- Tu não me és indiferente. Nunca foste Dylan, desde aquele dia em que me atropelaste, nunca consegui passar um dia sem que me passasses pela cabeça. Não sei explicar, só sei que mexeste comigo. 
- Mas tu continuaste com o Michael... 
- Eu sei, e esse foi um dos maiores erros que cometi no meio desta história toda, mas a verdade é que tentei esquecer aquele dia, tentei fazer de conta que não sentia nada, quando se calhar sentia demasiado. 
- Isso quer dizer o quê ao certo? Estou confuso. 
- E motivos para estares confuso, não te faltam. Eu namorava com o Michael sim, mas sabes o que é estares a falar ao telemóvel com o teu namorado, quer dizer, no teu caso com a tua namorada, e só pensares noutra pessoa? Pois, eu só conseguia pensar em ti, no dia em que nos conhecêmos. Hoje, por mais furiosa que estivesse com o Michael, quando ele me contou que me tinha traído, não lhe disse nem metade das coisas que lhe queria ter dito, porque tu estavas aqui, na minha cabeça, e isso realmente tornou tudo mais complicado. Só conseguia pensar nas vezes em que te magoei, nas vezes em que te dei uma barra por causa dele, nas vezes em que fiquei com medo de perder a tua amizade. Porque sim Dylan, tu és mesmo muito importante para mim, e eu não consigo pensar sequer na ideia de te perder. 
- Caroline, eu amo-te. Eu amo-te, e preciso de saber se vale a pena lutar por ti, ou se não. Não quero que daqui a uma semana, ou menos, me digas que já não sentes nada por mim. 
- Eu gosto de ti Dylan, achas que se continuar a ver-te todos os dias, isso vai mudar? 
- Não sei, diz-me tu. 
- Não vai mudar Dylan, e sabes porquê? Porque quando eu digo que gosto de alguém, é porque gosto mesmo muito dessa pessoa! Não me parece que isso vá acontecer, tornaste-te demasiado indispensável na minha vida. 


Dylan levantou-se calmamente do puff. 


- O que é que se passa? 
- Nada Caroline, é só...
- É só o quê? 
- Tu gostavas tanto do Michael, e agora, de repente dizes que gostas de mim. Acho isso um bocado estranho. 
- Eu andei este tempo todo a tentar esconder o que sentia. Não só da tua irmã, do Fred e de ti, como principalmente de mim. Eu não queria sentir isto, percebes? Porque para mim, era o Michael. Eu estava com o Michael, e era dele que eu tinha de gostar. E sim, gostava dele. Mas no segundo em que ele me disse que me tinha traído com a outra rapariga, esses sentimentos que eu tinha por ele... Puff... Simplesmente desapareceu. Fiquei magoada? Sim, fiquei muito magoada com ele. Mas sei lá, acho que não doeu tanto como eu pensava que ia doer. Percebes?
- Sim. Bem... Até amanhã Caroline. 
- Até amanhã. 


Dylan abriu a porta, mas assim que meteu um pé fora do quarto de Caroline, arrependeu-se, voltou a entrar, fechou a porta com força, e foi até ela, beijando-a novamente. Os dois foram naquele beijo até à cama. Estava tudo a correr bem, até que Dylan pôs a sua mão por baixo da camisola de Caroline. 

- Dylan.. 
- Desculpa. Eu não qu.. 
- Shhh. - Beijou-o. - Cala-te e continua. 
- Então, mas tu.. Tens a certeza? 
- Nunca tive tanta certeza de uma coisa. 

Dylan pôs de novo a sua mão por baixo da camisola de Caroline. Os dois tiraram a roupa um ao outro. Dylan deu-lhe um beijo no pescoço, e os dois meteram-se debaixo dos lençóis.