Never Can Say Goodbye. escrita por alwaysbemyBela


Capítulo 3
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Oi meniiiinas, estou muito feliz que vocês estão gostando! *-*



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Não podia estar acontecendo isso, a gente conseguiu chegar até aqui, como ele pode ter chego tão rápido? Merda, merda, merda!

- Eu te ajudo. – Uma voz aveludada veio por trás e lentamente sai do meu choque inicial e me virei para encarar dois olhos castanhos bem acima da minha cabeça.

Eu me sentir relaxar, mas uma decepção cutucava meu coração. O homem a minha frente deveria ter quase 1,90, mas apenas isso e os olhos castanhos que me lembravam de Dimitri, porque seus cabelos eram curtos e quase loiros.

- Obrigada. – Agradeci quando ele estendeu a mão segurando minha mochila.

Ele me deu um belo sorriso que eu correspondi com o melhor que eu pude e continuei a andar para alcançar Lissa e Christian que me esperavam assistindo toda a cena logo à frente.

Sentamos para esperar o voo, ninguém falava uma palavra e meu pescoço já estava doendo de tanto ficar olhando para os lados em busca de algum guardião nos perseguindo. Christian segurava a mão de Lissa, mantendo ela tranquila. Depois de 20 minutos nosso voo foi anunciado e seguimos para o avião.

As poltronas eram de apenas dois lugares, então Lissa e Christian se sentaram de um lado do corredor e por sorte fiquei sozinha nas outras duas, ao lado deles. Dentro do avião já não corríamos mais nenhum risco de sermos pegos e muito menos de Victor aparecer do nada, então baixei um pouco a guarda e assim que estávamos no ar deixei que todo o cansaço que sentia me dominasse e dormi um sono sem sonhos.

No que me pareceu minutos depois, eu estava sendo balançada pelos ombros e quando abri os olhos Lissa estava parada a minha frente com uma expressão um pouco irritada, certamente estava tentando me acordar a algum tempo, e isso se confirmou quando me levantei e encontrei o avião quase vazio. Lancei um olhar de desculpas a ela e Christian que estava emburrado atrás e descemos para o aeroporto de Minneapolis para pegarmos um táxi.

Logo estávamos andando pelas ruas da cidade. O sol já estava no alto do céu, mostrando que já estávamos no meio do dia, poucas nuvens o escondia, e agradeci pelo tempo estar melhor do que de Montana.

O táxi estacionou em frente a um prédio que não deveria ter mais que dez andares, suas paredes avermelhadas e com o ar de antigo, me lembrava de algumas estruturas de St. Vladimir. Descemos depois de Christian pagar o motorista e ele nos guiou para dentro, pegamos o elevador e ele apertou o 4° andar.

 No andar Christian foi até a porta de número 43 e tocou a campainha. Senti meu coração acelerar pela expectativa, e a ansiedade de Lissa que o laço trazia só piorava as coisas, mas logo a porta foi aberta e uma mulher de cabelos pretos caídos sobre os ombros e olhos azuis gélidos, assim como os de Christian, nos encarava com surpresa.

- O que faz aqui Chris? – Ela perguntou olhando entre nós.

- Podemos entrar? – Christian perguntou um pouco inseguro.

- Por favor. – A mulher nos deu espaço e fechou a porta atrás de nós.

Christian caminhou até a sala do apartamento que era muito bonito, as paredes todas em tons claros de creme que combinavam muito bem com a decoração moderna dos móveis em madeira em tom de avelã e a enorme TV presa à parede. Lissa e eu o seguimos, nos sentando no mesmo sofá que ele, e sua tia sentou-se a nossa frente em uma poltrona.

- O que faz aqui? Não deveriam estar na Academia? – Perguntou novamente.

- Tia, essas são Lissa Dragomir, minha namorada, e sua guardiã, Rose Hathaway. – Ele nos apresentou, dava para perceber que ele estava tentando ao máximo adiar o assunto.

- Oh, que indelicadeza. Sou Natasha Ozera, é um prazer conhecê-las, Christian falou muito sobre vocês. – Natasha sorriu de maneira educada como toda Lady era, o sorrindo dando destaque a cicatriz que ela tinha no rosto. Eu sabia um pouco da historia, ela tinha impedido os pais de Christian de leva-lo depois que se tornaram Strigois e provavelmente esse era o preço que ela pagou.

- O prazer é meu, Lady Ozera. – Lissa respondeu como toda a educação que tinha, eu apenas sorri um pouco preocupada com o que seria o muito que Christian poderia ter falado de mim, já que as poucas palavras que trocávamos eram provocações e xingamentos.

