele sorria sem parar. Enfim cheguei a boca, o beijei devagar, o beijo suave, perfeito. Suas mãos acariciavam minhas costas. Desgrudei minha boca da dele.

- Ainda quero sua resposta. – Sorriu, acariciando meus cabelos.

- Sim. Eu namoro com você. – Ele sorriu e me puxou para si. Me beijando novamente.

A sensação de estar com ele, era a melhor. Seus jeito de me tocar o jeito de me fazer sentir confortavel era unico. Esqueci de Allison, esqueci de todas as brigas, esqueci de tudo, eu só pensava em nós dois ali, juntos. Com todo cuidado do mundo nos levantamos, mas não larguei sua boca. Ele se deitou e eu fiz o mesmo. Paramos de nos beijar, e ficamos um olhando para o outro deitados na cama.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Reviews, e por favor, recomendem!!!! BEIJOS
ROSSLIN