- Gustavo!! Pra onde você vai?! - grito. Ele apenas vira um pouco o rosto, sorri e segue para frente daquela luz que não parava de ficar mais forte. Eu me surpreendo em perceber que aquela luz só aparecia no 13º andar, por mais que atravessasse as janelas e pudesse ser vista até de fora do hotel. - Eu... - o tom da voz de Gustavo, mesmo baixo, me fez retornar a atenção a ele. - Você..? - pergunto. - Eu vou vencer esse destino. Acabar com essa maldição. - ele diz. Então a luz se desfaz e a tal "Morte" é algo ou alguém segurando uma foice e vestindo uma roupa velha em tons de cinza e preto. Realmente parece a Morte. - Você... não vai tentar contrariar seu destino, certo? Se quiser, terá de passar por mim. - a tal coisa diz, num tom grave. - Irei... com certeza. - Gustavo apenas fita aquela pessoa/coisa. Então esta rapidamente vira foice contra Gustavo, seguro meu grito após ver que ele conseguiu se defender com uma mesa de madeira que tinha ali, conseguindo desviar o golpe. Gustavo recua um pouco. 

- Gustavo..! Cuidado! - é a única coisa que posso dizer. - Olhe, Superius... eu nunca quis fazer isso com a Letícia, por qual razão você simplesmente não nega esse ódio? - as palavras inúteis de Gustavo apenas ecoam junto ao barulho da foice que vai tentando o cortar. Procuro me levantar, o piso atrás de mim está quebrado, mas dá para pular. E é o que eu faço. - Isso, Letícia... vá para trás..! - Gustavo me guia. Procuro correr, mas hesito. Eu iria simplesmente ficar parada? Fazer nada? Sei que não posso fazer muito, mas... 

Consigo correr e atravessar a batalha que acontece entre Gustavo e Superius, levo um corte de leve no braço. Entro na terceira porta. Acho as mesmas caixas de antes, e pego-as. Volto para o corredor e começo a lançá-las contra o inimigo de Gustavo, que rapidamente consegue cortá-las, mas leva um golpe do outro. - Boa distração, Letícia... mas saia daqui!! - vejo que Superius vem atrás de mim. Já sei o que fazer... - Desgraçada... - a voz grave ecoa pelo corredor. Sigo até a terceira porta e lá entro, Superius me segue. Procuro um isqueiro por entre as coisas das caixas, consigo achar um e pego-o, mas então vejo que a coisa está perto demais de mim, me desvio de seu golpe, que corta mais um pouco o buraco que já tinha na janela. Consigo sair do quarto, e sigo para a quarta porta. Lá entro. - LETÍCIA, O QUE ESTÁ FAZENDO?! - Gustavo grita por mim.

- NÃO SE PREOCUPE, EU SEI O QUE FAZER..! - eu procuro os quadrados de "He" e "H" piscando pelo chão, e os acho perto das Bruxas da Maldição... e os mesmos quadrados se espalham pelo quarto, e Superius consegue me alcançar. Procuro voltar para a porta, mas no meio do caminho sinto algo faltar...

O que era..?

- LETÍCIA!!!! - caio no chão. Vejo meu braço voando pelo ar. Superius conseguiu me cortar. Droga... o braço que ele cortou era justamente o que estava segurando o isqueiro... - GUSTAVO, PEGUE O ISQUEIRO, MAS NÃO ENCOSTE NOS QUADRADOS "H"...!! - está impossível de entender quais quadrados estavam no chão, piscando. Meu corpo estava na parte do pântano, onde não piscava nenhum quadrado. Gustavo consegue pegar meu braço no chão ao mesmo tempo que vai desviando dos ataques de Superius. Pego um pouco de água do pântano e jogo nos olhos do inimigo, assim que eu vi a oportunidade. Ele perde a direção e erra o golpe. Gustavo me joga o isqueiro e pego-o com minha mão esquerda (a única disponível agora..). Me levanto, com dificuldade, e consigo atravessar o quarto por trás. Assim que eu chego a porta, grito: - GUSTAVO, VEM!

Ele segue desviando dos golpes de Superius, até que um foi certeiro.

Não...

Im..

..possível.

- GUSTAVO!! - grito.