- Me chame de Tasha, por favor. – Tasha sorriu novamente. – Agora pode me explicar o que fazem aqui? – Ela se virou para Christian e dessa vez o tom foi um pouco mais sério, autoritário.

- Antes de qualquer coisa tia, preciso te contar uma coisa. Victor Dashkov sequestrou Lissa semanas atrás e a torturou para que ela o cura-se e Psi-hounds atacaram a mim e Rose e quase morremos. Então descobrimos que ele não foi realmente preso e agora fugiu e ninguém sabe dele. – Christian resumiu nossa história fazendo caretas e gestos para dar mais drama do que precisava.

- Que horror! – Tasha levou uma mão à boca. – Eu sinto muito minha querida. – Ela disse quando se recuperou da surpresa, pegando em uma mão de Lissa.

- E como ele conseguiu pegar ela mesmo com a proteção de St. Vladimir, nós percebemos que não é tão segura e fugimos. – Christian deu de ombros agora, como se não passasse de um final de semana de visitas.

- Vocês o quê? Vocês estão loucos? Christian! Vocês tem que voltar para lá agora. – Tasha se levantou aumentando o tom de sua voz.

- Você não ouviu? Não podemos! Não posso permitir que ele chegue perto dela tia, nunca mais. – Christian também se levantou e sua voz transmitia toda a sua angustia.

- Mas isso é loucura Christian, todos vão estar atrás de vocês assim que perceberem sua ausência. E vocês vão ficar onde? Só estarão a colocando em mais perigo.

- Eu pensei que poderíamos ficar aqui, pelo menos por enquanto. – A voz de Christian agora estava mais baixa, sua insegurança de antes voltando com peso total.

- Eu vou ligar para Kirova agora mesmo. – Tasha começou a se afastar, mas eu me levantei e a segurei pelo pulso.

- Não será necessário, nós estamos indo. – Peguei minha mochila que estava no chão e me virei para Lissa. – Vamos. Obrigada Christian e desculpa pelo incomodo Lady Ozera.

Esperei Lissa se levantar e começamos a caminhar em direção a porta.

- Pensei que pudesse contar com você tia. – Christian disse visivelmente chateado e nos seguiu.

Quando coloquei a mão na maçaneta Tasha nos chama.

- Esperem, fiquem. Pelo menos assim saberei onde estão e que estão seguros. – Ela disse de maneira cansada, se rendendo ao nosso plano maluco.

Christian correu até ela e a pegou em um abraço de urso.

- Eu sabia que você não iria me deixar na mão tia, eu sabia! – Ele a girou fazendo Tasha rir.

- Me coloque no chão Chris! – Ela disse ainda rindo, e quando ele a colocou ela continuou. - Vocês podem ficar, mas continuo achando isso uma loucura.

- Nós já vivemos entre os humanos uma vez e nos saímos muito bem, Lissa estava mais segura do que na Academia. – Disse um pouco ríspida e recebi um olhar repreensivo de Lissa. – Mas muito obrigada Lady Ozera. – Tentei concertar.

- Tasha. Me chame de Tasha, Rose, por favor. – Ela sorriu deixando passar minha falta de educação.  – Agora venham, vou preparar algo para vocês comerem, devem estar famintos.

Meu estomago roncou só ao ouvir a menção a comida, me deixando corada e fazendo Tasha dar uma risada animada.

- Christian, as coloque no quarto de hospedes para que guardem as coisas, se quiserem tomar um banho enquanto preparo o almoço.

- Obrigada Tasha, nós adoraríamos. – Lissa respondeu e seguimos Christian pelo corredor.

O corredor tinha três portas, uma no fim do corredor, mais afastada, e uma de frente a outra. Uma delas Christian abriu a porta revelando uma decoração muito parecida com a da sala, paredes em tom pasteis e móveis de madeira clara. Uma enorme cama de casal estava no centro do quarto e um guarda-roupa que serviria certinho para mim e Lissa no canto.

- Ali está o banheiro. – Christian disse apontado para uma porta ao lado do armário. – Meu quarto é esse da frente e da minha tia o do fim do corredor. Vou tomar um banho também e encontro vocês na cozinha. – Ele disse e deu um leve beijo de despedida em Lissa e fechou a porta quando saiu.

Coloquei minha mochila ao lado da cama e Lissa me imitou, ficamos olhando ao redor, sem saber exatamente o que fazer.

- Pode ir primeiro. – Eu disse e me joguei na cama. Lissa foi até o banheiro e eu fiquei encarando o teto, tentando imaginar o que seria de nós daqui pra frente. 


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Notas finais do capítulo

Já vou avisando que a Tasha não será a vaca de sempre, então deem uma chance a ela! UHAUUASSHUAH
Beeeijos e até amanhã ♥