Corridors De Deversorium escrita por Rdxsan


Capítulo 3
Capítulo 02 - Fabulis MCCCVIII, Ferro Tangite.


Notas iniciais do capítulo

Segundo capítulo ;D



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Imediatamente me virei, porém ele já não estava mais lá. Fiquei aflita. Por quê? Parece que tudo está me dizendo para sair daqui... Gustavo... por que você -

– Senhorita, eu posso -

– AAH! - levei um susto. Era apenas o entregador das malas. Acabei dando um susto nele também.

– Desculpe... eu estava... uhm... é... - eu simplesmente não sabia o que falar. Ele apenas disse "não se preocupe", e me perguntou onde era o meu quarto. Eu indiquei a ele, abri a porta e ele deixou as malas lá. Agradeci e entrei. Tranquei a porta e fui deitar. O sono era enorme. Acabei dormindo, finalmente. Até que, no meio do sono eu percebi e lembrei que eu tinha de ir no quarto do Leandro. Acabei cometendo uma gafe. Levantei-me, abri a porta e fui. O quarto dele era 1101. Toquei a campainha e fiquei esperando. Até que a porta se abre.
– Ah... finalmente, hein! - era Leandro que me recepcionava. - Desculpe-me o atraso. É que eu não dormi bem ontem e acabei dormindo agora. - digo. - Não se importe com isso. Vamos, entre. - e entramos. O quarto dele era lindo. Bem requintado. Meus olhos brilharam e ele percebeu.

– É a coleção Romantique. Aquela mobília ali - ele aponta para um globo - é o globo executivo, uma das mobílias mais raras do Habbo Hotel. Mas... agora, sente-se, por favor. - sentamos os dois em poltronas da coleção Pura. - Por que você estava chorando? - ele foi direto ao ponto. Fiquei meio sem saber o que responder, mas como eu já não me importava mais com o meu choro e sim com a história daquele corredor, também fui direta ao ponto:

– Por favor, aquele meu choro já não me importa mais. Mas há uma coisa que eu gostaria de saber, é a história do corredor de Merubruclaflum. - um silêncio de pouco mais de cinco segundos estava acontecendo. Até que ele falou:

– É uma história bem estranha... tem certeza que quer saber? - ele me perguntou. Minha expressão facial séria não dizia nada além de "sim". - Tudo bem... vou contar. Há dois anos anos, o hotel estava ficando pequeno para tanta gente que vinha aqui. Então decidiram inaugurar mais três corredores em cada andar do hotel. Só que... o arquiteto que desenhou a planta do 13° andar morreu afogado. Foi encontrado de manhã na parte da piscina do hotel. Então, a inauguração dos novos corredores do 13° andar demoraram alguns meses a mais.

– Mas eles não poderiam colocar outro arquiteto? - foi minha pergunta.

– Não. O que ninguém sabia é que a base da contrução do hotel não se encaixava perfeitamente para novos corredores naquele andar. - ele respondeu. Mas tudo era simples de ser resolvido. Não fazia sentido. - Mesmo assim! Outro arquiteto poderia estudar a base do hotel e...

– Não. Você não entendeu. Aquele arquiteto que morreu era o único que poderia criar os corredores do 13° andar. - a conversa começou a ficar estranha. Eu já estava ficando inquieta na poltrona, até que ele falou: - He... por que você acha que eu disse que não era uma história normal? Bem. Na verdade, eu não posso falar que ele era o único, mas tudo parecia dizer que era. Esse arquiteto não morreu afogado? Os outros cinco arquitetos morreram queimados. Sabe o que isso quer dizer? - Leandro me pergunta. Eu já estava tão nervosa que não sabia mais o que pensar. Cinco arquitetos morreram por causa desse andar. O que poderia acontecer comigo se eu fosse lá? - Contraste. A água que matou o primeiro arquiteto apagava o fogo que matou os outros. Parecia uma maldição que dizia que só o primeiro poderia fazer a planta.

– Mas... isso não... - comecei a gaguejar. - Bem, se quiser que eu pare, eu paro. - Leandro diz. Eu agradeci e saí. Fui até o meu quarto e comecei a pensar o por quê daquilo tudo. Quando ele falou "maldição", só fiquei pensando que o que estava acontecendo não era culpa de alguém. E sim de algo. Eu me levantei e fui até a janela. Meu quarto não era muito bom pois não tinha comprado as mobílias novas do hotel, então tinha os normais Kuurna que eles deixam no quarto. Até que eu relembrei a minha decisão de ir até o corredor proibido. Mas como iria conseguir a chave para ir até o 13° andar? Fiquei pensando no que fazer. Até que meu celular começa a tocar. Pego-o e atendo.

– Alô? - pergunto. Um barulho de chiado ecoa. Já penso que é o Gustavo. - GUSTAVO, SEU DESGRAÇADO! POR QUE VO-

– I..diota... eu disse para não ir para aí... Por que... você foi...? - era mesmo a voz dele. Pelo menos a voz distorcida dele. - Saia daí... o mais... rápido possível... - aperto o botão de desligar o celular, mas ele não desliga. Meu desespero volta. Tento abrir a janela para jogar o celular fora, mas ela não abre, tento abrir a porta, idem. Jogo o celular no chão. Porém o volume aumenta de uma forma tão brusca que é impossível não ouvir. A luminária estoura de tão alto que o som está, tampo os ouvidos.

– CHEGA, GUSTAVOOOOO!!!!!!! AAAAAAAAAAAAAAAAAAAH!!!!!!! - grito. Mas o som não para. - SOCORRO!! SOCORRO!! AAAH!! - pego uma mesa e jogo em cima do celular, mas o barulho continua. Tento quebrá-lo de todas as formas, mas a ligação só termina quando o próprio Gustavo desliga. Volto para a porta, e ela abre. Corro pelos corredores e vou para o elevador. Aperto o botão do primeiro andar, e espero. Porém não chega nunca. O chão era transparente com uma base de metal em baixo, e olho. Não tem fim. Apenas um abismo escuro. Olho para os lados e me lembro que tudo é puro espelho. Minha fobia começa a me invadir.

– AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHH!!!!!!!!!!!!!!! - começo a apertar todos os botões. Os espelhos começam a quebrar e as partes quebradas dão lugar a linha escuras, parecidas com galhos de árvore contorcidos. Tudo aquilo começa a invadir os espelhos, até que finalmente tudo fica escuro. Fecho os olhos e sento no chão. Começo a suar frio, choro, não tenho mais uma reação normal. Até que a escuridão se dissipa, porém escuto algo parecido com um motor pifando. - N-não... pode... ser... - o barulho ficava cada vez mais alto, até que um cheiro de fumaça começou a invadir o cubículo. E barulho de cordas começam a ecoar.

– A suspensão do... elevador... arreben... - O elevador cai cada vez mais rápido, a pressão chega a fazer meus ouvidos sangrarem. Até que o fundo volta ao normal e a sessão de queda passa a ter um fim. Se o cubículo bater no chão, só sei que será o meu fim. Meu desespero já chegou a um ápice que não tenho mais o que fazer. Apenas acompanhar. Até que algo segura suavemente a suspensão. Olho para cima e vejo dois brilhos, parecido com olhos. A porta abre. E eu fico abismada. Se eu caí, por que estava agora no corredor 13?


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! :D
Em breve:
Capítulo 03 - Andron Merubruclaflum, Luxuria Locus.