Eliza Failutti escrita por Margarett Levenstein


Capítulo 1
Capítulo 1 - Tudo Começa




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Era fim de tarde, o ar estava fresco, os carros buzinavam loucamente e as pessoas falavam sem parar;Eu andava no meio da mutidão de pessoas na calçada, enguanto procurava a chave do meu apartamento na minha bolsa, as pessoas falavam ao meu redor

- finalmente achei - falei comigo mesma.

Entrei no prédio, passei pelo balcão, o seu Luiz deu boa tarde; seu Luiz era o porteiro do meu prédio, um homem baixinho, calvo, simpatico e muito fofo que estava sempre sorrindo;Subi as escadas do prédio até o 2° andar, fui até o final do corredor e abri a porta do meu apartamento; Como de costume estava uma bagunça, jornal em cima da mesinha de centro, louça suja dentro da pia, controle da tevê jogado no chão e tinha até um sutiã em cima do sofá, fechei a porta, peguei duas cartas que estavam no chão, joguei-as em cima da mesinha de centro, joguei minha bolsa no chão, perto da porta e fui até meu quarto;Peguei minha blusa branca de alcinha, peguei minha saia florida, minha toalha e fui tomar banho; Enquanto tomava banho escutava as buzinas dos carros ao longe, e uma musica leve e cheia de melodia começava a tocar

- acho que o zé ja abriu o boteco - falei em voz alta para mim mesma enquanto desligava o chuveiro.

Me vesti, peguei meu caderno e fui até o boteco do zé. O boteco do zé era bem aconchegante, mesas espalhadas por todo o boteco, banquinhos altos perto do balcão onde servia as bebidas, garrafas de bebidas preenchiam as três pratelheiras, e no fundo do boteco um pequeno palco

- oi pequena Eliza - disse o zé com um sorriso de estrelas no rosto.

- oi meu amigo, como anda a vida? - perguntei o abraçando.

- vai bem, e a sua como anda? - perguntou ele olhando nos meus olhos.

- anda meio bagunçada zé, meio solitária, sabe? - falei num tom triste.

- Já vi que você vai escrever muito hoje.. vai beber o que? o de sempre? - perguntou ele meio tristonho.

- Hoje eu quero uma garrafa interia de vinho, uma taça não vai ser suficiente - falei.

A noite chegara e o boteco começava a encher; No boteco do zé é assim, se tiver musica ao vivo as pessoas tem que prosear baixinho, nada de escandalos e berros, apenas a musica, a suave musica que passeava envolta dos copos e taças, envolta das pessoas, envolta das garrafas e lustres de luz;Me sentei na mesma mesa de sempre, no canto do boteco

- aqui está Srt. Failutti - disse o garçom abrindo a garrafa de vinho e deixando uma taça sobre a mesa.

- muito obrigado - falei.

A melodia da musica acabara de mudar, mas era tão suave quanto a anterior, peguei a garrafa de vinho e dei um golhe, dispensei a taça; Comecei um verso ” tão perdida, tão solitária, tão bobinha, tão otária” Novamente peguei a garrafa e dei outro gole, nesse tempo o céu ja estava negro, apenas pontinhos brancos brilhavam no céu negro e imenso ” tão pequena, mal amada, tão burrinha” continuei o verso. ” Porque tão complicada assim? porque se ilude tão fácil assim? .. Será que gosta de sofrer ?, será que gosta da dor na alma?, será ? será.” verso mal feito acabado, mais um gole de vinho, uma lágrima gelada escorria pela minha bochecha e descia em direção ao queixo, suave, mas carregada de dor. Leve porém, toturante.


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