Um Plano de Vingança escrita por Dark Lady


Capítulo 3
Capítulo 3 - O Castigo




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Mal entrei senti o Malfoy entrar atrás de mim e depois o Snape indicou-nos os lugares à sua frente onde nos fomos sentar.

- Isto é inacreditável. – Começou Snape a dizer com uma voz irritada mal nos sentamos. – Dois alunos de Slytherin e um deles Monitor à luta no meio do Salão Principal e logo no primeiro dia de aulas. Não tive outra escolha senão castigar-vos.

Eu permanecia a olhar para a minha mão saudável que estava apoiada nas minhas pernas. Para ser sincera estava com medo de enfrentar aqueles olhos. E Snape continuou a falar dizendo-nos agora quais eram os castigos.

- Mr Malfoy vai para a biblioteca arrumar livros, Madame Prince está lá à sua espera. – Depois olhou para mim e eu tive de olhar para ele também. – E a menina vai para a Sala dos Troféus, Mr Filch está lá à sua espera. Agora podem ir.

Eu levantei-me instantaneamente e saí porta fora. Ouvi o Malfoy seguir-me até determinado ponto e depois eu segui por outro caminho. Quando cheguei à Sala dos Troféus vi lá um homem que supus ser Mr Filch e aproximei-me dele.

- Tem até à hora de recolha para limpar todos os troféus e se não terminar hoje amanhã volta. – Enquanto ele falava entregou-me um pano e uma caixinha que eu peguei e então dirigi-me para o fundo da sala e comecei a limpeza.

Enquanto ia limpando pensava num plano agora para me vingar do Malfoy. Afinal era culpa dele eu estar a fazer o trabalho de um elfo. Bem, se eu já estava irritada fiquei ainda mais quando vi um troféu com o nome “Tom Marvolo Riddle” à minha frente. Não posso dizer que não fiquei surpresa com aquilo, afinal porque raio Voldemort tinha ganho uma medalha de serviços prestados a Hogwarts? Fixei essa ideia para mais tarde averiguar e continuei com a limpeza.

- James Potter? – Murmurei para mim mesma.

Fiquei ali a observar aquele troféu, que continha o nome do irmão da minha mãe. Senti que os olhos começavam a ficar molhados e então fechei-os para não chorar, não podia ser fraca a esse ponto.

- Eu vou vingar-te tio. A ti e à minha mãe. – Murmurei mais uma vez. – Primeiro vou destruir o Lucius Malfoy e a Bellatrix Lestrange e depois vou atrás do Voldemort. E não precisas de te preocupar, eu protejo o Harry.

Virei costas aquele troféu e passei ao seguinte, não podia ficar muito tempo a olhar para aquele nome, dava-me imensa tristeza. Estive mesmo até ao último minuto a limpar aquela sala cheia de troféus mas não consegui terminar. Era complicado limpar tudo aquilo apenas com uma mão.

- Vamos embora menina. E tem de se despachar a chegar à sua sala comum se não quer ser apanhada pelo caminho e ter mais um castigo.

Mr Filch ainda nem tinha acabado de falar já eu deixara para trás o pano e a caixinha e encaminhava-me a passos largos para o dormitório. Pelo caminho ouvi novamente passos atrás de mim mas não me virei para ver quem era. Se fosse algum professor chamaria e se não era um professor então podia estar descansada. Mas o meu descanso durou muito pouco tempo.

- Não preciso repetir que a culpa disto tudo é tua. – Disse uma voz arrastada e furiosa atrás de mim que eu conheci imediatamente.

- Minha? Só podes estar a brincar. – Disse continuando a olhar para a frente e a andar. De repente senti-o agarrar-me o braço e virar-me para ele com força.

- Não estou a brincar. – Ele disse olhando-me perigosamente e muito perto de mim. – Se não me tivesses dado aquele murro não estaríamos em castigo.

- E se tu não tivesses dito que o meu estado foi só uma desculpa para me dares um estalo eu não te teria dado um murro. – Eu disse também perigosamente e aproximando-me mais.

Devo dizer que eu ter-me aproximado mais não foi uma boa ideia. Aquele idiota agarrou-me mais ainda e beijou-me. Mas como é possível aquele loiro oxigenado beijar-me assim? Eu bem tentava afasta-lo mas ele era mais forte do que eu e estava em vantagem, afinal podia usar as duas mãos, e usava-as. Uma largou o meu braço e agarrou a minha cintura puxando-me mais ainda para ele, o que me provocou dor na mão magoada que estava pendurada no lenço do pescoço. E a outra mão agarrava-me a nuca para que eu não tivesse escapatório.

Até que tive uma ideia. Enquanto ele me beijava eu aproveitei um momento e mordi-lhe o lábio inferior com força, até senti o gosto do sangue dele que cuspi imediatamente mal ele se afastou de mim aos berros e com a mão na boca.

- Tu és doida? – Berrava ele com um olhar assassino para mim.

- Doida eu? O único doido aqui és tu. – Berrava também. – Qual foi a tua ideia? Porque é que me beijaste?

- Porque eu vi que era isso que querias, ou vais dizer que não? – Ele agora sorria de lado, ai como eu odeio esse sorriso.

- Eu nunca, ouve bem, nunca iria querer que tu me beijasses. – Eu dizia cada palavra lentamente como se estivesse a explicar algo a uma criança de três anos. – Nem que fosses o último homem à face da terra.

- Mas afinal porque é que me odeias tanto? – Ele perguntou assim do nada. Eu fiquei a olhar para ele confusa, não era óbvio?

- Tu beijaste-me sem a minha permissão. – Eu realmente estava confusa.

- Tu já me odiavas antes disso. Eu vi isso quando nos encontramos no Expresso e notou-se, sem dúvida, que odeias a minha família. E eu quero saber porquê. – Ele aproximou-se de novo e eu dei um passo atrás esbarrando contra a parede e engolindo em seco.

Estava sem escapatória. E agora o que lhe ia dizer? “Eu odeio a tua família porque foi ela que me deixou sem a minha”? Eu não podia dizer isso. Por isso disse a primeira coisa que me veio à cabeça.

- Porque a tua família acha-se a mais importante. E tu tens a mania que és superior aos outros.

Ele ficou em silêncio a olhar para mim e eu fiquei a olhar para ele também. E depois a imagem dele perto de mim não me saía da cabeça. Fechei os olhos por instantes tentando afastar aquelas imagens da cabeça.

- Quando é que vais deixar de me odiar? – Ouvi a voz dele num murmúrio junto do meu ouvido e abri os olhos, surpresa com aquilo.

- Quando tu morreres. Porque esse vai ser o dia mais feliz da minha vida e a felicidade vai ser tanta que vai expulsar o ódio. – Eu disse afastando-me dele e indo embora.

Ele ficou lá parado a ver-me desaparecer na escuridão. E dentro da minha cabeça eu só via uma coisa… Aquela cena em que ele se aproximou e me beijou. Ok, aquilo não se podia repetir. Mas de repente uma ideia passou-me pela cabeça. Porque não fingir estar interessada nele para lhe tirar informações sobre o pai e a tia? Só aquele pensamento me fez sorrir e então fui vestir o pijama e deitar-me pensando no que iria fazer no dia seguinte.


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