Corridors De Deversorium escrita por Rdxsan


Capítulo 8
Capítulo 07 - Superesse


Notas iniciais do capítulo

Depois de um longo tempo, decidi atualizar, a pedidos.
Eu não estou achando criatividade e vontade para continuar essa história, então tentarei dar um final rápido (mas digno) para ela.

Espero que gostem.



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Meu grito ecoa pelo quarto e pelo corredor. A foice de Superius brilha... tanto a lâmina quanto o sangue de Gustavo. O corte foi certeiro. No pescoço. Ver que meu único apoio se fora assim, sem mais nem menos, me fez perder as esperanças. Simplesmente me ajoelho e começo a chorar. Desisto.

– Ei. - uma voz diz.

Hã?

– Levante-se. - e assim segue a falar.

Olho de volta para a cena. A cabeça de Gustavo se reconstrói. Não entendo.

– Não posso morrer. Esqueceu que já estou morto? - ele diz, enquanto aproveita a posição atual na luta para arrancar um galho da árvore do pântano, devolvendo um golpe no rosto daquela coisa. - Cortou errado... né... Superius. - dava para sentir o deboche nessas palavras vindas de meu amigo. O dono da foice para e fica assim por alguns segundos. De repente, por parte dele, um grito horrível é solto, fazendo eu e Gustavo recuarmos alguns palmos.

– Você não vai me contrariar... não vai... não vai... - um brilho forte se espalha pela sala (se é que posso chamar um lugar com um pântano de sala), procuro ver a fonte dele, e é a foice que brilha. - Gus.. tavo... aquila foice está mudando de forma... - digo. A expressão dele agora parece ser de preocupação. - Ele... ele realmente vai tentar me destruir agora, vamos sair daqui. - essas palavras são seguidas de um brusco puxão em meu braço, saímos logo do lugar e voltamos para o corredor. - Sorte sua que consegui pegar seu braço. - ele diz. Então ele consegue fundir novamente meu braço no lugar. - No.. nossa... - fico abismada. - Olha só, Letícia. Superius está nos seguindo pois ele é uma "manifestação da justiça". Ele está consertando o que está acontecendo, pois de acordo com a maldição, eu deveria fazer você chegar ao ápice da infelicidade. Como não estou fazendo isso, ele vai me destruir, me banir para algum outro lugar que eu não sei. Eu não posso simplesmente continuar com isso, então... só há duas formas de acabar com isso. Ou matando quem fez a maldição, ou você chega ao ápice da tristeza. - instruções vindas dele me fazem ficar pensativa. - Ápice da tristeza... como assim? - pergunto.

Ele respira fundo.

– Qual é, normalmente, o destino de uma pessoa que está extremamente triste? - agora quem pergunta é ele. Fico assustada. - Su-su... icídio... - gaguejo. - Sim. Ou eu te torturo até você se matar, ou Superius me bane e te tortura até você se matar, ou matamos quem fez a maldição, no caso, seus pais. - a última citação me faz arregalar os olhos. Matar uma pessoa? Ainda mais... - Olha só, - Gustavo me segura pelo queixo - tudo isso que está acontecendo... a morte do Leandro, essas desgraças... tudo isso é culpa deles. Seus pais fizeram essa maldição pois te odiaram e ainda odeiam. Eu não posso tomar uma atitude por você. Caso você decidir matá-los, será pelas suas mãos. - as palavras vindas dele são acompanhadas por um outro som, um som de algo rasgando a parede.

– É ele... - Gustavo diz. Um metal aparece, seguindo a cortar a parede. - Faça sua escolha. Rápido. - ele segue a falar. Superius adentra o corredor. - Vocês... não vão quebrar regras... - a voz cansada e rouca dele ecoa. O justiceiro vai se aproximando, levantando a sua arma, algo como uma espada curvada. Fecho minhas mãos e olho para o chão, tentando ainda pensar. - LETÍCIA, RÁPIDO! - meu amigo grita. Consigo ouvir o som da espada cortando o ar em nossa direção.

– Espere. - digo, baixo.

O som para.

– Eu... eu mesma vou acabar com essa maldição, Superius. Deixe-me fazer isso. - digo, ainda com a cabeça baixa. Choro. - Uuh... uh... - o som abafado da voz de Superius tenta dizer algo. - Vo... cê... tem até... depois de... amanhã... - levanto a cabeça e tento olhar nos olhos dele, mas não acho sinal de um rosto. A imagem que segue agora é ele se dissipando pelo ar. - Letícia... - Gustavo coloca a mão no meu ombro. - Vai ter de fazer isso... - ele completa a frase.

Eu sei.

Porém... o que me resta é saber se irei conseguir.


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Notas finais do capítulo

É isso.



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